A.D.: Capítulo 1, Alcateia Canadense



Pov. Molly

Olá me chamo Molly Fairchild Hale, sou a filha primogênita de Peter Hale e Margarida Fairchild, tenho cinquenta e quatro anos. E eu sei que sou muito velha, mas apesar de ter tudo isso de idade, aparento ter uns vinte e cinco anos. E não se preocupem porque explicarei a razão de aparentar ser tão jovem e ter tudo isso de idade. Por ser uma Lupina, uma loba eu não envelheço, a menos que eu pare de me transformar em loba. Meus pais são “lobisomens” como as histórias dos humanos nos chamam, apesar de não saberem que realmente existimos, eles nos chamam.

Contarei mais sobre minha família: 

Não sou filha única, tenho mais quinze irmãos de sangue, oito irmãos e sete irmãs, meus outros quatro irmãos são adotivos. Todos moramos em uma alcateia/ fazenda escondida, localizada em British Columbia, Canadá. Na realidade, toda alcateia do meu pai mora nas terras dele, só que não na mesma casa, pois eles possuem seu próprio território, isso significa que todas as famílias que moram na alcateia Canadense têm a sua própria casa, profissão e função na alcateia/ fazenda. Aí vocês me perguntam.

 

Porque se chama Alcateia/ Fazenda?

 

No alcateia do meu pai é um tipo de fazenda, muitos membros da alcateia trabalham com agropecuária, mas não quer dizer que todos trabalham com agropecuária, pois alguns tem trabalho fora da alcateia em cidades próximas, onde muitos tem seu próprio negócio. Além da agronomia, a alcateia também faz resgates de animais que são maltratados, tanto animais domésticos quanto animais de fazendas como os cavalos, nós temos ONGs nas cidades onde membros da alcateia ficam à frente desse tipo de negócio.

Alguns de nós, trabalham nas cidades vizinhas como Clary e Simon que tem um clínica veterinária na cidade que fica a uma hora daqui. Além dos dois, meu irmão Liam também é veterinário, só que ele trabalha no canil e gatil da alcateia, onde resgatamos e cuidamos de cães e gatos.

Na alcateia, tenho três funções a primeira delas é ajudar Liam no canil e gatil, mas só o ajudo quando o mesmo tem muito serviço; minha segunda função é a medicina, sou formada em Ginecologista Obstetra, assim como minha mãe que além de ser Obstetra, também é formada em pediatria. Tia Jocelyn que é neurocirurgiã. Tia Maryse é cardiologista. Elas cuidam do hospital que temos na alcateia, são prédios grandes onde cuidamos dos membros quando eles precisam ser tratados. Minha melhor amiga fez medicina comigo, mas escolheu outra área de atuação, Isabelle Lightwood é Pediatra, ela ajuda a cuidar dos filhotes da alcateia. Minha última profissão é a que sou apaixonada, cuido dos cavalos da alcateia e os que são resgatados, como fiz veterinária me especializei em cuidar de Equinos que são resgatados de donos que os machucavam e os que são nossos. Não cuido somente deles, mas também aprendi a amansar os cavalos, não sou a única que cuida desses animais tio Stephen Herondale, tio Robert Lightwood, tio Luke Graymark, Jace Herondale,  Scott McCall, tio Derek ficam responsáveis na saúde dos cavalos, vacas, ovelhas, galinhas, bode, touro entre outros animais de fazenda. Já meu pai, Troy Fairchild Hale e Alec Lightwood cuidam da parte administrativa da alcateia. Às vezes, eles ajudam a cuidar dos animais, mas nem sempre.

Falei mais sobre mim, tenho quatro animais de estimação, dois cachorros e dois gatos. Minha cadela se chama Chloe, ela tem a pelagem branca, focinho rosado e olhos claros. Meu outro cachorro se chama Lúcifer, às vezes o chamo de Lu, ele tem pelagem negra e olhos pretos, ele tem as orelhas cortadas, mas adotei Lúcifer assim. [n/a.: a inspiração para o nome Chloe e Lúcifer veio da série do próprio Diabo]. Minha gata se chama Tikki, ela tem pelagem branca, olhos azuis e focinho rosado. Já meu gato se chama Plagg, ele tem pelagem negra e olhos verdes. Os quatro dormem em meu quarto em um quarto só deles.

