E.A.: Capítulo 44, Bônus: Almoço nos Clearweter

 


Pov. Molly

 

8:34 PM

Sai de casa para receber as meninas que convidei para a festa de pijama. Dois carros estão estacionados em duas vagas das garagens cobertas que temos na propriedade para que os visitantes possam estacionar. Um dos carros é um Volvo V60 prata, já o outro carro é um Audi Q5 verde.

Bella, Alice, Rose e Nessie desceram do Volvo com uma mochila cada e de pijama: Bella está com pijama cinza com detalhes em preto de calor; Alice está com pijama com camiseta rosa com coração estampado e shorts preto; Rosalie está com pijama todo rosa com estampa de estrela e Nessie está com pijama todo preto de Coala.

Logo, as outras meninas desceram do Audi também de pijama e com uma bolsa cada uma: Leah está com pijama preto com caveira estampada; Lucy está com pijama branco com floral estampado; Emmi está com um pijama branco e azul com estampa de copo de café e donuts; Ellen está com pijama simples e Julie está com pijama escuro estampado de Alienígena.

– Porque ainda não está de pijama? - Alice perguntou olhando para mim.

– Bem. Tive um pequeno imprevisto e ficamos conversando. - falei e sorri sem jeito.

– Que imprevisto? - Bella perguntou.

– Os filhotes da gota dela, fizeram bagunça. - Magnus respondeu por mim ao sair da casa.

Olho para meu amigo e o mesmo está de pijama glamouroso.

– Quando foi que você colocou seu pijama? - questionei incrédula.

– Magia, meu docinho de coco. - Magnus respondeu e balançou as sobrancelhas.

Semicerrei os olhos em sua direção. Magnus sorri e estala os dedos, olhei para meu corpo e estou com um dos meus pijamas favoritos, branco com gatos estampados.

– Nossa. - as meninas murmuram atrás de mim.

– Exibidos. - falei para provocar Magnus.

– Sou mesmo delicia. - Magnus diz.

Caio na gargalhada com a pose que Magnus faz.

– Palhaço. - murmurei.

– Bom. Como vocês já devem saber. Sou o Magnus. - o mesmo se apresentou. - e tenho que dizer que vocês estão umas delícias em seus pijamas. - diz.

Me seguro para não rir, pela reação delas.

– Liguem não. Magnus não tem filtro. - falei e sinto alguém me dar um peteleco no braço.

– Pare de graça. - Magnus mandou.

Revirei os olhos.

– Já gostei de você. - Alice diz. - e você tem razão, estou uma delícia nesse pijama. - murmurou.

– Essa é das minhas. - Magnus diz.

Balancei a cabeça descrente.

– Pare de constranger as garotas Bane. - Izzy mandou para o Magnus ao sair de casa. - e ai meninas, sou a Isabelle, mas podem me chamar apenas de Izzy. - murmurou.

Clary sai de casa e todas as meninas olham para minha prima.

– Nossa. Vocês se parecem um pouco. - Nessie diz olhando para mim e depois para Clary.

– Prazer sou a Clarissa. - minha prima diz. - e somos um pouco. - falou.

– É a cor do cabelo. - falei para as meninas. - e as nossas mães se parecem um pouco, mesmo não sendo gêmeas. - digo.

– Que ótima anfitriã que você é e que deixa os convidados do lado de fora. - Hayden diz saindo de casa.

Olhei para minha cunhada e revirei os olhos. As meninas riem.

– Estava apenas conversando brevemente. - murmurei. - vamos? - perguntei. - preciso de ajuda para levar os lanches que fizemos.

Entramos em casa e fomos para a cozinha.

– Uhm... parece delicioso os pratos. - Leah diz olhando para a bancada cheia de comida.

– Algumas coisas compramos no mercado e outras fizemos. - falei para elas.

Peguei dois pratos e comecei a subir as escadas.

– Vocês não veem? Perguntei.

Entrei em meu quarto e colo as tigelas em cima de uma mesa que meus irmãos me ajudaram a arrumar mais cedo.

– Nossa! - as garotas disseram.

Me verei olhar para elas.

– Seu quarto tem dois andares? - Leah perguntou.

Sorri para ela.

– Tem. - respondi. - a cama e uma outra parte do meu closet ficam no andar de cima. - falei para elas. - tem uma varanda lá em cima também, apenas é menor que a que está aqui embaixo. - digo.

– Seu quarto é maravilhoso. - Ellen murmurou fascinada com o ambiente.

– Se você achou o quarto da minha irmã lindo, vai achar o nosso esplendoroso. - Luna diz entrando no quarto com dois pratos com comida.

– O quarto de vocês também tem dois andares? - Lucy perguntou timidamente.

Ri.

– Não. Minhas irmãs são simples e modesta. - falei olhando para ela. - já eu sou espaçosa e extravagante. - digo.

– Deixe-me ver seu closet? - Alice pediu-me olhando ansiosa.

Me seguro para não rir do seu jeito.

– Mostro. - respondi. - mas peso para não gritar, pois temos bebês fofos dormindo. - digo.

Minhas irmãs e cunhadas franziram o cenho.

– Do que está falando irmã? - Naomi perguntou.

– Ah é. Esqueci de falar. - murmurei. - a Tikki foi dar uma voltinha e quando voltou ela trouxe um filhote de gato com sigo. - contei. - logo em seguida, Tikki saiu e buscou mais quatro filhotes. - contei.

Todas arregalaram os olhos.

– Você arranjou mais gatos? - Sol perguntou indignada.

Sorri amarelo.

– Em minha defesa, quem trouxe os gatos foi a Tikki. - falei. - pelo que entendi, a mãe deles morreu. - digo.

Minha irmãs me olharam estranho.

– Tadinhos. - Emmi murmurou com pesar.

Sorri.

– Eles ficaram bem. - falei olhando para Emmi. - Tikki é uma mãezona. Dará muito amor e carinho para eles. - murmurei.

– Não duvido disso. - Naomi diz.

– Venham. - chamei elas.

Vou até a porta grande do closet e abri a porta sem fazer muito barulho. As meninas entram, menos minhas irmãs e cunhadas, já que conhecem o ambiente.

– Esse é meu closet. - murmurei em um tom baixo.

Meus olhos vão automaticamente para Tikki que está deitada amamentando os cinco filhotes de gato.

– Ai que tudo. - Alice murmurou se segurando para não gritar.

– Seu closet é enorme. - Ellen diz.

– Essa porta vai para onde? - Nessie perguntou.

– Esse é o banheiro. - respondi.

Rose franziu o cenho.

– Tem duas portas. Uma ficou no closet e a outra no quarto. - falei ao perceber que se tratava disso.

– Que legal. - Bella diz. - assim fica prático. - murmurou.

– Ai que fofos. - Lucy murmurou olhando para onde Tikki está.

Sorri.

– Eles são tão pequenos. - Julie diz em tom baixo.

