E.A.: Capítulo 23 - Segredo Revelado

 


Pov. Molly

 

Agosto 16th, Terça-feira - 7:52 PM 

Fomos para a casa de Jacob e quando entramos na casa, tinha quatro pessoas que não reconheci os dois rapazes e as duas moças. Um dos rapazes é um pouco mais baixo que Jacob, pele morena, musculoso, cabelos curtos e um sorriso de garoto encrenqueiro. Já o outro rapaz é quase tão alto quanto Jacob, porém mais esguio, ele tem cabelos curtos. As duas garotas são muito bonitas, a que está sentada perto do garoto baixo têm cabelos escuros, olhos claros, pele morena, ela deve ter a idade da Nessie, ou quase. Já a outra garota é loira, olhos verdes e deveria ter uns vinte anos.

- Olá. - cumprimentei ao entrar.

Os quatros olharam na minha direção.

- E aí. - os garotos falaram.

- Oi. - as meninas falaram.

- Sou Quil Ateara V. - o rapaz que é mais baixo se apresentou. - essa é minha namorada Claire. - diz e beija a bochecha da mesma.

Claire sorri.

- Sou Embry Call. - o outro rapaz se apresentou. - essa é minha namorada Mary. - falou.

- Olá. - Mary murmurou.

- Muito prazer. - murmurei sorrindo. - me chamo Molly Brown. - me apresentei.

- Ah... Então você é a famosa Molly Brown. - Claire falou sorrindo. - Nessie fala muito de você. - disse.

- Famosa eu não sei, mas soube que Nessie anda falando sobre mim. - falei olhando para Nessie de rabo de olho.

- O que posso dizer. Você é cativante. - Nessie murmurou.

- É a primeira pessoa a dizer isso sobre mim. - comentei.

- É pura verdade. - Nessie falou sorrindo.

Ri. Um arrepio passou pela minha espinha, o que me fez estremecer.

- Você está bem, Molly? - Jonathan perguntou preocupado.

- Estou. Apenas senti um arrepio. - respondi com cenho franzido.

- Devem ser espíritos que abrigam essa casa. - Quil falou fazendo voz assustadora, mas como caço e mato demônio, esse tipo de coisa não me assusta. - você não está assustada? -  o mesmo perguntou me olhando estranho.

- Não. - respondi. - até porque, não sinto medo. - falei.

- Há... Duvido. - Embry falou. - você deve ter medo de algo. - disse.

- Por incrível que pareça, não tenho. - afirmei.

Antes que o mesmo falasse alguma coisa, Edward entrou na casa junto com Bella.

- E aí, gente. - o mesmo cumprimentou.

- Oie. - Bella cumprimentou alegremente.

- E aí, cara. - Quil falou acenando para Edward. - Bella... - murmurou.

- Cadê os outros. - Jacob perguntou.

- Já estão chegando. - Bella respondeu.

- O que vamos comer? - Embry perguntou.

Todos olham para ele.

- O que? Estou com fome. - Embry se justificou.

Rimos.

- Tem alguma preferência? - Jacob perguntou olhando para mim.

- Não. - respondi. - como até uma vaca. - falei em tom de brincadeira.

Eles riem.

- Que tal pizza? - Quil sugeriu.

- Topo. - respondi. - como de todos os sabores. - falei.

 

8:17 PM

Enquanto os meninos resolviam o que comeríamos Bella, Nessie, Claire, Mary e eu fomos arrumar as coisas para montar a fogueira. Nessie nos levou até a praia e enquanto arrumamos as coisas na praia, nós garotas ficamos fofocando até que Alice, Rose e Esme chegassem.

- Onde estão seus gatos? - Esme perguntou.

- Estão ali. - falei apontando para um pano que Nessie me deu para estender na areia.

Tikki e Plagg estão tirando uma soneca em cima do pano.

- Oh... Que fofos. - Alice falou olhando para os dois.

Sorri para ela.

Já eram 8:37 PM mandei mensagem para minha mãe e Troy, avisando que estava em La Push e que voltaria tarde. Mesmo que eles não estejam em casa, preferi avisar que não estou em casa, guardei meu celular em meu bolso.

- E ai, ruivinha. - Emmett falou sorrindo para mim.

Revirei os olhos por ele ter me chamado de ruivinha.

- O último cara que me chamou de ruivinha, não sobreviveu para contar história. - falei em tom de brincadeira e olhando brava para ele.

- Calma, aí. - o mesmo murmurou levantando as mãos para cima entrando na brincadeira.

Balanço a cabeça de um lado para o outro.

- Mas me contem, quando vamos começar a contar história de terror? - Emmett perguntou com a voz assustadora.

Ele esfrega as mãos umas nas outras.

- Se está tentando soar assustado. Você está falhando miseravelmente, Emm. - falei olhando para ele com um sorriso debochado.

- Molly não tem medo de nada. Essa sua vozinha, não adiantou de nada. - Embry debochou e riu.

- Ah... Duvido que você não tenha medo de nada. - Emmett falou zombando de mim.

- Não tenho medo de nada. - respondi dando de ombros.

- É impossível alguém não sentir medo. - Jasper falou.

- Eu não sinto. - respondi. - aprendi a não sentir medo, até por que... - não conclui, pois diria que caço e mato demônios.

- Por que... - Emmett instigou.

- Deixe para lá. - falei balançando a cabeça de um lado para o outro. - vamos acender a fogueira. - mudo de assunto.

Os dois se entreolham e dão de ombros. Jacob vai até os troncos de madeiras que estão empilhados, o mesmo acendeu a fogueira com ajuda de um palito. Quando Jacob acendeu a fogueira mais quatro garotas e três garotos se aproximaram de nós, eles deveriam ter entre 16 a 20 anos.

- Até que fim. - Jacob falou. - já estava ficando preocupado com vocês. - o mesmo diz para os sete.

- Calma Jacob. Estamos bem. - a garota alta, de olhos castanhos claro diz.

Sinto um olhar pesado sobre mim, quando olhei na direção da pessoa identifico que se trata do garoto mais velho dentre os sete. Olhei para o mesmo na mesma intensidade que ele está me olhando.

