E.A.: Capítulo 40, Almoço na Casa dos Cullen



 Pov. Jonathan

 

27th Agosto, 5:45 AM - Sábado

Observo minha joaninha dormir em um sono calmo e profundo. Viro minha cabeça na direção da janela e vejo que está amanhecendo pela pouca iluminação que escapa pela fresta da cortina. Olhei para o relógio que está na cabeceira da cama e o mesmo marcou quinze minutos para as 6 AM.

Essa noite ela não me fez dormir, por ter chegado muito tarde da caçada e quando cheguei, Molly já estava dormindo e não quis acordá-la, a mesma nem acordou quando me deitei ao seu lado, apenas resmungou e se aconchegou mais perto de mim quando envolvi meus braços ao seu redor e me aconcheguei mais perto dela. Saio dos meus devaneios com a movimentação dela. Molly me abraça e esfrega seu rosto em meu peito.

– Bom dia. - ela murmurou com a voz rouca.

Esfreguei a ponta do meu nariz em sua bochecha, o que a fez rir.

– Bom dia. - respondi e beijei demoradamente sua bochecha.

Molly dá risada e se agarra mais em mim que no carrapato, sem que ela tivesse tempo de reação sob minhas ações, mudei nossas posições ficando em cima dela, mas se por todo meu peso sobre seu corpo.

– Hey! - Molly protestou.

A mesma começou a ser remexer embaixo de mim, mas prendo seu corpo de modo que ela não consiga sair. Molly rosnou frustrada em não conseguir se mexer, seus lábios formaram um biquinho muito fofo.

– Assim não vale. - Molly resmungou.

– Nunca te disseram que a vida não é justa. - falei em tom debochado.

Molly rosnou outra vez e fechou a cara. Beijei seus lábios para desfazer sua cara amarrada. Rompi o beijo quando faltou ar para ela, olhei em seus olhos que pareciam duas esmeraldas reluzentes.

– Te amo. - Molly murmurou infiltrando seus dedos em meus cabelos para me fazer cafuné.

Sorri para ela e beijei seus lábios mais uma vez.

– Também te amo. - sussurrei próximo aos seus lábios.

Quando nos separamos, Molly me dá vários selinhos para me distrair, de repente ela mudou nossas posições me deixando debaixo de si. Ela se sentou em meu quadril e sorriu à sapeca.

– Que tal um banho junto, senhor Cullen? - Molly perguntou com a voz sedutora.

Sorri malicioso.

– Uma excelente ideia, senhorita Fairchild. - respondi e movimentei minhas sobrancelhas.

Segurei firmemente sua cintura e em um único impulso fiquei de pé com Molly em meus braços. Ela envolveu suas pernas envolta da minha cintura e se segurou firme ao redor do meu pescoço.

– Jonathan! Seu maluco! - Molly esbravejou irritada comigo.

– Relaxa joaninha. Nunca te deixaria cair. - murmurei e lhe dei um selinho rápido.

Desci as escadas e nos levei para o seu banheiro. Ponho ela no chão e a mesma se afastou indo para pia. Olhei Molly de cima a baixo e não tinha visto que a mesma estava vestida com uma das minhas camisas.

– O que está olhando? - ela perguntou quando cuspiu a pasta na pia.

Sai do transe que estava, sorri para ela que terminou de escovar os dentes. Me aproximei dela e a abracei por trás e depositou um beijo molhado atrás da sua orelha, os pelos da sua nuca se arrepiaram.

– O quanto você está uma delícia vestida com a minha camisa. - respondi sua pergunta em um sussurro no pé da sua orelha.

O corpo da Molly estremece com o tom da minha voz. Infiltrei minha mão esquerda por debaixo da sua camisa, passo minha mão pela sua pele ardente, o caminha que a minha mão percorre em direção ao seu seio esquerdo, envolvi minha mão em seu seio e o apertei com lentidão. Molly soltou um gemido misturado com um rosnado e jogou a cabeça para trás.

– Depois eu que sou a loba má. - Molly murmurou com dificuldade, ela jogou sua bunda na direção da minha ereção e se esfregou nela, mordiscou seu pescoço.

Na minha velocidade vampiresca, viro o corpo da Molly para ficar de frente para mim, pego em sua cintura e a levanto para colocá-la sentada na bancada da pia. Beijo seus lábios avidamente, quando ela fica sem ar passo a beijar seu pescoço que está descoberto pela camisa

– Gatinnnhoooooooo... - Molly gemeu em desespero. - temos que parar... - murmurou ofegante, mas ignorei seu aviso.

Beijo seus lábios outra vez e comecei a desabotoar os botões da sua camisa, enquanto isso, esfrego minha ereção em sua parte íntima.

– Jonathan! - Molly gemeu meu nome quando mordisquei seu lábio inferior, a mesma revira os olhos em puro prazer.

Terminei de tirar sua camisa, enquanto isso, desço beijos molhados até chegar em seu seio esquerdo e o abocanhou, começo a chupar com vigor e apenas escuto ela gemer alto e trazer meu quadril para mais perto de si para friccionar sua feminilidade em minha ereção. De alguma forma, ela consegue tirar minha calça de moletom junto com a cueca. Termino de tirá-las e solto seu seio, pego Molly no colo e a levo em direção ao chuveiro, abro o registro e a água quente cai sobre nossos corpos.

– Delícia... - Molly gemeu quando a água quente caiu sob seu corpo.

Ela se aproximou mais de mim com olhar sério.

– Você é um gatinho muito malvado. - a mesma murmurou e desfez a cara séria.

Ela beija meus lábios e nós dois namoramos um pouquinho no chuveiro para depois tomarmos um banho bem gostoso juntos.

 

_ Quebra de Tempo _

 

Quando sai do chuveiro, Molly continuou para poder terminar de tomar banho, já que tinha lavado seus cabelos. Tempo depois, ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha roxa. Já eu estou com as minhas roupas de ontem quando vim de casa.

– Preciso ir. - murmurei manhoso não querendo me afastar dela, queria passar o dia todo agarrado a ela. - meus pais já mandaram mensagem querendo saber de mim. - digo e faço bico.

Molly sorri e se aproxima de mim, ela me dá um selinho demorado.

– Vá. Que nos veremos mais tarde. - a mesma diz sorridente.

Ela beija meus lábios com intensidade. Nos separamos quando meu celular apitou indicando que alguém me enviou mensagem. Molly riu quando soltei um rosnado frustrado.

– Nos vemos mais tarde. - falei lhe dando mais um selinho, só que demorado.

Me afastei dela para poder ir para casa. Vou para a sua sala para poder sair pela sacada do seu quarto, mas antes de sair, verifico se a barra está limpa e quando sei que não tem ninguém para me incomodar, sai em minha velocidade vampiresca em direção a floresta. Vou direto para a mansão para evitar meus pais que possivelmente estejam no chalé me esperando. Entrei pela janela do meu quarto em vez da porta da frente.

– Caramba, tia Alice! - exclamei me assustando quando entrei no meu quarto e a vi sentada em minha cama. - quer me matar do coração? - questionei sendo dramático.

Ela revirou os olhos.

– Olha o drama. - tia Alice advertiu. - posso saber onde o senhor estava? - perguntou cruzando os braços.

– Dando uma volta. - respondi e sorri amarelo. - estava ansioso demais para ficar em casa. Então, decidi dar uma volta para espairecer. - falei dando uma desculpa.

Tia Alice semicerrou os olhos desconfiada e me olha de cima a baixo.

– Tudo bem... - a mesma diz deixando passar minha desculpa. - separei sua roupa para você vestir para o almoço. - falou apontando para as mudas de roupas em cima da cama.

– Obrigada, tia Alice. - agradeci. - vou vesti-las depois. Vou ver se a vovó quer minha ajuda na cozinha. - falei sorrindo.

Aproximei-me dela e lhe dei um beijo na sua bochecha. Tia Alice me dá um tapa no braço em forma de provocação, o que me fez rir.

– Seus pais estão te procurando. - tia Alice informou.

– Eu sei que estão. - falei já fora do quarto.

Sai do meu quarto e vou atrás da minha avó. A encontrei na cozinha cortando cenoura.

– Me diz o que precisa ser feito que estou a sua disposição. - falei assim que entrei na cozinha.

– Oi para você também. - Vó murmurou e riu. - quero ajuda sim. - diz.

Sorri para ela e vou até a mesma para lhe dar um beijo no rosto. Estou animada, não apenas hoje, mas estou mais animado que nos outros dias e essa minha felicidade tem nome e sobrenome.

