E.A.: Capítulo 39 - Trabalho com a Insuportável da Alicia

Pov. Jonathan

 

23rd Agosto, Terça-feira - 4:49 PM

Assim que Molly saiu de perto de mim, senti o cheiro insuportável do perfume da Alicia. Fechei meu armário o mais rápido possível e saí quase correndo do corredor indo na direção do estacionamento para fugir dela.

–  Jonathan. - Alicia me chamou, mas finjo não ouvi-la.

Será que ela não entendeu ainda que não estou interessado nela? Não concordo que um homem deva humilhar uma mulher, mas o que Alicia está fazendo é perseguição, não aguentei mais isso, só falta ela mijar ao meu redor para marcar território.

Sai do prédio e vou até onde minha família está. Escuto tio Emmett gargalhar.

–  Não estou achando nada engraçado. - resmunguei assim que cheguei perto da minha família.

Todos me olham e se seguravam para não rir. Olho irritado para todos eles.

– Jonathan... - Alicia me chamou mais uma vez.

Dessa vez não tinha como ignorá-la, pois a mesma está próxima a mim, vir-me-ei para olhá-la.

– Sim. - respondi mal humorada e com a cara fechada.

– Bem... Meu pai disse que não poderia me levar. - Alicia começou a dizer e pensei que ela não iria mais. - não teria um jeito de ir com vocês? - ela perguntou com carinha pidona.

Responderia que não, mas...

– Você pode ir conosco. - tio Emmett se intromete na conversa.

Olhei para o mesmo indignado. Na verdade, todos estavam.

– Ótimo. - Alicia falou abrindo o maior sorriso.

– Foi mal o atraso. - mãe falou ao se aproximar.

Papai está com o olhar fixo em Alicia.

“ – Culpa do tio Emm. - pensei olhando para o papai.”

Ele fez uma careta.

– Podermos ir. - tia Rose perguntou de mau humor.

– Claro. - Alicia falou.

Todos vão para os carros. Como vim com meu pai indo na direção do carro dele.

– Ué. Você vai nesse carro? - Alicia perguntou.

Virei minha cabeça para olhá-la.

– Vou. - respondi atravessado. - algum problema? - perguntei de mau humor.

– Não. Só achei que você viria comigo. - Alicia falou com uma voz estranha.

Segurei-me para não rosnar. Entrei no carro sem dar atenção a ela.

– Por favor. Vai o mais rápido que puder. - pedi em desesperado para papai.

Papai não falou nada, apenas ligou o carro e saiu da vaga, ele acelerou quando saiu do estacionamento.

 

[ Minutos depois - Casa dos Cullen ]

 

5:04 PM

Chegamos na mansão e papai estacionou o carro na garagem. Sai do carro e entrei em casa feito doido.

– O que aconteceu? - Vó perguntou preocupada.

– O que aconteceu, vó. É que hoje vai ser um dia infernal. - respondi de mau humor.

Subi as escadas indo para meu quarto, me recuso a ficar no mesmo ambiente que a Alicia enquanto a Molly não chega.

O que aconteceu? - escutei vovó perguntar e presumi que tinha sido para meus pais, irmã e Jacob.

É por causa da Alicia. - Nessie respondeu. - ela é uma aluna que é interessada pelo meu irmão, mas ele não quer nada com ela. - diz.

A garota é insistente. - Jacob diz. - ele surtou na hora do intervalo quando ela veio incomodar a gente. - falou. - ela até sentou na nossa mesa, dizendo que tinha sido a Molly que a tinha convidado. - contou.

– O que era mentira. - pai diz.

Sai do quarto e desci um pouco as escadas.

– Desculpa vó - pedi e suspirei. - não deveria ter descontado em você a minha frustração. - falei me sentindo mal por ter descontado na mesma.

Vovó sorriu e veio até mim.

– Está perdoado. - a mesma diz e piscou para mim.

Escutamos o carro do tio Emmett entrar na propriedade e resmunguei. Vovó me olhou sem entender.

– Ela está no carro do Tio Emmett, porque faremos um trabalho. - falei em desgosto. - a Molly foi deixar os irmãos dela em casa e daqui a pouco estará aqui. - disse.

– Estamos indo para La Push. Não estou a fim de lidar com a Alicia. - Nessie disse.

Olhei com desespero para minha irmã.

– Não se preocupe maninho. Molly já, já está aí para salvá-lo. - Nessie diz brincando.

Resmunguei e virei meu corpo para subir outra vez quando ouvi tio Emmett estacionar seu carro. Voltei para meu quarto e me tranquei nele, escutei a risada da minha família no andar de baixo. Decidi tomar um belo banho para tirar a minha raiva.

 

Pov. Molly

 

5:38 PM

Estacionei em frente a casa dos Cullen. Olhei para casa impressionada em conseguir ouvir a voz enjoada da Alicia.

– Minha vontade é de chutar o balde. - murmurei olhando para Tikki e Plagg que estão sentados no assento do passageiro na frente.

– Miow. - Tikki miou.

Sorri para ela e fiz carinho em sua barriga.

– Vamos. - murmurei abrindo a porta.

Plagg saiu primeiro e esperou que eu pegasse Tikki.

– Graças a deus você chegou. - escutei a voz de Jonathan, o mesmo me pareceu desesperado.

– Ela está dando tanto trabalho assim? - perguntei sorrindo divertida.

Ponho Tikki no chão que vai até Jonathan e se esfrega em suas pernas, ele a pega no colo e faz carinho em sua barriga. Vou até a porta de trás e pegou duas bolsas.

– Deixo adivinhar. Roupas extras? - Jonathan perguntou.

Sorri para ele quando fechei a porta do carro.

– O tempo mudou e parece que vai chover. - murmurei.

– Espero que ela vá embora antes da chuva. - Jonathan falou e estremeceu.

Vou até ele e sorri.

– Então, vamos logo fazer esse trabalho. - falei e mexi as sobrancelhas divertidas.

Jonathan ri.

– Vamos Plagg. - chamei.

Tranquei o carro antes de entrar, senti os olhos de Jonathan sobre mim.

– Alicia. - Jonathan e eu falamos juntos.

Rimos.

Subimos as escadas para chegar ao segundo andar.

Finalmente. - escutei a voz da Bella da sala de jantar.

Segurei-me para não rir.

– Molly, minha querida. - Esme falou se levantando e vindo me cumprimentar.

– Oi, Esme. - falei a abraçando de volta.

Ela sorriu para mim quando se afastou.

– E aí gente. - cumprimentei as Denali.

Notei que Eleazar e Carlisle não estavam presentes.

“ – Biblioteca. - Jonathan diz em minha mente.”

Desde que Jonathan e eu começamos a namorar nossas mentes sempre então conectadas.

– Senhorita Brown. - Eleazar falou.

Virei-me para olhar.

– Olá Eleazar... Carlisle... - cumprimentei os dois.

– Pelo visto, temos convidados. - Carlisle murmurou se aproximando de Jonathan. - como vai menina? - perguntou fazendo carinho na cabeça da Tikki.

Ela ronronou e abanou seu rabo apreciando o carinho. Ri quando Plagg soltou um rosnado.

– Para ciumento. - mandei sorrindo para o nervosinho.

Plagg resmungou e olhou irritado para Carlisle, tive que pegá-lo para não atacá-lo e se machucar.

– Liga não. Plagg está possessivo ultimamente. - falei me desculpando pelo comportamento dele.

– Porque trouxe seus gatos? - Alicia questionou.

Tive vontade de falar que não era da conta dela.

– Pedi para ela trazê-los. - Jonathan falou por mim, a voz dele estava fria.

“ – O que ela fez? - perguntei em sua mente.”

“ – Os gritos que dei hoje mais cedo não surtiram efeito. - Jonathan respondeu em um resmungo em minha mente.”

Olhei cética para Alicia.

– Vamos começar o trabalho. - falei olhando para ela.

– Querida, você é que está atrasada. Não eu. - Alicia murmurou tentando me provocar.

Olhei para ela.

