E.A.: Capítulo 43, Segundo Encontro

 


Pov. Jonathan

 

28 Agosto, 3:14 AM

Molly dormiu depois que a coloquei na cama, sei que ela está preocupada, mas nunca a deixaria dormir em pé. Então a fiz ir para a cama. Sua respiração bateu em minha nuca e sei que ela não acordará nem que uma bomba estoure agora mesmo nesse quarto. Olhei para cama onde está sua gata. Tikki está com os seus onze filhotinho, eles são as coisas mais lindas e miudinha que já vi. O olhar amoroso que Molly lançou na direção deles foi a coisa mais fascinante que já vi em toda minha vida, apesar dela não ter ajudado Tikki a dar a luz, Molly ficou vigiando a felina de perto, nada era deixado de lado.

Sinto o olhar de Plagg sobre mim, ele está cansado também, mas está vigiando sua companheira e suas proles.

– Pode ficar com eles. - sussurrei olhando para o gatuno. - prometo ficar vigiando vocês. - falei. - sei que quer ficar com eles. - digo.

Plagg apenas me olha e hesita um pouco, mas logo viu que não desistiria. Ele desceu do criado mudo da cama da Molly e foi na direção da cama deles, ele verificou se está tudo bem com seus filhotes e antes de se deitar o mesmo me olhou com um olhar de como se disse: É para ficar de olhos neles.

Achei fofo o seu jeito. Logo ele dormiu, junto com seu companheiro. Olhei para trás e verifiquei Molly que nem saiu da sua posição.

 

_ Quebra de Tempo _

 

28 Agosto, 7:23 AM

Senti um aperto ao meu redor e uma respiração quente em meu pescoço.

– Bom dia. - desejei e viro um pouco minha cabeça para olhá-la.

– Bom dia. - Molly respondeu com a voz rouca.

Ela me agarrou com mais força, o que me fez rir. Virei-me e abracei sua cintura.

– Tikki e os filhotes passaram a noite bem. - informei e passo o nariz em sua bochecha.

Ela sorriu de olhos fechados, mas abriu os olhos para me olhar.

– Você ficou vigiando eles a noite toda? - ela perguntou com a voz rouca.

– Fiquei. - respondi. - queria que dormisse tranquilo. - falei e beijo a ponta do seu nariz.

– Obrigada. - ela agradeceu e me deu um selinho.

A agarrei mais, o que a fez rir.

– Quer nos fundir? - Molly perguntou e mordeu meu queixo para me provocar.

– Não. Apenas quero seus lábios nos meus. - murmurei e me aproximei para beijá-la, mas a mesma se afastou de mim.

– Deixa eu escovar meus dentes. - Molly murmurou e tentou sair do meu aperto, mas não a deixo sair. - estou com um bafo de matar. - diz.

– Não me importo com seu mau hálito. - falei sendo sincero.

– Mas eu sim. - ela resmungou me olhando nos olhos e faz biquinho.

– Tá bom. - cedi e a soltei.

Molly saiu da cama e vai para o andar de baixo. Escuto a mesma no banheiro e ela demora cerca de oito minutos.

– Voltei. - Molly diz eufórica.

Ela sobe na cama e vem engatinhando até mim, a mesma passa sua perna de cada lado do meu corpo. Seguro sua cintura e me sentei na cama.

– Já está indo te buscar. - brinquei.

Ela riu.

– Seu bobo. - Molly diz.

Ela se aproximou mais de mim e beijou meus lábios. Damos alguns amassos e nos separamos quando ouvimos miados finos. Molly olha para a cama dos seus gatos e se levanta para ajudar Tikki com os filhotes. Fico a observando ajudar a gatinha com paciência e carinho. Plagg sobe na cama e vem para perto de mim.

– Te expulsaram? - perguntei olhando para o gatuno e faço carinho em sua cabeça.

Ele apenas ronrona em resposta.

– Pode voltar Plagg. - Molly falou subindo na cama outra vez.

Plagg se levantou da cama e saiu dela indo até sua companheira. Molly se deitou quase toda em cima de mim, mas faço que se deite por completo sobre mim.

– Queria ficar assim o dia todo. - ela disse e suspirou se aconchegando mais em mim.

Sorri.

– Podíamos fazer alguma coisa. O que você acha de irmos para a clareira? Pelo visto está sol lá fora. - digo olhando para sua janela e vendo um pouco de sol escapar pela cortina.

