E.A.: Capítulo 38 - Será que não se toca que ele não está INTERESSADO!

Pov. Jonathan

 

23 Agosto, Terça-feira - 12:38 AM

Demorei em conseguir me livrar da minha família e no final vovó teve que me ajudar a escapar de casa. Quando cheguei à casa da Molly parei em cima de uma árvore, antes de pular para a sua sacada vejo se a barra está limpa para que eu possa entrar em seu quarto, assim que tenho certeza que a barra está limpa, pulei para o segundo andar de seu quarto. Abri a porta e entrei. Ao entrar em seu quarto, notei que o ambiente estava mais frio e percebi que os gatos dela não estavam em suas camas, no mesmo instante fiquei preocupado deles terem saído para o lado de fora.

Saí do quarto da Molly para olhar na grade do segundo andar e ver se os gatos dela estavam no andar de baixo, assim que pisei no closet notei a diferença de temperatura, ali estava mais quente do que no quarto da Molly. Aproximei-me da grade e vi os dois gatos da Molly embolados em uma coberta felpuda.

– Jonathan... - escutei a voz de Molly me chamar.

Virei-me para olhá-la. Sorri os vê-la coçando os olhos sonolentos.

– Oi amor. - falei.

Aproximei-me dela. Rodeei meus braços ao redor dela. Molly ri quando passei meu nariz na curvatura de seu pescoço.

– Sabe que faz poucas horas que nos vimos. - Molly murmurou me provocando.

Ri.

– Tempo de mais. - resmunguei apertando mais em meus braços.

Antes que ela me respondesse, a mesma bocejou cansada.

– Porque levantou? - perguntei.

– Senti que tinha chegado... - Molly respondeu. - mas estranhei a demora em se deitar comigo. - murmurou fazendo biquinho.

Sorri e deu um selinho para desfazer o biquinho fofo dela.

– Não me deitei, porque não tinha visto Tikki e Plagg na cama deles. - respondi sincero.

Molly tomba a cabeça para o lado e me olha de um jeito fofo.

– Que fofo. - a mesma murmurou me olhando apaixonada. - eles estão lá embaixo, por causa da temperatura do quarto. - disse.

– Posso saber? Porque o quarto da senhorita está parecendo o Polo Sul de tão frio que está lá? - perguntei olhando para ela com os olhos semicerrados.

– Porque estou com calor. - Molly respondeu. - liguei o ar até que você chegasse. - murmurou.

– Virei ar condicionado ambulante. - ironizei dramático.

– E eu sou um aquecedor ambulante... - Molly ironiza também dramática. - formamos uma bela dupla. - falou em tom de brincadeira.

Ri e beijei a ponta e seu nariz. Ela deu uma risadinha e se afastou de mim. Olhei para ela de cima a baixo, Molly está com um shorts bem parecido com uma cueca box mais justa e com uma camisa social masculina vermelho escuro.

– O que está olhando? - Molly perguntou me tirando do transe.

Molly está com a mão apoiada no batente da porta que dá para seu quarto.

– O quanto você está deliciosa nessa camisa vermelha. - respondi e me aproximando outra vez dela. - mas você ficaria mais deliciosa se estivesse com uma das minhas camisas. - murmurei enciumado.

Molly sorriu. Ela leva sua mão na gola da minha camisa e alisa de um jeito sexy e me olha sensual.

– Não se preocupe que essa camisa deve ser de um dos meus irmãos. Talvez seja do Troy. - Molly diz. - mas vou adorar se você me der uma de sua camisa tinha seu cheiro, vou amar usá-la. - murmurei. - com a voz rouca e me deixa excitado com o que está conseguindo.

– Quando vir à noite trarei algumas das minhas camisas. Aí você devolve a camisa para seu irmão. - falei. - se não tiver errado tenho uma dessa cor. - digo.

Molly sorri, ela vira de costas indo para a cama.

– O seu pijama está na última gaveta da cômoda. - ela diz. - vou esvaziar mais uma gaveta e depois uma parte do meu armário para colocar algumas roupas para você. - murmurou.

Pisquei para ela antes de me afastar do batente da porta para vestir o pijama que Molly me deu.

– Fique só com a calça. - escutei Molly dizer.

Fiquei sem entender o seu pedido, mas aceitei mesmo assim. Vou para o seu quarto, ela está me esperando na cama agarrada ao travesseiro. Quando me aproximei mais da cama, seus olhos me acompanham hipnotizados, ela me olha de cima a baixo como fiz com ela minutos atrás, seus olhos param em meu peitoral. Molly me devora com os olhos.

– Você é uma safada. - acusei a mesma.

Molly saiu do transe e sorri marota para mim.

– Não fiz nada. - Molly falou se defendendo.

Balancei a cabeça descrente. Voltei até ela e me deitei em sua cama. Molly me agarrou e se aconchegou em meus braços, notei que ela tinha desligado o ar condicionado.

– Por que desligou o ar condicionado. Ela levantou a cabeça que estava encostada em meu peito para olhar em meus olhos.

– Desliguei. - Molly respondeu. - você disse que o quarto estava frio, então desliguei. - falei.

– Não precisava me desligar por minha causa. - murmurei. - pode deixar ligado o ar condicionado. - falei.

Ela sorri para mim.

– Você e o ar condicionado juntos eu teria que pegar um cobertor a mais. - Molly diz.

Envolvi meus braços ao seu redor e a abraçou beijando a sua bochecha. Ela ri.

– Está fazendo cócegas. - Molly diz sorrindo.

Beijo seus lábios.

– Eu Te Amo. - sussurrei com minha testa colada na sua.

Meus olhos se fixaram nos seus olhos verdes brilhantes.

– Também te amo. - Molly diz circulando seus braços ao redor do meu pescoço e beijou meus lábios.

Quando o clima esquentou mais uma vez, nos separamos. Molly dá risinho e beija a ponta do meu nariz.

– Vamos dormir gatinho. - Molly diz e beijou minha bochecha antes de se virar para mim.

– Você me chamou de que? - perguntei sem reação.

Fiquei surpreso de ela ter me chamado de gatinho. Senti-a ficar tensa.

– Desculpa. - Molly pediu. - foi por reflexo. - diz virando a cabeça para olhar para mim.

Sorri para ela e passei o meu nariz no seu.

– Eu amei o apelido. - falei apertando em meus braços. - Bugboo... - sussurrei em seu ouvido.

Quando me afastei um pouco de seu rosto, notei que suas bochechas estão levemente avermelhadas. Isso me fez sorrir. Ela estava envergonhada.

– Pare... - Molly mandou. - não estou achando graça. - diz, fazendo biquíni fofo.

– Eu não estou achando engraçado, mas sim fofo. - murmurei. - e realmente gostou do apelido. - falei.

– Não achou brega? - Molly perguntou na defensiva.

Sorri.

– Não... - respondi. - acho uma coisa legal entre casais. Isso demonstra o quando se amam. - falei sendo sincero. - meu tio Emm e a tia Rose se chamam pelo apelido. - disse. – Emm chama Rose de ‘Ursinha’ e ela o chamou de ‘Ursão’. - comentei.

Molly franziu o cenho.

– O apelido do Emmett até entendo de ser chamado de ‘Ursão’, mas já a Rose. - a mesma murmurou.

– Sério? O que você achava que meu tio chama minha tia? - perguntei curioso.

– Abelha Rainha... Abelhinha. - Molly respondeu. - combina mais com a Rose do que ser chamada de ‘Ursinha’... - disse. - mas entendo que é pela lógica. - falou.

– Pior que combina mais com a tia Rose. - murmurei. - eles são bem melosos. - comentei torcendo o nariz em desgosto.

Molly dá risada e virou-se de frente para mim e se agarrou em mim encostando sua cabeça em meu peito. Ela suspirou sonolenta.

– Vamos dormir? - falei.

Molly olhou para mim.