– E essa animação toda? - Vó me perguntou e sorriu.

Lavei minhas mãos na pia da cozinha.

– Estou normal. - digo sendo modesto.

Sinto algo bater em meu ombro e notei que vovó tinha batido o pano de prato em mim, isso me fez gargalhar.

– Vá cortar cebola para me ajudar. - Vó mandou.

Apenas assenti com a cabeça, ajudei minha avó a preparar o almoço. Carmen veio dar uma ajudinha em outras coisas, assim como minha mãe e Nessie que tinha acabado de chegar.

 

Pov. Molly

 

6:37 AM

Quando Jonathan foi embora. Coloquei uma calcinha e vesti um shorts de pano preto e uma blusa branca, coloquei o chinelo no pé e sai do quarto. Estou super animada e decidi fazer panquecas para o café da manhã. Decidi as escadas e fui em direção a cozinha. Peguei os ingredientes que vou precisar para fazer as panquecas, deixei os fornos aquecendo para por as panquecas feitas e mantê-las aquecidas depois. Enquanto fazia panquecas na frigideira, fui fazendo a massa dos meus deliciosos cookies.

– Você está animada. Ou é apenas está ansiosa? - papai perguntou ao entrar na cozinha.

Levei um baita susto do mesmo. Viro-me para olhá-lo.

– Não estou ansiosa, mas sim animada. - retruquei voltando minha atenção ao fogão.

– Me engano que eu gosto. - pai diz indo até a cafeteira onde já tinha café pronto, pois tinha feito antes de começar a fazer as panquecas.

Ele põe um pouco de café em uma xícara.

– Não estou enganando ninguém. - me defendi.

Senti o olhar do meu pai sobre minhas costas.

– O Jonathan já foi ou ainda está em seu quarto? - pai perguntou do nada.

Arregalei levemente os olhos.

– Do que está falando pai? - perguntei me fazendo de desentendida. - ele deve estar na casa dele e não em meu quarto. - falei. - e porque ele estaria lá? - questionei.

– Molly Fairchild Brown... - pai chamou pelo meu nome todo.

Virei-me para olhá-lo nos olhos.

– Credo pai. O que foi que eu fiz? - perguntei me sentindo acanhada e me fazendo de desentendida.

Ele me olhou com a sobrancelha erguida e aí eu soube que o mesmo sabe que Jonathan esteve aqui em casa, principalmente comigo.

– Como? Quando? E quem mais sabe? - perguntei afobada e na defensiva.

Papai revirou os olhos.

– Descobri ontem, quando vi ele entrando em seu quarto. - pai respondeu. - acho que era umas 3 AM, mais ou menos. - falou.

Franzi o cenho.

– O que estava fazendo acordado às 3 AM? - questionei olhando atravessado para ele e cruzei os braços.

Sinto o cheiro de queimado atrás de mim, resmunguei e me virei para o fogão, onde minha linda panqueca estava queimando.

– Essa não é a questão, mas fiquei de plantão até às 2:30 AM mais ou menos. - pai murmurou. - acho que só eu sei de vocês dois. Não contei à sua mãe ou aos seus irmãos. - diz.

Suspirei aliviada.

– Ótimo. Que continue assim. - murmurei colocando a panqueca na travessa de alumínio e coloquei mais massa na frigideira.

– Porque estão se escondendo? - pai perguntou. - sabe que não me importo que ele seja um vampiro, assim como essa família também não. - diz.

– Sei que vocês não se importam. - falei. - só quero ir com calma. - digo.

Papai fica em silêncio.

– Você sabe que Jonathan te ama e que não vai deixá-la, né? - o mesmo questionou alguns segundos depois.

Suspirei.

– Pai você sabe como sou. - falei. - preciso disso. Preciso desse segredo. - digo. - só não sei porque preciso disso. - murmurei sendo sincera.

– Segurança. - pai falou e olhei por cima do meu ombro. - você precisa se sentir segura nesse relacionamento para entender que dará certo. - murmurou. – como se sente com Jonathan vindo aqui, passar o tempo dele com você? - pai perguntou.

Sorri enquanto virava a panqueca.

– Me senti muito bem. - respondi. - o peso que tinha sob meus ombros parece que deixou de existir. É como se nada mais importasse. - murmurei. - me sinto mais leve quando estamos juntos, apesar de demonstrarmos sermos amigos na frente das outras pessoas. - digo. - somos muitos cúmplices e me senti tão bem que nem a insistência da Alicia está me estressando. Bem, quase sempre ela me irrita, mas a presença dele, ou o toque dele faz desaparecer toda a irritação que sinto. - contei.

Silêncio total que até pensei que papai tivesse saído da cozinha.

– Então, acho que seu receio de que Jonathan lhe deixe, ficou para trás. - pai murmurou, concluindo o que tinha falado com relação ao meu namorado.

Parei para pensar no que papai havia me dito e quando virei para lhe dar uma resposta, o mesmo já não estava mais na cozinha. Respirei fundo e continuei o que estava fazendo.

Terminei de preparar o café da manhã e arrumei a mesa para todos.

 

_ Quebra de Tempo _

 

8:14 AM

Quando todos acordaram e desceram para tomar café, eles se sentaram na mesa para tomarem café da manhã. Eles tiraram o dia para me provocar, mas não estava me importando com suas implicações, pois passei a noite e tomei banho com meu gatinho malvado. Assim que tomei meu café da manhã.

– Vou me arrumar. - falei me levantando e pegando meu prato.

Levo minha louça suja para a pia da cozinha. Subo as escadas e deixo a porta do quarto aberta. Olho a zona que está meu quarto e decidi dar uma arrumada nela. Pego as roupas que estão espalhadas na minha sala e no closet, coloquei elas no cesto de roupa suja e as roupas que tem o cheiro do Jonathan ponho na lava e seca roupa que tenho no banheiro. Quando saio do banheiro, leva um susto ao ver Liam sentado em meu sofá.

– O que você quer Liam? - questionei cruzando meus braços, achando que ele também sabia sobre mim e Jonathan.

– Conversar. - Liam respondeu olhando para mim.

Cruzo os braços e olho em seus olhos querendo uma resposta.

– O que realmente quer aqui Liam. Duvido que queira apenas conversar. - falei ríspida.

– Calma, esquentadinha. Realmente quero apenas conversar. - Liam murmurou se defendendo. - acho que você deveria contar para Jonathan que teve sua alma ligada a ele. - diz jogando a bomba para cima de mim.

– Liam eu não vou... - sou interrompida por ele.

– Não. Molly me escute... - o mesmo me cortou e se levantou. - você tem que contar a ele. Você sabe que os dois sofreram e...

– Para Liam! - falei mais alto para que ele parasse de falar. - não vou contar nada sobre ter tido a minha alma ligada a ele. - digo séria. - não tem que se preocupar com isso, sei o que estou fazendo. - digo.

– Mas... - Liam argumentaria, mas o cortei.

– Não tem mais... - falei. - Jonathan e eu somos amigos. - digo olhando em seus olhos, sorri para meu irmão. - prefiro que por enquanto sejamos apenas amigos. - murmurei. - e não se preocupe que ficaremos bem. - garanti.

– Tem certeza disso? - Liam perguntou em um tom de preocupação.

Acho fofo a sua preocupação, balancei a cabeça concordando com o que sentia naquele momento.

– Sabe que te amo, né? Pimentão! - questionei e o abracei apertado.

– Eu sei. - Liam murmurou e suspirou.

O mesmo beijou o topo da minha cabeça e saiu do meu quarto. Vou até a porta e a fecho, mas sem trancá-la. Ri comigo mesma com minha belíssima atuação. Decidi arrumar meus cabelos, pois os mesmos estão molhados ainda. Peguei o secador e comecei a secá-los calmamente, sem nenhuma pressa. Quando estavam secos, pensei em deixá-los soltos mesmo e talvez depois de escolher uma roupa penso no que fazer neles. Faço uma make leve e simples.

Voltei para o closet e me deito em meu puff quadrado e branco que tenho aqui. Olho para o teto para pensar no que poderia usar, o dia está uma maravilha então poderia usar algo gostoso e fresco.

– Quer ajuda? - levei um susto com a pergunta da Hayden. - desculpa. Não quis assustá-la. - murmurou.

Sorri para ela.

– Não se preocupe. Estava distraída que nem a ouvi entrar. - falei e bati no estofado ao meu lado.

