A.D.: Capítulo 3, Alcateia das Sete Pedras



Pov. Molly

 

4 Maio, 2023 - Quarta-feira

Quando cheguei ao canil. Fiquei ajudando o pessoal com algumas coisas até dar a hora do almoço, decidi ir para casa junto com Liam, mas antes passamos no estábulo para deixar Apolo lá. Olhei no relógio de pulso e já são quase 1 PM.

 

1:13 PM

Quando chegamos em casa, vou atrás de Eloise que está na sala com Hayden e Gabriella.

– Oi meninas. - falei ao entrar na sala.

– Oi Molly. - Hayden falou sorrindo para mim.

– Oi. - Gabriela murmurou sorrindo também.

– AHAHAHAH! - Eloise gritou estendendo seus bracinhos chamando minha atenção.

– Oi amor da minha vida. - falei indo até minha princesa que não parou de mexer seus bracinhos e perninhas.

Peguei ela no colo e a enchi de beijos, a mesma solta sua linda gargalhada.

– Molly. - sou chamada pelo Troy que está no batente da porta com uma expressão nada boa.

– O que aconteceu? - perguntei já prevendo o pior.

– Papai quer falar com nós quatro. - Troy respondeu. 

Quando ele diz nós quatro está se referindo a Liam, Malia, ele e eu.

– Certo. - respondi me voltando para as meninas.

– Distraímos ela. - Hayden diz esticando seus braços para pegar Eloise.

– A mamãe já voltou, princesa. - falei beijando sua bochecha e entregando ela para Hayden.

Vou com Troy ao escritório de nosso pai. E ao chegarmos no seu escritório, Troy abre a porta me dando passagem, sorrio para ele em agradecimento. Entrei na sala, Malia e Liam já estavam sentados no sofá de couro que tem ali.

– O que aconteceu pai? - perguntei sem rodeio, pois pela sua expressão, o mesmo está preocupado.

Ele respira fundo e se levanta da cadeira.

– Recebi uma ligação do líder da Alcateia das Sete Pedras, dois de seus lobos foram encontrados mortos e um está desaparecido. - pai informou. 

Arregalei meus olhos, assim como Liam e Malia.

– Pelo Anjo! - exclamei. - mas sabem ou tem uma suspeita de quem pode ter sido? - perguntei.

– Eles não sabem. - papai respondeu, olho-o com uma sobrancelha erguida. - mas eu tenho uma suspeita. - diz.

– Quem você acha que atacou a Alcateia das Sete Pedras? - Malia perguntou.

Lobisomens Puro Sangue Sombrio. - pai respondeu.

– Isso não é bom. - falei ainda com os olhos arregalados, por não acreditar nisso.

– Eles me pediram se poderíamos ajudá-los. - pai falou. - como suspeito dos Puro Sangue Sombrio. - disse olhando para todos nós.

– Achei que esses lobisomens tinham sido extintos pelos Volturi a séculos. - Liam murmurou.

– Eles mataram, mas deve ter escapado um, ou outro. - pai respondeu. - esse lobisomens devem estar querendo vingança. - diz suspirando.

“ – Isso não é nada bom. - murmurei mentalmente. - terei que informar senhor Bianchi.  - pensei comigo mesma.”

– Possivelmente. - Troy concordou com papai. - essa não é a primeira alcateia a ter um, ou dois lobos mortos sem nenhuma explicação. - diz. - estavam achando que tinha sido um vampiro, mas na realidade não foi. - falou.

– Acha que eles estão contra nós e que querem arrumar confusão? - Malia perguntou.

– Não sei te responder filha. - pai respondeu. - mas teremos que ir para a alcateia para dar um força a eles. - disse. 

Suspirei já preocupado com Eloise.

– Não se preocupe filha, não ficaremos muito tempo longe. - pai me tranquilizou.

– Certo. - falei olhando para papai. - mas só nós cinco, ou vai haver mais gente conosco? - perguntei.

– Jace e Clary virão conosco. - pai respondeu. - os outros ficarão aqui para cuidar da alcateia. - disse.

– Que hora sairemos daqui? - Malia perguntou.

– Sairemos às 3 PM. - pai respondeu. - resolvam tudo que precisam resolver depois do almoço. - informou.

– Certo. - todos nós respondemos.

Saímos de seu escritório. Vou atrás das meninas para pegar Eloise. Quando achei elas, peguei minha princesa levando-a para seu quarto e dou lhe de mama, já que quando estiver fora, ela terá que tomar leite na mamadeira, todas as manhãs e as noites que estiver fora.