– Vamos? - ela perguntou.

– Achei que me falaria dormir. - disse estranhando.

– Você pareceu perturbado ontem. - Molly falou. - pensei que não quisesse dormir outra vez. - diz.

Beijei sua testa.

– Confesso que fiquei atônico, mas gostei da sensação de dormir agarradinho a você. - falei. - mas foi gostoso dormir quentinho com você. - disse a abraçando.

Molly riu e beijou a ponta do meu nariz.

– Então vamos dormir. - ela disse um pouco sonolenta.

Sorri para ela. Molly se aconchegou mais em mim, o pouco de luz que tinha no quarto vinha do andar de baixo. Relaxei e fechei meus olhos, aspirei o perfume dela, isso me fez cair no sono profundo.

 

Pov. Edward

 

2:39 AM

Em um determinado momento percebi que meu filho Jonathan não estava na mansão, conclui que o mesmo deveria ter ido para o chalé, mas quando foi buscar uma coisa. Jacob estava na cozinha apenas de shorts e sem camisa. Resmunguei pela visão.

– O que ouve? - Jacob perguntou comendo uma maçã.

– Vim apenas buscar uma coisa. - respondi.

Percebi que apenas Nessie e Jacob estão no chalé, o cheiro de Jonathan está bem fraco para ele ter estado aqui a pouco tempo.

– Jonathan não esteve aqui? - perguntei com cenho franzido.

Jacob me olhou estranho.

– Ele nem esteve aqui. - ele respondeu. - achei que ele estava na mansão. - murmurou. - pelo menos foi a última vez que o vi. - disse com o cenho franzido.

Achei aquilo muito estranho.

– Não. Ele não está na mansão. - falei. - faz um bom tempo que não o vejo. - digo preocupado.

– Ele deve ter ido caçar. - Jacob disse.

Torci o nariz.

– Outra vez. - murmurei. - ele anda caçando muito ultimamente. - falei.

– Então não sei onde ele pode estar. - Jacob disse. - tenta ligar para ele. - sugeriu.

– Já fiz isso, mas ele não me atendeu. - falei incomodado. - liguei mais de uma vez. - disse.

Não esperei Jacob dar outra idéia. Vou até meu escritório e peguei o que vim pegar. Voltei para a sala e Jacob não estava mais na cozinha indo para o quarto da minha filha.

No começo foi difícil lidar com a Nessie adulta e a convivência dela junto com o Jacob. Atualmente é normal vê-los juntos e não ter aversão ao namoro deles. Apesar da rivalidade que tínhamos no passado, foi deixado para trás, pois ele fazia minha princesa feliz e isso é o que importa.

Voltei para a mansão e ao chegar vou para a sala onde estão todos.

– Voltei. - falei assim que pisei na sala.

– Que demora. - Emmett resmungou como sempre.

Revirei os olhos pelo seu drama, nem tinha demorado tanto assim.

– Vocês viram o Jonathan sair? - perguntei e coloquei a caixa em cima da mesa de centro.

– Ele foi para a clareira. - Esme respondeu.

Leio a mente dela e a mesma está cantando o hino da Itália em Francês. Achei estranho a sua atitude, mas deixei a mesma de lado.

– Molly es una chica dulce. - Carmen comentou em espanhol. - es muy bonita. Ese pelo rojo y esos ojos verdes la hacen tan encantadora. - disse.

– É o charme dela. - Rose comentou. - a irmã dela a Jasmine é exatamente igual a ela. - disse.

– Só que a Jasmine tem um pouco dos traços do Peter mais evidente. - Carlisle disse.

Em sua mente surge a imagem de um homem que supostamente seria o pai dos Brown.

– Realmente. Molly não tem nada do pai a não ser o sorriso. - comentei. - que coisa não. - falei.

– A genética é uma coisa magnífica e misteriosa. - Carlisle diz.

– Molly me faz lembrar a Margarida. - Kate falou longe. - só que com traços mais delicados. - acrescentou.

– Notei que ela tem calos nas mãos. - Garrett comentou mudando totalmente de assunto.

– Deve ser por caçar demônios. - Tanya diz o que me fez estranhar seu tom de voz. - não tenho uma opinião formada sobre a Molly. - falou.

Todos olham para ela.

– Não gostou dela. - perguntei estranhando.

– Não é que eu não tenha gostado dela. Só não me conectei com ela como vocês fizeram. - Tanya se defendeu.

Entendi o que ela queria dizer com isso.

– O que ela contou foi algo um pouco absurdo o que ela contou. - disse.

– Mas ela não está mentindo. Molly realmente caça e mata demônios. - Alice diz e sorri. - ela salvou a vida da Nessie a alguns dias atrás. - falou.

– Então, demônios realmente existem. - Eleazar questionou sem acreditar.

– Molly não é de mentir. A não ser que seja preciso. - Carlisle garante aos Denali. - ela não nos contou o que era. Só depois de termos sido atacados por um demônio. - disse.

– Por quê? - Tanya perguntou desconfiou.

– Ela deu a desculpa que não poderia contar por ser a lei dos Nephilim. - Rose falou. - mas a Bella acha que tem outra razão. - disse.

– Acho que tem outra razão por trás. - minha esposa disse. - a parte de não poder contar que é uma caçadora de demônios, mas a parte que ela é uma loba é a questão. - falei.

– Ela tem vergonha de ser loba? - Kate perguntou.

– Não acho que ela tenha vergonha. - Rose disse.

Então li a mente de Rosalie, ela pensava no dia em que as meninas fizeram a festa do pijama e viram as cicatrizes nas costas dela.

– Pode ser um pouco disso. - falei olhando para Rosalie.

Ela ficou um pouco aflita e  ficou preocupada na hora.

– Acho que pode ser um por causa disso? - Rose me perguntou. - lembrei que ela ficou na defensiva quando nos contou. - disse.

– Contou o que? - Kate perguntou.

– Lembram que Molly falou do tal de Valentim? - perguntei para os Denali.

Eles assentiram com a cabeça.

– Bem... Valentim torturou a Molly a mais ou menos um ano. - contei até onde sabia. - ele era tio dela e a machucou profundamente pelo que percebemos. - disse.

– Machucou como? - Carmen perguntou na nossa língua.

– Molly tem cicatrizes muito profundas nas costas. - Esme contou com a voz embargada. - a tortura não deve ter sido apenas física, mas também psicológica. - diz.

– Misericórdia. - Carmen sussurrou. - não posso imaginar o que ela passou nas mãos desse monstro do próprio tio. - falou angustiada.

Dava para ver isso em sua mente.

– Pessoas são doentias. - Kate falou. - ela é uma guerreira por passar por tudo isso. - disse.

– Mas não vi nenhuma cicatriz nas costas dela. - Tanya falou.

– Você não deve ter prestado atenção. - Rosalie falou arisca.

– Calma Rose. - Tanya pediu. - apenas estava constando um fato. - se defendeu. - e você se simpatizou bem rápido demais com ela. - disse.

– No começo eu não fui com a cara da Molly, mas quando a conheci melhor. Percebi que estava sendo tola. - Rosalie diz dando de ombros.

– Que evolução. - Alice comentou sorrindo para ela.

Rosalie revira os olhos.

– Ela deve ter escondido as cicatrizes dos humanos. - Bella diz. - talvez ela não queira que as pessoas saibam. - falou.

– Mas vocês sabem. - Tanya falou. - um pouco conveniente. - murmurou.

Rosalie olhou furiosa para Tanya.

– Tanya... - chamei sua atenção. - não tem que se preocupar com a Molly. Ela é uma pessoa boa, apesar do jeito defensivo dela. - falei.

Tanya ficou calada e o assunto foi encerrado. Decidimos jogar um jogo que tinha trazido de casa.