– Diferente de você Alicia que estava conversando em vez de começar a fazer o trabalho... Eu estava ajudando a minha mãe com os quadrigêmeos. - falei olhando para ela.

– E seus irmãos não podiam ajudar? - Alicia questionou querendo dar uma de gostosona.

– Mesmo não tendo que lhe dar satisfação Alicia. Minha irmã caçula não queria sair do meu colo, só saiu quando dormiu. - falei.

Alicia não teve argumento, ficou quieta.

Essa é das minhas. - escuto Kate dizer.

Emmett gargalhou.

– Vamos. - Jonathan murmurou me olhando.

Apenas assenti com a cabeça. Dei um beijo na bochecha de Esme em forma de desculpa pelo meu comportamento rude, ela apenas sorriu e piscou para mim. Jonathan e eu fomos para a sala de jantar onde Bella e Edward estão lendo o livro que a professora deu.

– Oie. - falei colocando Plagg em cima da mesa.

Ponho minhas bolsas em umas das cadeiras.

– Sua irmã está bem? - Bella perguntou.

– Ela está agora. - respondi. - era um pouco de manhã e quis dar uma força para minha mãe. - falei. - meus irmãos não têm muito manejo. - murmurei sorrindo.

Bella sorriu de volta.

– Bom... Já li uma parte do livro e fiz algumas anotações nos meus Post It. - comentei e me sentei ao lado da Bella.

– Fiz algumas anotações nesse bloco de notas. - Bella murmurou.

– Estávamos lendo o livro enquanto esperávamos você. - Edward diz de mau humor.

– Deixem adivinhar: Alicia... - murmurei o provocando.

Escuto Edward rosnar baixo.

– Troca de lugar. - Jonathan pediu.

Olhei para ele confusa, mas logo entendi o que ele queria. Pulei uma cadeira, saindo do lado da Bella, ele se sentou ao meu lado junto com Tikki que subiu em cima da mesa e vai até onde Plagg está. Quando Alicia entrou na sala de jantar, ela me olhou irritada.

“ – Ela não se toca que você não a quer. - murmurei em sua mente.”

“ – Nem me fale. - Jonathan diz em minha mente, em um resmungo.”

Alicia olhou para Bella. Decidi entrar em sua mente para saber o que ela quer.

“ – Será que essa tonta não percebe que quero que ela saia daí para ficar ao lado do meu namorado. - Alicia diz em sua mente.”

Disfarcei uma tosse quando um rosnado se formou em minha garganta. Notei que Edward olhou irritado para Alicia, por ter ofendido sua esposa, mesmo ela não sabendo disso.

– Não vai se sentar, Alicia? - perguntei provocando.

– Vou sim queridinha. - a mesma diz de má vontade e me olhando torto.

Ela se sentou e pegou o livro. Todos começaram a ler o livro e fazer anotações, sai que os Cullen estavam apenas fingindo ler, pois imaginei que eles já tinham lido aquele livro. Enquanto lia, fazia anotações no próprio livro, já que eu tinha um exemplar na minha biblioteca.

– Ficou maluca? - Alicia perguntou.

Abaixei o livro para encará-la sem entender.

– O que foi? - Bella perguntou olhando para Alicia.

– Sabia que não pode danificar material utilizado pela escola, não sabe? - Alicia perguntou olhando para mim.

Revirei os olhos para o drama dela.

– Eu sei. - respondi.

– Então porque está rabiscando o livro que a professora deu? - a mesma questionou querendo arrumar briga.

– O livro é meu. - falei. - tenho um livro igual ao que a professora distribuiu hoje. - disse e mostro o carimbo com o brasão Brown. - não sou louca de danificar algo que não seja meu. - murmurei.

Alicia me olhou desconcertada.

– Além disso, tenho três bibliotecas em casa e deve ter outras cópias desse livro. - falei não me importando muito se tem problema ou não rabisca os livros.

– Para que três bibliotecas? - Alicia questionou.

– Uma é só minha e uma é da família. - falei. - sou muito possessiva com relação aos livros. - murmurei dando de ombro.

– E a terceira biblioteca? - Edward perguntou com cenho franzido.

– Meu quarto tem uma estante enorme. - falei. - meu quarto em si é enorme. - disse. - tem dois andares. - murmurei.

– Dois andares. - Alicia sussurrou em choque, mas logo se recompôs quando percebeu que olhávamos para ela.

– Podemos continuar a ler? Ou vai nos interromper? - perguntei olhando para Alicia.

A mesma não respondeu, apenas me olhou irritada.

Depois disso, continuei a ler o livro de onde parei e quando terminei, peguei meu notebook e comecei a escrever algumas coisas que achei interessante do livro e que seria legal por na parte escrita, Jonathan me ajudava a acrescentar algumas coisas do seu ponto de vista. Dei meu notebook para Edward e depois para Bella ver o que tinha feito até o momento, eles adicionaram algumas coisas.

– Ficou muito bom o que você escreveu. - Edward diz me elogiando o que tinha escrito.

– Você sabe amarrar os assuntos muito bem. - Bella elogiou enquanto lia o que tinha feito.

– Obrigada. - agradeci.

– Terminei de ler. - Alicia diz chamando a atenção para si.

Olhamos para ela.

– Pode me emprestar meu notebook um pouco Bella. - pedi olhando para a mesma.

Bella apenas assentiu e me entregou o computador. Salvei o mesmo arquivo outra vez.

– Quer ler o que fizemos e acrescentar mais alguma coisa? - perguntei olhando para Alicia.

– Claro. - Alicia falou.

Entreguei meu computador para ela. Alicia digitou e apagou algumas vezes.

– Até que está bom. - a mesma diz. - coloquei uma coisinha ou outra. - falou.

– Ela não pôs nada. Apenas fingiu escrever. - Edward falou em tom baixo.

Segurou-se para não rosnar.

– Posso ver como ficou o trabalho? - perguntei esticando meus braços para pegar meu computador.

Quando ela foi passar o computador para mim quase o deixou cair, mas fui mais rápido e segurei meu computador. Li todo o trabalho e vi que Alicia não tem absolutamente nada.

– O que vocês acharam do livro? - Bella perguntou.

– Eu gostei do livro. Não tenho nenhuma crítica em relação ao livro. - falei. - não sou muito chata para ler livros, leio de tudo. - murmurei.

– Qual livro você está lendo? - Alicia perguntou.

– Ando lendo um livro brasileiro: SEDUZIDA POR CONTRATO. - falei mesmo sabendo que eles não saberiam do que estou falando. (n/a.: livro disponível no e-book no Amazon, a autora.: D. A. Lemoyne)

Bella me olhou surpresa e me segurei para não rir da sua expressão.

– Não sabia que gostava desse tipo de livro. - a mesma diz.

– A culpa é do Bane. - falei. - ele me deu de presente um Kindle e comecei a comprar alguns livros. Aí comecei a explorar os livros que tem no Kindle e comecei a ler os livros. - disse.

– Edward me deu um de presente e li um na inocência. - Bella falou e riu. - achei a escrita muito boa e amei a forma que os personagens se envolvem entre si. - disse.

Ri.

– Amo romance e já li muitos clássicos, mas sempre senti falta de momentos picantes. - falei. - quando li a primeira vez o livro me apaixonei pela escrita até parecem fanfic, mas de um jeito mais certinho. - disse.

– Do que estão falando? - Alicia perguntou querendo entender do que Bella e eu estamos falando.

– São livros brasileiros que tem disponível no Kindle. - respondi. - como sei ler e a falar em português do Brasil, consigo ler esse tipo de livro. - falei para provocá-la.

Alicia me olha irritado.

– Não entendi que tipo de livros vocês estão lendo. - Jonathan diz.

– Viu que nem ele entendeu. - Alicia falou querendo se achar.

– Não é isso que estou dizendo. - Jonathan falou. - eu sei falar português e já li diversos livros muito bons. - disse fazendo com que Alicia fique quieta.

Edward ri.

– Elas lêem livros eróticos. - o mesmo falou.

Alicia e Jonathan arregalaram os olhos, Bella ficou envergonhada, já Edward e eu gargalhamos da reação dos três.