Enquanto isso aproveitei para mandar uma mensagem para o Alfa Bianchi e informar o que está acontecendo.

 

[Explicarei melhor quem é o senhor Bianchi]

 

_ On Flashback _

Fevereiro, 2003

Quando fiz dezoito anos, decidi fazer viagens pelo mundo, por uns cinco anos. Em uma das minhas viagens fui para Itália, para entender quem é o senhor Bianchi tenho que voltar um pouquinho.

Em uma cidade próxima a Volterra, esbarrei em uma mulher de aproximadamente trinta anos. Essa mulher se chama Mamma, na realidade o nome dela não é esse, mas a mesma gosta de ser chamada assim. Ela é uma feiticeira talentosa, tem um filho chamado Richard que é dois anos mais novo que eu.

 Ela segurou meu braço e me disse: Te encontrei, Molly Fairchild. No começo fiquei assustada por ela saber meu nome. Ela me convidou para tomar um chá para podermos conversar melhor, a mesma me contou que é uma feiticeira que prevê o futuro e disse que me viu em uma de suas visões, ela contou que fazia parte de uma alcateia que reúne todo tipo de criatura mágica e sobrenatural, disse também que essa alcateia era escondida e que quase ninguém conhecia a sua existência. Achei estranho ela estar me contando isso, mas ela disse que tinha conversado com o líder da alcateia e garantiu que sou uma pessoa de confiança.

Pedi para ela se poderia conhecer o líder da alcateia, o que não foi-me negado. Nós duas fomos para a alcateia onde conhecia o líder de lá. O alfa se chama Giuseppe Bianchi, o mesmo é um homem alto, bonito e sério com pessoas de fora, demorou um tempo para que ele confiasse em mim, mas o entendia porque sou exatamente assim. Ele só se convenceu da minha lealdade, quando contei que sou filha de Peter Hale, que foi um grande amigo e que não falava com o mesmo fazia muitos anos. Durante o meu tempo que a minha família achava que estava viajando, passei um boa parte em sua alcateia, claro que depois voltei ao meu propósito, mas acabei me tornando parte de sua alcateia e hoje sou leal tanto a minha alcateia quanto a alcateia dos Bianchi.

Giuseppe tem quatro filhos e sua esposa Antonella está grávida de cinco meses e espera gêmeos Renzo e Milenna.

O mais velho se chama Luigi e tem 67 anos, ele é casado com Poliana Mortti de 38 anos e tem dois filhos, o Felipo de 12 anos e a Beatrice 8 anos; o segundo filhos se chama Vincenzo de 52 anos é casado com Lina Leblanc de 24 anos, eles tem uma filha chamada Inês de 5 anos; o terceiro filho se chama Giovanni de 48 anos, somos muitos amigos e foi por minha causa que conheceu sua companheira Brigitti Durantt de 39 anos, eles tem um filho que é meu afilhado e que se chama Pietro de dois anos; a primeira filha se chama Donatella de 25 anos, a mesma é casada com Martin Oliver de 28 anos e juntos eles têm dois filhos gêmeos e terão uma menina, os gêmeos se chamam George e Guido de 4 anos e sua filha se chamará Emanuelle.

Sou muito amiga de Giovanni e Donatella, assim como sou de seus dois irmãos, mas não tão próxima quanto sou de seu irmão e irmã. Além deles, sou muito amiga do Richard, o mesmo sendo dois anos mais novo que eu, algo nele me lembrava muito minha amizade com Magnus que por coincidência é uma dos amigos mais antigos da Mamma.

Na alcateia dos Bianchi, eles acolhem lobos, panteras, coiotes, raposas, entre outras criaturas que se transformam em algum animal e são perseguidas por humanos ou por vampiros. Nessa alcateia ninguém é discriminado.

_ Off Flashback _

 

Depois de contactar Giuseppe. Fiquei olhando minha pequena mamar até que Liam veio me chamar para almoçar, mas como minha pequena ainda não estava satisfeita. Desci as escadas com ela ainda em meu seio. Vou para sala de jantar e me sento ao lado do Liam, ajeito melhor Eloise em meu peito para que minha princesa fique confortável.

– Toma Molly. - Liam falou pegando meu prato e colocando o seu em minha frente, olha para ele e sorrio.

– Obrigada. - agradeci a ele por ter feito essa gentileza.