 

Pov. Molly

 

5:40 AM

Abro meus olhos lentamente dando de cara com o rosto de Jonathan, sorri e me aconcheguei mais em seus braços gélidos. Suspirei e lhe dei um selinho de leve. Decidi levantar e ver a hora e faltavam dezoito minutos para as 6 AM. Resmunguei por ainda faltar um tempo para o meu despertador tocar. Dou mais um beijo nos lábios do Jonathan e levanto-me da cama indo para o andar de baixo. Deixo Jonathan dormindo. Entrei no banheiro e escovei meus dentes. Tiro a camisa e a calcinha box preta que usava, entrei no chuveiro para tomar um banho rápido. Quando saí do banheiro enrolada na toalha, vou até a cômoda pegar uma calcinha preta e um sutiã, vistos as peças e vou até os armários escolher uma roupa, escolhi uma calça de jeans preta, vestindo a calço escuto meu despertador tocar, ouvi Jonathan acordar, já com a calça fechada vou outra vez ao armário escolher algo para a parte de cima.

Escuto Jonathan descer as escadas. Peguei uma camiseta de manga comprida e gola alta.

– Desculpa. - escuto a voz de Jonathan atrás de mim.

Viro-me para encará-lo e o mesmo está encabulado. Isso me fez rir.

– Não se preocupe. Gatinho bobo. - falei. - todas as partes importantes estão cobertas. - murmurei sorrindo sapeca.

Ele vem até mim na sua velocidade vampiresca e me agarra. Jonathan me prensa entre a parede do closet e seu corpo, a blusa que estava na minha mão se encontrava no chão.

– Joaninha safada. - Jonathan sussurrou com a voz rouca.

Gemi quando o mesmo mordiscou meu pescoço.

– Você é um gatinho mal sabia. - murmurei com dificuldade.

O infeliz riu e olhou para meus olhos.

– E você uma Joaninha gostosa. - ele diz.

Sinto minha bochecha esquentar levemente. Antes que reclamasse. Jonathan prensou seus lábios nos meus, o beijo tinha começado calmo e frio, mas agora era urgente e escaldante. Ele me puxa para cima e eu rodeio minhas pernas ao redor de seu quadril, nossas intimidades pressionam uma coma outra, o que nos faz gemer juntos. Senti que minhas costas não estavam mais na parede, o mesmo se senta no sofá quadrado que tenho no closet, rebolo em seu colo e sinto seu P3nis pular no tecido fino, ele aperta um pouco a minha cintura e me fez rebolar mais intensamente em seu colo.

– Jonathan... - gemi seu nome ofegante quando passou a beijar meu pescoço dando mordiscando de leve.

– Tão gostosa... - Jonathan murmurou.

Continuei rebolando para encontrar meu alívio. Jonathan e eu nos movemos em sincronia até sentir meu baixo ventre se contrair.

– Jonathan! - exclamei em um gemido e um rosnado.

– Rrrrrrr! Molly! - Jonathan rosnou meu nome.

Nós dois chegamos ao ápice juntos. Jonathan deitou-se no sofá e me levando junto, nossas respirações estavam pesadas.

Um tempo depois, sinto os lábios dele em minha testa. Levantei a cabeça para olhá-lo e seus olhos eram de um dourado intenso. Ficamos minutos nos olhando até que me toquei o que tinha acabado de acontecer.

– Droga. - resmunguei e me desvencilhei de seus braços.

Saio de perto de Jonathan indo em direção ao banheiro, mas sou impedida por braços gelados.

– Sinto muito. - Jonathan murmurou.

Sua voz era sofrida. Me virei para olhar em seus olhos.

– Desculpa se eu te machuquei. - ele pediu. - droga... Não era minha...

– Não estou machucada. - o interrompi na mesma hora.

Meu surto momentâneo fora deixado para depois, quando percebi a dor que seus olhos transmitiam é por pensar que me tinha machucado. Jonathan franziu o cenho.

– Preciso de outro banho para me acalmar. - murmurei fugindo do seu olhar.

Sou impedida por Jonathan que me prensa outra vez contra si, mas dessa vez na porta do closet.

– O que há de errado? - Jonathan perguntou preocupado.

Olhei em seus olhos antes de responder.

– Nada. - respondi. - só perdi o controle da situação. - falei e desviei o olhar dos seus. - sinto muito. - disse e suspirei pesado.

– Eih. - Jonathan chamou minha atenção, mas não o olhei para ele.

Jonathan pôs seus dedos abaixo do meu queixo e levantou meu rosto para que eu olhasse em seus olhos. Sinto-os ardem.

– O que há de errado? - Jonathan perguntou.

Suspirei.

– Não há nada de errado, só que eu perdi o controle da minha loba, apenas isso. - murmurei.

– Você não é a única que perdeu o controle. - Jonathan diz.

Fico muda. Estava com medo dele não me ver mais ou ficar com raiva.

Com o silêncio insuportável, sinto ser levantada.

– Onde estamos indo? - perguntei estranhando sua atitude.

– Tomar um banho. - Jonathan respondeu.

Olhei para ele sem entender o que ele pretendia fazer. Entramos no banheiro e ele me levou até o chuveiro.

– O que vai fazer? - perguntei, esperando que não seja o que estou pensando.

Jonathan não me respondeu, apenas ligou no chuveiro, a água gelada caiu sobre nós dois.

– Jonathan! - exclamei seu nome indignado e me agarrei a ele.

– Porque a água está gelada? - ele perguntou não se importando com a minha indignação.

– Me põem no chão. - mandei irritada.

A calça que estou usando está toda ensopada e estava me encomendando. Jonathan me põe no chão e me analisa..

– Porque fez isso? - perguntei olhando em seus olhos.

– Você ficou estranha. Ficou acuada. - Jonathan diz. - não gosto de vê-la assim. - murmurou. - você parece se sentir culpada. - falou.

– E me sinto. - falei e suspirei.

Abaixei minha cabeça e olhos para nossos pés.

– Eih. Olhe para mim. - Jonathan pediu e foi o que fiz. - sei que disse que não estava pronta, mas eu não me arrependo de tê-la agarrado. - diz.

– Jonathan você não... - comecei a falar, mas...

– Não é questão de precisar... - Jonathan me interrompeu. - quero estar com você em todas e de todas as maneiras. - diz. - acho que para darmos esse passo temos que conhecer um ao outro por inteiro. - falou.

– Não quero forçá-lo a nada. - digo. - não me importo de esperar até que se sinta pronto. - falei.

Jonathan chega mais perto de mim e me encurralou contra a parede do azulejo.

– Vai me dizer que não gostou de ter gozado apenas se esfregando em mim? - ele questionou em um sussurro.

Sua voz fez meus pelos da nuca se arrepiaram.

– Jonathan. - repreendi o mesmo pela falta de pudor.

Ele me olha com expectativa. Suspirei.

– Gostei. - respondi admitindo que eu gostei do que aconteceu minutos atrás.

Não estava mentindo, pois foi muito bom sentir a sensação que tive quando gozei. Jonathan não me deixou argumentar mais nada, o mesmo atacou meus lábios outra vez enquanto a água caía sobre nossos corpos. Gemi contra seus lábios. Quando nos separamos, eu estava ofegante e com meus olhos grudados nos olhos de Jonathan.

– Eu amo você. - sussurrei com a voz rouca.

Ele sorri torto para mim, mostrando suas lindas covinhas que o deixam mais encantador do que já ela.

– Também te amo. - Jonathan murmurou docemente. - porque está me olhando desse jeito? - perguntou beijando a ponta do meu nariz.

Seu ato me fez rir. O medo de perdê-lo e de tê-lo deixado bravo comigo ficou para trás.

– Estou admirando as suas covinhas. - respondi e sorri. - as acho tão charmosas. - murmurei.

Jonathan ri.

– Foi o que fez minha mãe se apaixonar por mim quando bebê. - o mesmo disse. - ela disse que quando queria algo dela, era só eu sorrir que eu a tinha na palma dela. - contou.

