Agosto 16th, Terça-feira - 11:58 PM
Acompanhei
Molly até seu carro, junto com seus gatos Tikki e Plagg. O caminho até seu
carro está sendo silencioso e não preciso ter o dom do Jasper para saber que
ela está chateada e triste com algo.
- Espere. -
pedi para Molly.
A mesma para de
andar e se vira para olhar-me, ela levanta a sobrancelha.
- Aconteceu
algo? - ela perguntou.
- Sim,
aconteceu. - respondi, a mesma me olha confusa. - você está estranha. - acusei.
- não deveria ter contado o que você é. - murmurei um pouco irritado. - você
não precisava ter nos contado o que era. - disse.
Ela suspirou.
- Decidi que
deveriam saber. - Molly respondeu, desviando seu olhar.
Seguro seu
queixo, a fazendo olhar para mim. Olhei em seus olhos verdes que sempre estão
brilhando, mas agora estão sem brilho... Sem vida...
- Mas não
deveria ter contado o que era. - falei. - ficou estranha e triste quando contou
o que é. - acusei.
Queria
perguntar o porquê, mas fiquei receosa.
- Não tem que
se preocupar. - Molly falou. - e nada mais justo em contar o que sou, já que
sei o que vocês são. - disse.
- Não. Não acho
que foi justo. - falei discordando de seu argumento. - você ficou diferente,
quando contava que é uma caçadora e uma loba. - disse. - o brilho do seu olhar
apagou. - sussurrei
Molly dá de
ombros.
- Isso não
importa mais. Não tem que se preocupar comigo. - Molly falou teimando.
Ela se afasta
de mim.
- Não precisa
ir até o carro comigo, sei o ca...
Não a deixou
terminar de falar, puxei Molly pela cintura e capturei seus lábios, em um beijo
calmo, necessitado. Seus lábios são macios e quentes. Ela demorou um tempo para
corresponder ao beijo, mas logo dela entendeu o que estava acontecendo, pediu
passagem com a língua e ela cedeu imediatamente. Nós nos separamos por ela
estar ficando sem ar. Segundos passaram-se e quando percebi que tinha a beijado
sem seu consentimento.
- Sinto muito.
- pedi. - eu não...
Molly não me
deixa terminar de dizer, ela me interrompe.
- Não se
preocupe. - a mesma falou com a respiração ofegante.
O tom de sua
voz foi melancólico, vejo em seus olhos verdes mágoa e brilharem.
- Tenho que ir.
- Molly falou em um sussurro.
Molly
se afastou de mim e pegou seus gatos no colo.Ela virou as costas indo em
direção ao seu carro.
Ela
vai em direção ao seu carro, me chutei mentalmente, pois sabia que havia
magoado-a de algum modo, suspiro e volta para onde minha família está.
Pov. Molly
11:48 PM
Acabei tendo
que contar para os Cullen e a alcatéia de Jacob que sou uma caçadora das
sombras e consequentemente que sou uma loba. No processo acabei descobrindo
quem é o companheiro da minha irmã Sol.
Para dar uma
desculpa, disse que estava tarde e que precisava ir para casa, mesmo que meus
pais não estejam em casa, queria ficar sozinha, não suportaria o olhar de
Jonathan. E para meu desespero, o mesmo se ofereceu para ir comigo até o meu
carro. Peguei Tikki no colo para irmos para casa, Plagg me segue indo para meu
encalço. Fomos na direção do meu carro até que Jonathan me parou e começou a
dizer que estava estranho e que não deveria ter contado o que sou, o mesmo faz
vários questionamentos, até que...
Jonathan me
puxou pela cintura e colou seus lábios sobre os meus para um beijo calmo. Em um
primeiro momento, fiquei em choque e sem reação. Os seus lábios são gélidos e
macios, quando saio do transe movimento meus lábios. Jonathan pediu passagem
com a língua e concedo, o beijo é calmo e delicado. Estou quase sem ar, ele se
separa para que possa respirar. Ele parece perceber algo e me pede desculpa.
Isso despedaça meu coração, sinto vontade de chorar, mas me contenho e engulo o
choro. Saio de seus braços, pegando meus gatos e indo em direção ao meu carro,
dando as costas para Jonathan.
Entrei em meu
carro colocando Tikki e Plagg no assento do passageiro. Não consigo segurar as
lágrimas que começaram a descer pelo meu rosto sem meu consentimento. Respiro
fundo para me acalmar, liguei o carro e o motor rugiu furioso. Saio de La Push
o mais rápido possível indo para casa. O silêncio que se fez no carro é
incômodo, mas não queria falar nada, Tikki e Plagg estão quietos.
12:38 AM
Quando
chegamos, abri a porta e peguei Tikki no colo para depois colocá-la no chão, Plagg
desceu do carro sozinho. Entrei dentro de casa e fui para a escada, mas parou
no segundo degrau e suspirou.