– Você lê livro de sexo? - Alicia perguntou.

Ela é mais direta.

– Leio. - respondi dando de ombro.

Não é crime ler livros que tenham conteúdo adulto, mas o modo que Alicia está me olhando, está me deixando irritada.

– Mas é errado. - Alicia falou me olhando com nojo.

– Porque errado? - questionei. - não estou cometendo nenhum crime. - disse.

– Não vejo problema nenhum em ler romances picantes. - Bella falou.

– Isso não é coisa de Deus. - Alicia diz pondo religião no meio.

– A pronto... - resmunguei. - pois fiquei sabendo que eu não sou religiosa. - falei. - eu tenho as minhas crenças e pode ter certeza que não são as mesmas que as suas. - disse atravessada.

– Você vai queimar no fogo do inferno por ler esse tipo de coisa. - Alicia falou em um tom alto.

Comecei a rir da ironia da sua frase.

– Se eu for para o inferno, não será por ler romances eróticos. - falei muito brava.

Jonathan pôs sua mão em minha perna para que eu me acalmasse. Nisso um estrondo é ouvido do lado de fora e uma forte luz atravessa o vidro da sala de jantar. Tikki se levanta de onde estava deitada e vem correndo com medo do trovão, logo o barulho da chuva soou.

– Está tudo bem, Tikki. - falei em um tom calmo para acalmar minha gatinha.

Tikki odiava tempestades e sempre vinha para meu colo quando os trovões soavam. Plagg se aproximou preocupado com a companheira, ele foi para o colo do Jonathan para ter mais acesso a Tikki. Faço carinho nela para que ela se acalme, os bebês estão bastante agitados.

– Ela tem medo de um simples trovão. - Alicia murmurou em deboche.

Olhei para a mesma e me segurei para não rosnar, mas não pude impedir de Plagg rosnar para Alicia e a olhar ameaçadoramente.

– Você não conhece a Tikki, não sabe absolutamente nada dela. - esbravejei. - então, não fale o que não sabe. - falei e me levantei da mesa.

Saí da sala de jantar e fui para cozinha para poder acalmar Tikki, seus bebês estavam bastante agitados e fiquei preocupada. Plagg veio em meu encalço preocupado.

Não precisava ser tão insensível. - escutei Jonathan dizer rudemente.

Escutei a cadeira se afastar.

Aonde você vai? - Alicia perguntou e sabia que era para ele.

Não é a sua conta. - Jonathan disse atravessado e ríspido.

Escutei passos vindos na direção da cozinha.

– Você está bem? - Jonathan perguntou preocupado.

– Sim. - respondi sincera. - Tikki está agitada e achei melhor sair para acalmá-la. - disse. - estou preocupada que ela entre em trabalho de parto antes do tempo. - confessei.

Ele se aproximou de mim.

– Ela vai ficar bem. - Jonathan murmurou confiante.

Sorri para ele.

– Obrigada. - agradeci pelas suas simples palavras.

Fui ousada e lhe dei um selinho rápido. Jonathan me olha e ri, o mesmo beija minha bochecha para me provocar. Depois que Tikki se acalmou, voltamos para a sala de jantar onde Edward e Bella guardavam as coisas.

– Cadê o capeta? - perguntei um pouco baixo, caso ela estivesse por perto.

Escutei a gargalhada do Emmett vindo da sala. Edward e Bella riram.

– Foi atender o celular. - Bella respondeu se referindo a Alicia.

– A chuva não vai ceder. - Alice diz entrando na sala de jantar.

Torci o nariz imaginando a razão dela estar me falando isso.

– Que maravilha. - resmunguei.

Comecei a guardar minhas coisas.

– Vamos ter que aturar ela aqui. - Jonathan choramingou.

– Eu vou para casa. - falei ao terminar de guardar as minhas coisas dentro da bolsa.

– Não vai, não. - Rose diz entrando na sala de jantar. - se teremos que aturá-la aqui, você também terá que atuará-la conosco. - falou.

Resmunguei.

– O pai dela disse que é para ela ficar aqui até a chuva parar ou ele conseguir vir pegá-la. - Edward falou. - o que será difícil já que as estradas estão fechadas por causa da chuva e por ele está ilhado. - disse.

Arregalei meus olhos e peguei meu celular para ligar para meu pai.

 

 

_ Ligação On - Papai (Peter) _

 

– Pai. Como estão as coisas? Você está na delegacia? Ou em casa? - perguntei preocupada.

–Estou na delegacia. - ele respondeu. - não conseguirei sair daqui. - disse.

Resmunguei.

– Estou na casa dos Cullen, pelo visto também não conseguirei sair daqui para ir para casa. - falei soltando um chiado.

– Não se preocupe. Estão todos em casa para dar uma força para sua mãe. - pai diz despreocupado. - além disso, você tem que parar de querer ajudar sempre. Vá viver um pouco a sua liberdade. - falou.

Rosnei baixinho e revirei os olhos.

– Eu não me sinto obrigada pai. - falei brava com ele. - e não estava presa em New York. - digo deixando claro.

– Eu sei. Calma esquentadinha. - pai murmurou me provocando.

Revirei os olhos outra vez.

– Mas não se preocupe. Todos ficaram bem em casa sem nós dois. - pai diz para me tranquilizar.

– Tudo bem. - falei mais calma. - me ligue se acontecer alguma coisa. E tome cuidado. - pedi.

– Pode deixar. - pai respondeu sério.

 

_ Ligação Off _

 

 

Desliguei o celular e suspirei. Nisso, Alicia apareceu na sala de jantar.

– Será que teria problema de eu ficar até a chuva passar? - a mesma perguntou com uma voz irritante.

– Creio que nossa mãe não vai se incomodar. - Edward respondeu.

Alicia abriu um sorriso enorme e olhou para Jonathan.

– Ótimo. - ela respondeu piscando para ele.

“ – Que os anjos me ajude. - pedi mentalmente.”

Esme apareceu na sala de jantar.

– Meninas. - ela falou olhando para nós duas. - acho melhor passarem a noite aqui. - disse. - a chuva parece que não dará trégua. - falou.

– Meu pai ligou e me pediu para ver se não seria um problema ficar aqui. - Alicia falou do seu jeito enjoado.

Como Esme é um doce em pessoas, foi gentil.

– Não se preocupe. - Esme falou e olhou para mim preocupada.

– Não se preocupe com a Tikki e o Plagg. Trouxe a comida deles na bolsa. - falei. - sou sempre precavida quando saio de casa com eles. - disse sorrindo para Esme.

– Certo. - Esme murmurou aliviado. - vou preparar algo para vocês comerem. - disse.

Antes de ela sair.

– Se importa de eu ajudá-la? - perguntou.

– Claro que não. - Esme respondeu sorrindo.

Deixei minhas coisas em uma cadeira.

“ – Vou por suas coisas em meu quarto. - Jonathan diz em minha mente.”

Olhei para ele.

“ – Não precisa disso. Pode ser em um quarto de hóspedes. - falei em sua mente.”

“ – Com os Denali aqui tem apenas um quarto. E creio que não vá querer dividir com a Alicia. - Jonathan falou.”

Arrepiei-me toda.

“ – Pelo Anjo. Não mesmo. - respondi na sua mente.”

Ele se segurou para não rir.

– Vou por suas coisas no quarto. - Jonathan diz olhando para mim.

– Tudo bem. - respondi. - obrigada. - agradeci e sorri.

Peguei a bolsa dos gatos e peguei a Tikki outra vez no colo, segui Esme até a cozinha para ajudá-la. Coloquei minha gata no chão. Antes de ajudá-la, coloquei comida e água para meus gatos e enquanto eles comiam, eu ajudei a preparar o jantar. Jonathan veio nos ajudar e Alicia veio atrás para ser um estorvo. Em vez de ajudar, só atrapalhou, pois toda vez queria a atenção de Jonathan apenas para ela.