Começo a comer minha comida, como não conseguia cortar o filé de frango que está em meu prato, Liam teve que fazer isso por mim, já que minha filha não largava meu seio, até parece que sabia que ficaremos longe uma da outra, por isso não interrompi sua mamada e a deixei. Terminei de almoçar e minha filha soltou meu seio, ajeito meu sutiã e minha blusa. Coloco ela sobre meu ombro, bato em suas costas para ela possa arrotar. Depois dela ter arrotado, ela está com seus olhinhos pesados e sei que a mesma dormiria.

– Vou subir para ela dormir, já desço para ajudar com a louça. - falei me levantando com a ajuda do Liam.

– Ta filha. - mãe respondeu sorrindo para mim.

Saio da sala de jantar e subo as escadas indo para o quarto dela, olhei para minha pequena para ver se já está dormindo e a mesma ressonava tranquilamente em meus braços, beijei sua cabecinha, colocando-a em seu berço, cubro seu corpinho com seu cobertor fino para que não sinta frio. Sai de seu quarto e desço as escadas indo para a sala ajudar a tirar as coisas da mesa e lavar a louça.

 

_ Quebra de Tempo _

 

Quando terminei de lavar a louça, decidi ir ao quarto de Eloise ficar com ela até o horário que viajarei. Uma hora depois, ela acordou chorando, vou até o berço e pego-a no colo para fazê-la parar de chorar, me sento na poltrona e ofereço meu seio, a mesma abocanha e começa a sugar desesperadamente.

– Calmo, Eloise. - disse olhando em seu olhos que não desviava por nenhum segundo dos meus. - o leite não vai fugir. - falei sorrindo e acariciando seus cabelos. - pelo visto você sente que a mamãe terá que sair, né? - questionei.

Minha pequena resmungou. Beijo o topo de sua cabeça.

– Não se preocupe, a mamãe vai voltar para você. - disse calmamente. - a vovó cuidará de você. Volto em apenas três dias. - sussurrei.

Vejo uma lágrima escorrer em seu rostinho, passo meu polegar onde a lágrima escorria. Enquanto ela mama em meu peito, fiquei conversando com ela.

 

3 PM

Liam veio me chamar para irmos, mas como viu que estava dando mama para Eloise, saiu mas antes disse que avisaria ao papai que demoraria um pouco. Uns quinze minutos, minha pequenina dorme outra vez, beijo sua testa me levantando da poltrona com cuidado para não acordá-la, coloco-a em seu berço. Suspiro dando mais uma última olhada na minha pequenina. 

Sai porta afora e desço as escadas, indo para o lado de fora onde todos estavam me esperando.

– Desculpa pela demora. - falei para eles.

– Sem problemas, querida. - pai falou sorrindo para mim.

– A Eloise dormiu outra vez, possivelmente vai dormir por mais uma hora, ou duas. - disse olhando para minha mãe.

– Tudo bem. - mãe respondeu. - não se preocupe, ela está em boas mãos. - disse.

– Sei que ela estará. - falei a abraçando e beijou sua bochecha. - vamos? - perguntei olhando para os outros.

Todos se transformam em lobos indo na direção da floresta.  

 

[ ... ]

 

7:07 PM

Estamos na floresta faz quatro horas, já deveria ser mais de 7 PM já que estava escurecendo. Faltava mais alguns quilômetros até chegarmos na Alcateia das Sete Pedras.

 

7:37 PM

Meia hora depois, chegamos na entrada da Alcateia das Sete Pedras, onde dois lobos na sua forma humana se encontravam. Nós nos aproximamos devagar para indicar que não atacaremos. Os dois vigias ao perceberem nossa presença, já trataram de ficar na posição de ataque.

“ – Não se preocupem. - pai falou na mente dos dois. - sou Peter Hale, o líder de vocês me pediu para ajudá-lo.” - disse.

Ao dizer isso, os dois homens desfazem a postura de ataque. O que parece ser mais novo tem cabelo preto como carvão, seus olhos são da mesma cor que o cabelo, ele se transforma em um lobo e sua pelagem é marrom bem escura quase preto, o mesmo nós levaria para a alcateia. Já o outro homem ficou para vigiar a entrada. Seguimos o lobo pela floresta por um tempo, até chegarmos em uma clareira enorme, onde há casas simples de madeira construídas, nos aproximamos lentamente para não assustar os outros membros da alcateia.