Somos uma família grande e unida que transmite muito amor e muito carinho, não escondemos quase nada um do outro. Na verdade, tenho um segredo que minha família não sabe é que o único que sabe sobre ele é um dos meus melhores amigos, Magnus Bane. Não contarei ainda para vocês, pois saberão durante a fanfic.

 

(apesar da alcateia/ fazenda ser escondida, eles fazem negócios fora da sua propriedade em cidades próximas e na cidade grande).

 

-------------------------------------------------------

 

Canadá - 4 Maio, 2039 [Quarta-feira] - 7:05 AM

Abro meus olhos devagar e o pouco de iluminação que vem da janela escapando pela pequena fresta da cortina me faz piscar algumas vezes para me acostumar à iluminação. Estou deitada em minha cama com minha pequena ao meu lado, ela está dormindo tranquilamente. Passo meus dedos entre seus cabelos castanho-avermelhados, fico admirando suas feições e me pergunto como alguém poderia abandonar essa coisinha fofa e carinhosa que tanto amo.

 

[Pensamento]

 

Eloise Marie não é minha filha biológica, mas um filho não é apenas aquele que geramos, mas, sim aquele que recebe amor, carinho e o mais importante proteção. Vou contar um pouco da história da minha pequena. Ela foi abandonada quando tinha quase dois meses, e faz nove meses que estou cuidando da minha florzinha. A encontrei, quando estava na floresta em minha forma de Lupina e ao escutar um choro de bebê, segue imediatamente de onde vinha o choro e foi quando a encontrei dentro de um cesto de palha na floresta. Levei a pequena para a casa dos meus pais e quando cheguei, levei ela até meus pais, pois não sabia se a mesma estava machucado ou com alguma coisa. Minha mãe a examinou constatando que a mesma apenas estava abaixo do peso e de resto minha mocinha estava muito bem. No fim, adotei a mesma como minha filha e a amo como se ela tivesse nascido de mim. Recentemente descobri que minha pequena é especial, a mesma é uma raposa albina, não que isso importe muito, pois a amo independente do que ela seja.

 

[Realidade]

 

Fico um bom tempo acariciando seus cabelos até que a mesma se remexe, virando sua cabecinha de um lado para o outro. Eloise abre seus lindos olhinhos verde-claros, sorrio para minha pequenina que leva suas mãozinhas gordinhas em seus olhinhos, ela bocejou e resmungou um pouquinho.

– Bom dia, amor da minha vida. - sussurrei para a mesma, ela segue o som da minha voz e me olha sorrindo.

Eloise boceja mais uma vez, o que me faz rir levemente.

– Ainda está com sono, minha bonequinha? - perguntei já sabendo que não obteria resposta, já que ainda não sabia falar direito, ela apenas me olha e leva sua mão em sua boca, isso significava que está com fome.

Me sentei na cama e peguei Eloise em meu colo, ajeitando para que ficasse confortável. Como filha de Lupita consigo fazer meu corpo produzir hormônios para produzir leite sem precisar tomar medicamento. Abaixo a alça esquerdo do meu pijama, deixando meu seio amostras, colocou sua boca em meu peito e ela logo começa a sugar meu seio, a mesma colocou sua mãozinha gordinha em cima do meu seio e olha em meus olhos, enquanto suga em meu seio. Pego uma de suas mãos, me abaixado para encostar meus lábios em sua mãozinha, sorrio para minha pequena, enquanto ela se deliciava com seu café da manhã.

Depois de um tempo, a mesma para de sugar e solta o bico do meu seio. Coloco ela em pé em meu ombro e bato em suas costas para que ela arrote. Quando Eloise arrotou, beijei o topo de sua cabeça e me levantei da cama com a mesma indo para meu banheiro, deitei a mesma em seu trocador que tenho em meu banheiro, antes de tirar suas roupas para lhe dar um banho, escovei meus dentes e depois tirei meu pijama, assim como as roupas da Eloise. Dou um banho nela que solta várias risadinhas e gritinhos animados, pois a mesma adora água e tomar banho.