Quando o jantar ficou pronto, Jonathan e eu colocamos a mesma, já que a folgada da Alicia não teve coragem de pegar um prato sequer. Todos se sentaram à mesa para jantar, mesmo os Cullen e os Denali não terem a necessidade de jantarem, eles tiveram que fazer a refeição para que Alicia não desconfiasse que fosse vampiros ou que teria algo de errado com eles. Jonathan estava ao meu lado, senti algo cutucando minha perna, pensei serem meus gatos, mas Plagg estava em meu colo e Tikki no colo do Jonathan. Olhei de relance para debaixo da mesa e vejo o pé da Alicia.

– Alicia... - chamei sua atenção.

– O que foi? - a mesma questionou de má vontade.

Ela estava com raiva, pois Jonathan não quis se sentar ao seu lado.

– Pode parar de alisar a minha perna, por favor. - pedi em voz alta, não estava nem aí se ela passaria vergonha, já estava no meu limite com ela. - se você não sabe, gosto de homens e não de mulheres. - disse.

Ela torce o nariz.

– Foi sem querer. - Alicia falou se fazendo de coitada. - e é óbvio que você gosta de homens. Acho tão errado mulher gostar outra mulher e homem gostar outro homem. - disse fazendo cara de nojo.

Olhei chocada para ela.

– Deixo adivinhar: Não é coisa de deus. - falei arrogante.

Ela me olhou atravessada.

– Claro que não é coisa de Deus. - Alicia falou. - Deus fez o homem e a mulher para que eles procriassem, não para ter serem aberrações. - Alicia disse.

Não sei de onde veio à força para não pular no pescoço dessa homofônica do c@r@lho. Odeio pessoas homofóbicas, elas são as piores que existem.

– Eu não acho. - Jonathan falou se intrometendo. - acho que as pessoas devem amar quem elas quiserem, independente do sexo delas. - disse lacrando em cima dela.

O comentário do Jonathan me fez me apaixonar mais ainda por ele.

– DEUS! Nunca disse que se um homem ou uma mulher dormirem com pessoas do mesmo sexo é pecado. - ele continuou com seu discurso lindo.

Alicia olhou para Jonathan, não gostando da sua fala, o resto do jantar foi em silêncio. Ajudei a Esme com a louça, assim como o Jonathan, enquanto a dondoca da Alicia ficava de boas na sala conversando. Depois de tudo arrumado, fomos para a sala e Alice sugeriu assistirmos a um filme. Jonathan tinha me puxado para o sofá que estava vazio e nos sentamos juntos. Tikki e Plagg vieram ficar em meu colo.

Ela escolheu um filme de terror, O Exorcismo de Emily Rose. Alicia não gostou da escolha do filme, mas não falou nada. Quando o filme começou senti a tensão que vinha de Alicia e achava graça no pavor que sentia de um simples filme de terror. Durante o filme, ela soltava alguns gritos bem agudos e irritantes, e o filme nem era tão assustador assim. O filme era tranquilo para mim até porque lido com criaturas demoníacas praticamente todos os dias, apenas de estar de “férias” de vez em quando caço e mato demônios.

 

11:47 AM

Quando o filme acabou.

– Adorei o filme. - comentei para alfinetar Alicia.

Emmett riu. Tikki se espreguiçou em meu colo.

– Para quem não tem medo de nada. - o mesmo diz e gargalhou alto.

– O filme não é tão assustador assim. - murmurei e mexi as sobrancelhas divertidas.

– Fale por você. - Alicia murmurou em um tom baixo, mas como temos a audição ouvimos.

– Acho melhor todos irmos dormir. Amanhã vocês todos terão aula. - Esme falou.

Todos concordam para não levantarem suspeita da verdadeira natureza dos Cullen, provavelmente eles ficaram em seus quartos.

– Venha Alicia. Levarei você até o quarto de hóspede. - Esme chamou a atenção da mesma.

Esme olhou para Jonathan e para mim, entendi que era para meu namorado me levar para seu quarto. Levantei-me junto com Jonathan e arrumei o sofá que estávamos sentados. Seguimos ela indo em direção da escada com Plagg em nosso encalço e Tikki em meu colo. Jonathan e eu fomos na direção do quarto dele, ele entrou e foi até seu closet pegar algo e eu ameacei entrar, mas antes de ter a chance de fechar a porta.

– Porque você está entrando no quarto dele? - Alicia questionou em tom raivoso.

Olhei para ela com a sobrancelha erguida, pus Tikki no chão e ela entrou no quarto mais o Plagg. Esme me olhou para mim e depois se dirigiu a Alicia.

– É que não temos mais quartos disponíveis, apenas um quarto... - Esme disse olhando para irritante da Alicia. - então, Jonathan ofereceu a cama dele para que a Molly possa dormir. - falou.

Alicia olhou sem reação para Esme, quando saiu do transe, ela me olhou com a cara fechada.

– Não me importo de dividir o quarto de hóspedes. - Alicia diz. - creio que a cama seja grande o suficiente para caber nós duas. - falou.

Esme me olhou sem reação. Olhei para Alicia e cruzei os braços.

– Não vou dividir a cama como você Alicia. - falei me intrometendo na conversa. - da última vez que dormi com alguém fui chutada para fora da cama. - disse me recusando a dormir com uma vaca.

Alicia me olhou com raiva.

– E dormir com o Jonathan é diferente de dormir na mesma cama que eu. - Alicia falou irritada.

Jonathan veio até a porta para intervir, o mesmo está irritado.

– Alicia para de encher. Vou dormir no sofá e ceder minha cama para Molly dormir. - ele disse olhando atravessado para ela. - mesmo que dividíssemos a cama. Não teria segundas intenções e não seria da sua conta. - falou.

“ – Não teria segundas intenções? - perguntei em sua mente.”

“ – Talvez alguns amassos. - Jonathan respondeu para me provocar.”

– E não tem um sofá no quarto de hóspede? - Alicia questionou olhando para Esme.

Tomo a frente da situação.

– Alicia... - chamei a atenção da mesma.

Ela me olhou quando chamei.

– Cale a boca. - mandei já sem paciência com sigo.

Ela me olhou em choque. Estou muito irritada com as insinuações dela.

– Ainda não colocou nessa sua cabeça desmiolado que Jonathan e eu vamos transar a noite inteira. - falei chutando o balde, Alicia arregala os olhos e Esme fica em choque se segurando para não rir. - mas que INFERNO! Porque não para de encher o saco, ele já não te deu três fora só hoje. - esbravejei. - não vê que você está sendo incômoda. - disse.

Escuto risadas vindas do andar de baixo.

Ela é ousada. - escutei Tanya dizer.

Também a garota é um pé no saco. Tem que dar uma inventada. - Kate diz possivelmente para a irmã.

Alicia me olha com os olhos mais arregalados e com a boca aberta.

– Vocês farão s3x0? - a mesma perguntou prestando atenção apenas nisso.

Olhei abismada para ela por ela ter ouvido só essa parte. Soltei um rosnado e me segurei para não pular em cima do seu pescoço. Decidi entrar no quarto do Jonathan indo para o banheiro e me tranquei no cômodo, minha vontade era de voltar e arrancar a cabeça dela. Encostei na porta do banheiro e respirei fundo para não fazer besteira.

 Vocês vão mesmo transar? - escuto a voz irritante da Alicia perguntar. 

Sei que ela está fazendo a pergunta para Jonathan.

Se vamos ou não, não lhe diz respeito. - Jonathan falou em tom bravo. - vou deixar mais uma vez claro e espero que seja a última vez. NÃO ESTOU INTERESSADO EM VOCÊ. - disse com todas as letras. - então, pare de me perseguir, está sendo incômodo. - murmurou.

Escutei a porta do seu quarto trancando, decidi abrir a porta do banheiro, me escoteiro no batente da porta e o olhei envergonhada pela minha explosão.

“ – Sinto muito. - pedi por pensamento. - não quis ser rude ou desrespeitosa. - murmurei.”