Hayden se aproximou e também deitou ao meu lado.

– Cadê a Gabi? - perguntei virando a cabeça para olhá-la.

– Estou aqui. - Gabi respondeu entrando em meu closet. - foi mal a demora, mas estava brigando com o Troy. - diz se aproximando de Hayden e eu.

Nós duas olhando em choque para ela. Dos meus quinze irmãos Troy e Allan são os mais tranquilos, sem contar Jackson que tenho certeza que seguirá os mesmos caminhos deles dois.

– O que meu cunhado maracujá fez? - Hayden perguntou e sorriu.

Ri da sua brincadeira com a fruta. Troy é tão tranquilo que parece uma maracujá de tão calmo que ele é.

– Também estou querendo saber. - murmurei mega curiosa.

Gabriella se deita do meu outro lado me deixando no meio delas.

– Nada sério. - a mesma respondeu e riu. - só falei para ele que não precisa ir tão chique para a casa dos Cullen. - diz.

Franzi o cenho confusa.

– Ele queria ir de terno e gravata. - Gabi esclareceu vendo que Hayden e eu ficamos em silêncio tentando entender o que “chique” queria dizer para Troy.

Hayden e eu gargalhamos.

– Só meu irmão para querer ir que nem um pinguim. - murmurei quando a crise de risos passou.

– E o que você disse para ele? - Hayden perguntou quando se acalmou da crise de riso.

– Que é para ele escolher uma bermuda e uma camisa simples. - Gabi respondeu. - ele encasquetou que tem que ir mais arrumado. - murmurou e revirou os olhos.

– Deixem ele ir do jeito que ele quiser. - falei. - apenas não o deixe ir de terno ou de smoking. - murmurei.

– Isso ele não vai mesmo. - Gabriella falou. - amarro ele no pé da cama pelado. - diz.

Nós três rimos.

– O que vocês acham que devo vestir? - perguntei mudando de assunto. - estava pensando em ir de vestido, mas acho melhor ir de macacão ou jardineira. - murmurei.

– Porque você não veste aquele jardineira jeans claro que você tem? - Hayden questionou. - coloca uma cropped tomara que caia e um tênis. - falou. - você vai ficar um arraso. - diz.

Dou um pulo e vou para os armários para procurar minha jardineira.

– Achei! - exclamei e mostrei a ela.

Como tenho um manequim aqui no quarto, coloquei a roupa rapidamente nele, procuro o cropped branco tomara que caia e escolhi um tênis branco.

– E no cabelo? Será que faço algo? - perguntei para elas indecisa.

Elas sorriem.

– Você fica mais bonita com os cabelos soltos. - Gabriella diz.

– Hummmm... - Hayden murmurou concordando com a mesma.

– Fechou então. - falei animada.

Olhei para as duas e sorri-o marota.

– O que vai aprontar? - Hayden perguntou.

– Vamos... - falei ordenando que elas me sigam.

As duas se levantam e me seguem, fomos para o quarto da Hayden. Vou em direção ao seu closet para escolhermos um look maravilhoso para ela vestir. Depois dela foi a vez da Gabi, escolhemos um look maravilhoso para ela.

Assim que escolhemos as nossas roupas, ficamos conversando por um tempo até irmos ajudar minha mãe com as crianças. Demos banho neles e colocamos roupas limpinhas e confortáveis.

 

_ Quebra de Tempo _

 

12:28 PM

Todos já estavam vestidos e arrumados. Peguei a bolsa dos meus gatos e peguei Tikki em meu colo para poder descer com ela. Quando cheguei no andar de baixo minha mãe está com Ashley no colo e meu pai está com Matthias no colo. Coloquei Tikki no chão e fui até o papai para pegá-lo no colo, já que o mesmo estava me chamando com as mãozinhas.

– Oi coisa gostosa. - murmurei dando beijinho em suas bochechas gordinhas.

Matthias gargalhou e sorriu mostrando suas lindas covinhas.

– Você pode levá-lo com você, filha? - Pai perguntou para mim.

– Claro. - respondi. - levo Matthias sim. - digo sabendo que era isso que ele tinha me perguntado.

Papai assentiu com a cabeça e se distanciou de nós.

– Vai levar os gatos? - mãe perguntou olhando para a bolsa em meu ombro.

– Vou. - respondi. - estou com receio de deixá-los em casa e acabar acontecendo alguma coisa. - falei para ela. - mandei mensagens para Jonathan perguntando se não teria problema. - comentei.

– Trouxe mais uma gostosura. - pai diz trazendo Camilla em seus braços.

Camilla gargalha com a brincadeira que papai fez.

– E o Gastón? - perguntei olhando para a mamãe.

– Ele está comigo. - Hayden murmurou descendo as escadas com Gastón no colo.

Liam desceu atrás dela com a chave do seu carro e sua carteira.

– Pelo visto já estão treinando. - provoquei os dois.

Liam para quase no final da escada e me olha, depois ele olha para Hayden com os olhos arregalados.

– Não estou grávida, Liam. - Hayden diz olhando atravessado. - ainda... - murmurou.

– Ainda? - mãe perguntou com esperança e empolgação.

Ri com a animação da minha mãe.

– Muita calma nessa hora, mãe. - Liam pediu. - sou muito novo, jovem para ser pai. - diz se arrepiando todo.

Olhamos em sua direção. Me aproximo um pouco dele.

– Vejo uns fios branco. - murmurei alfinetando Liam.

Toquei em seu cabelo como se fosse arrancar o fio. Liam se afasta imediatamente de mim indo até um espelho para ver os tais fios branco, o mesmo rosnou e resmungou.

– Você é muito maldosa irmã. - o mesmo murmurou me olhando bravo pela minha provocação.

Hayden e eu rimos, já nossos pais balançaram a cabeça e se seguram para não rir.

–  Vamos? - Troy perguntou de mãos dadas com a Gabi.

Acho ele está muito arrumado para um simples almoço.

– Vamos. - pai diz.

– Crianças! - mãe chama um pouco alto para os outros ouvirem.

Vou para a garagem para por Matthias na cadeirinha de bebê que Liam tinha instalado ontem em meu carro.

– Quem mais vem comigo? - perguntei já ligando o carro para poder abrir um pouco a janela onde Matthias está sentado.

– Eu vou. - Jasmine se diz animada.

– Também vou. - Jackson diz se aproximando do meu carro.

Os dois são a coisa mais linda. Jasmine está de blusa florida em tons de rosa e verde claro, calça rosa com imitação de suspensório e nos pés uma sandália rosa. Jackson esta camisa preta e estampa verde, shorts verde e tênis branco com cadarço preto. Ajudo eles a subirem no carro.

 

Nos carros vão dirigindo = [negrito os motoristas e carro/ itálico os passageiros]

 

1. Carro Molly, Luxus NX SUV “Vermelho”  = Jasmine/ Jackson/ Matthias

2. Carro Liam, Jeep Compass S “Vinho” = Hayden/ Gastón/ Naomi/ Zack

3. Carro Troy, Nissan Kicks SL “Cinza” = Gabriella/ Camilla/ Apollo/ Allan

4. Carro Peter, Jeep Compass S “Cinza” = Margarida/ Ashley/ Luna/ Matteo

5. Carro Derek, Mercedes-Benz GLB “Grafite” = Cora/ Josh/ Sol/ Seth

 

Todos já estão em seus carros e com seus passageiros. Entrei ao lado do motorista e verifiquei se todos estão bem, inclusive meus gatos. Saio da garagem para pegar a rodovia que dá para a mansão dos Cullen.

 

[...]

 

1:06 AM

Chegamos na mansão dos Cullen. Estaciono meu carro um pouco mais a frente da casa para que os outros membros da minha família possam estacionar. Tivemos que ir em cinco carros para acomodar todos. Assim que desliguei o meu carro, escutei a porta da frente da casa dos Cullen se abrirem. Esme e Carlisle saem da casa. Desço do carro e abro a porta de trás para que Jasmine e Jackson possam sair do carro. Entrei pela porta que eles saíram para tirar Matthias da cadeirinha.

– Jasmine pegue a Tikki no colo e coloque ela no chão. - pedi para minha irmã enquanto tirava Matthias da cadeirinha.

Peguei Matthias nos braços quando o tirei da cadeirinha, escutei o choro de Camilla do lado de fora. Saio do carro e noto que todos estão fora dos carros. Olhei para o chão para ver Tikki e Plagg em cima das pedrinhas. Volto a olhar para a entrada da casa, praticamente todos os Cullen estão do lado de fora.

