E.A.: Capítulo 03 - Aula de Biologia



Pov. Molly

 

2nd Agosto, 1:40 p.m.

O primeiro sinal do sexto período tocou e já estava próxima a sala de aula. Entro na sala e o professor ainda não tinha chegado para dar aula. Então, decidi me sentar em uma das mesas, escolho a terceira carteira na primeira fila, as aulas dessa matéria serão em dupla, então quem estiver sem uma dupla terá que ficar comigo pelo meus cálculos. Enquanto não toca o segundo sinal, decido pegar meu caderno de desenho e terminar de fazer o esboço de um quadro que planejo pintar para decorar a sala de visita de casa.

Alguns alunos começaram a entrar na sala e escuto algumas alunas sussurram uma para a outra, mas como não estou a fim de saber a razão, me concentro em meu desenho até que o cheiro adocicado e viciante atinge meu olfato. O cheiro estava cada vez mais forte e não preciso levantar a cabeça para saber quem é o dono dele, porque sei que o cheiro é dele. 

Dois cheiros parecidos e conhecidos me atingem, assim como a da minha alma, a garota e o garoto da minha primeira aula estão juntos com ele. Levantei minha cabeça e notei que os dois alunos do meu primeiro período e meu companheiro entram na sala pela porta e olham, me senti um pouco inquieta e resolvi voltar para meu caderno.

 

Pov. Jonathan

 

1:40 p.m.

Assim que saímos do refeitório o primeiro sinal tocou, meus pais e eu fomos para a aula de Biologia, mas antes de irmos para a sala passamos nós armários para pegar nossos materiais e o jaleco.

 

1:45 p.m.

Quando estamos próximos a sala de aula, o cheiro da Molly invade minhas narinas me fazendo congelar no lugar.

- O que aconteceu, Jonathan? - mãe perguntou preocupada.

Engulo em seco.

- Acho que a Molly terá a mesma aula que a nossa. - pai respondeu e se segurando para não rir.

Mãe olha para mim e sorri também.

- Acho que vou pular essa aula. - falei pensando em ir para o estacionamento e esperar minha próxima aula.

- Não, vai não. - mãe diz cruzando os braços e me olhando feio.

- Mas...

- Nada de mais... - mãe fala. - você vai entrar naquela sala e vai puxar assunto com a Molly. - disse.

- Mãe... - sussurro para argumentar.

- Nada de mãe. - a mesma sussurra me olhando autoritária.

Olho para papai pedindo ajuda com olhar.

- Não me envolva nisso. - pai pede levantando as mãos para cima. - e sua mãe está certa. - diz sussurrando.

Bufei.

- Tudo bem. - falei derrotado.

- Então, vamos. - mãe diz.

Fomos na sala de aula, meus pais e eu entramos na sala, alguns alunos já estavam em sua mesas e sussurravam um com o outro sobre a aluna nova, olho para onde ela está sentada, a mesma está com um caderno e um lápis em mãos, ela está desenhando algo.

Fico surpreso na mesa que ela está, pois é onde me sentei ontem e coincidentemente não tinha uma dupla para essa aula.

- Que Déjà-vu. - escutei meu pai falar lar.

- Não é. - mãe diz eufórica.

- Não entendi. - sussurrei.

- Foi mais ou menos assim que sua mãe e eu nos conhecemos. - pai diz.

Conheço a história dos meus pais de cor e salteado.

Suspirei.

- O que devo fazer? - perguntei nervoso.

- Vá se sentar com ela e puxe assunto com ela. - mãe mandou.

- E falar o que? - pergunto.

- Isso já não posso te responder. - mãe disse e sorriu. - siga seus instinto. - fala.

Viro minha cabeça para olhá-la, a mesma está olhando para mim e para meus pais, ela desvia seu olhar e volta a desenhar. Respiro fundo e crio coragem para ir para meu lugar, vou e me sento ao seu lado, meu pais se sentam na mesa de traz da nossa. Quando me sentei na cadeira ao seu lado olhei pelo canto do olho, fico chocado com o que vejo. Ela está desenhando um vaso cheio de flores, seu desenho tinha muitos detalhes e apesar de ter nenhuma cor, o mesmo é bonito.