- Edmund dá para você parar. - a garota quase de seu tamanho e um pouco parecida com ele diz brava. - não é desse jeito que tratamos pessoas que não conhecemos. - murmurou, ela olha para mim e sorri. - prazer em conhecê-la, me chamo Emmi... - se apresentou. - e esse emburrado aqui é meu irmão Edmund. - falou.

- Emmi... - Edmund repreendeu a irmã que nem olhou para o mesmo.

- Muito prazer. - falei sorrindo. - me chamo Molly Brown. - me apresentei.

Emmi sorri para mim.

- Essa é minha irmã gêmea Julie e esse é meu outro irmão William. - Emmi apresentou seus outros dois irmãos.

- Prazer. - William murmurou sorrindo simpático.

- Prazer. - Julie diz tímida, mas sorriu para mim.

“ - Que vontade de apertar de tão fofa.- pensei comigo mesma.”

- Sou a Ellen. - a garota alta de cabelos curtos se apresentou. - esses são meus irmãos Levi e Lucy. - apresentou os dois.

- Olá. - Levi e Lucy falaram juntos.

- Muito prazer. - falei sorrindo.

- O que ela faz aqui, Jack? - Edmund perguntou não gostando muito da minha presença.

Fiquei chocada com o quanto de inimizades consegui fazer em tão pouca semana e o pior que não é nem o meu recorde.

- Edmund! - Ellen e William repreenderam o mesmo.

- O que? Ela não deveria participar da noite de fogueira. - Edmund se justificou.

- Eu a convidei. - Jacob falou em um tom bravo, sua feição é de irritação. - e espero que não seja desagradável e desrespeitoso. - diz.

Jacob olhou para mim logo em seguida.

- Não se preocupe. - falei sorrindo. - é apenas mais um que não vai com a minha cara. - disse dando de ombro.

- Quem não gosta de você? - Alice perguntou. - você é tão simpática. -diz.

- Não com todo mundo. - respondi. - apenas com quem me dou bem. - disse.

- Quantas pessoas que não gosta de você estão na sua lista? - Emmett perguntou.

- Muitas pessoas. - respondi. - a lista deve preencher dois livros de trezentas páginas e ainda faltaria. - disse.

Eles riem.

- Você é engraçada. - William murmurou.

- Convivi com o Herondale e o Bane. - falei jogando a culpa nos dois.

- Vamos começar. Estou faminto. - Embry diz.

Escutamos seu estômago roncar. Todos caem na gargalhada. Cada um pegou de uma a duas caixas de pizza, peguei uma que era de pepperoni, me sentei próxima ao Jonathan. Comecei a comer minha pizza, de vez em quando dava um pouco da massa para Tikki e Plagg.

- Eles não vão passar mal? - Jonathan perguntou.

- Não com a massa. - respondi. - sempre que como pizza dou um pouco da massa a eles. - disse.

- Entendi. - ele murmurou.

- Você veio de New York, né Molly? - Ellen perguntou.

- Sim. - respondi.

Mordo um pedaço da minha pizza.

- Como é morar lá? - Lucy perguntou curiosa. - sempre quis conhecer o Brooklyn. - disse.

Sorri.

- É muito barulhento e iluminado. Bem diferente daqui. - respondi. - às vezes sinto falta do barulho do trânsito. - murmurei. - já que morava na Upper East Side. - falei.

- Não me lembro de ter casas por ali. - Jasper falou estranhando.

- Não é uma casa e sim um colégio. - falei. - a estrutura é de uma antiga igreja. - disse.

- Então, você é católica? - Emmi perguntou.

- Não. - respondi, mordendo mais um pedaço de Pizza.

- Mas acabou de dizer que a escola onde estudou é uma igreja. - Edmund retruca.

- Apenas a estrutura. - respondi. - antigamente era uma igreja, mas nos tempos de hoje não é mais. - falei.

- Então, você estudou em um colégio interno? - Julie perguntou.

- Sim e não. - respondi. - eu podia sair quando quisesse. - falei. - só que nessa escola podia dormir ou em sua casa. - expliquei.

- Hummmm... - todos murmuram.

- Mas você não ia para casa dos seus pais? - Quil perguntou.

- No fim de anos e no meu aniversário. - respondi.

- Por quê? - Seth perguntou.

- Meus pais moravam no Canadá e eu em New York. - respondi.

- Caramba. Você morava praticamente sozinha então. - Levi falou. - que legal. - disse.

Ri.

- Não entendo a razão de morar longe dos pais. - Edmund criticou.

- Edmund. - Emmi o repreendeu.

- Não queria abandonar um amigo. - respondi. - sempre fui apegada ao Alec e depois quando Izzy e Max nasceram acabei me apegando a eles também. - falei. - nunca entendi a necessidade de ficar perto deles, mas meus pais respeitaram minhas escolhas, mesmo eu sendo muito pequena para tomar esse tipo de decisão... - disse. - e como meu pai sempre diz: VOCÊ É UM PASSARINHO QUE TEM QUE VIVER FORA DA GAIOLA, SE VIVER PRESA MORRERÁ... VOCÊ É UM ESPÍRITO LIVRE.

- Então, seus pais permitiram que fosse morar longe deles? - Claira perguntou.

- Sim. - respondi.

- E porque vieram para cá? - Ellen perguntou.

- Quase morri no ano passado. - respondi neutra. - quero dizer... Quase morremos. - me corrigi. - aí, percebi que não passava tanto tempo com minha família quanto deveria. - murmurei.

- O que aconteceu? - Embry perguntou.

- É complicado. - respondi. - mas resumindo... Meu primo era um psicopata, assim como, meu tio Valentim. - falei.

- Espera... O homem que te machucou era seu tio? - Alice perguntou chocada.

- Era. - respondi. - ambos estão mortos. - falei. - Valentim era louco, com pensamentos mais loucos ainda. Ele levou o filho para as suas loucuras. - disse. - ele matou muita gente. - disse perdida em pensamentos.

Percebo que Jasper, Edward e Carlisle estão com cenho franzidos.

