E.A.: Capítulo 18 - O que Molly é?

 

Pov. Jonathan

 

12th Agosto, sexta-feira - 9:43 p.m.

- E aí me conta, como foi o encontro? - tia Alice perguntou anima.

- Foi bom. - respondi sem muito entusiasmo.

Alice me olhou estranho, dou-lhe as costas e me sento na poltrona.

- Shie! Pelo visto o encontro foi por água abaixo. - tio Emmett debochou.

Ele começou a gargalhar, olhei mortalmente para o mesmo.

- O que aconteceu de errado, filho? - mãe perguntou olhando para mim.

- Sinceramente, nem sei exatamente o que aconteceu nesse encontro. - respondi e suspirei.

Coloquei minhas mãos em meu rosto e pensei no desastre que foi o fim do encontro.

- Porque não nos conta o que aconteceu. - pai sugeriu.

Respirei fundo e tirei minhas mãos do rosto, olhei para o mesmo que está olhando para mim preocupado.

- O cinema e o jantar foram perfeitos, não tivemos nenhum problema ou contra tempo. - contei. - mesmo que eu não tenha comido nada, Molly não me questionou em nenhum momento. - falei.

- E depois? - tia Rose perguntou.

- Aí as coisas desandaram de vez. - respondi. - saímos do restaurante e decidimos caminhar um pouco, apenas de estar um pouco frio estava um noite bonita. - falei. - estávamos conversando até ouvirmos um grito de mulher estridente e assustador, igual daqueles gritos de filme de terror... - digo. - a princípio achei que fosse um assalto ou, a mulher estava sendo agredida por um homem ou alguém.

- Meu deus! - Vó exclamou horrorizada. - o que aconteceu com a moça? - perguntou.

Suspirei.

- A mulher está morta. - respondi.

Todos arregalam os olhos.

- Misericórdia! - Nessie exclamou em choque.

- Não sei o que matou a mulher. - falei perdido em pensamentos.

- Como assim, não sabe? - tio Jasper perguntou sem entender.

- Molly e eu fomos até o beco. - disse. - ela parecia saber o que era aquela coisa. - falei recordando o olhar dela.

- E o que era? - tia Rosalie perguntou

- Não sei. - falei. - Molly não explicou o que aconteceu naquele beco. - respondi.

- Mas como ela sabia o que era? - vovô perguntou.

- O bracelete que ela estava usando, começou a pulsar em um vermelho vivo. - contei. - Molly queria ir sozinha, mas não a deixei. - digo. - quando chegamos no beco, ficamos na entrada e foi quando vi uma sombra, um vulto negro... - falei. - não sei o que era a coisa, mas ela fedia muito.

- E o que aconteceu depois. - mãe perguntou.

- Molly tirou uma faca debaixo da saia, mas antes ela pediu para ficar em silêncio. - falei. - ai, a mesma entrou no beco e arremessou a faca na direção da coisa escura. - contei.

Todos arregalam os olhos.

- A coisa morreu? - tia Alice perguntou estremecendo.

- Sim. - respondi. - mas antes criatura chiou e gritou para depois desaparecer no ar, deixando um cheiro podre de enxofre. - contei.

- Como assim desapareceu? Do nada? - tia Rose perguntou.

- Ele apenas sumiu feito mágica. - falei.

Então me lembro que antes de Molly jogar a faca ela sussurrou uma palavra.

- Que palavra? - pai perguntou lendo minha mente.

Olhei para o mesmo.

- Não sei. - respondi, encolhendo os ombros. - não compreendi, mas logo em seguida a faca brilhou em dourado e foi aí que Molly arremessou a faca na direção da criatura. - falei.

- Que bizarro. - Nessie murmurou. - tem certeza que isso aconteceu? - perguntou olhando para mim. - parece até filme de terror. - diz.

- Isso realmente aconteceu. - pai falou olhando para minha irmã.

- Você não perguntou o que tinha acontecido para Molly? - tia Rose perguntou.

Suspirei.

- Perguntei. - respondi. - mas ela apenas disse que era complicado, ficando na defensiva. - falei. - ela parecia aborrecida e deprimida, não entendi o que aconteceu. - falei.

Meus pais se entreolham.

- Mas vocês ficam bem? - Vó perguntou preocupada.

- Sim, vó. - respondi. - estamos bem, não aconteceu nada conosco. - falei a tranquilizando.

- Como souberam que a mulher estava morta? - avô perguntou.

- Molly foi até o corpo e disse, mas também percebi  que o coração dela não batia mais. - respondi e comprimi os lábios.

- O que aconteceu? - pai perguntou.

- Antes dela ir até o corpo, Molly mandou que eu prendesse a respiração. - contei. - senti o cheiro de sangue, mas não senti vontade de bebê-lo. - disse. - mas me surpreendi com o comando que ela deu, até parecia que sabe que sou um vampiro. - falei. - não foi apenas naquele momento que Molly deu essa impressão. - murmurei. - quando estávamos indo para Port Angeles, ela deu uma indireta parecida, mas com a velocidade.