Ri.

– Tenho certeza que você tinha gatinho. - murmurei e lhe dei um selinho.

Jonathan riu e me puxou para um beijo de tirar o fôlego. Afasto-me dele para poder tirar a calça molhada, pois ela já estava me incomodando.

– O que vai fazer? - Jonathan perguntou estranhando a minha atitude.

Olhei para ele.

– Vou tirar a calça. - respondi. - ela está me incomodando. - comentei.

– Hum... - Jonathan murmurou um pouco embaraçado.

Para desviar sua atenção de mim, ele esticou o braço para mudar a temperatura da água. Segurei-me para não rir da sua vergonha. Tirei minha calça ficando apenas de calcinha. Deixo a calça pendurada em um gancho que tenho dentro do box. Voltei minha atenção para Jonathan.

– Porque não tira a sua calça. - sugeri o olhando em seus olhos. - não é como se não tivesse te visto de cueca ou sentindo... - digo deixando no ar a minha indireta.

Jonathan sorri malicioso e me puxa para si.

– Esse tempo todo você queria me ver outra vez de cueca? - ele perguntou.

Sorri sedutora.

– Talvez. - sussurrei lhe mordiscando os lábios.

Jonathan ri e beija minha bochecha. Ele se afastou de mim para tirar a calça de pijama e deixar no mesmo lugar que deixei a minha.

– Não se preocupe que vou colocar na máquina e depois na secadora que tenho aqui. - murmurei e entrei no chuveiro.

Apenas de já ter tomado um banho rápido, a água quente estava maravilhosa. De repente senti os braços de Jonathan ao meu redor, poderia ser apenas um abraço, mas estranhei o modo que ele me abraçou.

– O que aconteceu, amor? - perguntei preocupada.

Vire-me para ficar de frente para ele. Olhei em seus olhos e os mesmos transmitiam dor.

– Sinto muito. - Jonathan murmurou.

Assustei-me quando ele se desculpou.

– Fiz algo de errado? - perguntei receosa da resposta, repassei em minha mente o que poderia ter feito de errado.

– Desculpa. Você não fez nada de errado. - Jonathan diz. Deixando-me mais confusa. - sinto muito pelo que seu tio fez. - falou.

Então, a ficha caiu.

“ – Minhas cicatrizes. - murmurei para mim mesma.”

Suspirei.

– Infelizmente. Elas fazem parte de mim. - murmurei de cabeça baixa e melancólica. - sei que elas são feias, mas não podem ser curadas ou desaparecer. - disse.

Virei-me de costas para Jonathan, não queria que ele me visse tão frágil.

– Não quis chateá-la. - ele sussurrou me abraçando por trás.

– Não estou chateada. - falei.

Sinto os lábios de Jonathan em minhas costas.

– Eu te amo do jeito que você é com ou sem cicatrizes. - Jonathan diz.

Olhei em seus olhos e vejo puro amor e adoração. Sorri para ele e beijei seus lábios. Tomamos banho juntos, ele me ensaboou meu corpo todo até lavou meus cabelos ruivos.

– Adoro o cheiro do seu shampoo. - Jonathan murmurou. 

Sorri. 

– Duvido você adivinhar a fragrância do meu shampoo. - desafiei o mesmo. 

– Frutas vermelhas. - Jonathan respondeu sorrindo sabichão. 

Sorri debochado. 

– Tem mais um ingrediente. - murmurei passando a esponja com sabonete líquido em seu abdômen. 

Jonathan ficou em silêncio por um tempo. 

– Isso é um truque? - Jonathan perguntou segurando meus braços me impedindo de esfregá-lo com a esponja. 

– Não. Tem mais um ingrediente. - falei sorrindo sapeca.

– Molly. – Jonathan me repreendeu.

Ri.

– Sândalo. – murmurei. – além das frutas vermelhas tem Sândalo. – falei.

Jonathan ficou em silêncio para depois gargalhar.

– Qual é a graça? – perguntei perdida.

– Nada amor. – Jonathan respondeu e sorriu. – não sabia que tinha shampoo dessa fragrância. – murmurou.

– E não tem. – respondi olhando em seus olhos.

Jonathan franziu o cenho.

– Magnus faz shampoo e sabonetes de sândalo. – falei. – e como acho só o sândalo muito forte, peço para ele misturar com frutas vermelhas ou flor de laranjeira. – digo.

– Ele é talentoso. – Jonathan diz. – o shampoo é bem cheiroso. – diz.

– Essa é a intenção. – falei.

Jonathan e eu terminamos de tomar banho. Enrolei-me em outra toalha branca, pego mais uma e entrego para ele. Tiro a calcinha molhada e deixo na pia.

– Deixe a sua cueca na pia que vou colocar na máquina depois. – murmurei.

Não deixo Jonathan protestar ou argumentar. Sai do banheiro e vou até a cômoda pegar uma cueca preta limpa, voltei para o banheiro e entreguei a peça para ele.

– Obrigada. – Jonathan agradeceu olhando para mim.

Pisquei um olho e sai do banheiro para poder vestir outra peça íntima. Peguei uma calcinha preta simples e um sutiã igual a que estava antes também preto. Vejo a blusa de gola que tinha caído no chão, peguei a mesma e vesti.

– Vai de preto? – Jonathan perguntou saindo do banheiro.

– Vou. – respondi. – mas é para o meu casaco ficar em evidência. – falei.

– Hum... – Jonathan murmurou e me olhou.

Sorri e me aproximei dele, abracei a sua cintura.

– Te vejo no colégio. – sussurrei e roubei um selinho.

Ele agarrou minha cintura, me trazendo para perto de si e beijou meus lábios.

– Você tem que ir se não vou lhe atacar. – murmurei com a voz rouca próximo a seus lábios.

Jonathan riu e me deu mais um beijo.

– Até daqui a pouco. – ele sussurrou.

Ele subiu as escadas do closet para vestir as roupas que veio ontem.

– Toma cuidado quando sair pela sacada. – falei em um tom normal, pois sei que ele ouviria.

– Não se preocupe. Sou um gatinho esperto. – Jonathan falou em tom de brincadeira, ele está na grade da escada.

Gargalhei com seu jeito fofo.

Antes de ele sair da minha vista, ele piscou para mim e eu assoprei um beijo para ele. Quando ele não estava mais em meu quarto, suspirei apaixonada. Volto minha atenção para o guarda roupa e termino de me vestir.

Vesti uma calça de couro preta e coloquei um cinto para ficar mais charmoso. Pego meu casaco longo da cor branco e preto. Nos pés escolhi um coturno preto e baixo. Voltei para o banheiro e arrumo a bagunça que fizemos e arrumar meu cabelo que sequei rapidamente com a ajuda do meu poder, deixo tudo arrumado e sem o cheiro de Jonathan para não levantar suspeita.

 

7:17 AM

Antes de sair do quarto, vejo a hora e eu estava bem atrasada para tomar café da manhã. Saio do quarto e vou para a cozinha com comida para Tikki e Plagg. Peguei a garrafa térmica que tinha levado ontem para o colégio e vou para a sala de jantar.

– Bom dia. – desejei para todos que estavam terminando de tomar café da manhã.

– Bom dia. – todos desejaram.

Aproximei-me da mesa e nem me sentei. Peguei a jarra de café e despejei café na minha garrafa térmica.

Aproximei-me da mesa e nem me sentei. Peguei a jarra de café e despejei uma grande quantidade de café na minha garrafa térmica.

– Está atrasada. - Liam comentou. 

– Perdi a noção do tempo. - respondi e peguei duas maçãs. 

Coloquei as maçãs na minha bolsa para comê-las no caminho para escola. Sentei-me ao lado do Liam e peguei uma pera, mordi a fruta que está deliciosa.

– E porque está tão atrasada? – Liam perguntou de enxerido.