- Podemos mudar de assunto? - perguntei. - não gosto de lembrar-se disso. - falei melancólica.

Todos assentiram menos Edmund que me olhava desconfiado e isso estava me irritando. O vento soprou e uma sensação de estar sendo observada me atingiu, meus instintos de loba e caçadora ficaram em alerta. Olhei para a floresta e procurei na escuridão o que poderia ser. Apesar de estarmos na praia, uma parte dela é composta de árvores e arbustos, mesmo estando escuro consigo enxergar muito bem através da escuridão.

- Está tudo bem? - Jonathan perguntou me tirando do transe.

- Achei que tivesse alguém nos observando. - respondi voltando a olhar para a fogueira.

Os Cullen olham para a floresta. Eles ficaram em alerta, mas como não tinha nada, eles voltam à atenção deles para a fogueira.

- Espero que tenha espaço no estômago de vocês, pois trouxe Marshmallows. - Esme falou.

Meus olhos chegaram a brilhar quando ela disse Marshmallows. Escuto Emmett ri.

- Acho que certa ruiva amou a notícia. - o mesmo zombou.

- Não pode me culpar. Se Esme dissesse que trouxe qualquer doce, minha reação seria a mesma. - me defendi. - amo comer doce, principalmente Marshmallows, Alcaçuz, M&M’s e Sorvete principalmente Donuts com creme e açúcar de confeiteiro em cima. - falei já com água na boca. - quanto mais doce for o doce, melhor. - murmurei.

- Você é magra de ruim, só pode. - Nessie falou em tom de brincadeira.

Ri.

- Faço muito exercício. - respondi.

- Percebi. - Ellen falou olhando para meus braços.

Não sou muito musculosa, mas dava para perceber que tenho os braços e pernas fortes.

- Era uma obrigação fazer defesa pessoal no instituto. - falei. - era uma matéria até. - disse.

- Gostei dessa escola. - William e Levi falam.

Balancei a cabeça de um lado para o outro. Esme distribuiu os Marshmallows para todo mundo. Peguei uma e espetei em uma vareta e coloquei no fogo para derreter um pouco na fogueira. Nisso, Jacob começou a contar sobre uma lenda antiga que ronda La Push, era sobre “os frios”, conheço por cima as lendas que os Quileutes contavam para aqueles que tinham o espírito Lupino em suas veias. Estou prestando bastante atenção, hora ou outra, olhava de relance para Jonathan e o mesmo parecia não prestar atenção no que Jacob está contando. O desenrolar da história, comecei a ficar desconfortável com algo, sentia que estava sendo observada e dessa vez não estava me referindo ao Jonathan. Quando Jacob termina de contar as histórias da tribo.

- Porque não conta alguma história, Molly. - Edmundo falou me olhando com um sorriso maldoso.

Me segurei para não rosnar.

- Aposto que conhece histórias interessantes. - o mesmo diz me provocando.

- Dá para você parar de provocá-la. - Ellen pediu dando uma bela tapa em seu braço, o mesmo resmungou.

- Não se preocupe Ellen. - disse sorrindo. - querem que eu conte? - perguntei, comendo meu último Marshmallows.

- Você é que sabe querida. - Esme murmurou.

- Posso contar alguma história sobrenatural. - falei pensativa.

- Ah... Pronto! - Edmundo exclama. - vai contar sobre lobisomens e vampiros. - falou.

Me segurei para não arrancar a cabeça dele, ou esbofeteá-lo.

- Pensei em contar sobre as Banshee. - falei.

Isso fez todos se interessarem.

“ - As Banshee são mulheres que possuem uma conexão com o sobrenatural, em especial a morte, pois elas podem senti-las e prevê-las... - comecei a contar. - uma Banshee pode ser conhecida como Sacerdotisa da morte ou Precursora da morte, elas gritam como um anúncio de que alguém morreu ou vá morrer... - dou uma pausa e notei que todos sem exceção estão arrepiados. - elas também podem usar o seu GRITO como uma arma… quanto mais poder uma Banshee tiver, mais ela conseguirá ver sobre eventos passados e futuros. Ela tem uma premonição, todos os sons que ela escuta e as coisas que vê, podem significar várias coisas e que são entendida pelas Banshee, às vezes as coisas que elas vêem, não chegam a se concretizar, visto que o futuro está sempre em fluxo e constantemente mudando. 

- Misericórdia. - Emmi murmurou estremecendo.

Sorri internamente.

- O grito delas indica a morte, porém, quando a morte está ligada ao mundo Sobrenatural, seu grito é maior e mais duradouro, também dependendo da intensidade da morte e meios usados. - terminei de contar sobre as Banshee.

- Nossa! Estou todo arrepiado. - Quil murmurou estremecendo.

Ri.

- Como sabe sobre essa história? - Edmund perguntou.

- Para seu governo, sei ler. - respondi com ironia. - leio muitos livros de história sobrenaturais e essa história foi de um livro que o chefe do meu cunhado tem. - disse.

- E que livro é esse? - Nessie perguntou.

- Não se dá para comprar. - respondi. - e é um bestiário. - falei.

- Bestiário? - Emmett perguntou.

- É só um nome para um livro. - falei vagamente.

- E você acredita nessas historia? Acredita em vampiros e lobisomens? Em Banshee? - Edmund perguntou.

- Para a sua informação... - parei de falar e arregalei meus olhos...

Minha pulseira começou a pulsar em vermelho vivo, meus instintos Nephilim se intensificam e quando olhei para frente, vejo um demônio enorme, o mesmo atacaria Nessie por trás, foi uma reação muito rápida. Sinto minhas Runas coçarem e queimarem em minha pele.

- Nessie, abaixe. - gritei em desespero.

Corri em sua direção o mais rápido que consigo, saltei e dou um chute no demônio fazendo o mesmo ir para longe. Sinto a magia de invisibilidade desaparecer.

- RRRRRRRRR. - o demônio rosnou bem alto e irritado por tê-lo chutado para longe de sua vítima.

- RRRRRRR. – rosnei de volta e na mesma altura.