Jonathan não diz nada apenas vem em minha direção, ele segura meu rosto e cobre seus lábios sobre os meus em um beijo desesperador, o mesmo desce seus braços para minha cintura e aperta uma das mãos no local. Jonathan empurra-me até que minha bunda encostou na bancada da pia, ele me segura para me pôr em cima da bancada da pia do banheiro e ficando entre as minhas pernas sem que o beijo fosse quebrado. O beijo continuou até que ele quebrou o beijo, o mesmo me olhou com os olhos arregalados.

Sorri marota para Jonathan e aproximei meus lábios do seu ouvido.

– Eles não podem nos ouvir. - sussurrei com a voz rouca, mordi o lóbulo da sua orelha.

Jonathan se arrepiou todo e apertou minha cintura um pouco mais forte, ele pôs seus lábios gélidos em meu pescoço, beijando o local até chegar à minha orelha e lamber atrás dela.

– Jonathan. - ofeguei e gemi seu nome.

Puxo seus cabelos para trás e sua cabeça foi para trás. Voltamos a nos beijar com urgência. Começamos a tirar as roupas só ficando com as roupas íntimas. Jonathan me pegou no colo e fomos para o chuveiro, agarrei seu pescoço para não cair no chão, mesmo sabendo que ele nunca me deixaria cair. Ele ligou o chuveiro quando me pôs contra o azulejo frio, gemi contra seus lábios ao senti a parede gelada. A água quente caiu sobre nossos corpos tornando o beijo mais ardente e intenso, senti as pontas do Jonathan em minhas costas, os senti indo para o fecho do sutiã. Separei dele e olhei ofegante para seus olhos.

– Tem certeza que quer tirar meu sutiã? - perguntei sorrindo maliciosa.

Vejo em seus olhos que ele está encabulado... Envergonhado com sua ação.

– Desculpa. - Jonathan pediu.

Tombei a cabeça e sorri para ele.

– Não foi para pedir desculpa que chamei a sua atenção. - murmurei próxima aos seus lábios. - apenas perguntei para saber se conseguirá lidar comigo nua da cintura para cima. - sussurrei e lambi seus lábios.

Jonathan rosnou em um gemido. Ele pressionou sua ereção contra meu centro de prazer. Levei a cabeça para trás e gemi, minha respiração pesou e apertei minhas pernas ao seu redor da sua cintura para sentir seu membro rígido em minha parte íntima. Isso dez nossos instintos enlouquecerem e voltamos a nos beijar, ele tirou meu sutiã que foi ao chão do chuveiro, seu braço esquerdo circulou minha cintura firmemente, já a sua mão direita foi para o bico do meu seio direito, ele apertou firme e circulou meu mamilo.

– Jona... Than - gemi seu nome contra seus lábios.

Jonathan segurou meu seio direito e o apertou me fazendo ofegar. Ele quebrou o beijo fazendo caminho pela bochecha, pescoço, ombro e por fim seus lábios chegaram ao meu seio direito, ele sugou meu seio e mordiscou meu mamilo.

– Jonathan... - ofeguei e gemi um pouco mais alto.

Uma das minhas mãos puxou seus cabelos, já a outra enfiei minha unhas em sua pele, mesmo sabendo que não o machucaria, apertei minhas pernas ao seu redor quando ele deu mais uma mordida em meu mamilo. Minha respiração está pesada e irregular, a temperatura subiu muito no banheiro. Esfreguei minha feminidade na ereção dele para obter mais contato e para nos aliviar.

Jonathan mudou sua atenção para o seio esquerdo, ele está me deixando louco com suas provocações.

– Gatinhooooo... - gritei em um gemido agudo e desesperado.

Tive a necessidade de beijá-lo, puxei seu rosto tirando seus lábios do meu seio, beijei seus lábios com urgência e rebolo em seu membro rígido. Jonathan e eu entramos em um ritmo sincronizado.

– MOLLY... - Jonathan gemeu em um rosnado gutural.

Ele esfregou seu membro em meu clitóris com firmeza nos fazendo gemer contra os lábios um dos outros, sinto meu baixo ventre se contrair o que me fez apertar minhas pernas ao redor da sua cintura sentindo seu membro pulsar contra meu clitóris. Voltamos a nos beijar com urgência até parecia que nossos corpos se fundiria.

Chegamos ao ápice do prazer juntos. Jonathan me dá alguns selinhos para me firmar na parede para nos recuperar do orgasmo. As nossas respirações são pesadas, deitei minha cabeça no seu ombro esquerdo e segurei firme ao redor do pescoço dele.

– Você está bem? - Jonathan perguntou um tempo depois.

Sorri contra seu ombro, distribui beijos pelo seu pescoço e mordisquei o local fazendo com que ele soltasse um rosnado misturado com um gemido. Senti um leve aperto em minha cintura, beijei o local onde dei a leve mordida mesmo sabendo que não tinha nenhuma marca, mas eu sabia onde tinha o mordiscado. Afastei-me do seu ombro para poder olhar em seus olhos. Notei que a Íris dele está ficando escuro, o pouco de dourado que tem em seus olhos está brilhante, passei meu polegar em seus lábios passando para o nariz e por fim olhos.

– Você precisa ir caçar. - observei olhando em seus olhos.

Jonathan riu e beijou a ponta do meu nariz.

– Acho que vou caçar na sexta e voltarei sábado à noite. - Jonathan falou.

– Você não acha nada. - falei o repreendendo. - você vai caçar e quero que volte com os seus lindos olhos dourados. - murmurei autoritária.

Jonathan gargalhou e beijou a ponta do meu nariz.

– Pode deixar capitão. - ele murmurou em tom de brincadeira.

Revirei os olhos e beijei seus lábios. Demos mais alguns amassos e quando Jonathan me pôs no chão para que tomamos banho juntos.

 

[...]

 

Pov. Jonathan

 

24th Agosto, Quarta-feira - 1:47 AM

Molly e eu estamos nos braços um do outro e deitados em minha cama. Ela está vestida com uma das minhas camisas que dei a ela, apesar dela ter trazido seu pijama lhe dei a camisa, assim como fiz ela guardar outras camisas com o meu cheiro. Seus gatos Tikki e Plagg estão em meu sofá dormindo em uma coberta que tinha posto para eles dormirem quietinhos e confortáveis.

Estamos acordados apreciando o som da chuva que cai do lado de fora, passou a ponta do meu nariz em seu pescoço e aspiro o cheiro do meu sabonete em sua pele que faz contraste com o cheiro de terra molhada.

– Como viemos parar juntinhos na cama? - perguntei em um sussurro próximo ao seu ouvido, sugou o lóbulo da sua orelha lhe causando arrepios.

Molly dá risada.

– Viemos para sua cama depois da festinha que aconteceu no banheiro. - ela respondeu risonha.

Beijo seu pescoço fazendo uma trilha de beijos.

– Pare. - Molly mandou, virando o pescoço para me repreender com o olhar.

Ri e a abracei mais forte.

– Te amo. - murmurei passando a ponta do meu nariz em sua pele.

Molly se virou totalmente, ficando de frente para mim.

– Eu também te amo. - Molly sussurrou próxima aos meus lábios.

Nós nos beijamos calmamente sem nenhuma presa, quando nos separamos, Molly se aconchegou mais em meus braços, puxei o edredom para nos cobrir e ficarmos aquecidos. Trouxe-a para mais perto de mim, quase totalmente em cima de mim. Não demorou muito para que ela pegasse no sono.

 

Pov. Narradora

 

2:18 AM

Durante a madrugada, Alicia saiu de seu quarto e foi até a porta do quarto do Jonathan para espiá-lo. Quando se aproximou e mexeu na maçaneta percebeu que a mesma estava trancada.

– Porque eles trancaram a porta do quarto? - Alicia se perguntou. - será que eles transaram mesmo? - questionou enraivecida com o que Molly insinuou mais cedo.

Ela põe o ouvido na porta para tentar ouvir alguma coisa que vinha de dentro do quarto, mas ela desistiu quando não ouviu nenhum som. Alicia voltou para o quarto pisando duro, revoltada com a situação. Ela pegou o travesseiro pondo o mesmo em seu rosto e começou a gritar de raiva, o travesseiro serviu para ela abafar o som de seus gritos.