- Você tem muito talento. - soltei de repente e quis chutar o meu traseiro.

Ela levantou a cabeça para olhar em meus olhos e mais uma vez fiquei preso no mar de safiras que são seus olhos.

- Obrigada. - agradeceu.

Sua voz é firme, mas delicada ao mesmo tempo.

- Me chamo Jonathan Cullen. - me apresentei e estiquei minha mão para que pudesse apertar a mesma.

Por um instante me arrependi por conta da minha temperatura, mas sinto calor em minha mão vindo da sua.

- Prazer. - ela falou. - me chamo Molly. - se apresentou e sorriu.

Ela solta minha mão e queria que não tivesse o feito, escuto meu pai rir baixinho.

“ - Pai! - falo em sua mente.”

- Desculpa. - o mesmo sussurrou para apenas eu ouvir.

- Sinto muito. - Molly disse me fazendo franzir a sobrancelha. - creio que já tenha uma dupla para essa aula. - expliquei. - me sentei em qualquer lugar, mas...

- Não tenho uma dupla. - a cortei imediatamente.

- Hum... - ela murmurei.

- Bom, se não se importar... podemos fazer uma dupla. - sugeri.

- Por mim, tudo bem. - Molly respondeu sorrindo.

Antes que falasse qualquer coisa, o professor Jefferson entra na sala.

- Olá, turma. - ele desejou, seu olhar caiu em nossa mesa. - vejamos. Temos uma nova aluna. - diz olhando para Molly. - poderia se apresentar, senhorita... - pediu.

- Me chamo Molly Brown. - ela se apresentou.

Escuto um dos garotos que está ao nosso lado chamarem ela de gostosa, fico com raiva da falta de educação e que me fez soltar um rosnado baixo.

- Se acalme, filho. - pai pede tenso. - eles são uns babacas, não vá fazer besteira. - disse preocupado.

Respiro fundo me controlando para não pular no pescoço deles.

- Seja bem-vinda, sou o professor Jefferson. - o professor Jefferson disse que assentiu com a cabeça. - vamos começar a aula. - falou.

O professor começou a explicar sobre os protozoários, sei de cor e salteado essa matéria, mas como tinha que manter as aparências, comecei a fazer anotações, dou uma olhada de canto para Molly e percebi que ela não está anotando nada, apenas está prestando atenção, achei estranho, pois normalmente os humanos fazem anotações para depois estudarem. Voltei minha atenção no que o senhor Jefferson está dizendo.

- Bom, montaremos nessa aula um viveiro de protozoários e na semana que vem veremos o que produziram no microscópio. - ele falou. - na folha que a senhorita Ross entregará para vocês, está as instruções da montagem. - diz.

A menina começou a entregar o papel das instruções, quando a senhorita Ross veio na nossa mesa, deixou a folha em branco em cima da mesa e olhou irritada para Molly.

“ - Porque? - perguntei em minha mente.”

- Ela está interessada em você. - pai sussurra se referindo a senhorita Ross.

Faço careta.

A menina se afasta da nossa bancada para terminar de entregar as instruções para os outros alunos, pego a folha e a trago para o meio da mesa. 

- Obrigada. - Molly agradeceu. 

Assenti com a cabeça. 

Leio rapidamente. 

- Oh… não é tão difícil. - Molly falei.

- Nunca fez um experimento assim? - perguntei me lembrando que no ano anterior fiz esse mesmo experimento. 

- Não. - Molly respondeu. - onde estudei não perdíamos tempo com coisas bobas. - diz. 

Fiquei um pouco chocado. 

- A escola em que estudava, o ensino é bem diferente. - a mesma disse. - bem diferente. - murmurou mais para si do que para mim. - mas sou ótima em mexer no microscópio. - falou convencida.

- Como é a sua antiga escola? - perguntei curioso. 

Ela ficou tensa. 

- Bem… a escola é rígida. - respondeu. - sei falar além do espanhol e o inglês, sei falar italiano, francês, português e latim. - disse. 