– Não é da sua conta. – respondi olhando para ele. – “estou dormindo tarde.” – falei na mente dos meus pais. Não estou sendo totalmente franca com eles, mas não era totalmente verdade.

Papai sorriu para mim.

– Confio em você filha. – o mesmo diz. – até porque você tem um pouco mais de juízo do que seus irmãos. – falou.

– Claro. Então, você ter ido para o inferno e depois voltado é ter mais juízo. – Apollo diz irônico.

– Não fui ao inferno para passeio Apollo. – falei irritada com ele. – salvei as nossas vidas de um colapso global, não me arrependo por nenhum segundo ter ido para lá. Salvei mais vidas do que se pode imaginar. – falei olhando atravessado.

Todos que estavam sentados na mesa ficaram em silêncio.

– Bom dia. – Sol e Seth desejaram alegremente quando entraram na sala de jantar.

– Bom dia. – todos responderam.

– O que aconteceu para você estarem todos em silêncio? – Sol perguntou se sentando em seu lugar.

– Pisei no calo de todos. – respondi olhando para ela. – não vão perguntar da demora dos dois? – questionei olhando brava para meus irmãos.

– Você está brava. – Sol comentou.

Ela pegou a jarra de suco e pôs para ela e Seth, já ele pegou dois bolinhos e colocou no prato dela.

“ – Fofos. – pensei comigo mesma.”

– Não estava brava quando sai do quarto. – disse.

Sol olhou para meus irmãos.

– Vocês também. – Sol murmurou brava com nossos irmãos.

– Vamos que senão chegaremos atrasados. – falei já me levantando da cadeira.

Todos se apressam para terminar de tomar seu café da manhã. Seth e Sol comeram rapidamente por terem sido os últimos a se sentarem à mesa para fazer o desjejum. Antes de se levantarem, eles pegaram algumas coisas para comerem no caminho. Não foi diferente, peguei dois cookies que tinha feito e coloquei mais café em minha garrafa térmica preto.

Vou para a garagem e entrei no meu carro: Range Rover Sport 2023 da minha cor da sorte, vermelho. No carro entraram Sol, Seth, Luna e Matteo. Dei partida no carro e sai da garagem.

 

_ Quebra de Tempo _

 

7:37 AM

Chegamos ao estacionamento do colégio, parei na mesma vaga que sempre paro. Meus irmãos estacionam o carro deles também. Quando saímos do carro os alunos olham para nós.

– Achei que os alunos pararam de prestar atenção em nós com quase três semanas de aula. – comentei olhando irritada para alguns alunos que me olharam torto.

– Não podemos fazer nada maninha. – Liam murmurou. – não se preocupe que eles estão apenas com inveja. – diz.

Apenas revirei os olhos e não respondi. Nesse meio tempo, os Cullen chegaram e eles estacionaram na vaga deles. Todos descem do carro e meus olhos estão fixos em Jonathan estava parecido comigo, calça e camisa de gola alta na cor preta, a única diferença em nossa roupa é o caso, o seu é cinza claro mesclado com cinza escuro.

“ – Vocês precisam se resolver. – Liam diz em minha mente.”

Rosnei e o olhei irritada.

– Porque não vai para o inferno? – perguntei atravessada.

– Liam deixa a Molly em paz. – Hayden mandou brigando com o namorado.

Liam olhou para a namorada com olhinhos de cachorro que caiu da mudança.

– O deixa Hayden... – falei olhando para minha cunhada. – quando levar uma coça não saberá por quê. – digo mostrando meus olhos brancos.

– Tão dramática. Estava apenas falando a verdade. – Liam murmurou.

– Que verdade? – Seth perguntou com cenho franzido.

Ninguém respondeu, nem mesmo Sol.

– Não se preocupe, Seth. – falei sorrindo simpática para ele. – só leva na boa e não se preocupe com os idiotas dos meus irmãos. – murmurei.

– Eih! – Apollo e Liam protestaram sabendo que estou me referindo a eles.

– Vejo vocês no refeitório. – murmurei me afastando deles.

Vou para dentro do colégio indo para o corredor dos armários. Abri o meu e guardei algumas coisas e peguei alguns materiais. Estou tão distraída que nem percebi que Jonathan se aproximou de mim.

– Você está bem? – ele perguntou preocupado.

Fechei meu armário e sorri para ele.

– Estou melhor agora. – falei.

Jonathan olhou em meus olhos, o que me suspirou.

– Fiquei chateada com um comentário do Apollo... Só isso. – murmurei. – mas não se preocupe, ficarei bem. – garanti.

Vejo nos olhos dele que não se convenceu, mas não insistiu. Nós dois fomos para a sala de aula, enquanto tomava meu café e comia uma das minhas maçãs.

 

Pov. Jonathan

 

7h17 AM

Sai do quarto de Molly tomando muito cuidado com a família dela, principalmente cuidado com o Seth. Decidi ir para a mansão mesmo, como já tinha tomado banho na casa da Molly não precisei tomar banho.

Vou para o closet e decidi ir quase igual a da Molly, vesti-me toda de preto e coloquei um casaco cinza claro, me olhei no espelho e gostei da combinação das cores, escolhi um coturno preto e um relógio da mesma cor. Voltei para o banheiro para arrumar meus cabelos. Ouvi a porta do meu quarto se abriu, pelo cheiro sei que é meu pai. Sei do banheiro para conversar com ele, pois tenho uma ideia do que queria de mim.

– Bom dia pai. – desejei da porta do banheiro.

Ele me analisou de cima a baixo.

– Bom dia. – pai desejou com o cenho franzido. – onde esteve? – perguntou.

– Estava na clareira. – respondi em uma mentira já pensada.

– Não estava não. – pai respondeu cruzando os braços. – fui atrás de você e não estava lá. – disse.

Fiquei em silêncio.

– Não estava nessa clareira. – respondi pensando no meu lugar secreto.

Não pensei no lugar exato para que meu pai visse em minha mente.

– Lugar secreto? – perguntei.

– Vocês não conhecem o lugar. – falei dando de ombros.

Pai olha para mim estranho. Para arrumar o que fazer, vou até minha escrivaninha e me ocupo com meu material escolar.

– Porque não avisou que saiu? – pai questionou.

– Não queria que fizessem perguntas. – respondi. – gosto de ir para lá e pensar um pouco. – disse.

– Achei que gostasse de ir para a clareira. – pai murmurou.

– E eu gosto. – falei e olhei para o mesmo. – mas só quando não ligo que vocês vão atrás de mim. – disse. – quando quero ficar sozinho, vou para o meu lugar secreto. – murmurei.

Papai faz uma careta, desgostoso.

– Às vezes vocês são bem invasivos. – murmurei. – amo vocês, mas às vezes sinto a necessidade de ficar só. – falei.

– Tudo bem. – pai diz um pouco contrariado. – está se afastando por causa da Molly? – perguntei.

– Hum... – pai murmurou um pouco aguado.

– Em partes. – respondi. – estou tentando absorver o que ela nos contou. – falei. – e sobre as emoções dela. – digo me lembrando das cicatrizes que vi hoje mais cedo no banho.

Pai balança a cabeça.

– Te espero lá embaixo. – o mesmo disse e saiu do meu quarto.

Suspirei aliviado, mas sabendo que seria vigiado de perto e que talvez não vou ver Molly hoje. Peguei minha mochila e saí do quarto, descendo as escadas para ir à garagem.

– Olha o foragido. – tio Emmett brincou quando entrei na garagem

Revirei os olhos.

– Não sou um foragido. – falei bravo. – porque não vamos para o colégio para não chegarmos atrasados. – murmurei.

– Calma sobrinho. Está mordido? – tio Emmett perguntou me provocando mais ainda.

Ignorei tio Emm e vou para o carro do papai. Todos entraram nos carros e fomos para o colégio.