– Que raiva dessa garota! - Alicia esbravejou com raiva da coitada da Molly. - se ela não tivesse aparecido, Jonathan seria meu... MEU... - disse dando ênfase no MEU.

Ela decidiu tentar dormir e esquecer que aqueles dois estão no mesmo quarto e possivelmente dormindo na mesma cama.

 

[...]

 

2:29 AM

No quarto da Alice estão Bella, Edward, Jasper e Esme. Carlisle teve que ir ao hospital ajudar, mas ele apenas conseguiu ir quando a chuva diminuiu, foi um pouco difícil chegar ao hospital por conta das ruas levemente alagadas.

Emmett e Rose estão em seu quarto, não preciso nem dizer o que eles estão fazendo. Já os Denali estão cada um em seu quarto passando o tempo.

– Essa não se toca que nosso filho não está interessado nela. - Bella falou em tom irritadiço.

– Jonathan já deixou bem claro que não está interessado nela. - Jasper diz incômodo com as emoções vindas de Alicia.

– Os pensamentos dela são muito raivosos. Ela está amaldiçoando a Molly por roubar a atenção do Jonathan dela. - Edward falou lendo os pensamentos da Alicia.

– Raiva? Raiva do que? - Esme perguntou com cenho franzido.

– Ela culpa a Molly de ter aparecido na cidade. A Alicia é apaixonada pelo Jonathan, mas como nunca teve concorrência, ela está usando todas as cartas que tem para separar a aproximação da Molly do Jonathan. - Alice falou e torceu o nariz.

– Mas é muito cara de pau mesmo. - Rose diz entrando no quarto da Alice com Emmett em seu encalço.

Emmett fechou a porta atrás de si.

– Vimos Alicia com a orelha na porta tentando ouvir dentro do quarto. - Emmett comentou e riu baixinho.

– Vadia... - Bella murmurou furiosa.

Todos olham para Bella perplexos com sua atitude.

– Bella! - Edward a repreendeu.

– Bellinha se rebelando. - Emmett brincou antes de se sentar aos pés da sua Ursinha.

– Os dois deveriam parar de querer ser apenas amigos e namorar de uma vez. - Rose falou se referindo a Molly e Jonathan. - aí quero ver se Alicia não para de uma vez de ser implicante. - murmurou.

– Duvido um pouco. - Alice murmurou. - é bem capaz de ela armar para cima dos dois. - diz.

– Alicia não seria capaz de uma coisa dessas Alice. - Esme falou tendo a esperança que Alicia não seria capaz de uma coisa dessas.

– Notaram que o quarto do Jonathan está muito silencioso? - Emmett questionou não muito atento na conversa.

Todos ficam em silêncio e se concentram no quarto do Jonathan. Os sete vampiros perceberam que não tem barulho ou som dos batimentos cardíacos da Molly nem dos seus gatos.

– Que estranho. - Jasper murmurou quebrando o silêncio, o mesmo Franziu o cenho e olha para Edward.

– Não ouço a mente do Jonathan também. - Edward falou olhando para Jasper.

– Será que eles saíram? - Alice perguntou.

– Não chuva? - Emmett questionou.

– Não acho que eles tenham saído. - Rose diz.

Emmett gargalhou um pouco mais baixo do que é acostumado.

– Talvez estejam transando. - o mesmo falou.

Todos olham feio para ele pelas palavras indelicadas.

– Obviamente que não, né gênio. - Jasper murmurou.

– Ué. Mas a Molly não disse que eles iriam transar? - Emmett questionou.

Edward e Esme reviraram os olhos.

– Emmett... Molly só falou aquilo para provocar a Alicia. - Esme murmurou. - ela está irritando ela desde que ela chegou aqui em casa. - comentou.

– Na verdade, desde a escola. - Bella corrigiu. - Molly nem almoçou conosco, Alicia disse que a Molly tinha a convidado para almoçar em nossa mesa, mas era mentira

– Meu Deus. - Esme falou. - por isso que Jonathan chegou transtornado em casa. - falou.

– Não só por isso, ela insistiu muito. Hoje Alicia tirou o dia para ser inconveniente e incomodar Jonathan. - Bella falou.

– Não só a dele, né. - Alice falou. - Molly estava pronta para pular no pescoço da Alicia. - disse.

Emmett riu.

– Até parece que a Molly está com ciúmes. - o mesmo diz.

– Não percebi nada nas emoções dela. - Jasper falou.

– E desde quando você consegue sentir as emoções da Molly. - Edward perguntou.

– Às vezes ela deixa escapar as emoções. - Jasper respondeu e riu. - e é interessante como funciona as emoções dela. - comentou.

– Quem deixa escapar as emoções? - Tanya perguntou.

– Molly. - a resposta foi geral.

– Hum... - Tanya murmurou.

– Estamos falando do estorvo que é a Alicia. - Rose falou de má vontade.

– Não sei como vocês aceitaram fazer trabalho com aquele ser tão insuportável. - Tanya disse se sentando em um canto. - a garota é insuportável e inconveniente. - falou.

– Além disso, ela é folgada. - Esme murmurou chutando o balde sob a educação.

Os sete vampiros riem da carta que Esme fez.

– Achei graça quando Molly disse que faria s3x0 com Jonathan. Tanya falou e riu. - queria ter visto a cara da Alicia e da Molly. - comentou.

– Alicia ficou com muita raiva. - Esme murmurou.

– Imagino que sim, já que estava amaldiçoando a Molly até agora no quarto. - Tanya diz. - muito infantil da parte dela. - comentou.

– Talvez isso passe. - Esme falou. - Alicia perceberá que não ama Jonathan. - disse.

Os oito vampiros ficaram conversando até amanhecer.

 

[...]

 

5:52 AM

Molly se remexeu nos braços gélidos de Jonathan, ela escondeu seu rosto na curvatura do pescoço dele.

– Bom dia. - Jonathan desejou e beijou o pescoço da amada.

Molly se arrepiou toda e deu um beijo molhado no pescoço dele.

– Muito bom dia. - Molly murmurou com a voz rouca e sonolenta.

Jonathan a abraça e a trás para cima dele.

– Gatinho. - Molly o repreendeu e riu logo em seguida.

Molly apoiou seus braços ao lado do pescoço de Jonathan para poder olhar nos olhos dele, eles sorriram um para o outro. Jonathan leva suas mãos aos cabelos de Molly e o põem atrás da orelha.

– Dormiu bem? - Jonathan perguntou sem desviar seus olhos dos da Molly.

A mesma apenas sorriu e se aproximou dos lábios dele, Molly beijou Jonathan rapidamente.

– Te amo. - Jonathan sussurrou quando se separaram.

– Te amo mais. - Molly murmurou com a voz rouca.

– Isso é impossível. Eu que te amo mais. - Jonathan diz para provocá-la.

Molly ri e dá um selinho nele. Ela saiu de cima do Jonathan e saiu da cama indo para o banheiro, a mesma escovou os dentes e fez suas necessidades.

Plagg saiu de onde estava dormindo e foi ao banheiro onde sua dona está.

– Oi amor. O que foi? - Molly perguntou quando Plagg esfregou em suas pernas.

– Miaw. - Plagg miou.

– Espera só um pouco que já vamos sair. - Molly disse.

A mesma terminou o que precisava fazer e entrou no chuveiro para tomar um banho rápido, quando saiu do chuveiro, ela se enrolou na toalha e saiu do quarto.

– O banheiro está livre.  O banheiro. - Molly murmurou.

Jonathan estava arrumando a cama enquanto esperava Molly terminar de usar o banheiro.

– Podia ter deixado que eu arrumaria quando saísse do banheiro. - Molly murmurou.

Ele sorriu e foi até a mesma.

– Só quis ser útil. - Jonathan falou. - além disso, também estive na cama. - murmurou e beijou rapidamente seus lábios antes de entrar no banheiro.

Molly balançou a cabeça sem acreditar, ela foi até sua mala para pegar as mudas de roupas que tinha posto na minha bolsa, coloquei o sutiã e calcinha que combinados, vesti a calça legging e um moletom vinho com duas linhas nos dois braços, nos pés ela colocou um sapato preto com saltinho e sem meia. Ela notou que tinha um espelho no quarto do Jonathan, Molly se aproximou do mesmo e arrumou seus cabelos avermelhados.

