E.A.: Capítulo 24 Primeiro Beijo

Pov. Jonathan

 

Agosto 16th, Terça-feira - 11:58 PM

Acompanhei Molly até seu carro, junto com seus gatos Tikki e Plagg. O caminho até seu carro está sendo silencioso e não preciso ter o dom do Jasper para saber que ela está chateada e triste com algo.

- Espere. - pedi para Molly.

A mesma para de andar e se vira para olhar-me, ela levanta a sobrancelha.

- Aconteceu algo? - ela perguntou.

- Sim, aconteceu. - respondi, a mesma me olha confusa. - você está estranha. - acusei. - não deveria ter contado o que você é. - murmurei um pouco irritado. - você não precisava ter nos contado o que era. - disse.

Ela suspirou.

- Decidi que deveriam saber. - Molly respondeu, desviando seu olhar.

Seguro seu queixo, a fazendo olhar para mim. Olhei em seus olhos verdes que sempre estão brilhando, mas agora estão sem brilho... Sem vida...

- Mas não deveria ter contado o que era. - falei. - ficou estranha e triste quando contou o que é. - acusei.

Queria perguntar o porquê, mas fiquei receosa.

- Não tem que se preocupar. - Molly falou. - e nada mais justo em contar o que sou, já que sei o que vocês são. - disse.

- Não. Não acho que foi justo. - falei discordando de seu argumento. - você ficou diferente, quando contava que é uma caçadora e uma loba. - disse. - o brilho do seu olhar apagou. - sussurrei

Molly dá de ombros.

- Isso não importa mais. Não tem que se preocupar comigo. - Molly falou teimando.

Ela se afasta de mim.

- Não precisa ir até o carro comigo, sei o ca...

Não a deixou terminar de falar, puxei Molly pela cintura e capturei seus lábios, em um beijo calmo, necessitado. Seus lábios são macios e quentes. Ela demorou um tempo para corresponder ao beijo, mas logo dela entendeu o que estava acontecendo, pediu passagem com a língua e ela cedeu imediatamente. Nós nos separamos por ela estar ficando sem ar. Segundos passaram-se e quando percebi que tinha a beijado sem seu consentimento.

- Sinto muito. - pedi. - eu não...

Molly não me deixa terminar de dizer, ela me interrompe.

- Não se preocupe. - a mesma falou com a respiração ofegante.

O tom de sua voz foi melancólico, vejo em seus olhos verdes mágoa e brilharem.

- Tenho que ir. - Molly falou em um sussurro.

Molly se afastou de mim e pegou seus gatos no colo.Ela virou as costas indo em direção ao seu carro.

Ela vai em direção ao seu carro, me chutei mentalmente, pois sabia que havia magoado-a de algum modo, suspiro e volta para onde minha família está.

 

Pov. Molly

 

                  11:48 PM

Acabei tendo que contar para os Cullen e a alcatéia de Jacob que sou uma caçadora das sombras e consequentemente que sou uma loba. No processo acabei descobrindo quem é o companheiro da minha irmã Sol.

Para dar uma desculpa, disse que estava tarde e que precisava ir para casa, mesmo que meus pais não estejam em casa, queria ficar sozinha, não suportaria o olhar de Jonathan. E para meu desespero, o mesmo se ofereceu para ir comigo até o meu carro. Peguei Tikki no colo para irmos para casa, Plagg me segue indo para meu encalço. Fomos na direção do meu carro até que Jonathan me parou e começou a dizer que estava estranho e que não deveria ter contado o que sou, o mesmo faz vários questionamentos, até que...

Jonathan me puxou pela cintura e colou seus lábios sobre os meus para um beijo calmo. Em um primeiro momento, fiquei em choque e sem reação. Os seus lábios são gélidos e macios, quando saio do transe movimento meus lábios. Jonathan pediu passagem com a língua e concedo, o beijo é calmo e delicado. Estou quase sem ar, ele se separa para que possa respirar. Ele parece perceber algo e me pede desculpa. Isso despedaça meu coração, sinto vontade de chorar, mas me contenho e engulo o choro. Saio de seus braços, pegando meus gatos e indo em direção ao meu carro, dando as costas para Jonathan.

Entrei em meu carro colocando Tikki e Plagg no assento do passageiro. Não consigo segurar as lágrimas que começaram a descer pelo meu rosto sem meu consentimento. Respiro fundo para me acalmar, liguei o carro e o motor rugiu furioso. Saio de La Push o mais rápido possível indo para casa. O silêncio que se fez no carro é incômodo, mas não queria falar nada, Tikki e Plagg estão quietos.

 

12:38 AM

Quando chegamos, abri a porta e peguei Tikki no colo para depois colocá-la no chão, Plagg desceu do carro sozinho. Entrei dentro de casa e fui para a escada, mas parou no segundo degrau e suspirou.