– Deixe-me ajudá-la. - Esme murmurou ajudando minha mãe com Ashley, já que Camilla não se acalmou estando no colo e se escondendo no ombro de Hayden.

– Obrigada. - minha mãe agradeceu.

Mamãe vai até Hayden que balança Camilla para que se acalme, mas que não estava adiantando. Mãe pegou Camilla no colo e minha irmã se acalmou imediatamente.

– Ela está bem? - Carlisle perguntou preocupado com o bem estar da minha irmã.

– Camilla se assusta quando está na presença de pessoas estranhas. - expliquei para ele e sua família. - não é nada pessoal. Ela já fez isso com outras pessoas. - digo.

– Eleazar? - papai chamou o nome do homem com pela de tom azeitonada.

– Olá, velho amigo. - Eleazar murmurou e sorriu para meu pai.

A expressão do meu pai é surpresa.

– Você não contou ao seu pai que os Denali estariam aqui? - Alice perguntou.

– Não. - respondi e balancei a cabeça de um lado para o outro. - queria que fosse uma surpresa. - murmurei dando de ombros e sorri marota.

Olho para minha mãe e vejo que Camilla está quase dormindo.

– De onde o conhece, pai? - Troy perguntou um pouco receoso.

– Foi a muito tempo. Eu os ajudei a lidar com um problema com a alcateia em Denali. - pai respondeu. - vocês tinham uns 8 meses. - diz.

– O que?! - Liam exclamou e olhou para nosso pai encabulado.

Eu apenas ri de suas reações.

– Éramos bebês Liam. - falei para o dramático do meu irmão. - nossos pais só tinham quatro. E era na época do Ciclo, quando nossa mãe deixou de ser uma Nephilim. - murmurei.

Liam e Troy me olharam estranho.

– Lembro que vocês disseram que estavam se protegendo de uma pessoa que os estava perseguindo. - Tanya diz.

– Eles estavam fugindo do Valentim. - expliquei para eles. - uns meses depois, ele ateou fogo na mansão Fairchild matando meus avós, assim supostamente tirou a própria vida e a do filho que era nosso primo, mas no fim não era verdade. - contei. - eram o Michael Wayland e o filho Jonathan Wayland. - falei.

Todos me olham, inclusive meus pais.

– O que? - questionei os olhando estranho.

– Como sabe de tudo isso? - Luna perguntou.

– Esqueceram que tudo isso aconteceu em New York? - questionei. - quando a bomba estourou, Robert e Maryse nos contaram o que aconteceu naquela época. - digo. - além disso, só fiquei sabendo disso na Guerra Mortal. - falei.

Os Cullen e Denali ficam sem reação, quando menciono a parte da Guerra Mortal.

– Liguem não. - Liam murmurou. - minha irmã viveu o fim da era do Ciclo. - diz. - na verdade, ela acabou com o Ciclo. - falou.

Revirei os olhos.

– Então você matou Valentim? - Kate perguntou me olhando.

– Não. Foi a Clary que o matou. - respondi. - depois que Valentim matou Jace. - falei e sorri. - vamos deixar isso para lá. - pedi. - é um longa, longa história para ser contada. - ressaltei.

Eles assentem com a cabeça. Meus irmãos se apresentaram para os Denali.

 

[...]

 

– Quem é essa coisinha gostosa? - Rose perguntou se referindo ao Matthias e se aproximando de mim.

Sorri para Rosalie. Matthias se agitou em meu colo.

– Esse é o Matthias. - falei apresentando meu irmão.

Meu irmão olha para Rosalie fascinado e estica os bracinhos na direção para poder ser pego pela loira.

– Matthias faz amizade fácil com outras pessoas. - falei.

Beijo a bochecha do mesmo.

– Porque não pega Matthias no colo? - perguntei olhando para Rosalie.

Rose me olha em desespero e vou até ela, lhe entrego Matthias, a mesma pegou o bebê com muito cuidado por medo de machucá-lo. Já meu irmão ficou super contente e animado por ter ido para o colo dela.

– Ele é mais durinho. - Rose comentou surpresa.

– O desenvolvimento de um Lupino é diferente. Não é igual aos humanos. - expliquei a ela.

– A que está com a Esme é a Ashley. - falei a apresentando. - a Camilla vocês já sabem quem é. E o Gastón é o ruivo que está com a Gabriella. - digo.

– Eles são tão fofos. - Alice murmurou olhando para eles.

Gabriella foi até Alice que olhou para minha cunhada apavorada.

– Quer segurá-lo? - Gabi perguntou.

Alice olha em pânico para minha cunhada.

– Ele não morde. - brinquei olhando para Alice.

Alice engoliu em seco, mas pegou Gastón nos braços que se agarrou no pescoço dela e gargalhou feliz em ir para o colo da baixinha.

– A única tímida dos quatro é a Camilla. - Liam falou e ri.

– Se deixar os três vão embora com estranhos. - falei. - não que vocês sejam estranhos, mas esses três são terríveis. - digo.

– Olhem que fala. - meus irmãos mais velhos falam me olhando.

Revirei os olhos.

– Porque estão todos do lado de fora? - Jonathan perguntou saindo da casa.

Todos olham em sua direção. Tive vontade de ir até ele e beijá-lo. Jonathan está de camisa azul marinho, calça azul marinho e sapato marrom, o mesmo está um delícia naquela roupa. Se eu pudesse pularia em cima dele e o beijaria sem nenhum pudor.

“ – Porque está me olhando desse jeito? - Jonathan perguntou em minha mente.”

Nossas mentes estão conectadas.

“ – Você está uma delícia nessas roupas. - respondeu em sua mente.”

Sorri de lado.

– Vamos entrar. - Esme murmurou me fazendo desviar de seu olhar. - quer colocá-la em um quarto? - perguntou olhando para minha mãe.

– Vou aceitar. - mãe respondeu.

Minha mãe e Esme entram dentro de casa. Pego Tikki em meus braços e sigo os Cullen e Denali para dentro da casa, vejo pelo canto do olho Plagg me seguindo. Carlisle e sua família nos levam para o lado de fora. O lado de fora está magnificamente decorado, as flores penduradas nas árvores, a mesa é enorme bem decorada.

– Nossa. - Jasmine murmurou.

– Esme e eu que decoramos. - Alice falou sorrindo orgulhosa.

Sorri.

– Ficou maravilhosa. - pai falou admirado com a decoração.

– Tenho que concordar. - mãe diz saindo da casa com Esme e Ashley.

Me virei para olhá-la.

– Sim. Magnus ficaria com inveja. - murmurei concordando com minha mãe e pai.

Todos sentamos à mesa. Jonathan sentou ao meu lado na mesa. Minha família e eu nos servimos, apesar dos Cullen não comerem comida, eles se sentaram à mesa também para nos acompanhar. Esme fez bastante comida e o cheiro está maravilhosamente delicioso. Senti o olhar de Eleazar sob mim, o que me fez olhá-lo com a sobrancelha erguida.

– Tem algo errado? - perguntei um pouco desconfortável com seu olhar.

Isso fez Eleazar sair do transe.

– Peço perdão, minha jovem. - Eleazar pediu envergonhado, ele olha em meus olhos. - é que estou impressionado. - murmurou.

– Com o que?! - Liam questionou já se alterando.

Toquei no braço do meu irmão para que ele se acalmasse e não fizesse nenhuma besteira.

– Liam... - Hayden chamou seu nome em um tom baixo.

O mesmo desvia seu olhar de Eleazar e olha para sua companheira, ele pareceu se acalmar um pouco.

– Eleazar pode sentir o poder das pessoas. - Edward se pronuncia em defesa do mesmo. - eles estão extasiado em sentir o poder de vocês, mas está impressionado com o tamanho do poder que Molly possui. - diz.

Edward me pareceu impressionado também, pois me olha com os olhos levemente saltados. Ri com o que meu futuro sogro diz.

– Nem sabia que existia uma criatura que possuía um poder desse. - Eleazar murmurou surpreso e animado.

- Poderia citar alguns dos meus poderes? - perguntei curiosa em saber o que ele dirá sobre mim.

Sua postura mostrou que está sem jeito.

– São muitos. E creio que nem a senhorita saiba a extinção deles. - Eleazar diz.

O que me faz dar um risinho sapeca.