Depois de lhe dar banho, enrolei Eloise em uma toalha felpuda e a coloquei em bebê conforto que tenho em meu banheiro para quando precisar tomar banho e ela ficar comigo. Tomo meu banho rapidamente, saio me enrolando em uma toalha, pego meu bebê e beijo sua cabeça levando a mesma para meu quarto. Ponho Eloise em cima da minha cama, seco todo seu corpinho e coloco uma fralda, rodei minha cama com travesseiro para que ela não caia de minha cama. Vou rapidamente para meu closet, pego um conjunto de lingerie preto, um shorts preto de tecido com detalhes branco, uma blusa de branca com alça e detalhe na gola azul marinho, nos pés escolhi um chinelo da turma do Mickey Mouse. Voltei para meu quarto e Eloise está olhando para o teto, me visto rapidamente para poder pegar minha filha de cima da cama e levá-la para seu quarto para vesti-la.

Saio do meu quarto indo para o dela, entrei no mesmo e a coloquei em seu berço. Vou até o seu closet e escolhi um body amarelo mostarda e não escolhi nada para pôr nos pés. Volto para o quarto e pego Eloise para poder vesti-la. Quando terminei de colocar as roupas que escolhi nela, peguei Eloise no colo e saiu de seu quarto. Desço as escadas indo direto para a sala de jantar, como meu quarto fica na ALA onde os quartos de hóspedes ficam, o trajeto até a sala de jantar foi curto. Entrei na sala, onde praticamente todos já estavam sentados tomando café.

– Bom dia. - desejei a todos.

– Bom dia. - todos respondem em coro.

– Oi, coisa linda da vovó. - minha mãe falou para Eloise quando me sentei ao seu lado, a mesma gargalha para minha mãe. - pelo visto vocês dormiram juntas. - disse voltando a tomar seu café.

– Dormimos. - respondi, pegando a jarra de suco de laranja e despejando no copo. - sabe que de vez em quando, gosto de levá-la para dormir comigo. - argumentei.

– E como sei. - mãe falou me fazendo rir.

Comecei a comer e enquanto comia, dava um pouco de fruta para Eloise que soltava seus barulhinhos típicos de bebê.

– Bom dia família. - Liam desejou animado como sempre, ele entrou na sala de jantar junto com Hayden. 

Ele se sentou ao meu lado e Hayden ao seu.

– Bom dia. - Hayden desejou para todos.

– Bom dia. - todos respondem.

– Ahhhh! - Eloise gritou balançando sua mãozinha, chamando atenção de Liam.

– E aí princesa do Tio. - Liam murmurou fazendo cosquinhas na barriguinha da Eloise, fazendo a mesma gargalhar.

– HAHAHA! - Eloise gargalhou animada.

– Tenho que ir para o estábulo. - informei. - então, preciso que alguém distraia a Eloise. - disse vendo se alguém poderia ficar com ela um pouquinho.

– Posso ficar com ela. - Hayden se oferece para ficar com minha princesa. - sabe que sempre pode contar comigo para cuidar dela. - disse olhando para mim.

– Eu sei. - respondi. - mas não gosto de ficar pedindo favor, até porque, ela é minha responsabilidade. - falei.

– Filha… - mãe me chamou. - não tem que ter medo de pedir ajuda de vez em quando. Ela não deixará de te amar, nem mesmo você. - falou sorrindo para mim.

– Eu sei, mãe - falei sorrindo. - obrigada. - agradeci.

Terminei de tomar meu café e entrego Eloise para Hayden. Vou para meu quarto, para colocar minha roupa de montaria, blusa e calça legging preta, nos pés bota cano alto marrom escuro. Desço as escadas indo para meus afazeres.

 

[…]

 

[No Estábulo]

 

Ontem, meu pai recebeu três cavalos novos: uma fêmea e dois machos.

Um dos cavalos... a Éguas é bem arisca e meu pai a resgatou de um lugar que fazem corridas de Cavalos, onde seu dono maltratavam a pobre coitada, pois quando chegou a mesma veio com alguns machucados nas patas e em alguns lugares de seu corpo, como a Égua está machucada, ela seria sacrificada, mas meu pai decidiu comprá-la do dono. Os outros dois Cavalos foram resgatados de um homem que os maltratavam, quando chegaram na fazenda, estavam com alguns machucados pelo corpo e desidratados, todos eles foram levados direto para *Horse’s Hospital, onde se cuida de todos os cavalos que ficam doentes ou machucados.