– São. Devem ter poucos dias. - falei. - eles não nasceram hoje. - digo. - pelo menos não parece. - murmurei.

– Miow! - Plagg miou em desespero do alto da escada.

– O que foi? O que seus filhos aprontaram? - perguntei.

– Miow! - Plagg miou outra vezes.

Suspirei e comecei a subir as escadas.

– Podem vir. - falei.

Assim que estou no andar de cima, vou para a parte que fica minha cama.

– Pelo Anjo! - exclamei vendo a bagunça. - vocês não tem vergonha não? - questionei olhando para cada um dos meus gatos.

Eles me olham assustados, pois sabem que estão encrencados. Conto eles com os olhos e entro em desespero por não estar achando o Prince, a Jade e a Morgan.

– Onde está a Jade, a Morgan e o Prince? - perguntei olhando para Plagg que está sentado no chão do meu lado.

– Miow! - Plagg miou.

– Acho que eles estão aqui. - escutei Bella dizer do segundo closet.

Viro-me para olhá-la, Bella apontou para a poltrona e vejo três filhotes de gatinhos. Suspiro aliviada.

– Teremos que levá-los para baixo. Eles me deixaram doida. - falei em resmungo.

– Oba! Festa do Pijama com Gatos! - Nessie comemorou.

– Eita! - Leah murmurou.

Olhei para ela.

– Nem me fale. - digo e resmungo. - vamos seus peste, vamos descer. - falei.

Os oito gatos vêm até mim para que possa pegá-los.

– Deixe-me ajudá-la. - Leah se ofereceu.

– Ajudo também. - Nessie diz toda empolgada.

Leah pegou Anny, Kovu e Cayena, já Mulan e Elyonor. Peguei Hades, Damon, Bashte.

– Uma de vocês pode pegar os três que estão dormindo? - perguntei.

– Eu pego. - Lucy diz.

– Antes de descermos. Nessas duas portas estão meus ateliês. - falei para elas. - um é de arte e o outro de costura. - contei. - só não vou abri-los porque está uma bagunça lá dentro. - digo.

As meninas riem.

– Tudo bem. - Ellen murmurou por todas.

Saímos do andar de cima e fomos para o andar de baixo, coloquei os gatos no chão e eles foram correndo para os colchões.

– Sem fazer bagunça suas pestes. - mandei brava.

Magnus riu.

– O que eles aprontaram? - o mesmo perguntou.

Me virei para olhar meu melhor amigo.

– Zonearam tudo no meu quarto. - respondi e resmunguei. - já volto. - murmurei.

Sai da sala e vou para meu quarto dar uma arrumada bem rápida em meu quarto.

– Onde Molly está? - escuto minha mãe perguntar.

Sai do quarto e vou até a grade.

– Estou aqui. - respondi. - vim colocar umas coisas no lugar que certos pestinhas desarrumaram. - falei olhando para meus gatos que estão brincando em cima do colchão.

Voltei meu olhar para mamãe.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntei.

Mãe sorriu.

– Não querida, apenas vim cumprimentar as meninas. - mãe respondeu. - seu pai está indo comprar pizza, mas pelo jeito está tudo em ordem. - diz.

– Bom, se as meninas quiserem pizza, podemos pedir. - falei e olhei para elas.

– Está bom assim, Molly. - Nessie diz. - tem muita comida. Queria saber quem vai comer tudo isso. - falou.

– Nos. Minhas irmãs são esfomeadas. - falei em tom de brincadeira.

– Olhe quem fala. - Luna retrucou me olhando.

– Só sou esfomeada quando tem comida chinesa, Coreana e Tailandesa envolvida. - me defendi. - e é claro, as deliciosas panquecas do Taki’s. - murmurei.

– Ah claro. - minhas irmãs, cunhadas e mãe disseram.

Balancei a cabeça de um lado e para o outro.

– Vou deixá-las em paz. - mamãe diz saindo do meu quarto.

– O que querem fazer? - perguntei olhando para as meninas e para Magnus.

– Podemos bater papo. - Alice sugeriu.

– Você quer é saber de tudo sobre os amigos da Molly. - Leah diz em tom de deboche para provocar Alice.

Magnus começou a gargalhar, eu e as meninas nos entreolhamos.

– Então, bora fofocar. - Magnus murmurou.

Todos nós nos sentamos nos colchões, três dos meus gatos vieram até mim Prince, Jade e Morgan, já que são mais apegados a mim.

– Quais são os nomes deles? - Emmi perguntou.

– Os que estão comigo são Prince, Jade e Morgan. - respondi indicando cada um.

– A que está com a Nessie é a Anny. A que está com a Leah é a Cayena. - falei. - o terrorista ai é o Kovu. - digo indicando o gato serelepe. - estou pagando minha língua com relação a ele. - resmunguei.

Todos riem.

– Continuando. Esse com a Lucy é o Bashte e a que está com Emmi é a Mulan. - falei.

– Deixo adivinhar, Jasmine que escolheu? - Magnus perguntou.

– Fui eu sim. - Jasmine respondeu ao entrar no quarto muito fofa de pijama cor de rosa e com vários coelhos brancos estampados.

Todos olham para ela que está na porta. Mulan ao ver minha irmã, saiu correndo até Jasmine que a pegou no colo com cuidado.

– Também estava com saudade. - Jasmine diz para a gatinha.

Minhas irmãs, cunhadas e eu rimos.

– Mas vocês se viram de manhã. - Sol acusou.

– Mas foi de manhã cedo, já estava com saudade. - Jasmine se defendeu e fez biquinho.

– Só você, Jasmine. - murmurei.

– Oi meninas. - falou com sua voz infantil. - sou a Jasmine. - se apresentou.

– Ai que fofura. - Leah diz indo até ela e ficando da sua altura. - eu sou a Leah, cunhada da...

– A Sol... - Jasmine a interrompeu e sorriu para Leah. - eu sei, a Sol fala muito de você. - diz.

– Jasmine! - Sol a repreende e olha para nossa irmã.

– Mas é verdade. - Jasmine diz.

Nós nos seguramos para não rir.

– Espero que ela tenha falado coisas boas sobre mim. - Leah diz séria, mas sabia que ela estava apenas provocando minha irmã.

Sol ficou vermelha.

– É claro. Não teria nenhuma razão para falar mal de você. - Sol diz rapidamente.

– Estou brincando. Sou uma pessoa muito diferente de antes. - Leah diz.

Franzi o cenho.

– Como assim? - Izzy perguntou.

– É um pouco complicado, mas antes eu era uma pessoa amarga e infeliz. Então, percebi que estava fazendo mal a mim mesma. - Leah falou sem dar muito detalhe. - deixei de ser amarga e me tornei mais gentil. - diz.

– Uhm... - Izzy murmurou.

– Voltando aos gatos. - chamo a atenção. - os dois ali são Hades e Damon. - apontei para os dois felinos que estão perto da Alice e Bella.