Antes de atacá-lo, tirei duas pequenas adagas que estavam em minhas botas, rodo elas em minhas mãos.

~ Gagiel... Dumah... - sussurrei os nomes das adagas.

Vou a sua direção do demônio e começo a lutar com o maldito, mas sabia que seria difícil, pelo fato de estar com apenas duas pequenas adagas e não dava para me transformar em loba. De repente, o demônio conseguiu me segurar pela cintura, já que o mesmo possuía tentáculos.

- RRRRRRRR... - rosnei mais uma vez.

Dessa vez mostrei meus caninos de loba e meus olhos brilham em um branco esverdeado.

- Mais que inferno, minhas roupas já eram. - resmunguei em lamento.

O demônio me apertou e senti dor em minha costela.

“ - Que ótimo. Trinquei minha costela. - pensei comigo mesma.”

- MOLLY! - escutei Jonathan gritar meu nome.

Isso me faz entrar em pânico. Ele não podia me ajudar.

- Não deixem ele se aproximar. - gritei com dificuldade.

Senti que gosto do meu sangue.

- MEOWWWW! - escutei Plagg miar alto.

“ - Droga, Plagg. - resmunguei mentalmente.”

O demônio desvia sua atenção de mim e foca em Plagg, o mesmo afrouxou um pouco o seu aperto e antes que pudesse me soltar dele, o infeliz do demônio me lança para longe, mas como sou uma loba e uma Nephilim conseguiu cair em pé como uma gata. Faço uma careta ao sentir a minha costela, respiro fundo e minha fúria aumenta, quando vejo que o demônio machucaria Plagg. Pego a faca que está em minha mão e a jogo no ar, saltei e chuto a faca em direção ao demônio com muita força. Pousei graciosamente no chão.

- Ninguém mexe com meus gatos. - falei furiosa em um tom baixo.

A faca cravou uma parte central do demônio. Ele chiou e gritou, desaparecendo imediatamente para o mundo infernal e deixando o cheiro insuportável de enxofre. Recomponho-me e resmunguei pela dor na costela. Respirei fundo, pois sabia que terei que explicar o que acabará de acontecer. Olhei para Plagg que estava sentado me olhando.

- PLAGG! - exclamei. - quantas vezes têm que dizer para não fazer esse tipo de coisa. - falei brava olhando para o mesmo. - quer ser comida de demônio... - questionei.

- Miau! - o mesmo miou abaixando as orelhinhas.

Suspirei.

- Mas agradeço pela ajuda. - falei mais calma.

Olhei para o pessoal. Eles me olham chocados. Respiro fundo. Coloquei minha mão debaixo da minha costela, me aproximo deles, pois precisava da minha estela para fazer uma Iratze de cura. Tikki se solta do colo da Bella, vindo até mim preocupada, isso me fez parar no lugar, ela se esfrega em minhas pernas.

- Não se preocupe, estou bem. - falei para ela.

- Miaw! - Tikki miou em desgosto.

Sorri para ela.

- É apenas uma costela trincada. - falei para tranquilizá-la.

Voltei a andar indo até onde o pessoal está, Tikki me segue enlouquecida.

 

Pov. Jonathan

 

9:56 PM

Depois que Molly contou sobre as Banshee. Edmund começou a implicar com ela, ele estava me dando nos nervos, por está irritando Molly, mas, de repente, ela gritou para minha irmã se abaixar. Todos ficaram sem entender até que todos nós olhamos na direção dela. Molly tinha batido em uma coisa enorme e um pouco familiar. Um estalo veio em minha mente, era uma criatura parecida com a do beco, mas essa criatura parecia ser maior e tinha tentáculos iguais aos de um povo.

Molly jogou a criatura para longe com apenas uma chuta. A criatura foi para longe e Molly aterrissou com maestria no chão e tirou duas facas das botas. Ela sussurrou dois nomes:

~ Gagiel e Dumah. - Molly sussurrou. 

Molly começou a lutar com aquela criatura.

 

- O que é aquela coisa? - Julie perguntou apavorada.

Ela não era a única que estava com medo. Todos estão com medo.

- Devemos ajudá-la? - Vó perguntou preocupada e aflita com o que Molly está fazendo.

Ela não era a única que estava preocupada.

- Acho que não devemos fazer nada - tio Jasper respondeu. - ela parece saber lidar com isso. - diz.

- Parece que Molly sabe o que é aquela coisa. - Edmund falou sem tirar seus olhos da mesma. - talvez ela tenha trazido essa aberração para cá. - diz.

Isso foi a gota d’água.

- Dá para você parar de falar essas coisas dela! - esbravejei olhando furioso para o mesmo. - se Molly quisesse nos machucar... Ela teria deixado aquela coisa machucar minha irmã. Ou até mesmo machucar todos nós. - rosnei para Edmund.

Ouvimos um rosnado furioso. Quando voltamos nossa atenção para a criatura. Ela tinha conseguido segurar Molly pela cintura com seus tentáculos e pela expressão da mesma aquilo estava a machucando.

- MOLLY - gritei indo em sua direção, mas...

- Não deixe ele se aproximar! - ela gritou com dificuldade.

Tio Emmett me segura quando percebeu que não a ouviria seu pedido.

- Me solte Emmett! - rosnei furioso. - AGORA! - gritei me debatendo em seus braços.

- Você a ouviu. - tio Emmett diz. - ela sabe o que está fazendo. - falou firme.

Resmunguei não concordando com o que ele disse. Percebi que Tikki vai até minha mãe, a mesma está assustada, ela pegou a gatinha em seu colo para protegê-la.

- MEOWWWW! - escutamos Plagg miar alto.

A criatura desviou sua atenção para olhar onde Plagg está parado a alguns metros de distância. Percebi que a criatura afrouxou o aperto envolta de Molly, mas antes que ela pudesse reagir àquela aberração enorme a arremessa para longe. Antes que pudesse pensar em me livrar do tio Emmett e ir ao seu encontro, Molly posa graciosamente no chão como se não tivesse sido jogada longe. Os movimentos dela foram muito rápidos, apenas vejo Molly pegar uma das facas que estava em sua mão, jogar no ar e pular mais alto do que tinha jogado a faca, a mesma chutou a faca na direção da criatura com muita força e precisão.