Vou para onde a Égua selvagem está, pois a mesma só permitiu que eu me aproximasse dela, meu pai e meu irmão Troy até tentaram se aproximar dela, mas a mesma não permitiu que eles se aproximassem dela, nem mesmo o Luke, Jace, Stephen ou Robert conseguiram.

– Bom dia, Luke. - desejei ao avistá-lo, o mesmo está parado em frente a um dos currais, onde normalmente acalmamos os cavalos.

– Bom dia, senhorita Fairchild. - Luke desejou, tocando o chapéu e sorrindo brincalhão, reviro os olhos, pois ele sabe que odeio que me chame de senhorita Fairchild.

- Muito engraçado, Lucian. - falei fingindo estar irritada, o mesmo apenas ri. - como ela está? - perguntei me referindo a Égua.

– Está muito agitada. - Luke respondeu, o que me faz suspirar. - ela precisa tocar os curativos. - informou.

– Tudo bem. - respondi sorrindo dessa vez. - vou no estábulo pegar o que preciso e volto para trocar os curativos dela. - informei sorrindo para ele.

– Certo. - Luke respondeu.

Vou para uma das unidades do Horse 's Hospital. Ao entrar, encontrei Robert examinando a Égua da minha mãe, Viúva Negra. Ela acabou pegando um resfriado, então, está sendo observada e isolada dos outros cavalos para que eles não fiquem doentes também.

– Bom dia, senhor Lightwood. - desejei para o mesmo, ele se vira sorrindo para mim.

– Bom dia, Molly. - o mesmo desejou. - e que história é essa de senhor? Cadê: Bom dia, tio Robert. - brincou.

Apenas sorri travessa, nós dois caímos na gargalhada, adoro brincar com ele.

– Como a Viúva está? - perguntei quando parei de rir.

– Está quase cem por cento. - Robert respondeu. - mais essa semana, ela poderá voltar a ficar com os outros cavalos, principalmente com o cavalo de seu pai. - disse.

– Fico feliz em ouvir isso. - disse sorrindo. - bom, vim porque Luke disse precisa trocar os curativos da Égua resgatada. - falei.

– Ah sim… - Robert falou. - tentei fazer isso para não incomodá-la, mas a Égua não me deixou chegar perto. - disse me fazendo suspirar.

– Pelo visto ela vai dar muito trabalho. - disse em um suspiro. - só me pergunto, o que fizeram com ela para ser tão arisca dessa maneira. - falei.

– Também gostaria de saber. - Robert falou. - não consigo me imaginar machucando essas criaturas. - disse acariciando Viúva.

– Nem eu conseguiria fazer isso. - disse para o mesmo. - sabe, vou conversar com meu pai. - falei pensativa.

– Sobre o que? - Robert perguntou, mas depois. - ah… - ele falou e sorriu. - você ficará com a Égua, não é? - me questionou, sorrio para ele.

– Você sabe que sim. - respondi não deixo-o continuar. - sei que tenho muitos cavalos, mas algo me diz que se meu pai for dá-la, ou vendê-la para alguma fazendo ou sítio, ela não vai se adaptar. - falei sendo sincera.

– Nesse ponto, você tem razão. - Robert falou.

– Razão em quem? - Stephen perguntou entrando no estábulo.

– Estávamos falando da Égua arisca. - respondi.

– Ah... - Stephen falou. - deixa adivinhar… você ficará com a Égua? - questionou.

– Bom, sim vou ficar com ela. - falei sorrindo. - acho que a única coisa que ela precisa é de amor e carinha, assim como dou aos meus outros cavalos. - disse olhando para a Égua que está andando em círculo em seu curral.

– Você sempre é amorosa com os animais. - Robert falou.

Sorri sem jeito. 

– Bom, pode me dar as coisas para fazer os curativos dela. - pedi olhando para o mesmo.

– Tome. - ele me entregou uma caixinha para trocar os curativos da mesma.