– Miaw... Miaw... - Hades e Damon miaram.

Bella faz carinho em Damon que está mais perto, ele ronrona para ela a mesma.

– Que coisa fofa. - Bella murmurou derretida com a filhote.

Damon percebeu a reação que Bella deu a ele e o mesmo vai para seu colo.

– Meu Deus! - Bella diz entrando em pânico e lavou as mãos para cima.

Ri.

– Calma, você não vai machucá-lo. - falei olhando para ela. - Damon não liga que você seja uma vampira. - digo. - na verdade, eles não se importam. - murmurei.

– Damon? É por causa daquele vampiro? - Julie perguntou.

Franzi o cenho.

– Que vampiro? - perguntei.

– Molly não sabe quem é o Damon. - Magnus diz. - até onde sei, ela nunca assistiu “The Vampire Diaries”. - falou.

– Existe uma série com esse nome? - questionei confusa.

Todas me olharam, inclusive Izzy.

– Não acredito que não sabe que série é essa. - Izzy me acusou.

Olhei para a mesma.

– Estou surpresa que sabe do que se trata. - murmurei.

– Liguem não. Molly não tem vida. - Magnus diz.

– Teu nariz. - resmunguei irritada.

– Quantas séries assistiu em toda a sua vida? - Izzy perguntou.

– Não sou tão apegada em assistir séries, mas já assisti algumas. - falei em minha defesa.

– Você gosta de assistir mais do que? - Lucy perguntou.

– A Molly é Doramenira roxa. - Magnus respondeu por mim. - nunca vi uma pessoa amar tanto novelas Orientais. - diz.

– Eu prefiro os Doramas do que séries. - falei. - são mais românticas. - expliquei.

– Acho que nunca assisti um Dorama. - Ellen diz.

Vejo que Lucy está com os olhos arregalados.

– Acho que a Lucy já. - falei a tirando do transe.

– Quantos Doramas já assistiu? Qual é o seu favorito? - Lucy perguntou afoita.

Ri da sua empolgação.

– Alguns. Não sei quantos já assisti, mas já assisti uma boa quantidade. - respondi. - tenho alguns que eu gosto, não é apenas um. - digo.

– Então fala quais são os seus favoritos. - Leah pediu.

– Bom, os que eu gosto são: “Vincenzo”; “Alquimia das Almas”; “Pretendente Surpresa”; “Sorriso Real”; “Amanhã”; “Desgraça ao seu Dispor”; “Café Minamdang”; “Sr. Rainha”; “Pousando no Amor”; “Médicos em Colapso”; “Dra. Cha”... - penso mais um pouco. - “O Rei Eterno”; “Nosso Destino” e “Hometown Cha...Cha...Cha...” - falei.

– Caramba! Que lista grande. - Izzy murmurou. - pensei que seria uns três ou quatro Dorama que você gosta. - diz.

– Porque não dá para gostar só de três a quatro Doramas. - falei indignada. - minha nova paixão está sendo INTENSIVÃO DE AMOR. - digo.

– Também estou assistindo INTENSIVÃO DE AMOR! - Lucy exclamou empolgada.

Todas nós rimos da sua reação. Lucy corou pela atenção repentina.

– Posso dar depois para a Sol uma lista dos Doramas para que você assista. - falei olhando para Lucy.

– Sério? - Lucy perguntou. - adoraria a lista dos que você já assistiu. - disse. - poderiam me enviar de séries também. - falou.

– Também quero. - Nessie falou.

– Mandarei para vocês todas. - falei para elas. - vou demorar um tempo, mas vou montar e enviar a lista para vocês. - digo para elas.

– Isso vai ser demais! - Nessie exclamou animada.

– Porque não assistimos um Dorama? - Alice sugeriu. - fiquei interessada em assistir pelo menos um. - falou.

– Podemos assistir. - falei. - pensei em assistirmos um filme ou uma série, mas Dorama parece ser uma boa opção também. - digo.

– Eu topo. - minhas irmãs exclamaram.

– Também. - as outras meninas falaram empolgadas.

Ri da empolgação delas.

– Podemos assistir “Pousando no Amor”. - sugeri.

– Mas você já não assistiu? - Rose perguntou.

Sorri para elas.

– Não tem importância. - falei. - esse é um Dorama muito legal e para vocês iniciarem seria muito bom. - digo.

– Vamos nessa. - Alice falou e se levantando do chão.

Me levantei e fui até minha televisão para por no Dorama “POUSANDO NO AMOR”. As meninas se ajeitaram no chão, mas antes pegaram um pote cada uma e encheram de pipoca e salgadinhos.

 

_ Quebra de Tempo _

 

11:59 PM

Depois de quatro episódios do Dorama e indo para o quinto, as meninas nem piscavam ao assistir a novela coreana “POUSANDO NO AMOR”.

– Vocês realmente gostaram desse Dorama. - murmurei.

– Shiuuu... - as meninas disseram.

Me seguro para não rir.

– Só vocês mesmo. - sussurrei.

Levantei-me do colchão e vou na direção do meu banheiro, estou com celular na mão e enviei mensagem para Jonathan enquanto faço minhas necessidades.

 

~ Enviar mensagem, Chaton:

Eu: Como está a caçada?

Eu: Aqui está divertido. Viciei as meninas em Dorama.

Eu: KKKKKKKKKKKK!

Eu: Estou com saudades. Será difícil dormir sem você por perto.

 

Demorei alguns minutos e antes de levantar meu celular vibrou. Peguei o mesmo e visualizei a mensagem que recebi.

 

~ Mensagem recebida, Chaton:

Chaton: Só você para perguntar como está a caçada.

Chaton: Estou com saudades de você também. Não vejo a hora de voltar para seus braços quentes.

Chaton: O que é Dorama?

 

~ Enviar mensagem, Chaton:

Eu: Como assim você não sabe o que é Dorama?

Eu: Estou ofendida!

 

~ Digitando

 

~ Mensagem recebida, Chaton:

Chaton: Eu... realmente não sei o que é, mas prometo que quando chegar, terei a resposta na ponta da língua.

Chaton: Eu prometo.

Chaton: Te amo!

 

Sorri para a mensagem e pelo seu jeito fofo, digito rapidamente.

 

~ Enviar mensagem, Chaton:

Eu: Não se preocupe em não saber o que é Dorama.

Eu: Estava apenas brincando com você.

Eu: TE AMO! Amo seu jeito fofo!

 

– O que ainda está fazendo aí? - Hayden perguntou ao entrar de súbito no banheiro.

– Ai que susto. - falei olhando para ela.

Me levantei e vou lavar a mão.

– O que tanto sorria para o celular? - Hayden perguntou indo para o vaso para fazer suas necessidades.

– Estava vendo apenas um post escrito e achei fofo. - murmurei tentando convencê-la.

– Sei. - Hayden diz e vem até mim. - me mostre o post então. - pediu.

