Pov. Molly
27th Agosto, 7:47 PM
Escolher um pijama xadrez vermelho e preto de manga curta. Vou em uma parte do guarda roupa onde deixei vazia, abro uma gaveta onde tem vários pijamas masculino.
– Andou fazendo faxina no guarda roupa? - Jonathan perguntou atrás de mim.
Viro-me para olhá-lo, o mesmo está com a toalha enrolada na cintura.
– Sim e não. - respondi. - bem... deixei um espaço para que guarde suas coisas no armário. - falei olhando em seus olhos. - nas duas gavetas tem pijamas e cuecas limpas e novas. - digo.
Jonathan me olha e nem pisca.
– Você deixou uma parte do seu guarda roupa para por minhas roupas? - o mesmo perguntou surpreso.
– Deixei. - respondi na defensiva. - achei que você poderia por roupas suas no meu closet. Desculpa se eu fui rápida demais... e...
Sou interrompida por seus lábios nos meus.
– Não precisa pedir desculpa. Só fiquei surpreso de ter feito isso. - Jonathan diz olhando dentro dos meus olhos. - e obrigado por arrumar um espaço para minhas roupas. - agradece e me dá um selinho.
Sorri para ele.
– Tome se veste. - falei lhe dando um pijama novo.
Precisava sair de perto dele, pois se não arrancaria minha roupa e puxasse a toalha que está em sua cintura.
– Te espero na sala. - falei saindo do closet.
Escuto o mesmo rir. Vou até meu sofá e me sento, ligo a televisão, mexo no controle procurando uma série para Jonathan e eu assistirmos. Ele aparece vestido com o pijama que lhe dei, o mesmo vem até mim e se senta ao meu lado. Ponho em uma série: The Rookie.
Me deito no sofá e puxo Jonathan para se deitar em cima de mim. Assistimos três episódios e já não estava prestando atenção na televisão, meus dedos estão dentro de seus cabelos e movimento meus dedos em um vai e vem relaxante.
– Você deveria ganhar um prêmio de melhor cafuné. - Jonathan diz em um ronronar.
Ri.
– Sei que sou incrível. - falei toda convencida.
– Nada modesta. - ele diz.
Rimos juntos. Voltamos nossa atenção para a série policial que estamos assistindo.
– Amor? Posso lhe fazer uma pergunta? - Jonathan perguntou.
Ele levantou a cabeça do meu peito para olhar em meus olhos.
– Pode fazer qualquer pergunta se continuar me chamando de amor. - respondi sorrindo amorosa para ele.
Meu peito se aqueceu quando ouvi-o me chamar de “Amor”.
– Você gostaria de ser mãe? - Jonathan me perguntou.
Fiquei um pouco surpresa com sua pergunta, não digo nada, apenas fico em silêncio por um tempo. Olhei em seus olhos.
– Durante a minha juventude pensei sim. Liam, Troy e eu gostávamos de pensar em nomes para nossos futuros filhos. - falei e ri com a lembrança. - mas enterrei esse desejo quando Valentim me sequestrou e mexeu em meu ponto fraco. - digo melancólica.
Jonathan se levantou atônico e me olhou com os olhos arregalados.
– Você... - ele não terminou a frase, mas sua feição é de preocupação.
– Calma. Desculpa. Não quis te confundir. - falei com rapidez. Trago seu corpo de volta para perto do meu. - quando quis dizer que enterrei esse desejo, quis dizer que tinha perdido as esperanças de um dia encontrar a pessoa que passaria o resto da minha vida, comigo. Ele me fez acreditar que jamais lhe encontraria. - digo com dor na voz. - mas hoje, quando você ficou com a minha irmã, esse desejo reacendeu em mim. - confessei olhando dentro dos seus olhos.
Levo minha mão ao seu rosto e acariciou com carinho.
– Você será um pai incrível. - murmurei e sorri. - mas está cedo para pensarmos em ter filhos, se for para ser será. - digo. - além disso, meu corpo é forte e um pouco mais compatível com o seu sistema imunológico do que os humanos. - falei e pisquei.