- Não posso ir
para o colégio amanhã. - falei melancólica.
- Miaw. - Tikki
miou.
Olhei para a
mesma.
- Não quero
conversar agora. - murmuro. - acho que vou fazer as roupas para a cerimônia do
Simon. - disse para mim mesma.
Desço os poucos
degraus que subi e vou para a cozinha fazer uma jarra de café bem forte.
_ Quebra de Tempo _
12:57 AM
Quando o café
ficou pronto, peguei a jarra e subi as escadas indo para meu ateliê. Troquei de
roupa e não deixo nenhum dos meus gatos entrar. Escuto os seus miados, mas
ignoro os mesmos. Começo a desenhar alguns croquis de look’s que estou
trabalhando, faço e refaço diversas vezes os desenhos, mas nada me agrada até
que em algum momento cheguei a algumas opções.
Decidi começar
a costurar as peças de roupas.
Pov. Jonathan
11:58 PM
Quando Molly
deu as costas para mim, percebi que cometi uma besteira enorme.
- Não deveria
ter lhe beijado sem seu consentimento. - falei para mim mesmo e suspirei
derrotado.
Isso me
despertou, tenho certeza que a chateei. Decidi voltar para a praia onde minha
família está. Tento controlar minhas emoções para que o tio Jasper não as
perceba. Quando cheguei à praia, me aproximo onde minha família está sentada.
- Aconteceu
alguma coisa? - tia Alice perguntou com o cenho franzido.
- Não. -
respondi. - porque a pergunta? - perguntei nervoso.
- Você parece
estranho. - tia Alice comentou.
- Não aconteceu
nada. - falei. - estou normal. - disse dando de ombros.
O silêncio
reina entre nós.
- Já que nenhum
de vocês vai tocar no assunto... - Edmund começou.
Imagino o que o
mesmo falaria.
- O que faremos
com relação ao que aquela garota disse? - Edmund perguntou.
- ‘AQUELA
GAROTA’ tem nome e é Molly. - falei irritado com o mesmo.
- Tanto faz. -
Edmund falou sem se importar.
Me segura para
não avançar em sua direção.
- Ela é uma
loba... Mas também é uma caçadora de demônios. - Edmund falou com se ela fosse
nos matar. - não podemos confiar nela. - diz.
- Chega disso,
Edmund! - Jacob gritou sem paciência com o mesmo. - ela salvou a vida da Nessie
e de todos nós. Ela poderia ter ficado parada sem fazer nada, poderia só ter
ficado olhando, mas ela não fez isso. - esbravejou. - em vez disso, ela
enfrentou aquele demônio e arriscou a vida dela para salvar a nossa. - diz
irritado.
- Claro Jacob.
É o dever de ela matar aquele demônio e dar a vida para salvar qualquer um. -
Edmundo falou a mesma coisa que ela disse. - e ela pode ter mentido para nós
e... - começou.
- Não... -
esbravejei. - ela não mentiu. - disse defendo Molly. - ela nunca falou o que
era, não tem como ter mentido sobre o que é. - murmurei. - você viu o que ela
fez com aquele demônio. - falei.
- Ela sabia o
que somos. Ela se aproveitou de nós e tornou-se nossa amiguinha, apenas nos
contou o que é porque não teve opção. - Edmund tenta argumentar com nós. - ela
é perigosa, não devemos confiar nela. - diz.
- Você está
errado, Edmund. - tia Rosalie falou deixando todos surpresos. - ela é
inofensiva e tenho certeza que não nos machucaria. - diz. - apesar dela não ter
nos contado sua verdadeira natureza, ela deveria ter tido suas razões. -
defendeu Molly.
- Nossa. Você
nunca falou de uma pessoa dessa forma, Rose. - tia Alice comentou, olhando para
a tia Rosalie.
- Só estou
dizendo a verdade. - tia Rosalie falou dando de ombros.
- Concordo com
a Rose. - vó falou. - minha confiança em relação a Molly e sua família, não
mudaram. - deixou claro. - ela é uma menina doce, gentil e muito carinhosa. -
diz.
- E tem mais...
- vô começa. - não podemos esquecer que o pai dela é xerife de Forks, não
devemos arrumar briga com ele. - argumentou para assustar Edmund, porque
sabíamos que o pai dela, nunca nos prejudicaria.
- Vocês são uns
tolos! - Edmund esbravejou. - vocês dois viram a forma deles, sabem que são maiores
que nós... - diz olhando para Seth e Leah.
Seth rosnou.
- Pare com
isso, Edmund. - Seth mandou. - eles não são perigosos. - diz. - quando
encontrá-los na floresta, não sentimos que eles seriam uma ameaça. - falou.
- Sua opinião
não conta. - Edmund falou. - já que sofreu seu Imprinting com um daquele...