Olhei para ela em pânico.

– Calma. Seja lá o que esteja aprontando, eu apoio. - Hayden diz e piscou para mim.

– Hayden... - comecei.

– Deixa para lá. - Hayden diz. - tem algo diferente com você e seja lá o que for, estou feliz. - murmurou.

Sorri para ela.

– Você e a Gabriella são as melhores cunhadas. - murmurei.

– Nós sabemos. - Hayden diz. - até porque, somos suas únicas cunhadas. - murmurou e bateu seu quadril no meu.

Ri.

– Vamos que as meninas devem está sentindo a nossa falta. - murmurei.

– Vamos. - Hayden murmurou de volta.

Saímos do banheiro e paramos no lugar quando vimos que as meninas nos encaravam.

– O que foi? - questionei.

– Elas estão chocadas que vocês usaram o banheiro ao mesmo tempo. - Naomi diz.

– Ai gente, somos cunhadas. - falei. - não vejo nenhum problema nisso. - digo. - além do mais, estava lavando as mãos. - murmurei.

– Não falamos nada. - Nessie diz e riu.

– Estávamos brincando. - Leah diz.

– Vamos deixar o Dorama de lado e fofocar um pouco. - Alice pediu olhando para todas.

– Vamos. - todas disseram.

Vejo que Jasmine está dormindo.

– Vou por Jasmine para dormir lá em cima. - falei.

– Nós te esperamos. - Rosalie murmurou.

Assenti com a cabeça e vou até Jasmine que está dormindo profundamente. Peguei minha irmã com muito cuidado para que ela não acordasse, Bella abriu a porta do meu closet e subi as escadas com a mesma.

– Miaw! - escutei o miadinho da Mulan.

Parei na escada e olhei para a filhotinha.

– Deixe que eu a leve. - Bella diz para mim.

Apenas assenti com a cabeça. Termino de subir as escadas e levo minha irmã até minha cama. Bella subiu rápido e me ajudou a desfazer a cama, coloquei Jasmine delicadamente na cama e Mulan se esgueirou debaixo das cobertas para dormir com ela.

– Que fofura. - Bella sussurrou.

Sorri para Bella.

– Vamos. - sussurrei bem baixo, sabendo que ela me ouviria.

Bella assentiu com a cabeça. Saímos do quarto e descemos as escadas indo para o andar de baixo.

– O que quem conversar? - perguntei ao entrar na sala.

– Queremos saber mais sobre o mundo das sombras. - Alice respondeu.

– Mais do já sabem? - questionei.

– Temos a sua visão, mas não temos a visão deles. - Alice justificou.

Revirei os olhos e ri da resposta que Alice deu.

– O que você quer saber? - Magnus começou.

– Tome cuidado. A Alice é curiosa de natureza. - murmurei. - inclusive a Nessie. - falei.

– Eih! Não sou curiosa. - Alice e Nessie disseram ao mesmo tempo.

Todas gargalham.

– Tudo bem, estou pronto. - Magnus murmurou e esfregou suas mãos uma na outra.

– Vamos lá. - Alice murmurou. - você é um feiticeiro? Qual é sua posição no mundo dos feiticeiros? O que você sabe fazer? Quantos anos você tem? - perguntou.

– Vamos por partes. - Magnus murmurou. - sou o Alto Feiticeiro do Brooklyn, isso significa que represento todos os feiticeiros de New York quando tem alguma convenção que reúne todos os feiticeiros. - disse olhando para todas nós. - sou filho de uma mulher de origem Holandesa e Indonesiana, mas também sou o Príncipe do Inferno Asmodeus, nasci por volta do século 16 em Jacarta, na Indonésia. Naquela época era conhecida como “Batávia das Ilhas Leste Holandesas”. - contou.

– Nossa! Quantos anos você tem exatamente? - Emmi perguntou inocentemente.

– Não conto minha idade nem morto. - Magnus murmurou.

Isso me fez gargalhar.

– Vai por mim, nem eu sei a idade dele. A última vez que ela mencionou a idade, ele disse que tinha mais de quinhentos anos. - comentei.

– Nossa! - as garotas exclamaram, inclusive minhas irmãs.

– Continuando... - Magnus chamou atenção para si. - fui criando em uma fazenda pela minha mãe e meu pai, no início eles não sabiam que era fruto “podre”, mas fui criado bem até que a marca do feiticeiro apareceu. - contou. - foi quando as coisas desandaram, minha mãe se enforcou quando soube que sou filho de um demônio, já que nossa existência só é possível quando uma humana e um demônio se envolvem. - falou.

As meninas ficaram incrédulas com essa última parte. Tratei de explicar rapidamente o que realmente tinha acontecido com a mãe de Magnus para ela se relacionar com um demônio de depois se matar.

– Mas normalmente as humanas não sabem que estão “dormindo” com um demônio, já que alguns têm a habilidade da metamorfose. - falei e vi mais uma vez duvida no olhar delas. - significa que eles podem ficar com a aparência da pessoa amada. - expliquei.

– Que no caso do Magnus foi o pai que o criou. - Julie sussurrou.

– Sim. - Magnus respondeu a sua fala. - meu “pai” se voltou contra mim quando minha mãe se matou e me culpou pela morte dela, mesmo ela e eu não tendo culpa do que tinha acontecido. - falou. - meu padrasto tentou me matar, na época eu tinha apenas 10 anos. - contou.

– E o que aconteceu? - Nessie perguntou.

– Eu o matei. - Magnus contou. - queimei-o usando meus poderes. - disse. - foi em legítima defesa, um reflexo, mas mesmo assim, matei a pessoa que me criou. - falou com pesar.

Saio do meu lugar e abraço ele.

– Se você não tivesse o matado, eu teria feito no seu lugar. - murmurei. - um país que cria e ama seus filhos, não se importaram que o filho fosse diferente, eles deveriam ter te amado da mesma forma. - digo.

Magnus solta uma risadinha e me abraça de volta.

– Você sempre tem uma resposta na ponta da língua. - o mesmo murmurou.

– Claro, você está se culpando por algo que não é sua culpa. - falei chateada.

Abraço mais um pouco Magnus e soltei logo em seguida.

– Bom... depois da morte do meu padrasto, foi levado por um Eclesiástico e criado pelos “Irmãos do Silêncio” de Madrid, na Espanha, no século 17. - Magnus disse. - nos cuidados deles, fui apresentado a Ragnor Fell e me tornei seu aluno. Escolhi meu nome “Magnus Bane” depois que Ragnor me disse que todo feiticeiro se identifica antes que outro possa fazê-lo. - falei. - anos depois, conheci e salvei Catarina Loss de ser queimada acusada de bruxaria que mais tarde se tornou sua segunda amiga imortal por toda a vida. - contou.

– Catarina e Ragnor são feiticeiros também? - Alicie questionou.

– Eles são. - Magnus diz e ficou melancólico. - bem... pelo menos ainda tenho a Catarina e a Molly. - diz.