Molly levanta a cabeça para me olhar.

– Podemos ir. - a mesma falou. - o que acha de irmos às 10 AM? - perguntou.

Sorri.

– Claro. - respondi. - cuido da comida. - falei animado.

– Tem certeza? Posso levar algo para comer. - ela falou me olhando.

– Eu levo. Não se preocupe. - falei e sorri. - apenas vista um biquíni. - digo.

– Tudo bem. - Molly diz e sorri.

Ficamos mais um tempo deitado na cama até que decidimos ir para casa ajeitar as coisas que levaria para o nosso encontro.

 

Pov. Molly

 

28 Agosto, 7:39 AM

Levantei da cama e fui para o andar de baixo, escolhi um biquíni em tom azul pastel. Vesti o biquíni, assim como uma camisa verde, shorts branco e chinelo de dedo da Margarida e do Pato Donald. Vou ao banheiro e faço um coque nos cabelos, coloquei um lenço azul para decorar o cabelo. Volto para o closet e pego uma bolsa para pôr algumas coisas para usar como óculos, toalhas, roupa extra, protetor solar natural e meu celular.

Deixo minhas coisas no sofá e saí do quarto, desço as escadas indo para a cozinha pegar a comida dos meu gatos. Voltei para meu quarto para levar as tigelas. Ajudei Tikki a comer já que ela estava amamentando os seus filhotes. Já Plagg está se alimentando ao meu lado.

– Jonathan e eu vamos ficar fora, mas vou avisar a mamãe e a tia Cora que vocês estão aqui. - falei olhando para Plagg.

– Miow. - ele miou concordando.

– Devo voltar tarde. - comentei. - mas não a noite. - falei e faço carinho gostoso em Tikki.

Quando eles terminaram, me levantei do chão e saí do meu quarto desci as escadas. Entro na cozinha e levo um susto quando vejo as gêmeas e Matteo, eles não estavam aqui antes.

– Você mima muito seus gatos. - Luna me acusa ao ver as vasilhas em minhas mãos.

Reviro os olhos.

–  Não mimo não. - respondi atravessado. - e tem uma ótima razão de ter levado comida para eles no quarto. - me defendi.

– E qual seria? - Sol perguntou.

Olhei para ela e sorri.

– Tikki teve os filhotes. - respondi derretida. - e Plagg se recusou a descer, ele não quer deixá-los sozinhos. - digo.

Luna e Sol gritam eufóricas. Me seguro para não rir da euforia das duas.

– Ela está bem? Quantos filhotes são? - Matteo perguntou, enquanto lavo minhas vasilhas.

Me virei e sorri para ele.

– Tikki está bem. E ela teve dez filhotinhos. - respondi amorosa.

– Caramba. Agora você tem doze gatos. - Matteo diz com os olhos arregalados.

Ri.

– Vamos adotar um gato. - Luna diz de repente e se pendura no pescoço do companheiro.

Matteo arregala os olhos em choque e olha para minha irmã. Luna está sorrindo amorosa para ele.

– Você quer adotar um gato? - Matteo perguntou olhando para os olhos da companheira.

Luna sorriu.

– Acho que deveríamos adotar um bichinho para cuidarmos. Podemos adotar um cachorro se você achar melhor. - Luna diz. - o que você acha? - perguntou.

Matteo sorriu.

– Acho uma ótima ideia. - ele diz.

Luna fica eufórica e beija os lábios do Matteo.

– Você prefere o que? Gato ou cachorro? - Luna perguntou.

– Sendo sincero. Prefiro gato. - Matteo diz. - mas se você preferir cachorro, podemos adotar um cachorro. - se apressou em dizer. - gosto também de cachorro e...

Luna o interrompe e beija seus lábios.

– Aonde você vai? - Sol perguntou me olhando de cima a baixo.

Sorri para eles e sai da cozinha o mais rápido possível, subi as escadas indo para meu quarto. Dou uma arrumada em meu quarto, pois tinha algumas coisas fora do lugar.

Escuto o barulho de mensagem recebida no celular. Peguei o celular e verifiquei.

 

~ Mensagem Chaton:

Jonathan: Já estou pronto. Vamos nos encontrar no caminho?

 

[Li a mensagem]

 

~ Enviar mensagem: 

Molly: Já estou saindo de casa.

Molly: Apenas vou ver a Tikki e pegar um dos meus cavalos para ir. Não vou demorar.