– Você está uma delícia. - Jonathan diz olhando para a namorada se olhando no espelho.

Ele está encostado no batente da porta apenas de toalha. Molly olha o reflexo do namorado pelo espelho em que estava arrumando seus cabelos, ela se vira para olhá-lo melhor.

– E você está uma tentação. - Molly murmurou comendo o mesmo com os olhos, a mesma olha para Jonathan de cima a baixo com sorriso safado.

Na velocidade vampiresca, Jonathan vai até a amada e a prende contra a parede ao lado do espelho, Molly gemeu ao sentir o membro dele rígido .

– Você está querendo levar minha loba ao limite dela, é? - Molly questionou sorrindo marota, a mesma passa sua mão direita lentamente pelo corpo nu de Jonathan até que chegar na toalha, ela apertou seu membro por cima da toalha, tudo isso aconteceu sem que eles quebrassem o contato visual.

Jonathan gemeu e pôs seus lábios sob os lábios de Molly em um beijo ardente.

– Rrrrrrrrr! - Jonathan rosnou frustrado.

Molly riu do namorado, a mesma conseguiu se livrar do seu aperto e foi em direção ao banheiro para terminar de se arrumar.

 

[ Minutos Depois]

 

6:39 AM

Molly e Jonathan estavam prontos para tomar café da manhã. Ela pegou suas bolsas e ele estava com Tikki em seus braços.

– Espero que não estrague minha gata. - Molly murmurou.

Jonathan olhou para a mesma e riu do bico que ela estava fazendo.

– Está com ciúmes? - Jonathan questionou com tom de deboche.

– Rrrrrrrrr! - Molly rosnou e mostrou seus olhos brancos.

Ele gargalhou da reação da namorada.

– Não se preocupe, Joaninha. Tenho olhos apenas para você. - Jonathan diz em tom de brincadeira.

Molly não o respondeu, apenas saiu do quarto com Plagg em seu encalço. Eles desceram as escadas indo para a cozinha onde ouviu vozes.

 

Pov. Molly

 

6:48 AM

Depois da provocação do Jonathan sai do seu quarto e fui para o andar de baixo, ouvi vozes vindas da cozinha. Quando entrei no ambiente estavam Esme, Nessie, Jacob, Bella, Edward e Jasper.

– Bom dia. - desejei para os seis.

– Bom dia. - eles desejaram.

– Como foi onde? - Jacob perguntou sorrindo, o mesmo queria me provocar.

– Quase virei assassina. - respondi colocando minhas bolsas no canto da cozinha.

Quando levantei minha cabeça vi que a janela estava aberta e senti Plagg se esfregar em minhas pernas.

– Vá. - falei. - mas não vai muito longe. - mandei.

Plagg sai correndo em direção a janela.

– Fiquei longe do rio. - falei em um tom mais alto.

– Miawwwwww! - Plagg berrou do lado de fora.

Ri.

– Onde ele foi? - Nessie perguntou.

– Ao banheiro. - respondi. - aqui a pouco ele está de volta. - disse.

– Nem me lembrei disso. - Esme diz pondo a mão na testa.

– Não se preocupe Esme. Plagg é tranquilo e sempre fez as necessidades dele do lado de fora ou na privada. - disse.

– Gato prendado. - Jasper diz rindo do próprio comentário.

Nisso, Jonathan chegou com Tikki nos braços.

– Tem como acessar onde o Plagg saiu sem ser pela janela? - perguntei.

– Só pela porta da frente. - Edward respondeu.

– Hum... - murmurei. - se importam se eu sair um pouquinho para levar a Tikki lá para fora? - perguntei.

Eles sorriram para mim.

– Eu levo você. - Jonathan diz.

– Valeu. - agradeci. - já voltamos. - disse e sorri para eles.

Jonathan e eu fomos para o lado de fora para que Tikki fosse se aliviar. Como ela sabe que não a quero em terra molhada para não se sujar ela não foi muito longe, quando ela terminou a mesma voltou toda feliz. Peguei ela no colo com a ajuda de um pano que Jonathan tinha me dado para que eu não me sujasse quando tivesse que pegar ela no colo. Voltamos para dentro da casa e vejo Plagg sentado no tronco de árvore.

– Ele não quis entrar de jeito nenhum. - Bella diz olhando para meu gato preto.

Ri.

– Ele não entraria nem que você puxasse. - falei pondo Tikki na cadeira em cima do pano que ela estava embrulhada.

– Por quê? - Jacob perguntou.

– É porque ele está com as patinhas sujas. - respondi. - normalmente deixo um tapete úmido na entrada porta de casa para eles passarem as patinhas para limpá-las. - expliquei.

Vou até minha bolsa e pego um pano que tinha pegado para limpar as patas deles, fui até a pia e molhei bem o pano.

– Ensinei isso a eles para não sujarem o chão quando eles quisessem sair de casa. - falei. - quando não tem o pano, eles me esperam para que eu possa limpar as patinhas deles. - disse.

Vou até o Plagg e limpo rapidamente as patas dele.

– Incrível. - Edward e Jasper falaram.

Ri.

– Eles são espertos. - falei. - apesar da diferença de personalidade, os dois são muito educados. - disse.

– Eles são tão tranquilos. Não atrapalharam em nada ontem. - Bella comentou. - até achei que eles fosse interrompê-la. - murmurou.

– Que nada. Eles são tranquilos. - disse. - eles só me atrapalharam se não fosse importante, porque do contrário, eles ficam na deles. - falei.

Vou até a Tikki e limpo as patas deles. Jonathan pegou o pano que tinha me dado e o levou da cozinha.

– Como não quero que Tikki pule de lugares altos levo ela para o lado de fora, ou eles fazem na caixa de areia que tenho no meu ateliê. - comentei. - não tenho nem tela nas minhas sacadas, porque eles não são de pular de alturas muito altas. - falei. - talvez com a chegada dos gatinhos eu tenha que telar, mas vou deixar para o último momento. - murmurei.

– Percebi que o Plagg é super protetor. - Esme comentou.

Ela se abaixa para fazer carinho na cabeça dele.

– Ele é. - falei. - o mesmo não deixa Tikki por nenhum momento, agora está pior porque ela está grávida. - disse. - quero ver quando os filhotes nascerem com as coisas vão funcionar. - murmurei e ri.

Vou até a bolsa deles para por comida e água para eles.

– Você pretende doar os filhotes? - Nessie perguntou.

– Não sei se consigo. - respondi com pesar. - Magnus pediu um e eu disse que ele teria que me matar para ter um. - disse. - mas a Jasmine ficará com um para ela, acho que se for para meus irmãos ficarem responsáveis por eles, até posso os deixar adotarem caso contrario são todos meus. - falei.

– Acho que se estivesse na sua posição, também não daria para ninguém. - Nessie falou e eu sorri.

– Não que ficar com um? - perguntei.

Ela me olhou com os olhos arregalados.

– Apenas se você quiser, é claro. - falei.

– É sério? - Nessie perguntou.

“ – É sério? - Jonathan perguntou em minha mente.”

“ – Não é como se não fosse vê-lo nunca mais. - falei em sua mente em tom de deboche.”

Nessie olhou para Jacob para saber a opinião dele.

– Gatos não são bichos de sete cabeças. - murmurei. - eles são independentes, carinhosos na maioria das vezes, super tranquilos... Além disso, eles serão filhotes da Tikki e do Plagg melhor que isso não tem. - falei.

Jacob e Nessie continuaram a se olhar até que os ombros dele cederam.

– Oba! - Nessie comemorou.

– Nessie. - chamei a atenção da mesma.

– Oi. - a mesma respondeu com sorriso.

– Não está esquecendo de nada? - perguntei.

Nessie franziu o cenho e apontou com a cabeça para seus pais. Quando a mesma entendeu o que eu queria dizer.