– O que houve com sua amizade com Ragnor Fell? - Bella perguntou.

– Ele infelizmente morreu na Guerra Mortal. - respondi pelo Magnus. - meu primo matou ele, por achar que era ele quem fez minha tia Jocelyn. - expliquei.

– Então, Ragnor Fell está morto? - Alice perguntou.

– Sim. - Magnus respondeu de imediato.

– Sentimos muito. - Ellen murmurou.

Todas concordaram, menos as que já sabem.

– Deixem a melancolia de lado e vamos continuar. - Magnus diz, espantando o desânimo. - meu pai é um demônio maior, Asmodeus. Isso significa que meu pai é um demônio considerado poderoso e diferente dos demônios menores. - contou.

– Realmente. - Izzy, Clary e eu falamos juntas.

– Vocês conhecem o pai dele? - Rosalie perguntou.

– Conhecemos quando fomos ao Inferno. - respondi.

– Não era como se quiséssemos ver aquela coisa asquerosa. - Izzy murmurou. - a única coisa bela que aquele demônio fez foi o Magnus. - diz.

Clary e eu concordamos com a cabeça.

– Felizmente sou bem diferente do meu pai. - Magnus diz. - odeio aquele infeliz, apesar de que se não fosse por ele, nunca teria existido. - falou.

– Sou grata apenas por isso. - murmurei. - Magnus é uma boa pessoa, mesmo não acreditando nisso.

– Não sou perfeito. - Magnus diz.

– E quem é perfeito? - questionei. - todos nós temos defeitos e nossos fardos para carregar. Todos nós temos sangue nas mãos. - digo.

Todos ficam em silêncio com minha fala. Não estava mentindo, já tinha perdido as contas de quantos demônios já matei, ou quantos mundanos já morreram por conta de demônios. Todos nós temos um pecado, mais sombrio do que de outras pessoas.

– Vamos continuar. - Bane murmurou. - minha primeira paixão nunca esquecerei, apesar que depois de um século para superar a morte dela, vivi ao lado dela até a sua morte. - revelou. - depois a minha primeira paixão fiquei melancólico por um bom tempo, foi doloroso a morte dela. - disse.

– Seu primeiro amor foi com uma mulher? - Rosalie questionou incrédula.

– Já me relacionei com muitas pessoas, sendo elas homens ou mulheres. - Magnus respondeu. - mas minha primeira amante, foi uma mulher. - revelou.

– Lamento pela sua perda. - Bella sussurrou sentida.

Magnus balançou a cabeça levemente e sorriu para Bella em agradecimento.

– Tive diversas aventuras e uma delas foi em 1791, convenci Ragnor Fell a ir comigo para o Peru. Foi em uma cidade chamada Lima e eventualmente iríamos para Arequipa, uma das minhas cidades preferidas. Lá, conheci uma mulher chamada Giuliana que nos guiou através da floresta tropical, onde fui perseguido por uma macaco aranha macho e dominador, do qual por pouco não escapou. - Magnus contou.

As meninas riram de Magnus.

– Por volta dessa mesma época fui contratado por um homem chamado Edmund Garcia, um rico mercador peruano, ele me pediu ajuda para transportar sua carga de guano. - Magnus voltou a narrar, ele muda de expressão. - fiquei enfurecido quando descobri o que era guano. - disse.

– E o que é “guano”? - Nessie perguntou.

Gargalhei.

– Excrementos de pássaro. - respondi antes do Magnus.

As meninas ficam incrédulas, o que me faz rir mais.

– Não acredito que você ajudou um mercador a transportar excremento de pássaros Magnus. - Izzy falou incrédula.

– Não posso fazer nada. Não sabia que se tratava de merda de passarinho. - Magnus diz e faz biquinho.

Gargalhei mais ainda.

– Porque está rindo feito uma Hiena? - Izzy questiona.

Respiro fundo para me acalmar.

– Porque é muito boa essa história. - respondi e solto mais um risinho.

– Continuando... - Magnus chama atenção para si. - só descobrimos que era excremento de passarinho, pois acidentalmente Ragnor Fell e eu caímos no porão de cargas. - contou. - Ragnor ficou furioso que acabou lançando um feitiço que acabou afundando o navio e a carga, deixando os dois sujos e sem o pagamento do comerciante Edmund Garcia. - revelou.

As meninas não se seguram e agora todas estão gargalhando.

– Tadinhos. - Izzy murmurou.

– Nem me fale. Levou anos para parar de sentir o cheiro de merda de passarinho. - Magnus falou.

– Mas você também Magnus, porque não perguntou o que era a carga? - Hayden perguntou.

– Ia adivinhar que aquele infeliz transportava bosta de pássaro. Não pensei em checar, pois achei que era alimento ou coisa do tipo. - Magnus se defendeu.

– Ragnor Fell deve ter ficado uma arara com você por conta disso. - Sol comentou, já calma da crise de risos.

– Nem me lembre. - Magnus murmurou em desgosto. - em fim, em Junho do mesmo ano, durante a Revolução Francesa, estava me divertindo em Paris, a cidade que onde ousava em aderir os princípios Fashion. - falou. - fui literalmente pego no meio daquilo quando o Conde Axel Von Fersen o abordou e pediu para ajudá-lo a retirar a família real de Versalhes. - contou. - devo ressaltar que fiquei encantado pelo Conde, o que me fez concordar com seus planos em troca de um jantar com ele. - disse. - com isso, nos tornamos amigos. - revelou.

– Que legal. Você foi amigo de um Conde. - Luna suspirou e riu.

Magnus deu risada.

– Na noite da fuga, depois que Glamurei com a Rainha Maria Antonieta com sucesso, o plano teve um pequeno problema quando a rainha pediu e correu para os vampiros, particularmente Coselle do clã de Vampiros de Paris. - Magnus disse. - ela foi imediatamente levada a festa e sendo jogada para o líder do clã, Marcel Saint Cloud, onde, coincidentemente, eu também estava. - falou. - com isso, enviei uma carta para Marcel pedindo trégua e para evitar mais confusão, deixei Paris imediatamente, com meu novo macaco. - contou. - e é claro, com Ragnor junto. - acrescentou.

As meninas riem.

– Esse Ragnor sempre está nas suas aventuras malucas. - Ellen comentou.

– Sempre. - Magnus murmurou. - Ragnor fugiu para os Alpes, onde iria evitar qualquer coisa francesa, não querendo se preocupar ou pensar em seus problemas com os vampiros ou a Revolução, para nenhum proveito. - diz. - bem... de um nobre fugitivo de Dijon, ele ouviu sobre a eventual captura do rei e da rainha em Verennes. Preocupado com sua segurança, escrevi uma carta ao Conde, apenas para receber uma resposta de sua irmã, Sophie. - falou. - ela me pediu para convencer Axel a não arriscar sua vida, e achei que a vida dos mundanos muito complicada, mesmo que fugaz, e sabendo que ele estava determinado e intransitável, escolhi ignorar seu pedido e segui com a vida. - revelou.

