E.A.: - Capítulo 14 - Delegacia


Pov. Molly

 

Setembro 10th, Quarta-Feira - 4:46 p.m.

Depois de me despedir do Jonathan, saio do colégio e vou para o estacionamento, onde Naomi e Zack já estão.

- Vamos que vou deixar vocês em casa e depois vou para a delegacia. - falei.

- Sabe o que papai quer com você? - Zack perguntou.

- Não faço a mínima ideia. - respondi. - mas não deve ser nada grave, até porque papai não disse nada hoje pela manhã. - falei entrando no carro.

Coloco meu cinto, assim como meu irmãos. Saio do estacionamento e vou para casa deixar os dois para depois voltar e ir para delegacia.

 

_ Quebra de Tempo _

 

5:03 p.m.

Assim que deixei meus irmãos em casa, fui para a delegacia onde meu pai trabalha. Estacionei meu carro em uma vaga, desço e tranco a porta com o botão da chave.

Entrei na delegacia e me aproximei do balcão.

- Olá, senhorita. - o policial atrás do balcão me cumprimenta.

Pelo visto, ele não sabe que sou filha do xerife.

- No que posso ajudar? - o mesmo perguntou sorrindo, mas de um jeito que fazia a mulher molhar a calcinha, o que não é meu caso, pois seu sorriso não me afetou.

- Olá. - cumprimentei. - gostaria de falar com meu pai. - respondi sorrindo.

O policial me olha estranho, parecia pensar de quem poderia ser filha.

- E seu pai seria? - o policial perguntou desconfiado.

- Eu sou o pai dela, policial Hawkes. - pai diz com sua voz potente atrás de mim.

Pelo seu tom de voz o mesmo finge estar zangado, mas sei que é apenas encenação. Me virei para olhá-lo, sorrio me segurando para não rir.

- Perdão, senhor. - o policial Hawkes pediu nervoso. - não sabia que a senhorita é sua filha. - falou envergonhado por não ter adivinhado.

- Calma, policial Hawkes. - pai pediu. - pode ficar tranquilo e respirar. - diz esboçando um sorriso. - estava apenas brincando. - falou.

Escuto o senhor Hawkes soltar o ar, me viro para olhar o policial. Estendo minha mão em sua direção.

- Me chamo Molly, muito prazer. - me apresentei. - não se preocupa por não ter adivinhado quem eu sou. - falei e sorri. - sou muito mais parecida com minha mãe do que com meu velho. - digo.

O senhor Hawkes relaxa e estica seu braço para apertar minha mão.

- Muito prazer. Me chamo Julian Hawkes. - o policial se apresentou.

Sorrio para o mesmo, solto sua mão e me viro para encarar papai.

- O que desejava falar comigo papai? - perguntei.

- Vamos até minha sala. - pai falou. - Hawkes, se alguém quiser falar comigo, peça para esperar, só me interrompa se for algo de extrema urgência. - ordenou.

- Certo, xerife. - o policial Hawkes falou.

Aceno com a cabeça para o senhor Hawkes. Papai me guia até sua sala. Entramos e o mesmo fecha a porta.

- Algum problema? - perguntei preocupada.

Me sento na cadeira, papai faz o mesmo, mas a minha frente.

- Preciso que veja umas fotos e me dê sua opinião. - papai pediu.

Achei estranho, mas não questionei sua conduta, peguei o punhado de fotos e me entrega. Olho para as fotografias: as fotos são de pessoas mortas, olhei para o papai com a sobrancelha erguida.

- Pai? - pronunciei seu nome o questionando o que aquilo significava.

- Eu sei. - pai resmungou. - queria saber se poderia ser um demônio ou outra coisa. - diz.

- Não sei dizer só por fotos. - falei. - pode ter sido animais. - digo.

- Não acho que possa ser animais. - pai falou.

- Tinha sangue nos corpos? - perguntei. - se não tinha, só pode significar uma coisa. - falei.

- Vampiro. - pai falou.

- Sim. - digo. - mas duvido que os Cullen tenha algo haver com isso. - falei.

Olho para as imagens com mais atenção, algo me chama atenção.

- Acho que você está certo. - falei trazendo a foto mais perto dos meus olhos.