- Ninguém mexe com meus gatos. - Molly murmurou furiosa.

A faca cravou perfeitamente na criatura que gritou e desapareceu, deixando um cheiro horrível. Ela se recompõe, notei que a mesma faz careta, parecia que estava machucada, mas não vi nada que indicava que aquela coisa tinha machucado ela.

Molly olhou na direção do Plagg que estava sentado olhando para a dona.

- PLAGG! - Molly exclamou brava. - quantas vezes têm que dizer para não fazer esse tipo de coisa. - falou olhando para o mesmo. - quer ser comida de demônio... - questionou.

“ - Demônio? - questionei mentalmente. - aquilo era um demônio?. - me perguntei.”

- Miaw. - Plagg miou abaixando as orelhinhas.

Molly suspirou.

Nisso, tio Emmett afrouxou o aperto e me soltando.

- Mas agradeço pela ajuda. - Molly falou mais calma.

Ela olhou em nossa direção. Minha família está chocada com o que acabou de acontecer e o que ela foi capaz de fazer, mas estão mais chocados com o que ela chamou a criatura. Ela se aproximou e percebi que está com uma das mãos abaixo do seu seio direito.

“ - Costela quebrada. - pensei comigo mesmo me preocupando na hora.”

Tikki se desvencilhou do colo da minha mãe, a mesma foi até Molly e parecia preocupada com a dona. Molly para no lugar e a gata se esfrega em suas pernas.

- Não se preocupe, estou bem. - Molly falou para a gatinha.

- Miaw! - Tikki miou em desespero.

Molly sorri para Tikki.

- É apenas uma costela trincada. - a mesma falou olhando para a gatinha.

“ - Apenas uma costela trincada? E ela fala com tanta calma, assim? - pensei comigo mesmo.”

“ - Calma, filho. - pai sussurrou, tentando me acalmar.”

Molly voltou a andar em nossa direção. Tikki segue em seu encalço.

- Espero que tenha uma grande explicação a nos dar. - Edmund falou olhando para Molly.

Ela o olha com um olhar furioso, mas em vez de respondê-lo, a mesma vai até sua bolsa e tira algo metálico e comprido, na ponta do objeto tinha uma pedra muito bonita. Molly tirou seu suéter revelando uma regata preta, ela levantou a blusa e começou queimar a pele, desenhando um símbolo perto de seu seio esquerdo. Notei que o símbolo que ela está desenhando, é parecido com o que a mesma tem no resto de seu corpo. O símbolo que ela está fazendo deve doer, mas ela não esboça nenhuma dor. Quando terminou o desenho, o mesmo brilhou em dourado e ficou preto logo em seguida. A expressão de Molly é de alívio.

- Bem melhor. - sussurrou para si mesma.

Molly se abaixa e guarda o objeto em sua bota. Ela mexe um pouco em sua bolsa e pega um pano, a mesma limpa a pequena faca e devolve para a outra bota, onde estava anteriormente. A mesma se levanta do chão e olha para nós.

- Por onde começo? - a mesma perguntou, mas não parecia estar perguntando a nós e sim para si mesmo. - vocês devem querer uma explicação para o que aconteceu aqui. - diz.

- Com certeza queremos. - Edmund falou alfinetando a mesma.

Aquilo me enfureceu mais ainda.

- Não! - exclamei dando um passo à frente.

Sinto o olhar de Molly sobre mim, mas não correspondi.

- Você não tem que nos contar nada. - falei e a olhando nos olhos.

- Como assim, ela não tem. - Edmund questionou.

Prendo um rosnado.

- Aquela coisa enorme apareceu e ela... - o mesmo aponta para Molly. - começou a lutar com aquela coisa enorme e depois esse gato pulguento a ajudou a matar aquela... Coisa! - ele esbravejou. Molly rosnou furiosa.

- Limpe sua boca suja para falar dos meus gatos. - a mesma falou furiosa, seus olhos brilham. - e pulguento é você, seu cachorro sarnento. - rosnou mais uma vez para Edmund.

Todos olham em choque para Molly.

“ - Bem feito. - pensei mentalmente.”

Imaginei que ela defenderia seus gatos e não deixaria barato, mas não imaginava que seria dessa forma.

- Você pode deixá-la em paz. - pedi furioso pelas suas implicações.

- E se não fizer? O que você vai fazer? - Edmund perguntou, me provocando.

Avancei para cima dele, mas uma mão quente envolvendo meu braço, me fazendo parar, me virei já sabendo de quem é mão quente. Molly olhou em meus olhos e os mesmos pareciam tristes.

- Está tudo bem. - Molly falou calma. - explicarei o que aconteceu. - disse sorrindo forçado para mim.

Resmunguei. Molly olhou para Nessie.

- Você está bem? Ele não te machucou, né? - a mesma perguntou para minha irmã.

- Não. - Nessie respondeu. - estou bem. Obrigada por me salvar. - a mesma agradeceu.

- Não foi nada. - Molly falou. - não fiz mais do que meu dever. - respondeu.

Apesar do jeito frio, seu olhar não dizia que fez isso por obrigação e sim pelo laço de amizade que elas estão formando.

- Você disse a palavra demônio. - tio Jasper disse. - é isso que aquela coisa é? - perguntou curioso.

- Sim. - Molly respondeu. - aquela coisa era um tipo de demônio. - disse.

- Misericórdia! - mãe e vovó exclamaram juntas.

- Mas como conseguiu matar aquela coisa? - Vô perguntou calmo como sempre.

Ela suspira.

- Bem... Eu não sou exatamente humana... - Molly falou tombando a cabeça para o lado. - sou uma caçadora das sombras... - disse. - caço e mato demônios. - murmurou.

- Então foi por isso que se mudou para cá, para caçar demônios? - tia Rose perguntou.

Fico surpreso que ela não esteja com raiva.