Magnus deu uma pausa e bebeu um pouco d’água.

– A minha primeira estadia em Londres foi em 1857, onde participei de uma reunião da Clave com companheiros Membros do Submundo. Lá, conheci o obstinado Caçador de Sombras Edmund Herondale, que se apaixonou por uma mundana, Linette Owens. - Magnus voltou a contar um pouco da suas histórias. - visto que estava presente quando o casal se conheceu, testemunhei o que mais tarde levaria à decisão dolorosa que Edmund fez, ele deixou sua vida como Caçador das Sombras para trás para ficar com seu amor. - contou.

– Ele o que!? - Izzy exclamou. - está me dizendo que um Herondale deixou de ser um Caçador de demônios por uma mundana? - questionou.

Magnus balançou a cabeça.

– Estou chocada. - Clary murmurou.

– Porque? - Lucy perguntou.

– O Herondale é uma das famílias influentes no mundo das sombras. - respondi. - essa família não é a única a fazer história. - expliquei. - os Fairchild... os Lightwood... os Morgenstern... - contei.

– Uhm... - as meninas disseram, menos minhas irmãs, cunhadas e amigos.

– Bem... neste mesmo tempo, tinha sido a primeira vez que me encontrei com a vampira Camille Belcourt e foi minha chance para me insinuar para ela. - Magnus diz e todos riem. - nós nos conectamos e tive que competir com o lobisomem Ralf Scott para afeições de Camille. Influenciada pelo desgosto de Edmund, decidi dar ao mortal Scott uma chance de amor com Camille, como presente de despedida, comprei para ela um colar encantado e caro, comprado pelo valor que obteve depois de vender minha casa em Grosvenor Square. - contou. - me despedi dela e nos separamos com um beijo e uma promessa de se encontrar novamente.

– Então, você ficou com essa vampira? - Emmi perguntou.

– Sim. - Magnus respondeu.

– Infelizmente. - resmunguei.

Izzy e Clary riem.

– Você não gostava da Camille? - Emmi perguntou olhando para mim.

– É que a Camille me magoou no passado. - Magnus respondeu.

– Não é só por isso. - falei irritada. - aquela vampira infernal, fez meu casal favorito se separar. E isso eu não admito e não perdoo. - digo chateada. - e espero que queime no fogo do inferno por isso. - resmunguei.

Magnus ri.

– Vai ficar cheia de rugas por se irritar tanto. - o mesmo me provocou.

Rosnei e mostrei meus dentes, mas isso apenas o fez rir mais.

– Bem... em 1878, voltei para Londres para me reunir com Camille, tendo terminado seu tempo com o já falecido Ralf. - Magnus lamentou. - em determinado momento, estive com ela e Ragnor Fell, que já tinha se tornado o Alto Feiticeiro de Londres, e de Quincey em um dos eventos do Clube Pandemônio, e foi visto por um investigador Caçador de Sombras, Will Herondale. - revelou.

– Porque esse nome não é estranho? - Clary murmurou e franziu o cenho.

– É por conta da Theresa. - falei olhando para minha prima. - lembra dela do casamento da sua mãe? - perguntei.

Clary arregalou os olhos.

– Você conheceu o antepassado do Jace. - a mesma falou em choque.

Magnus sorriu maroto.

– Não só ele como seu pai, Edmund Herondale. - Magnus revelou.

Vejo choque no olhar das meninas.

– Você sabia disso? - Clary perguntou olhando para mim.

– Bem... só liguei as peças quando descobrimos que realmente era a família do Jace. - respondi. - já conhecia essas história, pois Magnus já me contou sobre elas, assim com, Tessa já me contou sobre sua vida com seu falecido marido William Herondale. - falei. - em uma tentativa de se vingar de Alexei de Quincey, o vampiro que tirou a vida de Ralf Scott, Camille disse ao Enclave de Londres sobre suas festas ilegais do Submundo, para ajudar com a infiltração, ela fez com que Magnus conhecesse Tessa Gray, que tinha se metamorfoseado em Camille. Will e Tessa foram para a festa de Quincey, eu os acompanhei através da casa e, como o grupo suspeitava que Quincey era o Magistrado, ajudei a entender o esquema de um autômato criado por um feiticeiro de ligação que encontraram na biblioteca de Quincey. - disse. - depois, ele os levou à cerimônia para eles testemunharem de Quincey quebrando a Lei que fizemos com os Caçadores das Sombras. - contou.

– Então, os vampiros queriam fazer mal aos Caçadores das Sombras? - Nessie perguntou.

– Sempre tem alguém do submundo querendo fazer algum mal a nós, Nephilim. - Izzy respondeu. - não importa se ele seja um vampiro, lobisomem, feiticeiro ou Seelies. - falou.

– Verdade. Não temos nenhum momento de paz. - falei. - sempre temos que ficar em alerta para qualquer problema. - digo.

– Voltando... devido ao envolvimento de Camille na morte de Quincey, ela foi forçada a deixar Londres para evitar a ira dos seguidores de Quincey, para o meu desapontamento, ela saiu sem lhe dizer para onde estaria. Embora contemplasse simplesmente deixar sua cada em Londres e subjugar Archer, que Camille deixara sob seus cuidados, não podia, pois ainda amava aquela vampira dos infeliz, e esperei que ela voltasse para mim. - Magnus falou. - depois do último encontro, Will veio até mim, pediu para quebrar a maldição que colocou em perigo as pessoas que ele amava ou cresceu perto dele, supostamente lançado por um demônio que Will libertou de uma Pyxis quando era uma criança. Fiquei intrigado pela sua tristeza que assombrava William que concordei em ajudá-lo. - contou.

– Que maldição? - Julie perguntou.

– Já vou chegar nela. - Magnus garantiu. - meses seguintes, Will continuava a me visitar secretamente, enquanto continuavam a procurar o demônio azul que tinha o amaldiçoado, eles realizaram muitos feitiços e invocações em uma tentativa de chamar o demônio, embora nenhum dos demônios parecia ser o caminho certo. - falou. - em uma certa noite, ouvi de Archer que Will estava numa festa dada por Benedict Lightwood. Sabendo que as festas de Benedict eram notórias pelo perigo, acabei indo até lá e interrompi o beijo que Will e Tessa davam, sob a influência de uma droga de um feiticeiro, na sacada. Avisei que Will foi facilmente reconhecido por Archer e que eles deveriam partir antes que mais alguém os reconhecesse. - disse. - transportei o para para o terreno da propriedade, onde Will correu de repente para perseguir um demônio azul, aquele que o amaldiçoou. - contou.

– Agora sei de onde puxou o lado espoleta. - Izzy murmurou.

Clary, Magnus e eu rimos.