- Não posso ir para o colégio amanhã. - falei melancólica.

- Miaw. - Tikki miou.

Olhei para a mesma.

- Não quero conversar agora. - murmuro. - acho que vou fazer as roupas para a cerimônia do Simon. - disse para mim mesma.

Desço os poucos degraus que subi e vou para a cozinha fazer uma jarra de café bem forte.

 

_ Quebra de Tempo _

 

12:57 AM

Quando o café ficou pronto, peguei a jarra e subi as escadas indo para meu ateliê. Troquei de roupa e não deixo nenhum dos meus gatos entrar. Escuto os seus miados, mas ignoro os mesmos. Começo a desenhar alguns croquis de look’s que estou trabalhando, faço e refaço diversas vezes os desenhos, mas nada me agrada até que em algum momento cheguei a algumas opções.

Decidi começar a costurar as peças de roupas.

 

Pov. Jonathan

 

                  11:58 PM

Quando Molly deu as costas para mim, percebi que cometi uma besteira enorme.

- Não deveria ter lhe beijado sem seu consentimento. - falei para mim mesmo e suspirei derrotado.

Isso me despertou, tenho certeza que a chateei. Decidi voltar para a praia onde minha família está. Tento controlar minhas emoções para que o tio Jasper não as perceba. Quando cheguei à praia, me aproximo onde minha família está sentada.

- Aconteceu alguma coisa? - tia Alice perguntou com o cenho franzido.

- Não. - respondi. - porque a pergunta? - perguntei nervoso.

- Você parece estranho. - tia Alice comentou.

- Não aconteceu nada. - falei. - estou normal. - disse dando de ombros.

O silêncio reina entre nós.

- Já que nenhum de vocês vai tocar no assunto... - Edmund começou.

Imagino o que o mesmo falaria.

- O que faremos com relação ao que aquela garota disse? - Edmund perguntou.

- ‘AQUELA GAROTA’ tem nome e é Molly. - falei irritado com o mesmo.

- Tanto faz. - Edmund falou sem se importar.

Me segura para não avançar em sua direção.

- Ela é uma loba... Mas também é uma caçadora de demônios. - Edmund falou com se ela fosse nos matar. - não podemos confiar nela. - diz.

- Chega disso, Edmund! - Jacob gritou sem paciência com o mesmo. - ela salvou a vida da Nessie e de todos nós. Ela poderia ter ficado parada sem fazer nada, poderia só ter ficado olhando, mas ela não fez isso. - esbravejou. - em vez disso, ela enfrentou aquele demônio e arriscou a vida dela para salvar a nossa. - diz irritado.

- Claro Jacob. É o dever de ela matar aquele demônio e dar a vida para salvar qualquer um. - Edmundo falou a mesma coisa que ela disse. - e ela pode ter mentido para nós e... - começou.

- Não... - esbravejei. - ela não mentiu. - disse defendo Molly. - ela nunca falou o que era, não tem como ter mentido sobre o que é. - murmurei. - você viu o que ela fez com aquele demônio. - falei.

- Ela sabia o que somos. Ela se aproveitou de nós e tornou-se nossa amiguinha, apenas nos contou o que é porque não teve opção. - Edmund tenta argumentar com nós. - ela é perigosa, não devemos confiar nela. - diz.

- Você está errado, Edmund. - tia Rosalie falou deixando todos surpresos. - ela é inofensiva e tenho certeza que não nos machucaria. - diz. - apesar dela não ter nos contado sua verdadeira natureza, ela deveria ter tido suas razões. - defendeu Molly.

- Nossa. Você nunca falou de uma pessoa dessa forma, Rose. - tia Alice comentou, olhando para a tia Rosalie.

- Só estou dizendo a verdade. - tia Rosalie falou dando de ombros.

- Concordo com a Rose. - vó falou. - minha confiança em relação a Molly e sua família, não mudaram. - deixou claro. - ela é uma menina doce, gentil e muito carinhosa. - diz.

- E tem mais... - vô começa. - não podemos esquecer que o pai dela é xerife de Forks, não devemos arrumar briga com ele. - argumentou para assustar Edmund, porque sabíamos que o pai dela, nunca nos prejudicaria.

- Vocês são uns tolos! - Edmund esbravejou. - vocês dois viram a forma deles, sabem que são maiores que nós... - diz olhando para Seth e Leah.

Seth rosnou.

- Pare com isso, Edmund. - Seth mandou. - eles não são perigosos. - diz. - quando encontrá-los na floresta, não sentimos que eles seriam uma ameaça. - falou.

- Sua opinião não conta. - Edmund falou. - já que sofreu seu Imprinting com um daquele...