Uma das casas é um pouco maior que as outras, da casa sai um homem alto de cabelos escuros, pele morena, seus olhos são de um verde intenso, ele está usando apenas um shorts preto, em seu abdômen há varia tatuagens, assim, como um colar com um pedra verde. Logo atrás do homem, sai uma mulher um pouco mais baixa que ele, seus cabelos são longos e brancos, seus olhos são de um azul intenso e bonitos, suas feições são lindas, a mesma está com um bebê nos braços, deve ter uns cinco a seis meses.

- Quem bom que atendeu ao pedido de ajuda, senhor Hale. - o homem se pronunciou.

Papai volta a sua forma humana.

- Nunca viraria as costas para um filho de Lupita. - pai respondeu e  estendeu sua mão para o homem.

- Agradeço por isso. - o homem falou sorrindo, estendendo a sua e apertando a mão de meu pai.

- Esses são meus filhos Molly, Troy, Liam e Malia. - pai nos apresentou, apontando para cada um de nós. - aqueles dois são Jace e Clary membros da minha alcateia. - disse.

- Muito prazer em conhecê-los, me chamo Lorenzo Greenwich. - ele se apresentou. - essa é minha esposa e companheira Loren Brown Greenwich... - apresentou a esposa que sorriu para nós. - essa em seu colo é nossa filha Poppy Brown Greenwich. - disse.

Todos nós voltamos à nossa forma humana para facilitar nossa comunicação.

- Muito prazer em conhecê-lo. - sou a primeira a dizer. - sou a Molly. - me identifiquei.

- Você deve ser a primogênita desse lobo velho, o prazer é todo meu. - Lorenzo disse, apenas assenti com a cabeça.

- Enzo, vamos ao que interação. - pai chamou a atenção do mesmo. - não podemos ficar aqui por muito tempo. - murmurou.

- Claro, venha comigo. - Lorenzo falou.

Antes de seguir adiante, ele beija o topo da cabeça da mulher e da garotinha. Senti a alma e o amor que ele sente por elas.

Seguimos Lorenzo que se afastou das casas indo entre as árvores, lá havia um caminho que nos levou até outra duas casas.

- Sempre que um membro da nossa alcateia morre, deixamos o corpo com nosso especialista. - Lorenzo explica quebrando o silêncio.

- Não precisa se explicar Enzo. - pai fala sorrindo para o homem. - temos quase o mesmo pensamentos. - diz.

Lorenzo apenas assentiu com a cabeça.

- Molly... Troy vocês venham comigo. - pai falou olhando para nós dois. - vocês fiquem, pois não caberemos todos dentro da casa. - diz.

- Tudo bem. - todos respondemos.

Eu apenas assenti com a cabeça. Troy e eu seguimos os dois alfas, enquanto os outros ficavam do lado de fora.

- Jones! - Lorenzo gritou.

Um homem magro e mais baixo que meu pai apareceu, o mesmo tem cabelos castanhos escuros, olhos castanhos e usa óculos. O senhor Jones, está com um avental cheio de sangue, ele nos olha e logo arregala os olhos.

- Meu deus. - ele falou saindo do transe. - Enzo... se tivesse me avisado que estava trazendo visitas, teria me limpado. - o homem resmungou.

- Não se preocupe, senhor Jones. - pai falou para o mesmo. - sou Peter Hale. - se apresentou. - vim ajudar com as mortes e encontrar o membro da alcateia que está desaparecido. - diz.

- Apertaria sua mão se as mesmas estivessem limpas. - senhor Jones murmurou. - pode me chamar Alan. - disse. 

Seu olhar vai para Troy e eu, antes que o mesmo falasse.

- Sou Molly. - me apresentei. - esse é um dos meus irmãos, Troy. - falei colocando uma das minhas mãos no ombro do meu irmão.

- Prazer em conhecê-los. - Alan falou sorrindo.

- Jones, onde estão os corpos? - Lorenzo perguntou.

- Estava analisando os corpos quando vocês chegaram. - Alan falou.

- Posso dar uma olhada? - perguntei, fazendo o mesmo olhar para mim.

- Ah... - o mesmo não tinha certeza se deveria concordar, ou discordar.

- A senhorita entende de cadáver? - Lorenzo perguntou.

- Um pouco. - respondi. - de vez em quando ajudo meu tio Josh na funerária, principalmente quando acontece um morte sobrenatural. - falei como se não fosse nada de mais.

- Não se preocupe Enzo. - pai interveio sorrindo de lado. - minha garotinha sabe o que está fazendo. - diz.

- Espero que esteja falando a verdade, Peter. - Lorenzo murmurou desconfiado.