– Poxa, verdade. - falei. - não acredito que existiu uma pessoa com a mesma personalidade que viveu anos atrás. - digo.

– Nem me fale. - Magnus falou. - eu deveria saber que aquele ser humano era idêntico ao Jace. - diz. - até o beijei. - murmurou.

– Você beijou o Jace? - Clary perguntou.

Magnus fica sério na hora.

– Não. Beijei o William. - o feiticeiro mais amado respondeu. - em minha defesa...

– Você abusou da inocência dele. - completei e ri.

– Palhaça. - Magnus diz.

– Mas é verdade. - falei. - você me contou que o Will não estava bem, quando você lhe roubou um beijo. - digo.

– Magnus... Magnus... - Alice cantarolou e sorriu maliciosa.

– Não passou de um beijo. - Magnus garantiu.

Rimos.

– A noite, Will foi à casa de Camille, destruído, ferido e confuso com um dente do demônio cravado em seu braço depois de ser mordido, ele ficou frenético quando que eu convocasse o demônio para ele imediatamente, mas expliquei que não seria possível e com isso Will desmaiou devido à picada venenosa do demônio - Magnus falou. - e como sou um bom feiticeiro, curei o pobre garoto. - diz. - bem... pouco depois, Camille voltou inesperadamente e apareceu na casa, e para testá-la, perguntei onde a mesma estava e ela alegou que estava vindo de Paris, mas soube que era mentira, já que havia rastreado seu subjugado Walker em São Petersburgo, na Rússia, onde meus informantes disseram que Camille estava vivendo com um amante mundano. - contou. - finalmente, aceitei que ela não me amava da maneira eu a amava, então, terminei meu relacionamento com Camille e, usando a presença de Will, que estava pouco consciente para sua vantagem, fingiu estar em um relacionamento com Will e beijei-o. - revelou.

– Só você, Magnus. - murmurei.

Ele apenas sorriu maroto e deu de ombro.

– Camille ficou furiosa com o fato de eu estar namorando um Caçador de Sombras e flertar com ele na própria casa dela, ela me expulsou e terminou quaisquer relações futuras comigo. - falei. - quando Will, ficou confuso comigo se eu tinha acabado de beija-lo, mas neguei e disse que devia ser os feitiços de dor que o fez alucinar. - Magnus contou.

Todas nós caímos na gargalhada.

– Mais tarde, me reconectei com meu amigo lobisomem Woolsey Scoot e temporariamente me mudei com ele. - Magnus disse. - depois, entrei em contato com Will e o chamei para ir na casa de Woolsey. Lá, convoquei o demônio que possuía o dente que Will obteve, finalmente o mesmo que o amaldiçoado, Marbas. - falou. - Will confrontou o demônio, onde foi revelado que Will foi, na verdade, apenas enganado em acreditar que tinha sido amaldiçoado, um truque particularmente cruéis que assombrou Will por cinco anos. - contou.

– Tadinho. Ele deve ter sofrido muito achando que tinha sido amaldiçoado. - Leah comentou.

– Vamos falar da minha volta ao Peru, foi em 1889. Retornei com Ragnor Fell e Catarina Loss, foi por conta de um emprego que foram contratados para ajudar Nayaraq recuperar o tesouro de sua família das ruínas em Pachacámac. - Magnus contou uma nova aventura. - quando cumpri minha parte, percebi que não era o tesouro, mas a verdade e realidade das fadas e a conexão de sua família com elas que Nayaraq estava realmente em busca. - disse. - por conta disso, nós três fomos marcados como criminosos procurados por profanar um templo. - falei. - Catarina nos convenceu a permanecer no Peru por muito mais tempo depois dessa última tarefa e cinco anos depois, em 1890, estavam na cidade de Puno, vivendo junto ao Lago Titicaca, quando me encontrei com Imasu Morales, um músico. - contou.

– Deixe-me adivinhar, outro amante? - Alice questionou.

Magnus apenas sorriu.

– Para ficar mais tempo com ele, pedi para que me ensinasse a tocar um instrumento, comecei a tocar o “Charango”, mas era terrivelmente para o horror daqueles ao seu redor onde nem meus amigos podiam tolerá-lo. - Magnus contou.

Rimos.

– Eventualmente, Imasu me fez parar, admitindo o que tinha mostrado o que havia aprendido, e poderia nunca, mostrar melhorias em tocar sua música, e que ele concordou em ensiná-lo. - Magnus disse. - com isso, finalmente decidi desistir da música, fazendo com que a cidade realizasse um festival em comemoração. - falou.

– Imasu tinha sido uma das poucas pessoas que começou no mar desde a morte de meu amado anterior. Apesar disso, me vi incapaz de se abrir totalmente para ele, especialmente sobre seu passado e minha verdadeira natureza. Quando pensei em contar a ele sobre minha verdadeira natureza, até mesmo sobre a magia, Imasu me deixou, pensando o que sentia por mim era efêmero para minha diversão e desânimo. - Magnus contou. - mas Ragnor e Catarina conseguiram me fazer lidar e superar minha tristeza.

– Que babaca! - Nessie exclamou.

– Naquela época não era muito aceito pessoas que sentiam atração pelo mesmo gênero. - Magnus falou. - não me incomodava muito. - diz.

– Hoje em dia, as pessoas toleram melhor. - falei. - pelo menos algumas pessoas toleram, mas isso é de menos. - murmurei.

– Quem não tolera? - Izzy perguntou.

– Uma garota da nossa escola. - Nessie respondeu. - ela é uma tremenda cadela. Esses dias, ela e Molly quase saíram no tapa. - disse.

Izzy, Clary e Magnus olham para mim.

– Você o que?! - Magnus e Izzy exclamaram.

– Alicia é uma Homofóbica desgraçada e ainda insultou a Tikki  que estava grávida ainda. - falei. - não me lembro o que estávamos conversando, mas ela disse que pessoas do mesmo gênero não veriam se relacionar, pois não era coisa de Deus. - digo. - ai eu rebati que eu não seguia a religião dela e que a minha não tinha essa palhaçada. - contei. - foi algo assim. - murmurei.

Magnus me olha desconfiado, mas ignorei seu olhar.

– Não posso fazer nada, não consigo engolir aquela cobra. - falei em minha defesa.

– Vou engolir essa sua desculpinha. - Magnus murmurou.

Me segurei para não rir.

– E vocês meninas? - Alice perguntou. - apenas o Magnus falou sobre ele. - diz.

– Há... não tem muito o que falar sobre nós. - Izzy diz. - somos Nephilim. Sou da linhagem dos Lightwood. - falou.

– Fale um pouco sobre eles. - Nessie pediu.

– Bem... meus pais são separados, tive um irmão mais novo que faleceu na guerra mortal. - Izzy começou.

– Nos sentimos muito. - as meninas que moram em La Push disseram.

– Molly comentou por cima. - Bella murmurou.

Izzy me olhou.

“ – Foi uma das justificativas que dei para ter vindo morar em Forks. - respondi em sua mente”.