- Não! - Molly respondeu rapidamente. - vim para cá, pois aconteceram muitas coisas no ano passado. - disse. - apenas de não ter contado sobre isso, nem tudo que disse era mentira. - falou.

- Ah... Ta! Conta outra. - Edmund diz.

Molly rosnou para ele.

- Não estou pedindo para acreditarem em mim, apenas estou dizendo a verdade. - a mesma falou. - nos últimos anos, perdi pessoas importantes para mim... Amigos queridos... - diz se controlando. - quase morri, tentando salvar todos do meu primo, que matou muitos de nosso povo e do submundo. - murmurou.

- Está se referindo ao Max? - tia Alice perguntou.

- Max é apenas a ponta do iceberg. - Molly falou. - em um resumo... Sim eu fui torturada pelo meu tio, pois ele queria fazer experiências comigo, por não ser apenas uma Nephilim, mas graças a Raziel, meus amigos me salvaram... - contou. - depois da guerra mortal, um demônio maior... Lilith ressuscitou seu “filho”, Sebastian. E veio a guerra maligna... Enfim. - disse.

- Como ela ressuscitou uma pessoa? - Quil perguntou.

- Magia negra demoníaca. - Molly respondeu. - pelo menos, foi o que Magnus me explicou o que ela tinha feito. - disse.

- Aquela coisa no beco, era um demônio também, não é? - questionei.

- Sim. - Molly respondeu. - mas era um tipo diferente de demônio. - disse.

- E existem mais de um tipo? - Emmett perguntou.

- Sim... - Molly respondeu. - os demônios maiores são os mais poderosos e os menores são...

- Fracos? - Embry perguntou.

- Sim e não. - Molly respondeu. - é difícil descrever. Alguns são difíceis e outros fáceis de matar. Outros são venenosos. - diz divagando em pensamentos.

- Fascinante. - Vô falou.

Molly torce o nariz.

- Você disse que não é humana e sim uma caçadora, mas isso não fez sentido. - Emmi falou confusa.

Molly ri.

- Desculpa. Não fui tão clara assim. - a mesma falou sorrindo amarelo. - sou um anjo. - diz.

- UM ANJO! - todos exclamam menos eu, pois apenas olhava em choque para ela.

- Agora você vai dizer que tem asas de anjo. - Edmund debochou dela.

- Eu não tenho asas. - Molly falou. - mas tenho sangue de anjo correndo pelas minhas veias. - diz.

- Que belo anjo você é. - Edmund debochou.

- Esse não é o propósito da minha existência. - Molly esbravejou. - vocês viram o que fiz, nenhum de vocês poderia matar um demônio da mesma forma que eu matei. Nem mesmo carregar minhas Runas. - diz.

- Está duvidando da nossa capacidade. - Edmund questionou tremendo e dando um passo na direção de Molly.

Entrei na sua frente para protegê-la.

- Não se atreva. - rosnei furioso.

Molly põe sua mão em meu ombro.

- Não estou duvidando da capacidade de ninguém, apenas falei um fato. - a mesma diz. - se qualquer um de vocês desenhasse um Runas, ou tocasse em uma das muitas armas que nós Nephilim usamos para matar demônios. Vocês virariam Renegados ou simplesmente morreriam por não suportar os símbolos. - explicou.

- O que é Runas? - Seth perguntou com cenho franzido.

Um estalo se faz em meu cérebro.

- Suas tatuagens. - sussurrei em um tom bem baixo que apenas minha família ouviria.

- Sim. - Molly confirmou.

Olhei em choque para ela, por ter me ouvido.

- Você pode me ouvir. - falei.

- Posso. - a mesma diz. - apesar de ter uma Runas para isso. Eu não tenho a necessidade de usá-la. Já que tenho uma audição muito apurada. - falei.

- Nunca tinha ouvido falar sobre Nephilim ou de caçadores de demônios. - vô murmurou.

- E nunca ouviria. - Molly murmurou olhando para ele. - assim como vocês, guardamos nosso segredo a sete chaves. - diz.

Todos ficam em silêncio.

- Você sabe. - falei não muito surpreso de ela saber que somos vampiros.

- Sim. - Molly respondeu. - sei que são vampiros e lobisomens. - falou olhando para mim brevemente. - mas a principio não sabia o que eram a não ser o Jacob. - ressaltou. - apenas soube quando meus irmãos falaram na hora do almoço, no nosso primeiro dia de aula. - disse. - bem... Sempre soube que vampiros existiam, já que tenho amigos vampiros. Só não sabia que existiam vampiros como vocês. - murmurou.

- Como assim? - Pai perguntou com cenho franzido.

Também queria entender.

- Que ótimo, existem mais vampiros. - Jacob resmungou, torcendo o nariz.

- Bem... Existe outra espécie de vampiro. - Molly esclarecer. - mas eles são muito diferentes de vocês. - disse.

- Eles são diferentes em que sentido? - William perguntou.

- Os filhos da noite não podem andar sobre a luz do sol, porque se eles o fizerem virarão pó. - a mesma explicou. - eles não podem ter contato com nenhum objeto ou entrar em locais religiosos. - falou.

Tio Emmett começou a gargalhar.

- Que fracotes. - o mesmo diz.

- Eles não têm culpa de ter uma doença demoníaca, Emmett. - Molly diz olhando estranho para o mesmo.

- Doença? - Vô perguntou com cenho franzido.

- É o que nossos antepassados passaram de geração a geração. - a mesma diz. - dizem que os vampiros existem nesse mundo, por conta de uma doença demoníaca. Isso também acontece com os lobisomens. - contou. - dizem que eles têm licantropia. - Molly falou.

- Ta dizendo que temos uma doença demoníaca. - Edmund questionou a mesma, ele está olhando para ela furiosamente.

Molly revirou os olhos.

- Ah claro... - a mesma disse, o provocando. - se estou dizendo que vocês têm uma doença demoníaca. Então, também devo ter essa doença. - falou olhando irritada

Franzi o cenho com o que ela acabou de dizer.

- Você não acabou de dizer que é uma caçadora? - Ellen perguntou estranhando.

Molly suspirou.