- Mas sinto: os quatro elementos da natureza, poder da mãe natureza, telecinese, telepatia, manipulação física e mental, escudo mental e físico, relacionamento... - Eleazar citou. - entre alguns que não sei dizer com muita certeza. - murmurou um pouco perdido. - mas um que é muito predominante em todos você é um poder Angelical.- falou apontando para minha mãe e tio Josh. - mas o seu é muito poderoso. - ressaltou.

– O lado Angelical é nosso lado Anjo. - murmurei e sorri sabendo do que ele estava falando, principalmente do poder maior.

– Lado anjo? - Carmen perguntou.

Sorri para ela.

– Apesar dos meus irmãos não terem seguido os mesmos caminhos que decidi tomar, eles exalam o lado angelical deles, mas um pouco mais fraco que o meu já que possuo Runas. - falei.

– Lado angelical? - Tanya e Kate perguntaram ainda sem entender.

– Sou uma caçadora das Sombras, assim como minha mãe e tio Josh foram um dia. - respondi. - isso significa que caço e mato demônios. - falei e sorri.

Os Denali arregalaram os olhos em choque.

– Demônios não existem. - Garrett murmurou incrédula.

– Existem. - Jonathan se pronunciou. - vimos com nossos próprios olhos. - murmurou.

– E também a vimos em ação. - Emmett diz empolgada. - foi muito irado vê-la em ação, mesmo não sabendo o que era aquela coisa nojenta. - falou e torceu o nariz.

Os Denali me olharam abismados. O que me fez rir.

– Aquilo não foi nada. - murmurei. - vocês não me viram na Guerra Mortal ou na Guerra Maligna. - digo.

Senti os olhares dos meus pais sob mim.

– Você esteve na Guerra Mortal. - meu pai e minha mãe perguntaram juntos.

Olhei para eles e franzi o cenho.

– Sim. Alec e eu. - falei os olhando estranhos. - esqueceram que quando um Nephilim completa com 18 anos somos considerados “adultos” e que somos teoricamente “obrigados” a lutar. - murmurei. - não que eu não quisesse lutar na Guerra Mortal, mas em fim. Isso foi fichinha. - falei.

– As vezes, sinto medo de como você conta suas aventuras loucas e a forma que você conta os massacres que você participou. - Liam murmurou me olhando.

Olhei atravessado para meu irmão.

– Irmão! Nephilim caçam e matam demônios, queria que eu contasse como? Com emoção? Ou com mais frieza? - questionei.

– Sei lá. Como uma pessoa normal que se importa. - Liam falou me olhando como óbvio.

– Não discutirei esse assunto com você. - falei indignada. - voltamos à Guerra Mortal. Matamos o exército demoníaco que Valentim mandou nos matar, enquanto o maluco do Jace foi atrás do Sebastian e Valentim. Depois a Izzy e a Clary se aventuraram também. - contei e revirei os olhos.

Sorri ao lembrar de algo.

– Tenho até medo de perguntar o porquê está sorrindo dessa forma. - Jasper murmurou.

Ri.

– Apenas me lembrei de algo memorável que aconteceu na Guerra Mortal. - respondi e sorri.

Comi um pouco da comida.

– Pelo Anjo. Está rindo do que? De matar demônios? - Liam questionou incrédulo.

Balancei a cabeça e respirei fundo.

– Não. - murmurei. - me lembrei da reação da Maia quando questionei se tinha que beijar um caçador para obter a ligação que Clary proporcionou para enfrentarmos os demônios. - falei.

Todos me olharam.

– Quem se beijou no meio de uma Guerra? - Gabriella perguntou e me olhou.

Sorri marota.

– Magnus e Alexander... - murmurei alegre.

– Não! - tio Josh exclamou e começou a gargalhar. - pagaria o que for para ter visto a cara da Maryse e do Robert. - falou eufórico.

– Eles ficaram chocados. - falei. - Robert deve estar pagando pelos próprios pecados. - murmurei.

– Do que está falando, filha? - mãe perguntou achando estranho no que falei.

Olhei para ela com cenho franzido.

– Vocês não sabem? - questionei achando estranho eles não saberem.

– Do que? - tio Josh perguntou.

– Michael Wayland foi apaixonado pelo Robert Lightwood. - contei. - uma vez eles se beijaram quando estavam sozinhos. - falei a eles.

Mãe e tio Josh me olharam com os olhos arregalados.

– Por isso que Robert se afastou do Michael. Ele ficou furioso com o que ele fez. - falei e torci o nariz.

– Eles eram Parabatai. - tio Josh diz chocado.

– Sabem muito bem que não foi por conta disso que Robert ficou furioso. - falei olhando o tio Josh. - o mais surpreendente é que isso aconteceu com o Alec. Ele teve uma paixonite aguda pelo Jace e se tornou Parabatai pela mesma razão que Michael. - contei.

– Como é que você sabe de tudo isso? - Apollo perguntou.

Sorri.

– Não falo das minhas fontes. - falei marota e balancei minhas sobrancelhas.

– Não entendi a parte que Robert pagou com língua. - Nessie falou confusa.

– Não temos preconceito com pessoas do mesmo gênero se relacionando, apenas não é bem visto, mas não fazemos como os humanos fazem. - falei para eles. - a muitas gerações houve uma Lightwood se apaixonou por uma mulher, mas teve o coração partido porque a garota queria formar um família e tinha receio de assumir o que realmente era. - contei um pouco melancólica. - os pais dela aceitaram o gosto dela, a mesma até preferia vestir roupas de menino. Ela pegava as roupas do pai até que os próprios pais mandaram fazer roupa das suas medidas. - murmurei.

– Nossa. - Nessie murmurou. - é uma história muito bonita. - disse.

– Quem te contou sobre isso? - Jonathan me perguntou.

– Foram a Theresa e o Jim. - respondi e sorri. - falei sorridente. - gosto dessas histórias antigas. A Tessa me contou sobre os filhos que teve com o William, assim como sobre sua vida no Instituto de Londres. E em como Jace e William são parecidos um com o outro. - contei animada. - ela disse que eles eram que nem nossa geração. - digo.

Perco em meus pensamentos e sorri ao lembrar.

– O que são as suas tatuagens? - Carmen perguntou quebrando o silêncio.

Ela notou que apenas eu tenho “tatuagens negras”. Sorri para ela.

– Não são tatuagens. - murmurei sem graça. - elas se chamam Runas. Elas me dão poder para lutar e matar demônios, cada uma tem seu significado. - digo. - essa em minha clavícula: Bloqueio. No ombro direito: Poder Angelical. No pulso direito: Agilidade. Palma da mão: Visão. Antebraço direito: Sabedoria. Pescoço esquerdo: Iratze-Cura. - digo as que estão visíveis. - tenho outras pelo resto do meu corpo.

– Quais mais? - Eleazar perguntou.

– Invisibilidade, Velocidade Acentuada, Coragem em Combate, Vigor, Força, Equilíbrio, Resistência, Habilidade e Flexibilidade. - falei e pensei um pouco. - acho que são todas que tenho, tem algumas que somem quando faço, porque às vezes, servem apenas uma única vez. - murmurei.

– Não quero me gabar, mas minha filha é a melhor lutadora. - pai diz todo orgulhoso.

Fico sem graça e sinto meu rosto queimar.

– Não é para tanto pai. - murmurei.

Me lembrei de Valentim e no que ele me fez quando me sequestrou.

– Não sou tão boa assim. Já fui pega. - digo.

Minha família ficou em silêncio e minha mãe apenas me olhou, desviei minha atenção dos meus olhos. Senti dedos frios me tocarem e sei que é Jonathan por debaixo da mesa, ele segura minha mão e a aperta para me confortar.

“ – Sinto tanto. - Jonathan diz em minha mente.”

Seu polegar acaricia minha mão.

“ – Estou bem. - murmurou de volta em sua mente.”

– Está errada. - Sol diz chamando minha atenção para si. - você é incrível. Foi até para o inferno salvar todos nós. - falou.

– Sol! - exclamei.

– Você foi ao inferno? - Eleazar questionou em choque.

– E o inferno existe? - Emmett perguntou com cenho franzido.

Olhei para Emmett como se tivesse quatro olhos e duas cabeças.

– Emmett, o que você é? - perguntei e sorri mostrando os dentes.

O mesmo franziu o cenho, estranhando minha pergunta.

– Um vampiro. - Emmett respondeu. - mas vocês já sabem disso e... - parou de falar. - oh... faz sentido. - murmurou. - se demônios existem, porque o inferno não existiria. - diz.