 

_ Quebre de Tempo _

 

7h43 AM

Quando chegamos ao estacionamento do colégio, notei que Molly e seus irmãos já tinham chegado. Papai estacionou seu carro na vaga de sempre. Ao sair do carro senti o olhar dela sobre mim, mas notei que ficou brava com Liam e acabou irritada com ele, vejo que ela saiu de perto dos seus irmãos indo em direção ao prédio do colégio. Fiquei preocupado com ela.

– O que será que aconteceu? – tio Emmett perguntou olhando para onde Molly está indo.

– Ela deve ter brigado com o irmão. – tia Alice diz.

Não perco tempo ficando parado sem fazer nada, vou atrás da Molly, mas não me aproximo de imediato apenas a observo de longe. Um tempo a observando decidi me aproximar e percebi que ela não tinha notado a minha presença.

– Você está bem? – perguntei preocupado com ela.

Molly fechou seu armário e sorriu para mim.

– Estou melhor agora. – ela falou.

Olhei em seus olhos não convencido e suspirou.

– Fiquei chateada com um comentário do Apollo... Só isso. – Molly murmurou. – mas não se preocupe, ficarei bem. – garantiu.

Olhei para ela não convencido que ele está bem, mas decidi não insistir. Nós dois fomos para a sala de aula, notei que ela está com um copo térmico e pelo cheiro sei que é café, Molly pegou uma maçã e começou a comê-la. Entramos na sala de aula e fomos nos sentar em nosso lugar.

 

~ O primeiro sinal tocou - 8h05 AM

Nisso meus pais entraram na sala e enquanto não tocava o sinal Molly e mãe conversavam animadamente. Senti os olhos do meu pai sobre mim.

“ – Ela não me disse nada. – falei mentalmente. – antes que questione a minha reação, foi instintivo. – disse.”

Papai apenas assentiu com a cabeça. Fiquei aliviado que o mesmo não faria perguntas. 

 

Pov. Molly

 

~ Segundo Sinal Tocou - 8h10 AM

A professora entrou na sala carregando alguns livros, ela os deixou em cima da sua mesa.

– Bom dia turma. Vamos entrando que tenho um recado para dar a vocês. - falou. 

Os alunos entraram na sala indo para seus lugares e se sentaram em suas carteiras. 

– Bom... Turma. Pensei em fazer um debate literário. - a professora Scottsh falou. - a cada semana vou distribuir livros e discutiremos sobre eles. Vocês farão um relatório com observações sobre o livro da semana. 

A professora pegou os livros de cima da sua mesa e distribuiu para os alunos. Quando ela me entregou o livro, li o título: Of Mice and Men (Ratos e homens). Analisei a capa e não me lembro se já tinha lido esse livro, virei o exemplar para ler do que se trata o livro.

– Bom... Vocês formarão grupos com até quatro pessoas. - a professora disse. - para essa etapa vocês leram o livro e discutiremos em classe como se fosse um clube do livro. - falou empolgada. - vamos fazer debates e... 

A professora é interrompida. 

– Com licença professora. Desculpa atrapalhar. - uma aluna pediu ao entrar sala

Não tinha associado à voz da pessoa em um primeiro momento, apenas quando levantei a cabeça, percebi de quem se tratava. 

– Em que posso ajudar senhorita? – a professora perguntou para a vaca da Alicia. 

– Desculpa atrapalhar, mas fui transferida para sua turma. - Alicia diz. 

– Ah sim. Já estava ciente da sua mudança de turma. - a professora diz. - vá se sentar na cadeira vazia, por favor. - pediu para a mesma. 

Alicia concordou com a cabeça. Ela foi se sentar no lugar que para meu pesadelo é ao lado o Jonathan, tive que me segurar para não rosnar quando a assanhada pescou um olho para chamar a atenção dele. 

“ – O que foi? - Jonathan perguntou em minha mente.”

“ – Nem queira saber. - respondi sua mente.”

“ – Não se preocupe, só tenho olhos para você. - ele diz.”

Sua declaração fez meu coração derreter de amor.

“ – Também só tenho olhos para você. - murmurei em sua mente.”

Jonathan se remexeu na carteira. Segurei-me para não rir.

– Como estava dizendo... Vocês montaram um grupo de até 4 pessoas. Esse trabalho é sobre os livros que leram, valeram nota para esse Bimestre e será a segunda nota de vocês. - a professora diz. - vocês terão até segunda para lerem o livro e me entregar à parte escrita que quero que façam sobre o livro e na segunda-feira discutiremos sobre o livro. - falou.

Uma aluna levantou a mão. 

– Pode perguntar. - a professora disse.

– Como tem que fazer a parte escrita? O que deve ser escrito exatamente? - perguntou a menina.

– A parte escrita será uma resenha, quero que coloquem pontos importantes e mais importantes para vocês. - a professora respondeu. 

– Entendi. Obrigado. - a aluna agradeceu. 

– Bom quero que formem os grupos e me passem os nomes dos integrantes. - a professora pediu - aproveitem essa aula para começarem a ler o livro. - falou.

– Sabe… Podíamos fazer o trabalho juntos. - Alicia falou se insinuando para Jonathan.

Levantei um pouco a minha cabeça para observar a conversa deles.

– Já estou em um grupo. - Jonathan respondeu dispensando a mesma.

– Ah, claro. A seus irmãos. Que cabeça a minha - Alicia murmurou e riu exageradamente de si mesma. - eles podem se juntar a nós e…

– Já temos quatro pessoas no grupo. - Bella diz a cortando.

Ela olha para Alicia de cara amarrada, me segurei para não rir.

– Mas vocês são apenas três. - Alicia diz olhando para Edward, Bella e Jonathan.

– Molly está incluída em nosso grupo. - Jonathan diz.

Alicia olha para mim e se seu olhar me matasse já estaria mortinha.

– Mas creio que ela não se importará de mudar de grupo. - Alicia teve a cara de pau de dizer.

– Não vou mudar de grupo só porque você quer. - falei sustentando seu olhar irritadiço.

Ela me olha com raiva e levanta a mão para chamar a atenção da professora.

“ – O que ela vai fazer? - Jonathan perguntou em minha mente.”

“ – Vai falar com a professora que não tem grupo ou tentar me tirar dele. - respondi em sua mente.”

Jonathan se vira para olhar.

– Sim, Alicia? - a professora perguntou olhando para ela

– Estou sem grupo. - Alicia falou dramática. - sou nova na sala e não conheço quase ninguém. - disse se fazendo de coitada.

Mas é uma fingida. - Bella diz em tom inaudível para os humanos.

Aposto todos os doces que tenho em minha bolsa que ela vai conseguir entrar no nosso grupo. - falei em tom baixo também.

Os três me olham.

– Turma. Alguém poderia colocar a Alicia no grupo? - a professora perguntou. - não tem problema se 1 dos grupos tiver cinco pessoas. - disse.

Isso foi a brecha para a cartada final que Alicia jogará.

– Se não for um problema. Gostaria de entrar no grupo dos Cullen. - Alicia falou olhando para nós. - não pude entrar no grupo deles porque a senhorita Brown já está no grupo deles. - disse se fazendo.

– Por mim tudo bem terem 5 pessoas no grupo. - a professora diz e olhou para nós. - agora você tem que ver se tudo bem para os integrantes do grupo. - falou.

Alicia olhou para nós e quando olhou para mim, ela sorriu maldosa. A professora olhou para nós.

– Sem problemas professora. - Edward respondeu.

“ – Não falei. - falei na mente do Edward e Jonathan, já que na mente da Bella não conseguia acessar por conta do seu escudo.”

Jonathan resmungou desgostoso.

Sei que não queria ela no grupo, mas a professora não deixaria passar a nossa exclusão. - Edward falou em tom inaudível para os humanos.

Olhei para Edward o julgando.

– Obrigada por me aceitarem no grupo. - Alicia falou animada e olhando para Jonathan.

Percebo que Jonathan está desconfortável com as investidas dela.