- Minha mãe é uma caçadora de demônio, assim como o Parabatai dela, o tio Josh. - a mesma falou. - mas meu pai não é um caçador de demônio. - diz.

Ela hesita em dizer o que o pai é.

- E o que seu pai é? - tia Esme perguntou.

- Somos descendentes de Lupita... - Molly respondeu. - somos lupinos. - diz.

 

Vejo vovô, Jasper, Jacob e Ellen arregalaram os olhos. Olhei para a mesma e entendendo que ela é um lobisomem também. Ela não olha para mim ou para os outros, apenas olha para as chamas do fogo.

- Você é um lobisomem transmorfo? - Quil perguntou, parecia entender o que ela é.

Antes que ela respondesse.

- Não exatamente. - Vovô respondeu. - ela tem as duas formas, tanto a humana, quanto a do lobo, mas eles não se denominam assim, muito menos um lobisomem. - diz.

- Sim... - Molly confirmou o que meu avô disse. - não gostamos de ser chamados de lobisomens, porque não andamos nas duas patas, mas sim nas quatro. - explicou.

- Você sabia do conhecimento deles, Jack. - minha irmã perguntou.

- Meu pai me contou sobre eles uma vez. - Jacob falou. - disse que existem muitas alcatéias de Lupinos e que eles vivem mais na forma de lobo do que na forma humana. - diz.

- Isso é um mito. - Molly falou. - nossa espécie gosta de ficar mais em floresta, ou em comunidade, mas não na forma lupina. - diz. - meu pai, por exemplo, tem uma alcatéia composta de consanguíneos.

- E o que isso significa? - tia Alice perguntou.

- Significa que apenas filhos, companheiro e netos fazem partes da alcatéia. - Molly respondeu. - por exemplo, Scott e Gabriella são membros de fora da alcatéia, já Matteo e Hayden são filhotes adotivos que foram abandonados pelas suas mães ou alcatéias. - explicou. - antes que critiquem, nunca sabemos o que possa ter acontecido.

- Caramba. - meu papai falou.

- Já outros Lupinos têm alcatéias grandes ou são lobos solitários. - Molly falou.

- Scott é namorado da sua irmã, né? Ele também é um Lupino? - Nessie perguntou.

- Não. - Molly respondeu. - ele é um lobisomem puro, mesmo. - diz.

- Lobisomem? - Levi perguntou.

- Scott foi mordido por um. - Molly explicou. - existem outras espécies de lobos e lobisomens. - diz. - o chefe do meu cunhado, deve saber praticamente tudo sobre isso. Além de saber sobre todas as criaturas sobrenaturais que hesite. - falou. - é um pouco complicado de explicar, mas resumindo o chefe do Scott é um druida.

- Porque não nos contou o que era uma loba? - tia Rose perguntou.

- Não podemos contar para as pessoas que somos Nephilim, muitos deles não sabem da nossa existência, a não ser que ele tenha a visão. - Molly respondeu. - apenas em alguns casos como esse, ou simplesmente pediria para Magnus apagar a memória de vocês.

Todos arregalam os olhos.

- Não se preocupe, a Clave me deve muito. - a mesma falou naturalmente. - então, não se preocupem. Não vou apagar a mente de vocês. - diz.

- E porque não disse que era uma loba, então. - Edmund questionou.

- Somos discretos e não queríamos problema. - Molly respondeu e senti que não era totalmente verdade.

- Então, foram vocês que nos vimos a algumas semanas na floresta. - Seth falou se lembrando.

Molly franziu o cenho.

- Não sei te respondeu, mas pode ter sido meu pai, tio ou tia... Meus irmãos podem estar incluídos nessa - a mesma falou. - acho que desde que cheguei apenas me transformei umas duas ou três vezes apenas. - disse.

- Você não gosta de ser uma loba? - mãe perguntou.

- É claro que gosto. - Molly respondeu, olhando para minha mãe. - apenas estou me adaptando, pois em New York não me transformava muito. - disse. - então para mim é tudo muito novo. - falou sorrindo, suas bochechas ficaram levemente coradas.

A mamãe sorriu para ela.

- AI MEU DEUS! - Seth exclamou e arregalou os olhos.

Molly fica em alerta, seus olhos brilharam em um verde quase branco, a mesma vira de costas procurando por algo.

- O que foi Seth? - Leah perguntou.

- Acho que o alvo do meu Imprinting, pode ter sido por alguém da sua família Molly. - o mesmo falou esperançoso.

Molly olhou para Seth, a mesma encolheu os ombros.

- Vocês já sabiam. - Seth questionou chateado e para baixo.

- Bem, não sabia quem era... - Molly admite. - mas Luna e eu, fizemos Sol nos contar o que estava acontecendo com ela. - falou. - vocês perceberam que Sol anda sentindo muito frio?- perguntou. - uma coisa que não deveria acontecer, já que somos lobos e nosso corpo é bem mais quente do que de um humano. - falou.

- Sim. - tia Alice respondeu.

- Sol não consegue reter calor durante a noite, mas durante o dia seu corpo está bem quente... - Molly diz. - desde dia que fomos ao shopping em Seattle, ela andava sentindo muito frio e não sabíamos a razão. - disse. - então, no sábado a fizemos contar para nós.

- Porque é só durante a noite? - pai perguntou não compreendendo.

- Porque o poder da Sol vem da energia dos raios solares. - Molly explicou.

- Poderes? - perguntei mentalmente.”

- Já esclareço isso. - Molly disse. - há alguns dias, Luna e eu fizemos a Sol nos contar o que estava acontecendo. Foi quando ela disse que teve sua alma ligada e que fugiu assustada de onde tinha acontecido. - contou. - Sol não sabia quem era, já que estava na forma de lobo também... Eu não podia saber quem era, mas tínhamos uma suspeita de que poderia ser alguém da alcatéia de Jacob. - disse. - lembro que no mesmo dia que Sol nos contou, ela e Luna foram até onde tudo aconteceu, mas como você não apareceu, elas voltaram para casa.

Seth olhou para Molly, esperançoso.