- Velocidade? - Jacob perguntou que até então estava calado.

- Ela dirige muito rápido. - expliquei. - o carro estava a 210 km/h. - falei.

- Caramba. - tio Emmett murmurou. - essa é das minhas. - diz sorrindo.

-  No cinema quando disse que a levaria para jantar, ela me olhou como se disse: PARA QUE VOCÊ VAI ME LEVAR PARA JANTAR, SE SÓ EU VOU COMER. - contei. - foi muito estranho. - falei.

- E depois? - tio Jasper perguntou.

- Depois viemos embora. - respondi.

- E deixaram o corpo lá? - Vó perguntou.

- Ela ligou para alguém, um homem. - respondi. - mas antes de entrarmos no carro questionei se deixaríamos a mulher lá. - falei. - então, Molly disse que tinha ligado para a polícia. - contei.

- Que estranho. - tia Rose falou.

- Você viu como era a criatura? - Vovô perguntou.

- A criatura era grande e negra, não era uma pessoa. - descrevi. - parecia ser um animal ou... não sei o que poderia ser, mas era algo ruim. - falei.

- Como sabe que era algo ruim? - Jacob perguntou.

- A energia que a criatura emanava era sombria e muito errada. - murmurei. -como se o lugar dela não fosse aqui, mas sim no inferno. - respondi, estremecendo.

- E o cheiro? Como era? - pai perguntou.

- Era podre. - respondi. - algo parecido com a morte. - falo.

- Sabe o que pode ser? - pai perguntou olhando para o vovô.

- Não faço a mínima ideia. - Vovô respondeu. - nunca ouvi falar de algo parecido. - diz.

- Não me recordo de já ter visto ou ouvido algo parecido. - tio Jasper falou pensativo.

Todos ficaram em silêncio. Tudo o que tinha acontecido estava me incomodando e me deixando desconfortável.

- Vou caçar e provavelmente volto amanhã à noite ou somente no domingo. - falei e me levantando da poltrona. - quero ficar sozinha e pensar um pouco. - digo e olho para a mamãe que me olha preocupada. - não se preocupe mãe, apenas quero pensar. - falei indo até ela.

Beijo sua bochecha antes de sair de casa. Comecei a correr indo para as montanhas próximo a fronteira do Canadá.

 

Pov. Edward

Fiquei intrigado e chocado com o que meu filho Jonathan relatou. O que vi em sua mente era surreal para ser uma mentira. Quando ele saiu de casa, olhou para Carlisle para buscar uma resposta para o que Jonathan viu naquele beco e o que Molly fez.

- Você sabe o que poderia ser a coisa que Jonathan descreveu? - perguntei achando que ele não falou nada para proteger Jonathan.

- Realmente não faço a mínima ideia. - Carlisle respondeu. - não me recordo de já ter ouvido ou visto algo que Jonathan relatou. - diz.

- A pergunta não é essa que temos que fazer. - Jasper murmurou.

Todos olham para o mesmo.

- E qual seria? - Emmett perguntou.

- O que Molly é? E como ela matou a criatura que Jonathan descreveu? - Jasper falou.

Suspirei..

“ - Isso será complicado. - pensei comigo mesmo.”

- Acho melhor esquecermos disso. - mãe falou chamando a atenção para si. - até porque, ela não explicou e nem explicará o que aconteceu essa noite se nos intimidá-la. - diz. - como Jonathan disse. Ela respondeu que era complicado. - murmurou.

- Vó tem razão. - minha filha diz.

- Discordo. - Rosalie murmurou. - acho que deveríamos investigar. - falou olhando para Carlisle e depois para mim.

- Não sei, não ursinha. - Emmett falou sério. - se fizermos isso, pode deixar Jonathan chateado e bravo conosco. - diz.

- Fiquei arrepiada agora. - Alice comentou.

Ri pelos seus pensamentos.

- Com o que? - Emmett perguntou com cenho franzido.

- É raro você falar alguma coisa séria sem fazer uma piada. - Alice respondeu.

Emmett revira os olhos.

- Só porque as vezes brinco com coisa séria, não quer dizer que não entendo a seriedade delas. - Emmett diz.

O que deixa todos de boca aberta, menos eu.

- Sou o divertido da família, mas sei que se investigarmos Molly e a família dela, sem Jonathan saber. Podemos acabar descobrindo algo consideravelmente “perigoso”... - Emmett faz aspas com os dedo ao falar a palavra perigoso. - e ela pode reagir de uma maneira ruim, ou não... - falou inserto. - vai lá saber o que pode acontecer. - diz. - mas na minha opinião, acho que não é nada demais, até pelo que entendi, Molly protegeu ele de algo que poderia ter sido pior, a criatura que Jonathan descreveu poderia tê-los atacado. - murmurou. - além do mais, isso não é apenas uma paixonite, os dois se gostam. - diz. - dá para ver no olhar dos dois. - falou.

Todos ficaram impressionados pelo que Emmett acabou de dizer.

- Emmett tem razão. - papai murmurou. - não vamos nos meter nisso. - falou. - Molly matou a criatura impedindo que matassem mais gente. E isso é o que importa. - diz.