- Sugiro que não termine essa frase. - Seth mandou furioso.

O mesmo começou a tremer de raiva e apenas se acalmou com a ajuda do tio Jasper.

- Eles não devem ter falado nada, por conta dos irmãos mais novos. - tia Alice falou mudando de assunto e encontrando alguma justificativa. - Molly tem quatro irmãos recém-nascidos e dois de seis a sete anos.

- Não acho que seja por esse motivo. - falei chamando a atenção de todos para mim.

- Como assim, filho? - pai perguntou.

Olho para todos.

- Não sei explicar com exatidão. - falei. - mas... Quando viemos para praia e no dia em que ela chegou atrasada no colégio. Senti que ela se afastaria se eu tocasse no assunto na mulher do beco. Assim, quando fomos dar uma volta, notei que ela tinha receio de dizer o que é. - disse. - não era por não confiar em nós, mas por...

- Medo? - mãe perguntou completando meu raciocínio.

- Medo, não... - falei olhando para minha mãe. - insegurança, talvez. - disse. - ela não tem a postura de quem tem medo de algo, ela mesma disse que não sente nenhum medo. - argumentei.

- Ela deve ter pensado que nós a julgaríamos. - minha irmã falou.

- Frescura. - Edmund falou. - porque a julgaríamos, se a mesma é uma loba, assim como nós. - questionou.

- Você poderia parar de ofendê-la. - pedi olhando bravo para ele. - você não sabe das razões dela para julgá-la. - falei. - ela mesma disse que foi torturada pelo tio. - disse. - e não acho que ele tenha feito isso para fazer experiência, mas sim por ela ser uma loba.

- Será que é isso? - vó questionou. - percebi também que ela não tinha dito a verdadeira razão. - comentou.

- Viram, mais uma mentira. - Edmund falou para me provocar.

Me segura para não avançar nela.

- Como e o porquê dela ter sido torturada, não importa no momento. - falei. - confio na minha vida que ela não é uma ameaça. - disse.

- E como pode ter tanta certeza assim? Se apenas a conhece há duas semanas? - Edmund perguntou.

- Posso conhecê-la a pouco tempo, mas sei que Molly é uma pessoa boa e não uma pessoa má. - gritei.

Edmund sorri maldosamente.

- Vejo que está apaixonado por aquela loba. - o mesmo falou o que me faz rosnar pelo seu modo de dizer isso. - e pelo visto. Não abrirá os olhos para ver que ela não é uma pessoa confiável. - provocou.

O que me deixa enfurecido.

- Sim... Estou apaixonado por ela. - confessei sem vergonha nenhuma.

Todos ficam em silêncio, provavelmente surpresos por eu estar admitindo o que sinto pela Molly.

- Pode fazer pouco tempo que a conheço, mas aqui dentro... - ponho a mão em meu peito. - sinto que a conheço a minha vida toda. - falei.

Edmund ri.

- Acho que está com amnésia. - o mesmo cantarolou. - se não prestou atenção ou não se lembra. Vou refrescar a sua memória. - disse e sorri maldoso. - Molly nunca ficará com você, até porque, ela não teve a alma dela ligada a você... e mesmo que ela namorasse você. Terá um dia que a mesma encontrará a alma dela e te deixaria... Como se não fosse nada. - falou.

Suas palavras me atingiram em cheio. O que Edmund acabou de dizer é um fato. Molly nunca me amaria.

- JÁ CHEGA EDMUND! - Jacob gritou furioso com o mesmo. - passou de todos os limites, Edmundo. - esbravejou. - se ousar encostar um dedo sequer em Molly, ou em qualquer membro de sua família, terá que lidar comigo. - disse bravo. - e não serei piedoso. - deixou claro.

- Você não vê Jack. Aquela mulher é um perigo para nossas terras, não podemos confiar nela. - Edmund tenta argumentar com ele.

Antes que Jacob falasse alguma coisa.

- Já chega Edmund! - Emmi gritou olhando brava para o irmão. - vamos para casa. Você passou de todos os limites hoje. - esbravejou.

O mesmo protestaria, mas Emmi pegou em seu braço e começou a arrastar o irmão para longe de nós. Os filhos de Sam e de Paul se despediram de nós, assim como Quil, Claire, Embry e Mary.

Suspiro pesado.

“ - Preciso ficar um pouco sozinho. - murmurei comigo mesmo.”

Então decidi me afastar da minha família. Sabia que meu pai tinha lido meus pensamentos. Então não disse nada, apenas fui para a floresta e comecei a correr mais rápido que conseguia. Irei para o único lugar que sabia que terei um pouco de paz.


Capítulo 23

Capítulo 25


Look

Ilustração

Sem comentários:

Enviar um comentário