- Sugiro que
não termine essa frase. - Seth mandou furioso.
O mesmo começou
a tremer de raiva e apenas se acalmou com a ajuda do tio Jasper.
- Eles não
devem ter falado nada, por conta dos irmãos mais novos. - tia Alice falou
mudando de assunto e encontrando alguma justificativa. - Molly tem quatro
irmãos recém-nascidos e dois de seis a sete anos.
- Não acho que
seja por esse motivo. - falei chamando a atenção de todos para mim.
- Como assim,
filho? - pai perguntou.
Olho para
todos.
- Não sei
explicar com exatidão. - falei. - mas... Quando viemos para praia e no dia em
que ela chegou atrasada no colégio. Senti que ela se afastaria se eu tocasse no
assunto na mulher do beco. Assim, quando fomos dar uma volta, notei que ela
tinha receio de dizer o que é. - disse. - não era por não confiar em nós, mas
por...
- Medo? - mãe
perguntou completando meu raciocínio.
- Medo, não...
- falei olhando para minha mãe. - insegurança, talvez. - disse. - ela não tem a
postura de quem tem medo de algo, ela mesma disse que não sente nenhum medo. -
argumentei.
- Ela deve ter
pensado que nós a julgaríamos. - minha irmã falou.
- Frescura. -
Edmund falou. - porque a julgaríamos, se a mesma é uma loba, assim como nós. -
questionou.
- Você poderia
parar de ofendê-la. - pedi olhando bravo para ele. - você não sabe das razões
dela para julgá-la. - falei. - ela mesma disse que foi torturada pelo tio. -
disse. - e não acho que ele tenha feito isso para fazer experiência, mas sim
por ela ser uma loba.
- Será que é
isso? - vó questionou. - percebi também que ela não tinha dito a verdadeira
razão. - comentou.
- Viram, mais
uma mentira. - Edmund falou para me provocar.
Me segura para
não avançar nela.
- Como e o
porquê dela ter sido torturada, não importa no momento. - falei. - confio na
minha vida que ela não é uma ameaça. - disse.
- E como pode
ter tanta certeza assim? Se apenas a conhece há duas semanas? - Edmund
perguntou.
- Posso
conhecê-la a pouco tempo, mas sei que Molly é uma pessoa boa e não uma pessoa
má. - gritei.
Edmund sorri
maldosamente.
- Vejo que está
apaixonado por aquela loba. - o mesmo falou o que me faz rosnar pelo seu modo
de dizer isso. - e pelo visto. Não abrirá os olhos para ver que ela não é uma
pessoa confiável. - provocou.
O que me deixa
enfurecido.
- Sim... Estou
apaixonado por ela. - confessei sem vergonha nenhuma.
Todos ficam em
silêncio, provavelmente surpresos por eu estar admitindo o que sinto pela Molly.
- Pode fazer
pouco tempo que a conheço, mas aqui dentro... - ponho a mão em meu peito. -
sinto que a conheço a minha vida toda. - falei.
Edmund ri.
- Acho que está
com amnésia. - o mesmo cantarolou. - se não prestou atenção ou não se lembra.
Vou refrescar a sua memória. - disse e sorri maldoso. - Molly nunca ficará com
você, até porque, ela não teve a alma dela ligada a você... e mesmo que ela
namorasse você. Terá um dia que a mesma encontrará a alma dela e te deixaria...
Como se não fosse nada. - falou.
Suas palavras
me atingiram em cheio. O que Edmund acabou de dizer é um fato. Molly nunca me
amaria.
- JÁ CHEGA
EDMUND! - Jacob gritou furioso com o mesmo. - passou de todos os limites,
Edmundo. - esbravejou. - se ousar encostar um dedo sequer em Molly, ou em
qualquer membro de sua família, terá que lidar comigo. - disse bravo. - e não
serei piedoso. - deixou claro.
- Você não vê
Jack. Aquela mulher é um perigo para nossas terras, não podemos confiar nela. -
Edmund tenta argumentar com ele.
Antes que Jacob
falasse alguma coisa.
- Já chega
Edmund! - Emmi gritou olhando brava para o irmão. - vamos para casa. Você
passou de todos os limites hoje. - esbravejou.
O mesmo
protestaria, mas Emmi pegou em seu braço e começou a arrastar o irmão para
longe de nós. Os filhos de Sam e de Paul se despediram de nós, assim como Quil,
Claire, Embry e Mary.
Suspiro pesado.
“ - Preciso
ficar um pouco sozinho. - murmurei comigo mesmo.”
Então decidi me
afastar da minha família. Sabia que meu pai tinha lido meus pensamentos. Então
não disse nada, apenas fui para a floresta e comecei a correr mais rápido que
conseguia. Irei para o único lugar que sabia que terei um pouco de paz.
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