– Se importa se eu pegar uma escova para pentear a crina dela? - perguntei quando peguei a caixa.

– Não, me importo. Tome aqui. - Robert me entregou a escova para pentear crina da Égua.

– Obrigada. - agradeci.

– Magina. - Robert falou sorrindo para mim.

– Até mais Stephen... Robert... - falei e balancei minha cabeça.

Saio do hospital indo para os currais, especificamente o curral onde a Égua está. Antes de entrar, olho para a mesma que percebe minha presença, sorri para ela e pulo a cerca. Vou em sua direção em passos lentos, a Égua se afasta por estar com medo.

– Ei… calma garota. - disse com a voz baixa, esticando minha mão para ela saber que não vou machucá-la.

Levou alguns minutos para ela abaixar a guarda e me deixar me aproximar mais dela, levo minha mão em seu focinho a mesma infla suas narinas sentindo meu cheiro.

– Viu não vou te machucar. - disse olhando em seus olhos. - vim trocar seus curativos… - falei acariciando seu focinho. - não se preocupe, vou ser o mais delicada possível.- disse para acalmá-la.

Me afastei um pouco dela e vou onde estão os curativos velhos, ela deixa trocá-los sem agitar-se, como na primeira vez. Quando terminei de trocar seus curativos me afasto, ficando em sua frente.

– Prontinho. - disse sorrindo para a mesma, que vem até mim ficando com sua face perto da minha, acaricio seu focinho indo até sua cabeça. - boa menina… - falei tirando uma maçã da minha pochete média, estico a maçã para a mesma. - ela toda sua. - disse sorrindo.

Ela pegou a maçã e começou a comê-la.

– Ihhhhhhh. - a Égua faz toda feliz.

– Que bom que gostou. - digo sorrindo. - também trouxe isso. - falei tirando a escova da pochete, a mesma se assusta dando passos para trás. - calma… - disse para a mesma. - é apenas uma escola para pentear sua crina. - expliquei. - mas se não quiser, tudo bem. Não tem problema. - falei olhando para ela que aparentemente entendeu o que estava dizendo.

Ela se aproxima querendo dizer que posso escová-la, sorrio animada. Comecei a pentear sua crina com bastante calma para não machucá-la ou assustá-la, enquanto faço isso penso em um nome para dar a ela, a mesma é branca com a neve, penso em um nome forte.

– Afrodite. - falei em voz alta, a Égua mexe suas orelhas e vira sua cabeça para me olhar. – gostou do nome? - perguntei sorrindo para ela.

– Ihhhhhhh! - a mesma relincha aprovando o nome dado, sorrio com isso.

– Então te chamarei de Afrodite. - disse super feliz. - bem-vinda ao novo lar Afrodite. - falei olhando para a mesma.

– Molly! - escutei alguém me chamar, me viro para saber quem estava gritando meu nome .

Vejo Jace e Alec do outro lado da cerca, faço sinal para esperarem, os mesmos concordam com a cabeça. Volto minha atenção para Afrodite que está tensa.

– Não se preocupe. - falei para ela que vira sua cabeça para me olhar. - eles são amigos, não vão lhe machucar. - disse. - se quiser pode vir comigo. - falei indo até onde os meninos estão.

Os dois estão me esperando.

– Bom dia, rapazes. - desejei sorrindo para eles.

– Bom dia, Molly. - Jace desejou sorrindo.

– Bom dia. - Alec desejou. - como a Égua está? - perguntou preocupado.

– A Afrodite está bem. - respondi me sentando na cerca, já que a mesma tem uma parte em madeira.

– Afrodite? - Jace e Alec questionaram.

– Você deu um nome para a Égua? - Jace questionou surpreso.

Revirei os olhos.

– Não, Jace. Dei nome para uma flor. - respondi com ironia, o mesmo levanta sua sobrancelha.

– Muito engraçadinha. - Jace murmurou cruzando os braços.

– Sempre sou. - digo sendo debochada, sorrio para ele. 

Amo alfinetar Jace e ele adora me alfinetar. Antes que vocês digam alguma coisa sobre nós dois. Jace e eu nos consideramos irmãos, sem segundas intenções, até porque a sua alma é ligada com a da minha prima, Clarissa Fairchild.