Minha família riu da sua analogia.

– Eu fui ao inferno para salvar nossa pele. - murmurei. - mas já tinha comentando por cima. - falei. - e sai viva de lá. - digo.

– E quase me matou do coração. - mãe falou me olhando torto.

Ri e mandei beijo para a mesma. Mãe resmungou algo em latim.

– Nos conte mais sobre caçadores da sombra. - Kate pediu olhando para mim.

– Somos guerreiros antes de nascermos. Estudei na academia em Idris quando tinha 10 anos, meus pais moravam na mansão juntos com os pais de Jocelyn. - mãe diz. - minha mãe era uma Fairchild e meu pai de uma família simples, mas o irmão de minha mãe não quis se separar dela. Então, moramos todos juntos, meu tio só teve uma filha e minha mãe também, crescemos juntas. - contou. - mas Jocelyn quando entramos na academia me tornei a melhor amiga de Josh Corthood. - falou e olhou para meu tio sorridente. - quando tínhamos treze anos nós nos tornamos um só. Pedi ele para ser meu Parabatai. - murmurou.

– O que é Parabatai? - Carmen perguntou.

Mãe responderia, mas me meti no meio.

– Posso explicar? - pedi com os olhos brilhando e empolgada. 

Adoro quando alguém pergunta isso, mãe concorda com a cabeça e riu da minha empolgação.

- Parabatai é a união de duas pessoas. Não importa o gênero. Sua alma é costurada na alma do outro. São ligados na infância antes de completar dezoito anos. Não são apenas guerreiros lutando lado a lado. - contei. - o juramento Parabatai inclui o voto de arriscar a vida pelo parceiro, viajar para onde o outro for e, no fim, ser enterrado no mesmo lugar. Durante a cerimônia ambos falaram as palavras do juramento e desenharam Marcas de ligação um no outro, com as marcas feitas permita que extrai força um do outro nas batalhas, conseguimos sentir a força vital um do outro. - parei para respirar. - os caçadores que pedem seus Parabatai descrevem ter sentido a vida deixando o parceiro, além disso, as Marcas feitas por um Parabatai no corpo do outro são mais fortes que outra Marcas e a algumas que somente o Parabatai podem utilizar, pois elas atuam na força duplicada dos parceiros. - concluí em um último fôlego.

–  Como sabe tudo isso? - Nessie perguntou impressionada.

– Além da minha mãe e tio Josh serem Parabatai, mesmo que eles não possuem mais as suas Runas não tem como eles tirarem a Runas do Parabatai para quebrar o vínculo deles. - falei. - nem mesmo com a morte eles perdem a marca, apenas o vínculo. - digo. - além disso, Jace e Alec são Parabatai. Izzy e eu fomos na cerimônia deles. - contei.

– Você não tem um Parabatai? - Jonathan me perguntou.

– Não tenho. - respondi e balancei a cabeça negando. - Izzy e eu não temos uma ligação forte para sermos Parabatai. - falei.

Sinto os olhares da minha família sobre mim.

– O que foi? - perguntei achando estranho a reação deles.

Cortei um pedaço de carne e o levei à boca.

– Porque falou o nome da Izzy? - Naomi me perguntou.

Levantei a sobrancelha.

– Porque a Izzy é a única pessoa próxima a mim que consideraria ser minha Parabatai. - respondi depois de engolir.

A resposta parecia óbvia, mas eles queriam fazer mais alarde.

– Nunca pedi para ela ser minha Parabatai. Nunca nem cogitei isso. - falei. - só dei esse exemplo, porque a Izzy é a pessoa mais próxima a mim. Já que Jace e Alec já são Parabatais. E a Clary entrou como um furacão em nossas vidas. - argumentei. - além disso, o Parabatai perfeito para minha prima é o Simon, não eu. - digo.

– O que?! - mãe exclamou.

Ri.

– Estão cogitando em unir Clary e Simon como Parabatai. - falei. - sei que o Simon já tem dezanove anos, mas teoricamente, ele ainda tem dezoito. - digo.

– Vampiro. - tio Josh murmurou.

Sorri.

– Sim. - murmurei. - por causa do Simon ter sido um vampiro, eles poderão se tornar o Parabatai, mesmo que tenha passado da idade.

– Como assim, era um vampiro? - Eleazar perguntou.

– É um pouco complicado de ser explicado. - murmurei. - mas resumindo. O Simon se tornou um vampiro por causa do Raphael, mas quando fomos para o inferno, ele sacrificou sua imortalidade e suas memórias para que todos nós saíssemos de lá. - falei. - claro que se isso não tivesse acontecido, Magnus estaria morto. - digo.

– Você não nos disse que tinha ficado presa no inferno. - mãe diz brava.

Engoli em seco.

– Sebastian tinha fechado os portões de Edom para sempre. Foi o único plano que tivemos para sairmos de lá. Então, o Simon tomou a decisão de dar a imortalidade dele para o pai do Magnus que além de lhe tirar sua imortalidade, também tirou suas lembrança do mundo das sombras. - contei me lembrando como foi. - ele se sacrificou por nós, mas no final nós vencemos a batalha. - falei e ri.

Olhei para todos que me olhavam em choque.

– Caramba. Que bela aventura. - Garrett murmurou.

– Não a incentive. - mãe esbravejou olhando brava para Garrett.

Me seguro para não rir.

– Mãe se acalme. - pedi olhando para ela que me devolve o olhar furioso. - a culpa da minha impulsividade é do Jonathan...

~ Sou interrompida.

– Minha? - Jonathan me perguntou e franze o cenho.

Olhei para ele.

– Não. Desculpa. - murmurei. - o Jace também se chama Jonathan, só que ele tem o Christopher no meio e ele é um Herondale e não um Cullen. - falei risonha.

– E porque a culpa seria dele? - Alice perguntou.

– Jace é impulsivo também. Quando ele chegou no instituto, nós sempre estávamos competindo. - falei e ri. - eu tenho a personalidade dos três, antes era ranzinza igual ao Alec quando se tratava das escapadas do Jace, até que começou a participar das suas incógnitas escapatórias. - contei. - mas depois não me arrependi e virei um Izzy com relação a moda.

– Moda!? - Alice perguntou animada.

Ri.

– Izzy tem um gosto peculiar para roupa. - murmurei. - confesso que gosto, mas nunca deixo meu estilo de lado, moldei o meu jeito de me vestir com o dela. Às vezes, dou de Isabelle. Visto-me com roupas mais coladas e curtas. - falei sorrindo para eles.

– A propósito. Eu adorei a sua roupa. - Alice diz. - você está magnífica. Todos vocês estão magníficos. - falou atropelando um pouco as palavras, parecia um pouco nervosa.

– Obrigada. - agradeci.

Minha família sorriu para Alice em agradecimento. Pego meu copo de suco que Jonathan tinha me servido e bebo um pouco.

“ – Tenho que concordar com minha tia, mas trocaria o magnifica para... gostosa. - Jonathan diz em minha mente.”

Seu comentário em minha mente me fez engasgar e comecei a tossir.

– Calma irmã. Respire. - Liam pediu e bateu em minhas costas.

“ – Desculpa. - Jonathan pediu em minha mente.”

“ – Estou bem. - falei em sua mente quando me acalmei. - mas pare de dizer essas coisas em minha mente, ou quando estão todos ao nosso redor. - pedi.”

Vejo um leve sorriso de lado.

– Estou bem. O suco só desceu no buraco errado. - falei e tosse.

O restante do almoço foi tranquilo, meus irmãos mais novos acabaram dormindo e sendo levados para dentro de casa.

– Miaw. - escuto Plagg miar.

Olhei para a porta por onde ele saiu.

– O que foi meu amor? - perguntei olhando para Plagg.

– Miaw. - miou outra vez e foi para o lado da minha mãe.

– Acho que um dos bebês acordou. - falei e me levantei deixando a sobremesa para depois.

Saio da mesa e entro em casa, sigo Plagg que tinha ficado com Tikki em um dos quarto junto com os quadrigêmeos. Quando entro no quarto vejo que Camilla tinha acordado. Pego minha irmã no colo e saio do quarto de onde ela estava dormindo. Vou para o lado de fora me juntar aos outros, Plagg e Tikki estão em meu encalço, Camilla está bem quietinha encostando seu rosto em meu ombro.

– Ela está bem? - mãe perguntou preocupada.

– Está. - respondi sorrindo.

Beijo a bochecha de Camilla e sorri minimamente.