Não gostei do seu tom, pelo visto Lorenzo não gostava que as mulheres tomassem a frente das decisões, mas posso está errada dessa análise minha.

- Se é assim, não vejo problema nenhum da senhorita olhar os corpos. - Alan falou. - poderiam me acompanhar. - o mesmo disse, apenas assenti com a cabeça.

Todos nós fomos para um sala que ao adentrar na mesma, notei que se tratava de um necrotério, vejo uma caixa com luvas de látex, puxo duas luvas e vesti as mesmas.

- Você achou alguma coisa anormal nos corpos? Ou alguma anomalia? - perguntei para Alan.

- Não. - o mesmo respondi. - apenas a forma que eles foram dilacerados, não é comum para os Lobisomens Puro Sangue Sombrios. - comentei.

- Realmente. - respondi analisando um dos corpos.

- Você já viu algo parecido? - Alan perguntou.

- Mais ou menos. - respondi, olhando para o braço do cadáver que tem uma enorme mordida.

- Então você sabe o porquê deles terem atacado? - Lorenzo questionou-me raivoso comigo.

Olhei para o mesmo

- Não. - disse e antes que ele falasse algo. - quis dizer que já vi um corpo dilacerado assim, mas nunca vi um que tenha sido um Lobisomem Puro Sangue Sombrio. - expliquei.

- E onde você viu uma coisa assim? - Alan perguntou me olhando.

- Não vem ao caso. - respondi.

Não podia contar a eles que foi na Alcateia dos Bianchi, pois não confio neles e não poderia dizer, sinto o olhar do meu pai e Troy sem compreender o que aquilo significava.

- Como assim, não vem ao caso! - Lorenzo elevou seu tom de voz. - dois dos meus lobos estão mortos e um deles está desaparecido! - esbravejou. - exijo que me diga, agora! - diz vindo em minha direção, mas é impedido pelo meu pai e meu irmão.

- Lorenzo, se acalme. - pai pediu olhando feio para o mesmo. - se encostar em minha filha, terei que deixar nossa amizade de lado. - advertiu.

- Está tudo bem, pai. - falei o tranquilizando. - para seu governo, minha vida pessoal não é de sua conta. - digo o olhando a altura. - além do mais, o assunto não tem nada haver com os Puro Sangue. - murmurei.

Voltei a olhar o corpo à minha frente.

- Posso te garantir, o que minha filha está dizendo é verdade. - pai falou me defendendo e olhando para Lorenzo.

Apenas de o papai não saber do que estava falando, ele sabia que poderia confiar em mim.

- Ah... - falei de repente, fazendo os três me olharam. - acho que sei como podemos encontrar o lobisomem.- digo sorrindo travessa e animada.

- Você não vai fazer o que acho que vai fazer, não é? - Troy perguntou em um lamento e fechando os olhos.

Meu irmão viu o que eu achei.

- Talvez. - respondi indo lavar o que encontrei.

- O que você encontrou que não viu? - Alan perguntou chocado.

- Um dente. - respondi. - posso rastrear o dente até seu dono. - falei animada.

- Isso é impossível. - Lorenzo diz incrédulo.

- Nada é impossível para minha filha. - pai falou orgulhoso.

Me virei para olhá-lo.

- Também não precisa exagerar. - falei revirando os olhos. - vamos. - falei tirando as luvas de látex e saindo da sala indo para a porta.

Sai de casa dando de cara com o pessoal.

- Tenho uma pista. - falei olhando para todos.

- E o que seria? - Jace perguntou. 

Antes que pudesse responder.

- Você precisa da minha autorização para fazer qualquer coisa. - Lorenzo falou saindo da casa e me olhando feio.

- Como é que é!? - falei já irritada com o mesmo.

- Ixi! Fudeu! - escutei Jace sussurrar para Clary.

- Disse que a senhorita não pode passar por cima de mim. -Lorenzo falou me olhando intensamente. 

Acho que teria medo do seu poder de alfa.

- Em primeiro lugar, baixe esse seu tom para falar comigo. Até porque foi você que chamou minha alcateia para te ajudar. - esbravejei. - além do mais, essa sua pose de macho alfa não funciona comigo, sou muito bem vacinada. - digo olhando com meus olhos branco, fazendo com que o mesmo desse um passo para trás. - em segundo lugar, você quer encontrar seu lobo que foi levado pelo de Puto Sangue Sombrio... - tomei fôlego para continuar falando. - então, o senhor precisará das minhas habilidades, pois até onde sei você não tem nenhum lobo que consiga rastrear o dono desse dente. - falei mostrando o dente que está na palma da minha mão.