- Onde sua irmã está? - ele perguntou animado.

- Bom... Até onde sei, ela está no Canadá com os outros. - Molly respondeu. - tive que ir para New York, resolver umas coisas no hotel Dumort, tinha que falar pessoalmente com a Lily. - disse.

- Dumort? Que hotel é esse? - tio Emmett perguntou.

- Se eu falar o verdadeiro nome do hotel, Lily arrancará meu couro. - Molly falou sorrindo. - e é onde o clã dos vampiros de New York mora. - disse. - o hotel não funciona mais desde quebra da bolsa de valores. - deixou claro.

- E o que foi resolver lá. - Edmund questionou com cara fechada.

Molly olhou para ele.

- Não posso discutir sobre isso. - a mesma respondeu. - estava sob ordens da Clave. - falou séria.

- Quando sua irmã volta? - Seth perguntou mudando de assunto.

Todos se seguram para não rir.

- Bem... Eles estão previstos para voltar na sexta, mas pode ser que elas e Matteo voltem antes. - Molly respondeu pensativa.

- Elas? E quem é Matteo? - Seth perguntou aflito.

- Luna e Sol não se desgrudam uma da outra, quase sempre estão juntas. - Molly perguntou. - e Matteo é companheiro de Luna. - disse.

- Ô... - Seth murmurou.

Ele ficou envergonhado pelo seu breve ciúme. Molly sorri para ele.

- Não se preocupe Seth. - Molly falou. - Matteo é super protetor com a Sol, pois é irmã gêmea da Luna, não somente por isso, mas ele sabe que a Sol é importante para Luna. - contou.

Seth ri de si mesmo.

- Mas o que você quis dizer com poderes? - tia Rose perguntou.

- Nós somos diferentes dos lobos transmorfo e de outros lobos. - Molly falou. - nós temos talentos como vocês vampiros. - explicou.

- Nossa. - tio Jasper murmurou surpreso.

- Cada um tem o seu talento. - Molly falou. - além das habilidades que todos os lupinos têm. - diz.

- E quais seriam esses? - William perguntou curioso.

- Podemos nos comunicar com qualquer uma através da telepatia, tanto na forma humana quanto na forma lupina, lemos a mente somente quando desejarmos... - diz. - há... E acho que é só isso. - Molly falou. - há... E somos muito rápidos, não sei dizer se somos mais rápidos que os vampiros, mas somos rápidos na nossa forma lupina. - falei.

- Com certeza somos mais rápidos. - Emmett falou estufando o peito para Molly.

Ela ri e tomba a cabeça para o lado.

- Você sabia que o demônio atacaria? - Embry perguntou.

- Não. - Molly respondeu olhando incrédula.

- Então, porque estava com duas facas? - Quil perguntou.

Molly sorriu.

- Umas das regras que carregamos desde que decidi me tornar um Nephilim é que sempre temos que carregar uma arma por onde formos. - a mesma explicou. - sempre estou armada com facas pequenas e em meu carro tenho arco e flechas, armas maiores... Enfim. - falou.

- Ah... Entendi. Então você não sabia. - Embry falou.

- Claro que não, nunca sabemos quando eles apareceram. - Molly falou. - mas possivelmente, ele deve ter sentindo meu cheiro. - diz pensativa.

- Então, no final das contas a culpa é sua. - Edmund falou.

Molly se encolheu.

- A culpa não é dela. - esbravejei. - Molly salvou nossas vidas, sem pensar duas vezes. - diz.

- Foi como ela disse, é o dever dela matar demônios. - Edmund provoca.

- Não foi a única razão de ter salvado a Nessie. - Molly falou. - apesar de nos conhecer a pouco tempo, a considero minha amiga. - diz sorrindo para a mesma. - e teria a salvo, milhares de vezes, daria minha vida se fosse preciso. - diz.

Todos ficam surpresos pelo que Molly acabara de dizer.

- Espera... - Leah fala. - você disse que sua irmã teve a alma ligada pelo meu irmão. - questionou.

- Oh... Alma ligada é quando nossa alma é costurada com a do companheiro. - Molly falou. - é como o Imprinting, mas seu significado é diferente, não é a gravidade que nos prende a terra. - diz. - somos mais independentes. - murmurou.

- E o que é? - Vô perguntou.

- Bem... Não sabemos exatamente. - Molly respondeu. - pelo que sei dos meus irmãos, é como se a partir do momento que eles tiveram suas almas ligadas, eles sabiam que deveriam ficar um com os outros. - diz, seu olhar fica distante por um momento.

“ - Pelo visto não tenho nenhuma chance. - pensei comigo mesma. - porque será que ela está triste? - me perguntei mentalmente.”

Molly balança a cabeça de um lado para o outro.

- Eu preciso ir para casa. - a mesma diz. - já está tarde e amanhã preciso acordar cedo. - falou sem jeito.

- Tudo bem, querida. - Esme falou sorrindo para a mesma.

- Vou com você até seu carro. - falei dando alguns passos em sua direção.

- Não precisa. Posso ir sozinha com meus gatos. - Molly falou.

- Faço questão. - falei.

Ela suspira.

- Tudo bem. - Molly falou. - até mais e peço perdão pelo inconveniente. - disse. - Seth vou pedir para minha irmã vir até você quando ela retornar. – murmurou.

Seth corou.

- Obrigada. - o mesmo agradeceu.

- Não tem que agradecer. - Molly falou. - apenas não a machuque, porque se não, terá que lidar comigo e não com meus irmãos. - ameaçou. - principalmente com o Matteo que protege Sol ao extremo. - diz.

Seth engole em seco.

- Está bem. - o mesmo respondeu.

- Vamos? - Molly perguntou pegando sua bolsa.

- Claro. - falei.

Tikki vai até Molly e a mesma pegou a gatinha no colo, Plagg por outro lado subiu no ombro dela. Molly se despede brevemente da minha família e do pessoal. No caminho até o carro estava silencioso, no meio do caminho, Tikki quis ir ao chão, mas Molly não atendeu seu desejo. Molly está estranha desde o momento que ela contou tudo sobre si.



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