- É um demônio? - pai perguntou.

- Não tenho muita certeza, mas os ataques nesse corpo são bem parecidos com um ataque demoníaco, mas não posso ter cem por cento de certeza. - murmurei. - até porque teria que ver o corpo, ou tio Josh. Já que ele trabalha com isso. - digo.

- E os outros? - pai perguntou.

- Pai... - chamei o mesmo. - só porque sou uma caçadora de demônios, não signifique que eu saiba reconhecer um ataque demoníaco apenas olhando fotografias. - falei.

Papai suspirou.

- Você está certa. - o mesmo diz. - vou investigar mais. - falou.

- Está acontecendo desaparecimento? - perguntei preocupada.

- São alguns casos antigos. - pai falou. - verifiquei algumas coisas e vi esses casos. - diz.

- Entendi. - falei. - não posso dizer com certeza se foram os demônios que causaram essas mortes, pode ter sido vampiros ou até mesmo o filhos da noite. - digo. - porque não pede ajuda do tio Josh ou do tio Derek, eles podem lhe ajudar melhor do que eu. - argumentei.

- Você está certa. - pai falo. - desculpa te incomodar. - pediu.

Reviro meus olhos e me levanto da cadeira indo até o mesmo.

- Não se preocupe, pai. - falei e beijei sua bochecha. - apenas quis dizer que eles são a melhor opção se não for um demônio que esteja que tenha causado essas mortes.

Ele franziu o cenho.

- Como tem tanta certeza que não é um demônio? - perguntou.

- Acha mesmo que não verificaria se Forks era uma cidade segura. - falei abrindo um sorriso. - Magnus e eu viemos analisar a cidade e vimos que era seguro. - digo.

Pai ri.

- É claro que vieram. - o mesmo diz.

- Bom... - murmurei. - estarei jogando carta com seus homens. - falei me referindo aos policiais, ouvi uma voz diferente. - te espero para irmos embora juntos. - digo.

- Tudo bem. - pai falou sorrindo. - e obrigada pela carona. - agradeceu.

Reviro os olhos.

- É o mínimo que poderia fazer, pai. - digo indo até a porta.

- Já lhe disse que é a melhor filha? - pai perguntou me fazendo rir.

- Deixa minhas irmãs ouvirem você falar desse jeito. - provocou fazendo o mesmo rir.

Saio da sala do meu pai e vou para o hall da delegacia, onde possivelmente o policial Hawkes se encontra. Quando apareço, percebo que tem mais um policial que não estava quando cheguei.

- Olá. - falei sorrindo.

Me aproximo dos dois. O policial que não sei o nome franziu o cenho, já o policial Hawkes ri.

- Essa é a filha do xerife. - policial Hawkes falou.

- Prazer, me chamo Molly. - me apresentei.

Estendo minha mão, o policial pega em minha mão e a aperta.

-  Me chamo Andrew Cooper, senhorita. - o mesmo se apresentou.

- Já está de saída, senhorita. - policial Hawkes perguntou.

- Não. - respondi. - vou esperar meu pai sair. - esclareci. - e não precisa me chamar de senhorita. Molly já está bom. - digo.

- Como desejar. - policial Hawkes diz e sorri.

Me aproximo do balcão.

- Me digam, vocês tem algum baralho? - perguntei.

Eles se entreolham.

- Não se preocupem, meu pai não ficará bravo. - falei sorrindo.

Eles sorriem para mim.

- O que sabe jogar? - policial Cooper perguntou.

- Alguns jogos. - falei. - mas estou disposta a aprender um novo jogo se não souber jogar. - digo.

- Truco? - Hawkes perguntou.

- Sou a melhor. - respondi.

- Vamos ver. - Cooper falou e piscou para mim.

Ri do seu jeito brincalhão do policial Cooper.

- Vamos ver, policial Cooper. - falei em tom de brincadeira.

- Me chame apenas de Andrew. - o mesmo pediu. - a não ser que queira que a chame de senhorita. - ameaçou.

- Tudo bem. - respondi levantando meus braços para cima em forma de rendição.

Fui para uma mesa onde nos sentamos para jogarmos algumas partidas de Truco.

 

_ Quebra de Tempo _

 

7:43 p.m.