- Latim? Porque? - perguntei. 

- A cultura é um pouco diferente. - respondeu simplesmente. 

- Bem turma… vocês viram que em suas bancadas a água sem cloro, folhas de alface sem lavagem e um pote de vidro. - o professor diz. - sigam as instruções e mãos à obra. - falou esfregando suas mãos uma nas outras.

Molly pegou todas as coisas que precisávamos para fazer o experimento. 

- Vou deixar na bancada de vocês uma mistura para  colocarem um pouco no pote de vidro. - o senhor Jefferson. - fala. 

Montamos o aquário improvisado e quando o professor parou em nossa bancada. 

- Muito bem... - o mesmo falou. - bom trabalho. - disse.

- Obrigado. - Molly e eu falamos juntos. 

- Serão uma dupla incrível. - o professor diz deixando um pontinho com um conteúdo dentro. 

- Posso colocar? - Molly perguntou. 

- Claro. - respondi. 

Molly pega o pontinho que o professor tinha posto na bancada, com um palito ela pega um pouco do conteúdo e coloca na água, misturando até dissolver. 

- Bom… turma o sinal já vai tocar. - o professor anuncia. 

Essa informação me desanimou, queria passar mais tempo com Molly. 

 

Pov. Molly

Sinto o garoto se aproximar, franzi o cenho, quando ouço a cadeira se mover, a mesma fez barulho e me pergunto: PORQUE? 

Vampiros são silenciosos, mas talvez, só talvez essa espécie seja diferente. 

- Você tem muito talento. - ele diz, me tirando do meu devaneio.

Levanto minha cabeça para olhá-lo e mais uma vez me perco em seus olhos dourados. 

- Obrigada. - agradeço. 

- Me chamo Jonathan Cullen - se apresentou, esticando sua mão para que eu apertasse. 

Por um instante pensei que ele estava receoso, mas apertei sua mão mesmo assim e fico surpresa com a temperatura da sua mão. 

“ - Ele é gelado. - penso comigo mesma.”

- Prazer. - falei. - me chamo Molly. - digo e sorrio.

Solto sua mão e escuto o homem atrás de nós rir. 

- Desculpa. - o homem atrás de nós, pediu ao Jonathan. 

Achei estranho, mas deixei passar.

- Sinto muito. - falei e ele franziu a sobrancelha. - creio que já tenha uma dupla para essa aula. - explico. - me sentarei em qualquer lugar, mas… 

- Não tenho uma dupla. - Jonathan fala me cortando. 

- Hum… - falo. 

- Bom, se você não se importar, podemos fazer uma dupla. - sugeri sorrindo. 

- Por mim, tudo bem. - respondeu sorrindo. 

Ele falaria mais alguma coisa, mas o professor entra na sala. 

- Olá, turma. - ele desejou para os alunos, seu olhar caiu sobre nossa mesa. - vejamos. Temos uma nova aluna. - diz olhando para mim. - poderia se apresentar. - pediu. 

- Me chamo Molly Brown. - me apresentei. 

Uns dois garotos que estão na mesa ao lado, me chamam de gostosa, isso me deixa muito irritada.

Escuto Jonathan rosnar baixo o que me deixa surpreso. 

- Se acalme, filho. - o homem atrás de nós pede. - eles são uns babacas, não vá fazer besteira. - diz.

“ - Filho? - perguntou em minha mente. - como assim? - fico perdida.”

Ele respirou fundo.

- Seja bem-vinda, sou o professor Jefferson. - o professor falou e assenti com a cabeça. - vamos começar a aula. - diz. 

O professor começou a explicar sobre os protozoários, como tenho uma excelente memória não anoto nada. 

- Bom, montaremos nessa aula um viveiro de protozoários e na semana que vem tentaremos vê-los. - o professor Jefferson falou. - na folha que a senhorita Alicia Ross entregará para vocês estão as instruções da montagem. - diz. 

A garota que o professor mencionou, começou a entregar a folha com as instruções, quando chegou na nossa mesa, a senhorita Ross deixou a folha em cima da mesa e me olhou atravessado. 