– Ela apenas acordou e estava quietinha na cama. Então, o Plagg veio chamar. - falei.

– Quer que eu fique com ela? - mãe perguntou.

Balancei a cabeça negando, vou para meu lugar e me sentei com Camilla em meu colo. Vejo que tem alguns pequenos doces: um deles parece ser uma fatia de torta de chocolate, o outro um bombom grande também de chocolate e por último uma escultura comestível de porco espinho.

– Ai meu deus, que coisa fofa. - falei olhando para o doce. - não sei se vou conseguir comer. - lamentei e ri.

– Porque? - Esme perguntou temerosa.

– É muito fofo. - respondi e ri. - desculpa, dá dó de comer. - falei sorridente.

– Se você não vai comer, passa para cá. - Liam falou esticando sua mão.

Bato em sua mão antes que pegue meu doce.

– Tira as mãos do meu doce. - mandei brava com o mesmo

– Você não disse que...

Não deixo Liam terminar de falar, apenas rosnei em advertência.

– Você é uma figura irmã. - Liam falou. - diz que está com dó de comer, mas depois fala que vai comer. - murmurou.

Revirei os olhos.

– Me deixa Liam. Sabe que não resisto a um bom doce. - falei olhando de lado.

Camilla esticou os braços para enfiar suas mãozinhas no meu lindo porco-espinho.

– Não, não meu amor. - falei pegando sua mãozinha a impedindo de tocar no doce.

Camilla olha para cima com os olhos cheios de lágrimas, mas não chora, ela forma um biquinho.

– Não me olhe assim. - falei e ri. - você é pequena demais para consumir açúcar. - murmurei.

Beijo o topo de sua cabeça. Comecei a comer minha sobremesa, seguro um gemido.

– Isso está maravilhoso. - murmurei comendo mais um pedaço da torta de chocolate.

– Que bom que gostou querida. - Esme diz feliz.

– Molly é vendida por qualquer doce. - Liam diz me provocando.

Reviro os olhos.

– Isso é mentira. - falei. - não sei mentir quando um doce está ruim. Não sou muito transparente quanto a isso. - digo. - acho um crime quando alguém estraga um doce que é muito bom. - murmurei.

Sinto Camilla se esticar para alcançar algo que está ao meu lado, viro minha cabeça para saber o que ela está fazendo. Camilla está se esticando para alcançar Jonathan que tinha percebido a aproximação dela.

– Camilla desse jeito vai se machucar. - adverte a puxando e a jeito em meu colo.

Ela me olha feio e irritada.

– Nem adianta me olhar assim. Essa carinha emburrada não me convence. - murmurei e apertei seu pequeno narizinho.

Jonathan estico a mão para que Camilla pudesse por sua mãozinha dela sob a sua mão. Ela faz o movimento e fica eufórica com o contato com a pele dele.

– Parece que ela gostou de você. - minha mãe comentou surpresa.

– Realmente. - falei e olhei para Jonathan.

Sorri para ele.

“ – Ela não costuma se abrir com as pessoas estranhas. - falei em sua mente.”

Jonathan sorri de lado.

– Quer que eu a segure para que termine a sua sobremesa? - ele perguntou.

Levantei a sobrancelha.

“ – Não precisa fazer isso. Não é a primeira vez que fico com ela nos braços enquanto como. - falei na mente do Jonathan.”

Jonathan apenas me olha.

– Você é quem sabe. - respondi e sorri.

Como se soubesse, Camilla se jogou nos braços de Jonathan com tudo e teve que segurá-la firmemente.

– Calma aí, apressadinha. - falei brava com ela.

Passo Camilla para os braços de Jonathan e termino de comer minha sobremesa enquanto escuto as risadas de Camilla e Jonathan. Sinto os olhares dos outros, mas ignoro.

 

4:12 PM

Depois do almoço, Naomi, Zack, Luna, Apollo, Allan e Matteo se ofereceram para cuidar da louça e do restante da comida. Enquanto Esme, Carlisle, Carmen, Eleazar, tios e meus pais foram conversar do lado de dentro da casa. E o restante de nós ficamos do lado de fora conversando. Liam está sentado em um sofá e Hayden está sentada em seu colo; Gabriella e Troy estão sentados um do lado do outro; Sol e Seth estão sentados no chão juntos; Nessie e Jacob estão sentados juntos no chão ao lado de Seth. Já os outros estão sentado aos pares, Bella e Edward estão sentados em um puff com Ashley no colo; Jasper está no chão e Alice está entre as suas pernas com Matthias em seu colo; Emmett está no chão aos pés da Rose que está em um poltrona com Gastón e de vez enquanto Emm brincava com ele o fazendo gargalhar alto pelas brincadeiras dele. Já eu estou sentado ao lado de Jonathan que está com Camilla nos braços. Kate, Garrett e Tanya saíram dando a desculpa esfarrapada. Já Jasmine e Jackson estão brincando junto com Plagg e Tikki.

Olhei de relance para Jonathan ao brincar com Camilla e por um momento pensei se fosse nós dois.

“ – Você está bem? - Jonathan perguntou em minha mente me tirando dos meus devaneios.”

Olhei pelo canto dos olhos.

“ – Estou bem. Apenas pensativa. - respondi em sua mente”.

“ – Mil beijos pelos seus pensamentos. - ele pediu em minha mente, o que me faz rir em sua mente”.

“ – Estava pensando em todos ao nosso redor. E pensei em você. - respondi em sua mente”.

“ – Fico feliz em ocupar seus pensamentos. - Jonathan diz em minha mente”.

– HAHAHA! - Camilla gritou chamando a atenção do Jonathan.

– O que foi pequena? - ele perguntou para ela.

Ela está em pé nas coxas de Jonathan, enquanto o mesmo segura seu troco com firmeza para que ela não caia. Camilla gritou animada e bateu palma quando ele deu atenção para ele.

– Ela gosta de você. - Gabriella comentou olhando para Jonathan e minha a caçula.

– Isso é difícil de acontecer. - Hayden murmurou impressionada.

– Porque diz isso? - Rose perguntou. - ela parece ser calma, apenas de quando chegaram, ela começou a chorar. - comentou.

– Camilla não gosta muito de pessoas estranhas. - expliquei olhando para ela. - a mesma demora a se acostumar com o cheiro de estranhos ao redor dela. - digo e sorri. - ela é sensível ao cheiro, eu acho. - murmurei.

– Acha que pode ser isso? - Troy perguntou me olhando.

– É uma possibilidade. - respondi e dei de ombro. - percebi ela fungar e mexer o nariz. - falei. - faço muito isso quando estou caçando, talvez ela seja mais sensível que nós. - comentei.

Meus irmãos e cunhadas ficam pensativos.

– Isso é interessante. - Sol murmurou e olhou para Camilla que parecia sentir o olhar da irmã sobre si.

De repente sinto algo macio, olha para ver que é Plagg ou Tikki.

– Oi meu amor. - murmurei e peguei minha barrigudinha. - está cansada né. - falei e beijei sua cabeça.

Aninho Tikki em meus braços como se fosse um bebê e começo a fazer carinho em sua barriga onde sinto os seus filhotes mexerem.

– Ela está bem? - Edward perguntou.

– Sim. - respondi. - ela só está mais cansada. - murmurei. - os filhotes devem nascer a qualquer momento. - comentei.

– Quantos filhotes você acha que ela vai ter? - Nessie perguntou.

– Bom. Eu apostei que seriam onze filhotes. - falei sorrindo animada. - mas pode ser mais. - comentei.

– Vocês apostam. - Emmett repete o que tinha dito sobre a aposta.

– Sim. - Liam falou. -  está entre dez a quinze filhotes. - diz.

– E quanto está a aposta? - Emmett perguntou querendo saber.

– Não postamos muito alto. - falei. - as apostas estão entre 250 a 550 dólares. - digo.

– Só isso? - Emmett questionou. - vocês não sabem brincar. - murmurou.

Meus irmãos, cunhadas e eu rimos

– Não importa o valor, mas sim a brincadeira entre nós. - falei. - e o valor é baixo para os mais novos brincarem também. - murmurou.

Emmett fica pensativo e olha para a barriga da Tikki até que sua esposa bate em sua cabeça.

– Não se atreva. - Rosalie rosnou irritada com o mesmo.

Gastón se assusta, mas não chora pelo rosnado que Rose soltou.

– Desculpa, bebê. Não quis lhe assustar. - Rosalie murmurou olhando para meu irmão.