  

Depois de responder a mensagem guardei o celular na bolsa e fui dar mais uma olhada em Tikki e nos filhotes, quando vi que eles estão bem sai do quarto com minha bolsa. Dou de cara com meu papai.

– Bom dia, pai. - desejei animada e sorri.

– Bom dia, princesa. - desejei e retribuiu meu sorriso, ele me olha de cima a baixo e franze o cenho. - onde você vai? - perguntou.

– Vou sair com Jonathan. - respondi animada. - volto mais tarde. E não vou almoçar em casa. - digo e pisquei.

Pai semicerrei os olhos.

– Não acha que está grudada? - o mesmo questionou.

Sorri com o seu ciúmes bobo.

– Está com ciúmes pai? - perguntei tombando a cabeça para o lado e achando fofo seu ciúmes.

– Não estou com ciúmes. - pai diz e fica emburrado.

Ri.

– Claro. - murmurei. - estamos aproveitando nosso momento. - falei fazendo charme.

Papai resmungou enciumado, o que me fez.

– Não se preocupe, pai. Ele me faz bem. - falei e beijei sua bochecha. - tem algo que tenho que te contar e que vai me deixar feliz. - digo animado.

– Você está grávida? - pai perguntou em choque.

Reviro os olhos.

– Não, né pai. - respondi sem acreditar. - a Tikki teve os filhotes. - falei.

Pai arregala os olhos e me abraça.

– Santa Lupita. - pai diz eufórico.

Isso me faz rir.

– Ela e os filhotes estão bem. Tikki teve dez filhotes. - falei, quando papai me soltou.

– Doze gatos nesta casa. - pai diz, fazendo drama.

Reviro os olhos.

– Não foi eu que contei. Mas Luna e Matteo estão querendo adotar um bichinho. - contei e pisquei para o papai.

Ele ri.

– Sabia que Luna ia convencê-lo. - pai diz.

Olho para ele.

– Você já sabia? - questionei surpresa.

– Luna veio com essa história e achei uma boa ideia. - pai diz animado.

Fechei os olhos desconfiada.

– O que o senhor está aprontando? - questionei.

– Nada. - pai respondeu se fazendo de desentendido. - apenas achei interessante. - falou com quem não quer nada. - acho que Sol deveria adotar um bichinho também. - diz.

Ri da loucura do meu pai.

– Bom, vou indo que já estou atrasada. - falei. - pode pedir para tia Cora ir dar uma olhada na Tikki e nos filhotes. E pedir para alguém dar umas olhadas de vez enquanto. - pedi e mostrei meus olhinhos de boneca.

Pai sorri.

– Peso sim. - pai respondeu.

Gritei eufórica e abracei o mesmo, dou um beijo em sua bochecha antes de descer as escadas e ir para o estábulo e pegar um dos meus cavalos ou uma das minhas éguas.

Escolhi a Tequila. Faço carinho na minha garota e como seus apetrechos. Subi na égua e saio com ela em direção a floresta, ouvi um apito do meu celular e imagino que seja Jonathan. Diminui a velocidade da minha égua e peguei o celular para ver.

 

~ Mensagem, Chaton

Jonathan: Estou te esperando.

Jonathan: Não sei se você lembrará de duas árvores que tinham algumas flores brancas.

 

~ Li a mensagem. 

Sei onde Jonathan está. Volto a correr com Tequila, mas com cuidado para que ela não se machuque no processo.

Um tempo depois, consigo sentir o cheiro de Jonathan. Diminui a velocidade e apenas trota até onde ele está.

– Oie... - cantarolei animada.

Jonathan se vira, já que estava de costa para mim, ele me olha fascinado.

– Você demorou. - ele me acusou e fez bico.

Ri. Fiz menção de descer da égua e logo senti sua mão e mim para me ajudar a descer.

– Obrigada. - agradeci e lhe dei um selinho rápido.

– Disponha. - ele respondeu e me deu um selinho.

– Desculpa a demora, mas estava com meu pai. - respondi e sorri.

Jonathan estava sério.

– Estava apenas brincando. - o mesmo diz preocupado. - não quero ser daqueles namorados grudentos e possessivos. - falou.

Sorri com seu jeito fofo.

– Eu sei. - murmurei. - pode ser grudento o quanto quiser. Se você estiver passando dos limites, vou lhe dizer. Não sou uma pessoa fácil de se lidar. - falei e suspirei. - gosto de ter minha liberdade. - digo.