Retribuo seu olhar e percebi que a mesma está com raiva. 

“ - Mas porque? - me pergunto.”

- Ela está interessada em você. - o homem para Jonathan. 

“ - Vampiros. - penso comigo mesma. Aí me toquei o que o homem estava dizendo sobre a senhorita Ross. - ela acha que terá algo com Jonathan, está muito enganada. - penso comigo mesma e rio mentalmente.”

Fico irritada, mas tento controlar meus instintos, ela se afasta indo para a mesa de trás e saio do transe quando Jonathan aproxima a folha de mim.

- Obrigada. - agradeci. 

Ele apenas assentiu com a cabeça. Leio rápido as informações. 

- OH… não é tão difícil. - falei. 

- Nunca fez um experimento assim? - Jonathan perguntou. 

- Não. - respondi. - onde estudei não perdíamos tempo com coisas bobas. - digo. 

Vejo o mesmo ficar surpreso. 

- A escola que estudei, o ensino é diferente. - falo. - bem diferente. - digo, mas sou ótima em mexer no microscópio. 

- Como era a sua antiga escola? - Jonathan pergunta curioso. 

Fico tensa . 

“ - Como vou explicar? - me pergunto mentalmente.”

- Bem... a escola é rígida. - respondi. - sei falar além do espanhol e inglês, sei falar italiano, francês, português, romeno e latim. - falei.

- Latim? Porque? - perguntou.

- A cultura é um pouco diferente. - respondi simplesmente.

- Bem turma... vocês viram que em suas bancadas a água sem cloro, folha de alface sem lavagem e um pote vidro. - o professor fala. - sigam as instruções e mãos à obra.

Pego todas as coisas que precisamos para colocar no pote de vidro.

- Vou deixar na bancada de vocês uma mistura para colocarem um pouco no pote de vidro. - o senhor Jefferson fala.

Montamos o aquário improvisado e quando o professor parou em nossa bancada.

- Muito bem. - o professor falou. - bom trabalho. - elogia.

- Obrigada. - Jonathan e eu falamos juntos.

- Serão uma dupla incrível. - o professor diz, deixando um potinho com conteúdo dentro..

- Posso colocar? - perguntei.

- Claro. - ele respondeu.

Peguei o potinho que o professor deixou na bancada, com um palito pegou um pouco do conteúdo e colocou na água, misturando até dissolver.

- Bom... turma o sinal já vai tocar. - o professor anuncia.

Essa informação me deixou desanimada, queria passar mais tempo com Jonathan.

Comecei a guardar minhas coisas em minha bolsa.

- Qual é a sua próxima aula? - Jonathan perguntou.

Pego meu papel com os horários e vejo.

- Química. - respondi. - e depois Matemática. - disse.

Olho para ele e o mesmo está surpreso.

- Falei alguma coisa errado? - perguntei sem entender sua reação.

Isso pareceu tirá-lo do transe.

- Não... - se apressou em responder. - desculpa. - pediu e apenas assenti com a cabeça. - é que fiquei surpreso, pois as minhas duas ultimas aulas são as mesmas que a sua. - disse.

Isso me deixa surpresa, por um momento estava desanimada e por não ter mais aulas com Jonathan, agora estou contente por não ter somente duas aulas com ele.

- Nossa que coincidência. - falo simplesmente.

- Talvez seja destino. - Jonathan disse me fazendo sorrir.

- Pode ser o destino. - falei.

Nós dois rimos como dois idiotas.

 

2:40 p.m.

O primeiro sinal tocou indicando o sétimo período.

- Vamos? - Jonathan perguntou olhando para mim.

- Sim. - respondi com minhas coisas na bolsa.

Saímos da sala e passamos em nossos armários para deixar as coisas do laboratório guardadas, acabamos descobrindo que são um do lado do outro e fomos para sala rápido, pois faltavam três minutos para tocar o segundo sinal.

 

2:50 p.m.

O segundo sinal toca bem na hora que entramos na sala.

- Desculpa o atraso professora. - pedi quando a professora olha para nós dois com cara de poucos amigos.