- Tudo bem. - todos falam menos Rose.

- Não concordo. - Rose falou. - mas não vou interferir nesse assunto, até porque Carlisle e Emmett estão certos. - falou. - ela matou aquela criatura, impedindo que fizesse algo pior. - diz, defendendo Molly.

Todos concordam.

- Bom... tenho que ir ao hospital. - Carlisle falou se levantando. - peguei um plantão noturno. - diz indo ao seu escritório para pegar sua maleta, já que está vestido para trabalhar.

- Vamos para meu antigo quarto. - sussurrei no ouvido de Bella.

Ela sorri concordando com a cabeça. Levantamos juntos e subimos as escadas, fomos em direção ao meu quarto que agora é nosso quarto.

“ - O que foi amor? Está tudo bem? - Bella perguntou mentalmente, a mesma baixou seu escudo para que ouvisse seus pensamentos.”

Isso me fez sorrir. Amo quando Bella me deixa ler seus pensamentos. Fechei a porta do quarto.

- Apenas preocupado com Jonathan. - respondi.

Puxei Bella para se deitar em cima de mim, no sofá de couro preto que tenho no quarto. Envolvi meus braços ao redor de sua cintura.

- Você não é o único. - Bella murmurou. - também estou preocupada com o nosso filho. - diz.

Beijei seus lábios e desci meus lábios para seu pescoço, vejo os pelos de sua nuca arrepiarem, sorrio contra a sua pele dura e macia.

- Você acha que devemos intervir? - perguntei sem deixar de atiçá-la.

- Não. - Bella respondeu em um suspiro pesado. - al..go me di...z qu..e Mo...lly te...m me..do d...e di...zer o... qu..e é. - a mesma falou com um pouco de dificuldade.

Paro o que estou fazendo para olhar nos olhos da Bella, a mesma resmunga por ter parado de provocá-la.

- Como assim? - perguntei sem compreender o que Bella quis dizer com isso.

Ela suspirou.

- É apenas uma intuição minha. - Bella disse. - mas acho que Molly não é uma humana comum. - falou.

Olhei surpreso para minha esposa.

- Ela tem algo a mais que não sei dizer o que é. Apenas sei que Molly tem um coração muito puro e não machucaria nosso filho. - Bella falou. - pelo contrário, ela o protegeria de qualquer coisa que tivesse no alcance dela, mas Molly tem medo de contar para Jonathan o que é. - diz.

- Medo? Medo do que? - perguntei sem entender a razão.

- Ela deve ter medo de ser rejeitada. - Bella respondeu.

- Ainda estou confuso. - confessei.

- Molly tem medo que Jonathan a rejeite, se contar sobre o que ela é. - a mesma diz sendo mais clara. - ela tem medo de ser desprezada. - falou me deixando surpreso. - no dia que ela passou a noite aqui, vimos as costas dela. - murmurou. - ela foi torturada por uma pessoa que a humilhou. Percebi que aquilo a machucou e marcou profundamente. - diz.

- Eu sei. - falei. - naquele dia, ouvimos um pouco da conversa de vocês. - disse sorrindo amarelo.

Bella balançou a cabeça de um lado para o outro.

- Imaginei que ouviriam. - Bella murmurou.

- Nosso filho disse que não se importava com nada disso. Ele ficou até preocupado com ela. - falei. - achei que seria um problema que até perguntei silenciosamente... - murmurei. - Jonathan até ficou bravo comigo. - contei.

- Eu sei que nosso menino nunca machucaria ela, meu amor. - Bella murmurou. - mas Molly não sabe disso. - diz. - acho que com o tempo ela criará coragem e contará para nosso filho o que realmente é. - falou sorrindo. - além do mais, sei que ele tem sentimentos pelo Jonathan. - sussurrou.

- E como você sabe de tudo isso? - perguntei olhando em seus olhos dourados.

- Pelo jeito que Molly olha para nosso filho... - Bella respondeu. - é do mesmo jeito que eu olhava para você. - diz beijando a ponta do meu nariz.

Sorrio para minha esposa.

- Mas porque ela não explicou o que era aquilo? - perguntei.

- Lembra, quando me salvou daquela Van? - Bella perguntou.

Assenti com a cabeça lembrando daquele dia que poderia ter perdido minha Bella.

- Você não podia contar que era uma vampira, mas a princípio você ficou receoso em me contar o que era, por se achar um monstro. - Bella murmurou. - ela pode se sentir da mesma forma. - falou.

- Mas meu amor, ela não é uma vampira. - digo. - e o que Molly pode ser para se achar um monstro? - perguntei

Bella revira os olhos.

- Essa resposta eu não tenho. - a mesma respondeu. - vamos deixar esse assunto para outra hora. -  falou sorrindo maliciosa. - Molly contará em algum momento o que é para nosso filho. - diz.

Retribuo seu sorriso e concordo com a cabeça. Juntamos nossos lábios em um beijo intenso e selvagem.


Capítulo 17

Capítulo 19


Ilustração

Look

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