– Pelo visto, você ficará com a Égua. - Alec falou convicto da sua afirmação.

– Vou. - respondi. - conversarei com meu pai na hora do almoço. - disse. - não acho que se mandarmos a mesma para uma fazendo, ou para qualquer outro lugar, ela não vai se adaptar.

Os dois me olham para depois olharem para a Égua, me viro para encará-la, a mesma está nos observando de longe.

– Acho que ela tem medo. - digo de repente, mudando de assunto.

– Medo de que? - Jace questionou.

– Acho que onde ela vivia antes, os homens a machucavam bastante... - disse voltando a olhar para os dois. - creio que ela só se dê bem com mulheres porque eram homens que cuidavam dela. - falei incerta.

– Isso é loucura. - Jace murmurou, descrente da minha afirmação.

– Até que faz sentido. - Alec concorda comigo. 

Jace olhou para Alec como se ele fosse louco.

– Você também não, né Alec? - Jace questionou em um resmungo.

– Pense bem Jace. - Alec murmurou olhando para o mesmo. - quando todos nós nos aproximamos dela, ela foi agressiva, não deixando chegar perto dela em nenhum momento, mas quando Molly tentou, a Égua... quero dizer a Afrodite, acabou cedendo. - diz.

Jace suaviza a expressão.

– Parece até o Apolo quando chegou aqui. - Alec comentou me fazendo resmungar.

– Tire Polo dessa história. - falei irritada com a menção do meu cavalo. 

Faço os dois gargalharam. Apolo é meu cavalo favorito, amo todos meus cavalos, mas ele é meu xodó. Além do mais, o mesmo só se dá bem comigo e com o Alec, mas só quando preciso que ele pegue-o no estábulo. Polo como chamo-o, foi resgatado faz quase três anos, o mesmo estava na estrada entre a vida e a morte. Levamos ele para a alcateia e meus tios cuidaram dos seus machucados, meu menino foi muito forte e no fim criamos um vínculo muito forte. Quando ele ficou bom, forte e saudável, meu pai e meu irmão Troy tentaram amansá-lo, mas não conseguiam fazê-lo, pois o mesmo não deixava ninguém chegar perto. Foi quando intervim, comecei a amansá-lo com amor e paciência até que um dia consegui montar nele. Apesar de somente eu poder montá-lo, hoje ele não se importa se meu pai ou qualquer outra pessoa sele-o e cuide dele quando não posso, a única coisa que Pollo não deixa é que monte nele. Ele também é bem temperamental, às vezes, quando está de péssimo humor, sou a única coisa que consegue deixá-lo menos irritado. Polo ama quando toco violino e sei que é um pouco estranho, mas o mesmo adora. Não somente ele como os outros cavalos.

– Você não pode negar que os dois têm o mesmo temperamento quando chegaram aqui. - Jace falou, me fazendo revirar os olhos. 

Ele começou a rir da minha cara.

– Ah...? Molly? - Alec chamou minha atenção. 

O mesmo está olhando além dos meus ombros, me virei para entender o que ele está vendo. Afrodite está vindo em nossa direção com cautela, provavelmente com medo do Jace e do Alec. Sorrio para incentivá-la a vir até nós. Ela vem em nossa direção com calma, quando chegou mais perto de mim, a mesma olhou para os meninos que estavam parados só olhando para ela.

Afrodite analisa os dois, sentindo o cheiro deles. Olhei para as suas orelhas que estão reta, sorrio para ela que relaxa um pouco, mas não totalmente.

– Viu ela é um amorzinho. - murmurei fazendo carinho em sua cabeça ossuda.

– Não sei como você faz isso. - escutei Alec falar, olho para ele e finjo não compreendê-lo.

– Do que você está falando? - perguntei me fazendo de desentendida, pois sei do que ele está se referindo.

– Você sabe do que Alec está falando. - Jace me provocou, Afrodite olha para ele e faz um barulho parecia irritado.

Jace dá um passo para trás. Ri do fato dele estar com medo dela.

– Não sei como consigo fazer isso, mas acho que tem a ver com minha beleza. - brinquei rindo.

Jace revira os olhos.