Izzy assente com a cabeça.

– Quase morri também, já que nosso suposto primo tinha me dado uma martelada na cabeça, mas em minha foi mais fraco que a do Max. - Izzy contou. - meu pais se separam logo após a morte do Max e a Guerra. - diz.

– Que situação. - Leah murmurou.

– O casamento deles já estava ruim. - Izzy diz. - meu pai já não estava sendo fiel a minha mãe, ele só continuou no casamento por conta dos filhos. - falou.

As meninas ficam em choque com o que Izzy contou.

– Nós duas descobrimos a traição. - falei chamando a atenção para mim. - não vou mais com a cara do pai da Izzy desde de nova, apesar de não ser próxima da mãe da Izzy, o pai dela sempre foi mais frio comigo. - digo.

– Não tenho o que reclamar deles. - Izzy diz. - apenas que eles são exigentes, mas depois que soubemos que eles eram do ciclo, não ficamos mais obcecados com a aprovação deles. - comentou.

– Quase um Benedict da vida. - Magnus comentou com humor.

– Vira essa boca para lá, Bane. - resmunguei e o olhei feio. - se o que você me contou sobre o Benedict, prefiro mil vezes o Robert e a Maryse. - digo.

– Bem... tenho mais dois irmãos. O Alec que é meu irmão de sangue e o Jace que é meu irmão adotivo. - Izzy voltou a falar. - sou a filha do meio. Adora uma roupa colada, batom vermelho e não podemos esquecer das botas de salto alto. - diz e sorri.

Clary e eu rimos.

– Amo caçar demônios de salto alto. Tenho diversos modelos e de tamanhos diferentes. - Izzy contou. - minha arma para caçar demônio é a Lâmina Serafim e meu querido Chicote de Cobra. - diz e balança o pulso onde está sua pulseira de cobra.

– Seu bracelete de cobra? - Emmi questionou.

– Ele vira um chicote ou um bastão. - expliquei. - também tem um parecido com o da Izzy, mas o meu é normal. - falei.

– Que legal. - as meninas murmuram.

– Você namora Izzy? - Nessie perguntou.

Izzy sorri.

– Sim. Namoro Simon. - a mesma respondeu. - mas nosso relacionamento está um pouco complicado desde que ele perdeu a memória. - diz. - acho que ele se sente culpado por isso. - murmurou.

– Você acha? - Magnus perguntou e levantou a sobrancelha para cima.

– Sem briga vocês dois. - alertei.

– Ah... acho que a Molly disse alguma coisa. - Nessie disse. - ele era um vampiro e sacrificou a imortalidade dele para salvar o Magnus e vocês do inferno. - falou.

– Isso mesmo. - Izzy diz. - sua vez Clarissa. - falou olhando para a mesma.

As bochechas da Clary ficam vermelhas.

– Bem... eu fui criada junto com os humanos e não como uma Nephilim, pois minha mãe estava fugindo do meu pai biológico. - Clary começou a contar um pouco sobre sua história. - acho que a Molly deve ter dito que meu pai biológico é o Valentim. - diz.

– Ele contou por cima. - Bella murmurou sem dar muitos detalhes.

Olhei para a mesma em agradecimento. É um pouco complicado ser filha de um maluco psicopata.

– Apesar dele ser meu pai biológico, nunca vi e nunca verei ele como tal. - Clary diz e logo abre um sorriso. - apesar da minha mãe ter demorado a assumir uma relação com o Luke, sempre o vi como uma figura paterna. - diz.

– Luke foi um Nephilim também, mas Valentim que era seu Parabatai armou uma armadilha que o fez se tornar um Licantropo, pois ele era apaixonado pela tia Jocelyn. - contei para elas que arregalaram os olhos. - mas quero deixar claro que Luke sempre respeitoso e quando tia Jocelyn se casou com Valentim, ele engoliu sua paixão para não perder a amizade dela. - digo.

– E é claro. Tomar conta dela e do meu biscoitinho. - Magnus diz olhando na direção da Clary.

Na mesma hora, Clary fica toda vermelha.

– Para Bene, está deixando a menina sem jeito. - falei e bati em seu ombro.

– Biscoitinho? - Luna questionou.

– É que quando a mãe da Clary vinha até mim para bloquear as visões dela para o mundo das sombras, Clary amava meu delicioso biscoitos de manteiga. - Magnus contou. - ela os comia praticamente todos que tinha no pote e então a apelidei carinhosamente de biscoitinho. - diz.

Elas olham para Magnus em choque.

– Liguem não. Ele faz isso com todo mundo. - falei. - o meu é bombonzinho, torta de maçã, Joaninha ou Diaba. - contei.

– Torta de Maçã? - Hayden questionou em tom de zombaria.

– É porque quando mais nova, ela fugia para minha casa e costumava fazer torta de Maçã. Então, sempre vinham em minha casa para comer um pouco que nem uma esfomeada. - Magnus contou.

Olhei em choque para ele.

– Isso é mentira. - falei indignada.

Magnus gargalhou alto.

– Porque não continua Clary. - pedi olhando para minha prima.

Ela solta um risinho.

– Minha mãe me criou com os humanos, então estudei em uma escola normal, fiz curso de arte particular... - Clary diz. - acho que é uma habilidade dos Fairchild, pois a Molly desenha muito bem também. - falou.

– Então a nossa irmã roubou toda essa habilidade, pois meus desenhos são péssimos. - Luna diz.

– Os meus dão para o gasto. - Sol diz dando de ombro.

– Eu sei desenhar. - Naomi falou e olhou para Luna. - onde você tirou que a Molly roubou a habilidade de desenhar? - questionou.

– Então sou a única Fairchild que não sabe desenhar. - Luna lamenta dramaticamente.

– Isso é mentira. - falei. - Liam, Malia e Apollo são uma negação. - falei olhando para Luna. - não sei se o Zack e Jackson são bons, mas sei que Troy e Allan são feras. - digo.

– Realmente, meu namorado desenha muito bem. É de causar inveja. - Gabriella murmurou.

Hayden e eu rimos.

– Liam desenha tão mal que dá até vontade de chorar. - Hayden diz.

– Tadinho. - murmurei, mas gargalhei, pois sei que é verdade.

– Acho que é só isso... - Clary falou. - não quero falar muito sobre Valentim e meu irmão Jonathan, eles não merecem ter a vida e a história contadas. - diz.

– Tudo bem. Não precisa contar sobre eles. - Bella falou.

– Até porque a Molly deve ter contado e se não contou, depois ela conta. - Izzy murmurou.

Revirei os olhos. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, escutamos uma voz masculina gritar furiosamente.

– Só pode estar de brincadeira. - Ellen, Nessie e Rosalie disseram.

 

 

 

 

QUEM SERÁ QUE ESTÁ BERRANDO?

 

 

 

 

 

Capítulo 43

Capítulo 45

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