Ele franziu o cenho.

– Sua liberdade? - Jonathan questionou.

– Não liberdade de ficar com outras pessoas, isso jamais sugeriria ou faria. - falei deixando claro. - mas liberdade de sair com meus amigos. Minha família. Ou fazer algo que costumava fazer em New York. - digo. - um exemplo, é que terei que viajar para New York de repente por conta de ser uma Nephilim. Não quero que fique bravo se eu decidir ir ao invés de ficar aqui com você. - expliquei.

Jonathan suspirou.

– Quero deixar claro que nunca pediria para você escolher. - ele diz. - vou ficar preocupado. Com medo. Mas entendo que você precisa ir e ajudar seus amigos, sua família. - falou.

Sorri com o que ele diz. Beijo seus lábios e só me separei com os resmungos da Tequila.

– Você é uma estraga prazeres. - resmungo para ele.

– Ihhhhhh! - ela relincha.

Jonathan ri.

– Ela é muito bonita. - ele murmurou e sorri para a égua negra com uma mancha branca no focinho.

Sorri.

– Ela é linda mesmo. - falei. - essa é a Tequila. - digo a apresentando. - e Tequila esse é o Jonathan, meu namorado. - o apresentei para ela.

– Ihhhhh! Ihhhhhhh! - ela relinchou alto querendo dizer: É um prazer conhecê-lo.

Jonathan sorri mais ainda e me agarra, o que me faz rir.

– Calma ai, gatinho. - falei. - não vamos mais para a clareira? - perguntei.

Ele se afasta de mim.

– Vamos. - ele respondeu. - suba na Tequila para irmos. - diz.

Franzi o cenho.

– Não quer que eu vá andando com você? - perguntei.

– Não precisa. Não quero que você se canse. - ele diz.

Sorri com sua fofura.

– Quero ir com você. - falei. - além disso, Tequila ficará mais confortável se não tiver ninguém montada nela. - digo.

– Você é quem sabe. - Jonathan diz.

Antes de irmos, tirei a focinheira e a cabeçada da Tequila para que fique mais confortável e quando chegássemos na clareira tiraria a sela dela.

Entramos mais na mata e fomos para a clareira.

 

_ Quebra de Tempo _

 

Assim que chegamos na clareira. Tirei os apetrechos de Tequila e a deixei solta pela clareira, instruir ela a sair quando quisesse fazer suas necessidade biológica e disse que se sentisse qualquer coisa era para vir falar comigo, antes de me afastar dela lhe dei um beijo no focinho húmido.

Me junto ao Jonathan e o ajudo a arrumar a toalha e algumas coisas.

– Trouxe café caso você não tenha tomado em casa. - ele diz e me entrega uma caneca térmica fechada.

Sorri para ele e pegou a caneca.

– Obrigada. - agradeci.

Tomo um gole do café e está bem amargo do jeito que gosto.

– Está gostoso? - ele me perguntou.

– Está divino. - respondi e lhe dei um selinho.

Arrumamos as coisas na toalha de mesa e em seguida tiramos nossas roupas, eu fiquei apenas de biquíni e ele de sunga. Ele me olha de cima a baixo e sorri.

– A cor caiu bem em você. - Jonathan murmurou.

Ri.

– Você está um delícia com essa sunga. - falei e passo a língua em meus lábios.

Jonathan está com uma sunga verde musgo, ele tinha alguns detalhes em branco e preto. Ele ri e vem até mim para me abraçar.

– Quer entrar na água agora? - perguntei.

– Vamos. - falei.

Tomei mais um pouco de café e deixei a caneca na toalha.

Fomos para a água e mergulhamos juntos. Ficamos bastante tempo na água até que senti fome. Depois de comer, ficamos namorando e conversando sobre coisas aleatórias, rimos e implicamos um com o outro, foi um domingo muito divertido.

Quando voltei para casa, fiquei feliz. Sabia que ele viriam bem mais tarde, pois ele disse que precisava caçar, mas não iria muito longe para poder passar a noite comigo e confesso que é meu momento favorito, quando ele vem passar a noite comigo, quando dormimos agarradinhos, mesmo que nem sempre ele dorme. Me sinto feliz que nosso relacionamento está dando certo e espero que continue assim.

 

 

 

 


Capítulo 42

Capítulo 44

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