– Mas falando sério, não sei como faço isso. - murmurei. - mas acho que deve ser um dos meus talentos. - digo. - um deles deve ser o motivo de conseguir a confiança dela. - falei incerta.

Jace e Alec apenas assentiram com a cabeça.

– Vamos para o estábulo. - Alec informou deixando o assunto anterior de lado. - quer que eu sele Apolo e traga-o para você? - perguntou, penso por um instante. 

Meu objetivo não era cavalgar, mas pensando na oferta dele.

– Pensando na sua oferta, vou aceitar. - falei sorrindo para ele.

– Certo, já volto com Apolo. - Alec falou. - vamos, Jace. - chama-o.

Os dois se distanciaram e me lembrei de uma coisa.

– Pode trazer maçãs, também?! - pede alto para Alec escutar.

– Pode deixar! - Alec gritou.

Depois disso, eles foram para o estábulo, onde todos os cavalos que são nossos ficam. Voltei minha atenção para a Afrodite que está me encarando, sorri para a mesma.

– Apolo é um dos meus cavalos. - expliquei para ela. - mas ele é meu xodó. - digo.

– Ihhh. - faz seu barulho, sorrio para ela.

– Ele é bem ranzinzo, não vai com todo mundo apenas comigo, meu pai, tio Stephen ou com o Alec… - contei para ela. - ele se dá bem com a Jasmine, minha irmã mais nova. - falei.

– Ihhh. - Afrodite relincha. 

Suas orelhas ficam reta mais uma vez, ela olha para frente e sigo seu olhar.

– Nossa, eles foram rápidos. - murmurei para mim do que para ela.

Alec e Jace estão montados em seus cavalos.

Alec está montado no Atlas, seu Puro-Sangue Inglês, ele tem pelagem caramelo com um mancha branca em seu focinho e sua crina é branca. Já Jace está montado no Major, seu Quarto de Milha que é marrom achocolatado e crina preta. Alec está segurando as rédeas de Apolo que também é um Quarto de Milha, ele é um cavalo grande e robusto, apesar de sua raça, ele é um cavalo negro feito carvão, seu olhos são de um preto brilhante que me fez não desistir dele.

Olhei na direção de Alec para que o mesmo entendesse que poderia soltar as rédeas dele e assim, ele o fez. Polo vem até mim, mas para no meio do trajeto e olha além de mim, tenho certeza que está olhando para Afrodite atrás de mim, ela é da mesma raça de Apolo e Major.

– Nem vem vocês dois. - digo resmungando. - amo os dois igualmente, assim, como os outros. - deixo bem claro.

– Ihhhh… - Afrodite faz seu barulho.

– Ihhh… - Apolo resmungou.

– Não resmunga… - falei olhando para Apolo.

Apolo olha para Afrodite, olho para trás e a mesma está olhando para ele diferente, sorrio de lado, já entendendo seu olhar.

– Bom, tenho que ir. - falei olhando para a Afrodite. - Alec! - gritei seu nome que me jogou uma maçã quando estava um pouco mais próximo. - tome. - entreguei a maçã para ela comer.

Pulo da cerca, aterrorizando no chão indo até Apolo. Subo no mesmo e pego uma maçã que tem em sua bolsa, dou-lhe uma e logo pego outra jogando para Afrodite que pegar.

– Mais tarde, venho vê-la. - disse piscando um olho.

– Ihhhhhhh. - a mesma relincha, rio de seu jeito.

Puxou as rédeas de Apolo para a direita, indo ao encontro dos meninos.

– Onde vocês estão indo? - perguntei curiosa.

– Vamos ver como estão as plantações. - Jace respondeu.

– Entendi... - falei. - então, não irei com você. - disse. - se precisarem de mim, estarei no canil, vou ver como estão meus peludinhos. - falei rindo.

– Então, tá. - Jace e Alec falam.

– Até mais tarde, meninos. - gritei para os dois.

Apolo e eu, fomos para o canil resolver algumas coisas e ajudar o pessoal por lá, já que Clary e Simon não foram, pois estavam na cidade vizinha resolvendo alguns problemas na veterinária que temos nessa cidade.

 

Continua...


Prólogo

Capítulo 02


Ilustração

Look

Sem comentários:

Enviar um comentário