– Não tivemos escolha. - Bella diz baixo, mas em um tom que Alicia quer ouvir.

Ela dá um sorriso sem graça para Bella. Isso me fez ter uma ideia. Para tirá-la do sério me levantei da cadeira, me inclinei para sussurrar algo no ouvido do Jonathan.

Não se preocupe. Te protegerei dela. - sussurrei e beijei sua bochecha de forma sexy.

Vejo os pêlos da nuca de Jonathan se arrepiarem.

“ – Você é terrível. - Jonathan diz em minha mente e olhando em meus olhos com paixão.”

Sorri marota e pisquei um olho para provocar mais ainda a Alicia. Pelo canto do olho a vejo espumando de raiva.

– Sabia que podíamos nos reunir hoje para começar a fazer esse trabalho. - Alicia falou chamando a atenção.

– Tudo bem. - falei a olhando. - vamos para sua casa depois das aulas? - perguntei.

– Não dá para ser na minha casa. - Alicia disse.

– Ué, mas você acabou se sugeriu de fazermos começar a fazer o trabalho hoje. - Bella diz.

– Bem... Sim, mas achei que poderia ser na casa de um de vocês. - Alicia falou.

“ – Folgada. - pensei comigo mesma.”

– Bom... Na minha é um pouco complexo. - falei. - tenho irmãos pequenos e pode ser um caos às vezes. - disse. - podemos fazer lá em casa, mas não hoje. - murmurei.

– Podemos fazer lá em casa. - Edward falou olhando para mim. - vamos deixar sua mãe e seus irmãos tranquilos. - disse.

– Valeu. - agradeci.

“ – Sei que é complicado ser na casa de vocês, mas não a quero lá em casa. Vai que ela tente fazer algo. - falei na mente de Edward. - não confio nela. Além do mais, em casa tem muitas armas e ela pode querer explorar. - murmurei.

Tudo bem. Não se preocupe. - Edward diz para mim em tom que apenas eu ouviria.

– Então está combinado. - Alicia falou. - não vejo a hora. - disse empolgada e olhando para Jonathan. - vou apenas avisar meus pais. - murmurou.

“ – Tomara que não a deixem ir. - pensei comigo mesma.”

Ela olhou para mim.

– O que foi? Porque está me olhando? - perguntei irritada.

– Não vai avisar seus pais? - Alicia perguntou.

Sorri debochado para ela.

– Não preciso. - falei. - meus pais confiam em mim para não precisar dar satisfação a eles. - disse. - além do mais, sou emancipada. - murmurei.

Alicia me olhou com inveja.

– Porque você é emancipada? - a mesma perguntou enxerida.

– Não é da sua conta. - respondi curta e grossa.

– Nossa. Foi só uma pergunta, não precisa ser grossa. - Alicia respondeu.

Aí me lembrei dos meus irmãos.

– Quando sair vou apenas deixar meus irmãos em casa e depois vou para a casa de vocês. - avisei a eles.

– Tudo bem. - Jonathan respondeu e sorriu.

– Eu preciso de uma carona. - Alicia falou. - meu pai que me deixou no colégio hoje. - disse. - meu carro está no mecânico. - murmurou.

– Então talvez não vamos conseguir fazer o trabalho hoje. - Jonathan diz.

Segurei-me para não rir.

– Por quê? - Alicia perguntou franzindo o cenho.

– Porque o carro está cheio. - Bella respondeu atravessada.

– E alguém não poderia ir no outro carro para eu poder ir como vocês? - Alicia perguntou.

– Não. - Jonathan respondeu seco.

– Bom... Eu dou um jeito. - Alicia falou. - pedirei para meu pai me levar. - disse sorrindo ao arrumar uma solução.

Segurei-me para não rosnar.

 

~ O primeiro sinal tocou - 9h10 AM

Os alunos começaram a arrumar suas coisas.

– Alunos não se esqueçam de lerem meu livro. - a professora avisou.

Arrumei meu material na mochila e me aproximei de Jonathan que estava mais a frente.

– Até o almoço. - falei para Edward e Bella.

– Até. - Edward e Bella disseram juntos.

Vi a cara de fúria da Alicia em nossa direção. Jonathan e eu saímos da sala indo para a aula de história antes do segundo sinal.

 

_ Quebra de Tempo _

 

~ Sinal da hora do Almoço - 1 PM

Assim que o sinal tocou, Jonathan e eu saímos da sala.

– Até que enfim. - murmurei.

Estou morrendo de fome até parece que não comi nada durante as aulas.

– Tomou café da manhã em casa? - Jonathan perguntou.

– Tomei. - falei. - trouxe até duas maçãs. - murmurei antes de entrar no banheiro.

Como estava apertada entrei em uma cabine, Jonathan me esperou no lado de fora, aproveitei e limpei a minha garrafa térmica que estava com restos de café.

O que está fazendo do lado de fora do banheiro feminino? - escutei a voz enjoada da Alicia.

Lavo a minha mão e saio do banheiro.

– Ele está me esperando. - falei ao abrir a porta.

Alicia me olhou atravessado.

– Hum... - murmurou a vadia.

– Poderia falar com você? - Alicia perguntou falando com Jonathan, ele se virou para me olhar. - sozinhos. - disse.

Cruzei os braços e olhei desafiadora para ela.

– Na verdade, não podemos. - Jonathan respondeu.

Alicia mudou sua atenção e olhou para ele.

– Por favor. Será rápido. - ela pediu o olhando com carinha de pena.

“ – Ela quer chamar você para sair. - falei na mente do Jonathan.”

Tinha lido o que essa enjoada queria com meu companheiro.

– Alicia já disse que não quero nada com você. - Jonathan falou educadamente. - não tenho sentimentos por você. - disse.

Alicia me olhou irritada.

– Pode nos dar licença. - a mesma pediu grosseiramente.

Achei muito folgada e mal educada.

– Vou estar no meu armário. - falei olhando para Jonathan.

Fiz menção de sair perto deles, mas Jonathan me impede de sair de perto de si.

– Você não tem que sair. - Jonathan diz e olha para Alicia de cara fechada. - e não temos nada para conversar. - falou.

Alicia retrucaria, mas Jonathan me puxou pela mão para longe dela. Ele andava rápido e tive que segurá-lo para que parasse, o mesmo me olhou.

– Desculpa. - Jonathan pediu se sentindo culpado.

Chego mais perto dele e beijo a ponta de seu nariz.

– Não se preocupe. Estou bem. - murmurei. - mas está irritado. - observei.

Ele resmungou.

– Não gosto dessa situação. - Jonathan confessou. - ela fez isso quando começamos no colégio, nunca dei bola. - diz irritado. - agora essas insinuações. - murmurou olhando em meus olhos. - juro que nunca dei bola para ela. - falou e me prendeu na porta do armário e pronto sua testa na minha.

Sorri amorosamente para ele.

– Eu sei gatinho. Não precisa se preocupar com isso. - falei e beijei a ponta do seu nariz.

 

1:14 PM

Jonathan se desgrudou de mim com a aproximação de um aluno. Fomos em nossos armários pegar os materiais para a próxima aula. Quando entramos no refeitório, vimos Alicia sentada em nossa mesa.

– Só pode ser brincadeira. - resmunguei prendendo um rosnado.

“ – Quem a convidou para se sentar conosco? - perguntei na mente de Liam.”

Ele me olhou brevemente.

“ – Você. - Liam respondeu.

Meu peito tremeu com o rosnado baixo.

– O que foi? - Jonathan perguntou preocupado.

– A vadia disse que eu a convidei para sentar conosco. - falei espumando de raiva.

– Calma. - Jonathan pediu.

– Estou calma, mas ela mexeu com a pessoa errada. - falei.

Deixo Jonathan para trás e vou para fila pegar meu almoço.

– O que vai fazer? - Jonathan perguntou com receio.