- Perdão, professora. - Jonathan pediu e vi o mesmo sorri sem graça para ela.

- Tudo bem. - a professora falou. - podem se sentar. - mandei.

Assentimos com a cabeça. Vou me sentar em uma das cadeiras vazias, Jonathan se senta atrás de mim.

- Você é aluna nova, certo? - a professora perguntou.

- Sim. - respondi. - me chamo Molly Brown... - disse meu nome.

- Muito bem. - a mesma falou. - sou a Penélope Garcia. - se apresentou.

Apenas sorri.

- Antes de sair, me lembre de assinar o seu papel para entregar na secretaria. - pediu.

- Tudo bem. - respondi.

A professora começou a explicar sobre as reações químicas e sobre a tabela periódica.

- Vocês têm que decorá-la, pois na hora da prova não poderão consultá-la. - a professora deixa claro.

Ela volta a explicar sobre alguns experimentos que faríamos, apesar de ser uma caçadora das sombras, sei bastante coisa desse material que os humanos estudam, pois quando tinha tempo ficava estudando conteúdos que achava importante se um dia deixasse de ser uma Nephilim como química, física e matemática.

Quando o primeiro sinal tocou, arrumei minhas coisas e fui até a professora para que ela assinasse minha folha para entregar na secretaria.

 

Pov. Jonathan

 

3:40 p.m.

O primeiro sinal tocou, recolhi minhas coisas devagar para dar tempo da Molly conseguir a assinatura da professora. Quando vejo que está pronta para sairmos, me levanto e vou até a mesma.

- Vamos? - perguntei para ela.

Molly se vira e sorri.

- Sim. - Molly respondeu.

Acenei com a cabeça para a professora que suspirou. Molly e eu saímos.

- Para onde agora? - Molly perguntou.

- Temos que ir para o bloco B. - respondi.

- Certo. - Molly fala.

Fomos para a nossa última aula.

 

3:48 p.m.

Quando entramos e o professor Theodore Longveld já estava na sala. O senhor Longveld se apresentou para a Molly e a mesma fez o mesmo, ele ficou encarando de cima a baixo, o que me deixou irritada e pelo visto a mesma ficou desconfortável.

- Ele sempre faz isso com os alunos? - Molly sussurrou, já que o professor iniciou sua aula.

- Não que eu tenha reparado. - respondi. - mas não se preocupe, ele não seria louco de assediar uma de suas alunas. - falei.

- É, acho que você tem razão. - Molly murmurou.

- Senhorita Brown... - o professor chama a mesma. - poderia me responder a esses cálculos que escrevi na lousa, já que sabe a respostas. - Theodore pediu.

Na lousa tem duas equações de 1º e 2º graus.

 

> (3x + 1).(x - 1) -3 (x + 2)2 = - 9

> (x + 1)2 = (3x + 2)2 - (2x + 3)2

 

- O primeiro cálculo deu: [x = -2/7]. - Molly respondeu me surpreendendo. - já no segundo tem que fazer bhaskara, na soma: [x = -1] e na subtração: [x = 3/2]. - diz.

Fico chocado com a rapidez que ela calculou as fórmulas sem precisar de uma calculadora, o professor ficou mudo, assim como sala.

- Muito bem, senhorita Brown. - Theodore falou voltando para a lousa. - ela teve muita sorte. - o mesmo diz em um sussurro e com arrogância.

- Pelo visto terei problemas com esse professor. - Molly comenta em um resmungo e em um tom mais baixo que antes.

Não falei nada para não criar mais problemas a ela. A aula passou rápido pelo alívio de todos.

Quando o sinal tocou, Molly arrumou suas coisas bem rápido, assim como eu. Saímos da sala sem olhar para trás, estamos no corredor longe da sala.

- Não gostei desse professor. - Molly diz em um resmungo. - prefiro lidar com o Robert e Hodge gritando comigo nas aulas de defesa pessoal do que o professor de Matemática. - diz.

- Já está desistindo. - brinquei com a mesma.

- Nunca. - Molly respondeu. - uma Fairchild nunca desiste de algo. - fala apontando o indicador para cima.