– Posso ficar com um dos gatinhos? - Nessie perguntou olhando para os pais.

Ela fez igualzinho a Jasmine quando quer alguma coisa.

– Vai cuidar. Dar comida. Dar atenção e... - Edward começou a listar as coisas.

– Mas é claro que vou. - Nessie murmurou. - não vou ser uma mãe desnaturada. - diz.

Todos riem do seu comentário.

– Qual é a graça? - Alicia perguntou ao entrar na sala, o clima mudou na hora.

– Nada não. - Nessie respondeu atravessada.

Jonathan se sentou ao lado da irmã e ao meu lado.

“ – Socorro. - ele pediu em minha mente.”

Sorri em sinal de deboche.

– Venha se sentar, querida. - Esme chamou a vadia.

Alicia se aproximou e sentou de frente para mim.

– Fiz chá e café. O que vão querer? - Esme perguntou.

– Pode me passar o chá Esme, por favor. - pedi sorrindo para a mesma.

Esme me passou o bule de chá.

– Obrigada. - agradeci sorrindo.

Ponho um pouco de chá na xícara.

– Vai querer chá Alicia? - perguntei.

A mesma torceu o nariz.

– Não. Não gosto de chá. - Alicia respondeu recusando o bule.

– Pode me passar o bule? - Nessie pediu.

– Claro. - respondi.

Entreguei o bule de chá para ela por um pouco. O açucareiro está próximo a mim, peguei uma colher limpa e coloquei um pouco de açúcar na minha xícara. Peguei uma torrada e coloquei um pouco de geleia para ficar mais gostosa.

– Esme, você poderia fazer ovos mexidos? - Alicia perguntou olhando para a mesma.

– Claro. - Esme respondeu. - um pouco sem graça.

“ – Folgada. - pensei comigo.”

Olhei na direção dela que me olhou de volta.

–O que foi? Tem algo de errado em meu rosto? - Alicia perguntou de cara amarrada.

– Não. - respondi. - só estava te olhando. - falei como se não fosse nada.

Pelo canto do olho vejo Tikki se aproximando de mim, me inclino na cadeira sem sair do lugar e pego ela no colo, quase cai, mas Jonathan me ajuda a voltar ao lugar.

– Obrigada. - agradeci sorrindo para ele.

– De nada. - Jonathan retribui o sorriso.

Tikki se ajeita em meu colo para tirar um cochilo.

– Vai deixá-la próxima a mesa? - Alicia questionou. - é muito anti-higiênico. - murmurou.

Olhei em sua direção.

– Não se preocupem, meus gatos são higiênicos e muito limpos. - respondi atravessado. - estão com as vacinas em dias e estão saudáveis. - falei.

– Não parece. - Alicia diz para me provocar. - sua gata está comendo demais. - comentou.

Prendo um rosnado.

– Ela não está gorda. - Nessie diz com raiva. - se não percebeu que Tikki está esperando filhotes e pare de provocar a Molly, ela não lhe fez nada. - falou para Alicia e a olhou brava.

         A cozinha ficou silenciosa. Tive muita vontade de rir da cara que Alicia está fazendo.

– Me dêem licença. Vou ver onde Alice está. - Jasper diz se levantando do balcão.

Jasper saiu da cozinha e subiu as escadas. Como mais uma torra e tomo o chá. Esme coloca o ovo mexido que a folgada da Alicia tinha pedido, ela come em silêncio depois da patada que Nessie deu nela.

Escutamos um carro entrar na propriedade dos Cullen.

“ – Não é meu pai. - falei na mente dos Cullen”

Olhei brevemente para Alicia.

Logo o som da buzina é ouvido.

– Deve ser seu pai ou sua mãe. - Esme falou olhando para Alicia.

– Acho que não. - a mesma respondeu e olhou para mim. - meus pais não avisaram nada. - disse.

– Acho que é seus pais. - falei a olhando. - meus pais não viriam me buscar. - disse. - até porque estou de carro. - murmurei tomando mais um gole do chá.

Mais uma buzina.

– Esme tem um carro da polícia e um homem dentro dele! - escutamos a voz do Emmett gritar.

Alicia olhou para mim.

– Não é meu pai, Alicia. - falei ríspida para a mesma. - se fosse meu pai, ele teria vindo com a Mercedes dele, não com o carro da polícia. - disse já sem paciência.

– Vou ver quem é. - Esme falou saindo da cozinha.

Sabia que não era meu pai, reconheci o cheiro do pai da Alicia. Ouvi a breve conversa da Esme e o pai da Alicia.

 Vou chamá-la. - Esme diz.

– Não falei. - falei em minha mente.”

Esme entrou na cozinha. Alicia olhou para mim como quisesse dizer: VAI EMBORA.

– Seu pai está te esperando na viatura Alicia. - Esme falou olhando para ela.

As bochechas da Alicia ficaram vermelhas.

– Hum... - a mesma murmurou.

Olhei para a Alicia querendo dizer: NÃO FALEI QUE ERA SEU PAI.

– É melhor eu ir. – Alicia respondeu comendo rapidamente os ovos que tinha pedido.

Alicia pegou as coisas dela e seguiu Esme até a saída. Comecei a rir da situação.

– Aprendemos uma coisa hoje. – murmurei e tomei um gole do meu chá.

– O que? – Nessie perguntou.

– Que no próximo trabalho com a Alicia, faremos na biblioteca do colégio. – respondi mexendo as sobrancelhas.

Nessie e Jacob riram.

– Você não presta. – Jacob diz.

– E ela presta? – questionei e a ponto para o lugar que Alicia estava. – pediu ovos, não agradeceu e saiu sem lavar a louça que sujou. – falei.

– Nem me fale. – Esme murmurou quando entrou novamente na cozinha. – não a quero aqui mais. – falou.

Pisquei para ela.

– Não se preocupe Esme. Não a traremos aqui mais. – falei. – vou levá-la para minha casa na próxima, mas aviso minha mãe para me ajudar a trancar as salas proibidas. – murmurei.

– Não precisa disso. – Jonathan falou.

– Não. Quero a ver lidando com minha mãe e tia. – falei. – vai ser divertido. – murmurei. – vai ser lindo de se ver. – disse.

Como a minha torrada. Termino de tomar café, Nessie e eu ajudamos Esme com a louça suja.

– Seria maravilhoso passar o resto do dia com vocês, mas preciso ir para casa. – falei sorrindo para eles.

Esme veio até mim e me abraçou, retribui seu abraço. Despedi-me deles e entrei no carro com meus gatos no carro. Fui embora para casa e ver como minha família está.

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* Feminidade - essa palavra é para expressar a parte íntima da mulher. seu significado não é para isso, mas quis usar essa palavra para ficar mais educado e não vulgar

 

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NOTA DA AUTORA - abaixo fala sobre o livro e foi retirado do site que estará na descrição na fanfic:

 

Ratos e Homens, publicado originalmente em 1937, é um dos mais belos textos de John Steinbeck (1902-1968) – um dos maiores romancistas do século XX – e até hoje um dos livros mais lidos do autor.

George e Lennie são dois amigos bem diferentes entre si. George é baixo e franzino, porém astuto, e Lennie é grandalhão, uma verdadeira fortaleza humana, mas com a inteligência de uma criança. Só o que os une é a amizade e a posição de marginalizados pelo sistema, o fato de serem homens sem nada na vida, sequer famílias, que trabalham fazendo bicos em fazendas da Califórnia durante a recessão econômica americana da década de 30. Ganham pouco mais do que comida e moradia. No caminho, encontram outros sujeitos pobres e explorados, mas também situações que colocam em risco a sua miserável e humilde existência.

Em Ratos e Homens, Steinbeck levou à maestria sua capacidade de compor personagens tão cativantes quanto realistas e de, ao contar uma história específica, falar de sentimentos comuns a todos os seres humanos, como a solidão e a ânsia por uma vida digna.

Um clássico sobre o doloroso período da Grande Depressão americana. Uma peça de ficção para ser lido e relido.

SITE: www.lpm.com.br  

 

Capítulo 38

Capítulo 40



Ilustração

Look

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