Lorenzo não se mexia, assim como minha família, pois sabem que se falassem algo naquele momento, também escutaram por estar irritada. Me acalmo respirando fundo e me concentro em rastrear o dono do dente que ficou no braço do cadáver. Não demorou nem cinco minutos e já consegui localizar o lobisomem, mas fico séria e preocupada.

- Temos um problema. - falei saindo do transe.

- Que maravilha. - Jace resmungou fazendo careta.

- O lobisomem que perdeu o dente, está vindo para atacar a alcateia em dez minutos e com reforço. - digo olhando para papai.

- Maldição. - Lorenzo falou se transformando em lobo indo para sua vila.

Pai assente com a cabeça, todos nós nos transformamos em lobos e corremos pela floresta para ajudar a Alcateia do Lorenzo. Assim que chegamos, os Lobisomens Puro Sangue estavam atacando, não demoramos para defender e ajudar a alcateia de Lorenzo. Luto com um deles, o mesmo é bem forte, mas consigo derrubá-lo e morder seu pescoço, matando o mesmo na hora. Escuto um grito apavorado, olhei para longe e vejo a mulher de Lorenzo junto com a filha nos braços, ela está apavorada e protege a garotinha que está em seu colo. Corri o mais rápido em sua direção, como eles estão de lado, atacou o lobisomem que avançava nelas, derrubou o mesmo e mordeu a jugular, matando-o imediatamente. Viro-me para olhá-la que está me olhando assustada.

“ - Vocês estão bem? - perguntei em sua mente, a mesma olha para a filha em seus braços.”

- Estamos. - Loren respondeu com a voz trêmula.

_ Rrrrrrrrrrrrrrrrr! - escutei um rosnado atrás de mim.

- Lorenzo, não a machuque. - Loren pediu para o marido que parou de rosnar, mas não abaixou a guarda. - ela salvou as nossas vidas e não vai nos machucar. - diz para acalmar o marido.

Lorenzo relaxa. Me afastei devagar para dar passagem ao mesmo que vai até a esposa e filha. Loren abraça o marido com cuidado para não machucar a filha, ele lambe a bochecha de ambas indicando alivio delas estarem bem. Um uivo é ouvido, informando que os Puro Sangue estavam mortos. Uivo, assim, que ouço minha família uivar. voltei a minha forma humana.

- Agradeço por ter defendido minha esposa e minha filha. - Lorenzo agradeceu. - me perdoe por ter rosnado. - pediu também.

- Sem problema. - respondi sorrindo, mas logo desfez o sorriso. - sinto muito, mas o seu lobo desaparecido está morto, consegui captar pela mente o dono do dente que ele infelizmente está morto. - digo com um pesar na voz.

Lorenzo suspirou, assim, como sua esposa.

- Agradeço, mais uma vez, pela sua ajuda. - Lorenzo agradeceu. - peço perdão mais uma vez, pelo meu comportamento. - pediu.

- Magina e não se preocupe. - falei sorrindo.

- Lorenzo. - pai chamou-o se aproximando. - filha, você está bem? - o mesmo perguntou olhando-me preocupado.

- Vaso ruim não quebra, pai. - respondi sorrindo travessa.

 Ele revira os olhos.

- Engraçadinha. - pai murmurou e suspirou. - acho que vocês deveriam ir para um outro lugar, Enzo. - diz olhando para o mesmo.

- Teremos que ir. - Lorenzo respondeu. - já tenho até um lugar em mente. - disse. - mas faremos isso amanhã bem cedo. - falou.

- Se é assim. - pai falou. - ajudaremos com a mudança. - diz.

- Agradeço. - Lorenzo respondeu.

 

5 Maio, 2023 - 5:48 AM [Quinta-feira]

No dia seguinte, minha família ajudou a Alcateia das Sete Pedras a se mudarem para um novo território. Graças a deusa Lupita não tivemos nenhuma baixa. 

Durante o percurso, fiquei pensando do motivo dos Lobisomem Pura Sangue estarem atacando as alcateias. Entenderia se estivessem atacando os vampiros, mas Lupinos, não faz sentido. Terei que falar com a Mamma quando puder.

A viagem da mudança de local da Alcateia das Sete Pedras durou pelo menos dois dias e depois disso voltamos para casa.

 

Continua...

 


Capítulo 02

Capítulo 04


Ilustração

Look

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