- Fairchild? - pergunto franzindo o cenho.

“ - Esse não é o sobrenome que ela tinha dito. - penso comigo mesma.”

- Opa. - Molly disse.

Olho sem entender.

Ela suspirou.

- Minha mãe é uma Fairchild e quando se casou com meu pai, ela perdeu o direito de usar o sobrenome da família dela. - Molly diz com pesar.

- Porque? - perguntei sem entender.

- Meus avós maternos não aceitavam muito bem o relacionamento da minha mãe. - respondeu. - quando estudei no instituto estava matriculada como Fairchild e não Brown. - diz.

Olho para ela sem compreender.

- É complicada. - Molly falou. - amo meus pais, mas quis um caminho diferente dos meus irmãos. - disse. - conheci os filhos de uma amiga distante de minha mãe e me apeguei a eles. - contei em explicação. - eles são meus melhores amigos e sou muito grata pelos meus pais terem concordado em me deixar estudar lá. - diz.

- E porque voltou a morar com seus pais? - perguntei curioso.

Ela suspirou.

- A vida é muito curta. - ela respondeu simplesmente e com olhar distante.

Antes que pudesse perguntar alguma coisa, meus pais apareceram.

- Jonathan. - mãe fala meu nome e olha para Molly com sorriso nos lábios. - olá. - a mesma cumprimenta a mesma.

- Olá. - Molly cumprimenta minha mãe com um sorriso. - como vai? - perguntei.

- Bem... - mãe respondeu sem deixar de sorrir. - prazer me chamo Isabella, mas todos me chamam de Bella. - se apresentou. - esse é meu namorado Edward. - falei tocando no braço de papai o apresentando.

- Prazer. - pai cumprimentou e sorriu.

- Prazer, me chamo Molly. - a mesma se apresentou.

Antes que alguém falasse mais alguma coisa, o celular da Molly começa tocar, achei o toque engraçado, pois é o som de patos.

Ela revira os olhos, pega o telefone e desliga o mesmo, Molly digita rapidamente e guarda o celular.

- Desculpa. - a mesma pediu. - melhor eu ir, meus irmãos devem está me esperando. - diz sorrindo amarelo.

- Tudo bem. - falei sorrindo em compreensão.

- Foi um prazer conhecê-los. - Molly diz olhando para meus pais.

- O prazer foi nosso. - mamãe falou sorrindo.

Molly sorri e se afasta de nós indo para o estacionamento.

- Pelo visto, estão se dando bem. - mãe diz quando Molly está do lado de fora.

Se eu fosse humano, estaria corado. Papai começou a rir me deixando irritado.

- Estávamos jogando conversa fora. - falei dando de ombro.

- Percebemos. - pai diz. - até nos ignorou quando saiu da aula de Biologia. - falou.

- Não liga para seu pai. - mãe diz me abraçando.

- Podemos ir para casa? - perguntei sem graça.

- Vamos. - pai fala sorrindo.

Saímos do prédio e fomos para o estacionamento, procuro Molly com os olhos e a mesma está com o celular na orelha falando com alguém.

“ - Quem será que ela está falando? - me pergunto.”

- Pelo visto, os carros novos são deles. - pai comentou me tirando do transe. - deve ser a mesma pessoa que ligou agora a pouco. - respondeu.

- Hum? Do que está falando querido? - mãe perguntou.

- Dá chamada que Molly recebeu. - pai respondeu.

- Ah... - mãe fala e sorri para mim. - não se preocupe, deve ser algum amigo ou a mãe dela. - diz.

- Com o toque de pato? - perguntei.

Mãe e pai riram me deixando bravo. Dou as costas e vou para onde os outros estão.

- Que bicho te mordeu? - Emmett perguntou.

- Não enche. - rosnei para o mesmo.

- Oxé! O que eu fiz? - tio Emmett perguntou.

- Não liga não Emmett. - mãe fala. - ele só está com ciúmes. - diz.

- MÃE! - exclamo a repreendendo.

- HAHAHAHAHAHA! - tio Emmett começa a gargalhar alto.