– Não tem aquele ditado que diz: os incomodados que se mude. - murmurei. - então é o que vou fazer. - disse.

Peguei um sanduíche natural, duas maçãs, três bolinhos e um suco de maracujá. Jonathan não falou nada, apenas pegou uma maçã do amor, brownie de chocolate meio amargo e uma garrafa de água. Pagamos nossas coisas e ao invés de ir me sentar com minha família e a do Jonathan, vou para o lado de fora. Senti ele me seguir.

“ – Tá indo aonde? - escuto Liam perguntar em minha mente.”

“ – Para o inferno. - respondi em sua mente atravessada.”

“ – Você não a convidou para se sentar conosco né? - Troy perguntou”.

Aí percebi que a conversa estava sendo compartilhada. Bufei.

“ – Como perceberam? Foi minha irritação? Ou a minha saída do refeitório? - questionei e rosnei.”

Sentei-me em um dos bancos do lado de fora.

– Calma Molly. - Jonathan pediu ao sentar à minha frente.

– Você não me viu fora de controle. - falei.

Sinto o cheiro da Nessie e do Jacob, me virei para olhá-los.

– Por que convidou a vaca da Alicia para se sentar na nossa mesa? - Nessie questionou se sentando ao meu lado.

Olhei indignada para ela.

– Eu falei que ela tinha mentido. - Jacob falou para a namorada.

– Que bom que tenho um defensor. - falei pegando a água que Jonathan comprou e colocando na minha garrafa térmica.

– Ela vai lá para casa. - Jonathan comentou olhando para a irmã.

Nessie arregalou os olhos.

– Por quê?! - Nessie perguntou em tom exaltado.

– Trabalho. - respondi. - ela conseguiu se enfiar no nosso grupo de literatura. - falei.

Nessie rosnou irritada.

– Porque odeia ela? - perguntei olhando para Nessie.

– Ela já deu em cima de todos praticamente. - ela respondeu. - no meu pai, tios e até deu em cima do Jacob. - falou. - ela teve a cara de pau de dizer que Jacob tinha que me deixar porque ela é muito melhor que eu. - disse.

Olhei chocada para ela.

– Antes achava que ela era vadia, agora tenho certeza. - falei sem acreditar na cara de pau.

– Quem é vadia? - Sol perguntou vindo se juntar conosco.

– Alicia. - Nessie, Jacob, Jonathan e eu falamos juntos.

– Antes que perguntei. Não a convidei para ficar na nossa mesa. - falei.

Sol riu.

– Sabemos. Por isso viemos para cá. - Seth diz colocando outra mesa.

– Porque as pessoas são tão inconvenientes? - perguntei.

“ – Ela está falando o quando o Jonathan é bonito, quando fomos lá. - Sol disse em minha mente.”

Rosnei irritada. Sinto os olhares do Jonathan, Jacob e Nessie.

– Vou estrangulá-la. - só avisei.

Sol riu.

“ – Então, deixe de ser besta e reivindique seu homem. - Sol diz em minha mente.”

Olhei irritada para minha querida irmã.

– A senhora está muito assanhada para meu gosto. - falei indignada.

Sol apenas riu.

– Mas ela não falou nada. - Jacob murmurou com cenho franzido.

Jonathan riu.

– Elas não estão verbalizando Jacob. - o mesmo disse olhando para o cunhado.

Jacob olhou para mim e depois para a Sol.

– Não esquenta cara. Luna e Sol fazem isso o tempo todo. - Seth diz se sentando ao lado da minha irmã.

“ – Irmã a Alicia está indo até aí. - Troy diz em minha mente.”

– Mas que P0rr@. - resmunguei irritada.

Todos me olham, mas não explico a minha explosão. Empurrei minha bandeja para o lado do Jonathan e mudei de lugar.

– O que está fazendo? - Seth perguntou.

– Alicia está vindo aí. - respondi e comi um bolinho.

Jacob mudou de lugar e se sentou ao lado da Nessie, olhei irritada para ele. Mudei de lugar e fui para o lugar do Jacob, já minha irmã e Seth foram para o lado que Jonathan e eu estamos.

– Tá feliz agora irmã? - Sol perguntou com um sorriso debochado.

Rosnei e olhei brava para a mesma.

– Não. - respondi.

Decidi ficar muda e comer meu almoço. Jonathan pôs o brownie em minha bandeja.

– Obrigada. - agradeci gentilmente.

Não estou irritada com ele e sim com Alicia, Jonathan não merece ser punido por algo que não é culpa dele.

Logo sentimos o cheiro do perfume enjoativo da Alicia.

– Vocês estão aí. - a mesma diz se aproximando.

O vento soprou a fazendo tremer de frio.

– Porque estão aqui fora nesse frio? - Alicia questionou.

– Estou com calor. - respondi atravessado.

– Se está com calor, não precisa arrastar as pessoas com você. Isso é egoísmo. - Alicia falou.

Olhei para a mesma indignada.

– Se está com frio porque não volta para o refeitório? - questionei. - e outra, não arrastei ninguém para vir ficar do lado de fora. - falei atravessado.

– Claro que não, mas Jonathan quis ser indelicado e deixá-la sozinha. - Alicia falou e olhou sorridente para ele. - ele é um cavalheiro. - disse.

Daria uma resposta a ela, mas...

– Você deve ser muito surda né? - Jonathan perguntou irritado. - mas vou repetir uma última vez: EU NÃO ESTOU INTERESSADO EM VOCÊ! - falou alto e em bom som.

Vejo o queixo de ela tremer. Alicia sai de perto de nós correndo.

Por um momento fiquei com pena dela, mas logo me lembrei que a mesma deu em cima do meu namorado.

– Arrasou irmão. - Nessie falou rindo.

– Fiquei com pena dela. - Seth disse.

Todos olham para ele.

– Eu sei que ela é uma vaca mentirosa, mas... - Seth falou tentando defendê-la.

– Seth... Não tenta defendê-la. Ela não tem defesa. - Sol diz olhando para o namorado.

– Tudo bem, ela não tem defesa. - Seth se rendeu.

– Você vê o melhor nas pessoas Seth, mas não se dá para ver o bondade na Alicia. - Nessie falou.

Seth corou com o comentário do Seth.

– Isso não é uma coisa ruim, Seth. - falei olhando para ele. - todos tem seus pontos fortes. - murmurei.

Seth sorriu. Terminamos de almoçar enquanto conversamos. Jonathan guardou a maçã que tinha comprado em minha bolsa. Quando deu a hora da nossa próxima aula, recolhemos nossas coisas e fomos para as nossas salas.

 

_ Quebra de Tempo _

 

~ Sinal da Última Aula - 4:40 PM

Jonathan e eu recolhemos nossas coisas depois de um trabalho passado pelo professor. Saímos da sala e fomos para nossos armários guardar os materiais.

– Vou deixar meus irmãos em casa e vou para a sua. - falei guardando um livro no armário.

– Que Deus nos ajude. - Jonathan diz.

Olhei para ele.

– Ela não desistiu de ir depois do fora que você deu nela. - falei chocada e irritada com isso.

– Meu pai avisou quando você tinha ido ao banheiro na troca de aula. - Jonathan falou.

Rosnei baixo.

– Te vejo daqui a pouco. - falei. - talvez levarei Tikki e Plagg comigo. - avisei sorrindo para ele.

Jonathan sorriu e piscou para mim em concordância. Saí do colégio e fui em direção ao meu carro Sol, Seth, Luna e Matteo estavam me esperando.

– Achamos que estaria com pressa e viemos mais rápido do que podíamos. - Sol diz sorrindo.

Sorri para ela.

– Podiam ter vindo com calma... - murmurei. - mas agradeço por virem antes. - disse.

Eles sorriram e entraram no carro quando destranquei o mesmo. Sai do estacionamento indo para casa para deixar meus irmãos em casa.


Capítulo 37

Capitulo 39


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