Sabia que sua pergunta sobre ter filhos tem uma outra segunda intenção, mas ficarei segura e minha gestação seria tranquila mesmo ele sendo um vampiro. Jonathan sorriu e beijou meus lábios, deixamos a série de lado e ficamos namorando no sofá até que Plagg soltou um miado alto e agudo. Nós nos separamos e olhei para meu gato com preocupação.
– O que foi? - perguntei quando percebi seu comportamento.
– Miaw! - Plagg miou e desceu de cima do sofá indo para o closet.
– O que será que aconteceu? - Jonathan questionou já se afastando de mim.
– Algo com a Tikki. - falei já me levantando do sofá.
10:34 PM
Subi as escadas e vou para meu quarto. Encontro Tikki limpando algo pequeno e preto.
– Você está entrando em trabalho de parto. - falei para mim e estou em choque.
– O que?! - Jonathan perguntou e olhou na mesma direção que a minha.
Me aproximei da Tikki que está em sua cama de gato.
– Jonathan desça e pegue duas toalhas de banho no armário de vidro que tem no banheiro. - pedi para ele. - na sala tem uma outra cama de gato, pode trazê-la para cá? - perguntei.
– Já venho. - Jonathan diz e sai do quarto.
Me sento no chão em frente da Tikki, fico com receio de ajudá-la, então fico apenas olhando seu trabalho para poder intervir se precisar.
– As coisas que você me pediu. - Jonathan diz trazendo as coisas que tinha pedido.
Não me levantei do chão, ele me traz as coisas que pedi. Ponho as toalhas na cama que fica no andar de baixo, forro da melhor forma para que a cama fique confortável e quentinha. Plagg vem para meu colo e fica observando Tikki.
– Miow! - ele miou preocupado com sua companheira.
– Ela ficará bem. - murmurei e faço carinho.
Plagg me olha e volta a vigiar Tikki. Olho para ela que já deu à luz a três filhotes dois preto e um branco, mais um gatinho está vindo ao mundo e esse era branco e preto.
– Você não vai ajudá-la? - Jonathan perguntou.
– Só se ela precisar. - respondi. - quando menos os filhotes tiverem meu cheiro melhor. - falei e olhei para ele.
Plagg se levanta e vai até Tikki quando vê que tem mais um filhote vindo a caminho e ela não tinha terminado de limpar o que tinha acabado de nascer, ele ajuda a companheira a limpar o filhote.
– Como ele sabe que ela precisava de ajuda? - Jonathan questionou.
– Plagg se sentou em minhas pernas para ficar de vigia. Ele está pronto para auxiliá-la. - falei olhando para ele. - se eles não se derem conta, estou aqui para ajudá-los. - digo e sorrio.
_ Tempo Depois _
28 Agosto, 2:36 AM
Já era tarde e Tikki ficou até a 1 AM em trabalho de parto. Estou caindo de sono, mas quero me manter acordada, vigiando ela enquanto descansa, junto com seus filhotes. Quando ela terminou de dar a luz tinha posto ela em uma caminha limpa junto com seus dez filhotes.
Estou caindo de sono e de repente sinto braços gélidos me circularem ao meu redor, dou uma acordada e olho para Jonathan.
– Você está dormindo em pé. - ele diz em voz baixa.
Ele me põe em minha cama e se junta a mim.
– Eles ficaram bem. Durma que eu ficarei vigiando eles a noite toda. - o mesmo falou e sorriu.
Jonathan se inclinou e depositou um beijo em minha testa. Bocejei cansada e fechei meus olhos, mas antes senti ele se deitar ao meu lado e de costas, me aproximei dele e abracei suas costas, encostando minha cabeça nas suas costas largas, ele pega em minha mão e a leva para seu peito.
– Boa noite, Joaninha. - escuto sua voz longe.
– Boa noite, gatinho. - murmurei.
Apaguei em seguida.
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