Tia Alice e tio Jasper riem discretamente.

- Pare de chamar atenção. - tia Rose pede olhando feio para o marido.

Tio Emmett finge secar lágrimas falsas.

- Isso não é engraçado. - falei.

- Um pouco. - tio Jasper diz sorrindo de lado.

Rosnei irritado.

- Por que você está com ciúmes? - tia Alice perguntou.

- Por nada. - respondi.

- Alguém ligou para Molly, mas ela não atendeu a chamada. - pai respondeu. - quando veio encontrar os irmãos, ela estava no celular.

- PAI! - exclamei.

Papai apenas sorri.

- Só por isso. - tia Rose falou. - e sabe que ela tinha uma vida em New York e pode ter tido um namorado, ou tem um namorado. - diz.

Resmunguei pela possibilidade e isso me deixou deprimido.

- Não vamos tirar conclusões precipitadas. - tio Jasper diz para tentar me acalmar.

Suspirei.

- Podemos ir? - perguntei.

Todos assentem com a cabeça.

 

Pov. Molly

Quando saio do prédio vou em direção ao meu carro, Naomi e Zack estão esperando, assim como Luna, Sol e Matteo.

- Cadê os outros? - perguntei.

- Liam e Hayden não sabemos, mas Troy e Gabi foram levar o papel na secretaria. - Luna fala.

- Já levaram o de vocês? - perguntei.

- Sim. - Sol respondeu.

- Vou levar o meu e já... - não conclui, pois meu celular começa a tocar.

Pelo toque sei que é Jace.

 

_ Ligação On - Jace _

- O que você quer Herondale? - pergunto ríspida. - se escrevi que não dava para atender é porque não posso atender. - falo.

- Nossa. Calma. - Jace pede. - queria saber como você está. - diz.

- Desembucha, Jace. - falei cruzando os braços.

- Só queria saber se você quer jogar, na próxima semana na casa do Alex e Magnus? - perguntou.

- Jogar o que? - perguntei, franzindo o cenho.

- Sei lá. - Jace respondeu. - só sei que a Lili e a Maia vão estar lá. - diz.

- Jace, você sabe jogar buraco? - perguntei.

- Buraco? - Jace perguntou.

- Já até sei a resposta. - falei para mim mesma. - e não sei se vou. - digo.

- Tudo bem. - Jace respondeu.

- Como andam as coisas aí em New York? - perguntei. - espero que não tenha posto fogo em nada. - falei.

- Quanto amor a minha pessoa. - Jace diz dramaticamente.

- Sem drama, Herondale. - falei entrando na brincadeira.

Ri.

- Não fiz nenhuma besteira e não tive muitos incidentes com demônios. - Jace informou.

- Que bom. - falo.

- Acho que você atraia ele. - o mesmo brinca.

- JACE! - escutei Clary gritar pelo mesmo.

- Tenho que ir. - ele diz.

- Tá certo. - digo rindo. - mande lembrança a todos, menos para o Magnus. - falei.

- Pode deixar. - Jace falou encerrando a chamada.

_ Ligação Off _

 

- Jace já pôs fogo em New York? - Liam perguntou, se aproximando com Hayden.

Os dois estão um pouco amassados, mas deixo passar.

- Ele não pôs fogo em New York, apenas me ligou para saber se não quero ir jogar na casa do Magnus junto com Lili e Maia. - respondi.

- Desde quando o Jace sabe jogar cartas? - Liam perguntou.

- Não sei. - respondi dando de ombro. - bom... vou para a secretaria e já volto. - disse.

Me afastei deles e vou para a secretaria, entrego o papel assinado pelos professores que tive aula hoje, a secretaria me entregou outro para que os professores que tenho em dia diferentes possam assinar depois e entregaria apenas sexta-feira.

Saio da secretaria junto com Apollo e Allan que vieram entregar suas assinaturas, quando chegamos nos carros Troy e Gabriella estavam esperando, assim como os outros para irmos embora.


Capítulo 02

Capítulo 04


Look 

Ilustração

Sem comentários:

Enviar um comentário