Como sei que ele e os outros estão acostumados a nos ouvir rosnar, Gastón apenas sorriu para Rose e levou sua mãozinha gordinha a seu face lhe fazendo um leve carinho. 

– Ele está querendo dizer que está tudo bem. E que não está com medo. - falei para ela para a tranquilizá-la. - eles estão acostumados a nos ouvir rosnar. Eles apenas ficam surpresos. - digo.

Rose soltou o ar que estava prendendo.

– HAHAHAHHAH! - Gastón apenas gargalha se divertindo.

– O que estão aprontando crianças? - mãe perguntou saindo de dentro da casa junto com papai

– Apenas conversando. E não somos crianças. - Troy respondeu. 

– Onde estão os outros? - perguntei achando estranho a demora deles.

– Estamos aqui. - Luna respondeu saindo de dentro de casa.

– A louça e a comida estão arrumadas. - Naomi diz olhando para Esme.

– Obrigada meus queridos. - Esme agradeceu.

– Acho que já está tarde. É melhor irmos. - pai diz olhando para nós e depois para minha mãe.

“ – Não queria que fosse embora. - Jonathan diz em minha mente.”

Sorri.

“ – Não é como se não fosse me ver à noite. - falei em sua mente.”

Olhei em seus olhos e vejo brilho neles.

– Vamos. - Liam murmurou.

Saio do transe e olho na direção do mesmo que está de pé assim como Hayden. Suspirei e me levantei com Tikki nos braços, ponho ela no chão e me viro para Jonathan.

– Tome-a. - o mesmo diz me entregando Camilla.

Pego minha irmã com calma, Camilla resmungou pois não querer vir comigo e sim ficar no colo de Jonathan, mas quando percebeu que vamos embora a mesma começou a se agitar em meus braços.

– Calma, Camilla. - pedi a agarrando bem firme seu corpo para ela não cair.

Jonathan se levanta rápido e me ajuda a segurar Camilla que está muito agitada.

– Calma, pequena. - Jonathan pediu.

Nós ficamos com nossos rostos próximos. Camilla se agitou e nos tirou do transe, ela enfiou suas mãozinhas em seu rosto o que fez Jonathan sorrir.

– Ei! Que mãozinhas rápidas. - ele murmurou. - você precisa ir com seus pais e seus irmãos. Não terá o calor do colo da sua mãe aqui. - diz.

Vejo pelos olhos de Jonathan minha irmã arregalar os olhos. Camilla se agita, agarra meu pescoço e vira a cabeça na direção dele.

– Podemos nos ver mais vezes.  - Jonathan garantiu. - posso ir para sua cara para te ver. - diz.

Camilla sorri e estica sua mãozinha para tocar a face dele, o mesmo se inclina para que ela possa tocar seu rosto. A cena fez meu útero aquecer. Saímos do transe com o pigarro do meu irmão Liam. Virei meu corpo para olhá-lo.

– Acho melhor irmos. - Liam murmurou.

Olhei para meu irmão como se fosse arrancar a cabeça do mesmo.

– Ajudamos você com as crianças Margarida. - Rosalie diz com Gastón nos braços.

– Obrigada, querida. - mãe diz para Rose.

Os Cullen e os Denali nos levaram para a frente da casa.

Coloquei Camilla da cadeirinha que está no meu carro já que ela está em meu colo, Jasmine e Jackson sentaram no banco traseiro. Ao me virar vejo Jonathan com Tikki nos braços.

– Me dê ela. - pedi me aproximando dele. - obrigada por pegá-la no colo. - agradeci olhando em seus olhos.

– Imagina. - Jonathan murmurou.

Coloquei Tikki no banco do motorista que passa para o bando do passageiro, Plagg pula no banco do motorista e vai até onde Tikki se deitou.

– Nos vemos amanhã. - falei olhando para os Cullen com sorriso nos rosto.

– Nos vemos. - Alice diz, vindo me abraçar.

Olho para Jonathan que pisca rapidamente.

“ – Vou tentar escapar. E te vejo mais tarde. - Jonathan diz em minha mente.”

“ – Não vejo a hora. - falei em sua mente.”

Me despeço de todos e antes de entrar no carro beijo a bochecha de Jonathan para provocá-lo. Escutei outros carros saindo da propriedade, faço o mesmo e saio da frente da casa dos Cullen indo pegar a estrada para ir para casa.

 

Pov. Jonathan

4:43 PM

Me senti mais radiante, estou prestes a soltar fogos de artifícios. O almoço não poderia ter sido melhor do que foi.

– Bom. Deu tudo certo. - Vó murmurou sorridente.

– Sim. - Vô concordou com a mesma.

– E ai sobrinho? O que você está sentindo? - tio Emmett perguntou em tom zombeteiro.

Saio do transe e olho para o mesmo.

– Dá para você parar de ser implicante tio Emmett. - pedi bravo com o mesmo.

Ele levanta as mãos para cima em forma de rendição.

– Não fiz nada. Apenas fiz uma pergunta. - tio Emmett se defendeu.

– Já chega Emmett. - Vó interveio.

Todos olham para ela.

– Enquanto vocês arrumam o lado de fora. Jonathan e eu arrumamos o lado de dentro. - Vó diz.

– Mas... - tio Emmett protestaria, mas bastou um olhar da vovó para ele se calar.

Assentimos com a cabeça. Todos foram fazer o que Vó Esme pediu para ser feito. Como Vó e eu entramos em casa para arrumar algumas coisas. Fomos para a cozinha ver como estava, quando entrei na cozinha está tudo perfeito.

– Eles fizeram um ótimo trabalho. - comentei.

– Os irmãos dela fizeram mesmo. - Vó diz olhando para mim. - e então? - perguntou.

– Então o que? - questionei olhando para a mesma.

Vó levantou a sobrancelha.

– Você sabe o quero saber. - a mesma me acusou apontando o dedo para mim.

Sorri.

– Estamos indo bem, Vó. - digo olhando para ela. - trocamos alguns beijos mais quente e compartilhamos o banho depois que as coisas saíram um pouco do controle. - falei.

Vó me olha com os olhos arregalados.

– Vocês...? - ela perguntou sem completar a pergunta.

– Não. - respondi rápido. - não me sinto tão segura para isso. - confessei. - foram apenas alguns momentos mais quente, mas sempre nos separamos, menos hoje que foi mais intensos do que das outras vezes. - falei.

– O que tanto tem medo? - Vó perguntou.

Suspirei.

– Não quero machucá-la. Tenho medo de não conseguir me controlar. - falei. - além disso, tenho medo que se ela ficar grávida algo possa acontecer com a vida dela. - confessei meu maior medo. - não quero perdê-la. - digo.

Vó sorri e vem até mim, a mesma invade meu espaço pessoal e segura meu rosto para que nossos olhos ficarem rentes um ao outro.

– Se você a ama muito, não vai machucá-la de jeito nenhum. - Vó falou convincente. - e sobre ter filhos, terá que conversar com ela. - aconselhou. - essa decisão não é apenas sua, mas dela também. - diz.

Absorvo as suas palavras e me afasto.

– A senhora tem razão. - falei e sorri para ela.

– Vá vê-la mais cedo. - Vó falou sorrindo.

Olhei para vovó.

– Mas e os outros? - perguntei.

– Cuidarei deles. - Vó garantiu e beijou minha testa.

Antes que eu saísse.

– Separei mais camisas suas e as deixei em seu quarto. - Vó me informou.

Olhei para a mesma e sorri.

– Obrigada, Vó. - falei.

Fui até ela e lhe abracei. Nisso vovô entrou na cozinha e nos olhou, me segurei para não rir.

– Até amanhã Vó... Vô... - me despedi deles.

Vô apenas me olha sair da cozinha, mas escuto ele perguntar a vovó.

Aonde ele está indo? - o mesmo perguntou.

Não é da nossa conta. - Vó respondeu um pouco mais rude do que de costume.

Subo as escadas indo para meu quarto. Tomei um banho e assim que terminei, fui para o closet me vesti. Escolhi uma camisa fina de manga comprida preta, calça de moletom preta e tênis preto. Antes de sair de casa verifico pela janela se estão todos ocupados, assim tenho certeza que a minha barra estará livre.

 

6:07 PM

Saí de casa indo para a casa da Molly com as camisas que a vovó tinha separado para mim.

Quando chegou na residência dela, verifico se a barra está limpa para eu poder entrar em seu quarto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 39

Capítulo 41

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