Mais ou menos uma duas e meia depois, estamos na quadragésima quinta partida. Já tinha ganho quarenta delas, pois tinha deixado os dois ganharem pelo menos duas partidas cada. Os dois olham para mim para saber se mais uma vez essa rodada é minha, ou se é de um deles.

- Você é muito boa. - policial Hawkes bufou, impressionado.

Sorrio para ele.

- Não querendo ser indelicado. - policial Cooper murmurou. - você não estaria trapaceando, né? - questionou.

Levanto uma sobrancelha em vez de rir.

- Não. - escuto a voz do meu pai. - minha filha, não está trapaceando, policial Cooper. - falou assustando os dois policiais que estão de costa para ele.

Andrew engole em seco e se vira para olhar para meu pai, me seguro para não rir da situação, pois sei que meu pai está apenas brincando.

- Não quis dizer que sua filha esteja... trapa... - policial Cooper tentou se justificar...

- Que minha filha esteja trapaceando no jogo. - pai questionou contando o mesmo, ele cruzou os braços e o olhou com a cara fechada fingindo estar irritado com o policial Cooper.

- Pai, pare. - pedi. - daqui a pouco, o policial Cooper terá um ataque cardíaco. - adverti olhando para o mesmo com sorriso fofo. - não se preocupe Andrew, meu pai está apenas brincando. - digo. - e entendo a sua desconfiança, por ter vencido quarenta e uma vezes, das quarenta e cinco partida. - falei.

- Pera? Você só ganhou trinta partidas. - Julian falou me corrigindo.

- Ganhei essa partida também. - falei mostrando minhas cartas a eles.

Os dois me olham chocados.

- Cara! - Julian resmungou, jogando suas cartas na mesa.

Andrew torce o nariz e faz o mesmo que Julian, joga suas cartas na mesa.

- Já estamos indo? - perguntei olhando para o relógio.

- Sim, mas teremos que esperar o policial Roger. - pai respondeu. - ele ficará aqui no meu lugar essa noite. - explicou.

Assenti com a cabeça e me levantei da cadeira. Nisso, um homem um pouco mais baixo que meu pai, entra na delegacia. O homem aparenta ter uns quarenta e poucos anos, o mesmo está usando as mesmas roupas que os policiais Hawkes e Cooper.

- Boa noite. - o homem que sei que é o policial Roger desejou. - policial Julian pode ir para casa. E a senhorita seria? - perguntou me olhando de uma forma arrogante.

Não gostei muito do seu tom de voz e do seu olhar.

- Molly Brown. - me apresentei de cabeça erguida.

- Essa é uma das minhas filhas, policial Ross. - pai falou vendo meu olhar duro para o policial.

- Ah claro. - o policial falou me olhando de cima a baixo.

“ - Cínico. - pensei comigo mesma e prendo um rosnado.”

Não gostei do seu olhar sobre mim.

- Prazer. Me chamo policial Roger Ross. - se apresentou. - suponho que seja amiga da minha filha, já que estudam no mesmo colégio e mesmo ano. - diz.

- Na verdade, não sei quem ela é. - respondi.

Tento lembrar quem pode ser sua filha.

- Ela se chama Alicia Ross. - o mesmo falou.

“ - Ah... então aquela garota é filha dele. - pensei comigo mesmo.”

Assim como não gostei do pai, não vou com a cara da filha, nem mesmo ela vai com a minha cara. Já que ela está interessada em meu companheiro.

- Ah... ela é da minha aula de biologia. - respondi sorrindo forçada. - mas nunca cheguei a conversar com ela. - falei.

Ele me olhou não gostando muito da minha resposta.

- Bom. Temos que ir. - pai diz. - antes que sua mãe se preocupe com você. - falou sabendo que estou desconfortável.

Viro para olhar meu pai.

- O senhor fala como se fosse fazer algo proibido ou ilegal. - digo sorrindo sapeca para o mesmo.

- Engraçadinha. - pai falou revirando os olhos, prendi o riso. - bom. Já estamos indo. - diz. - boa noite, rapazes. - se despediu.

- Boa noite. - falei para todos. - foi um prazer conhecê-los. - digo para os policiais.

- Boa noite. - os policiais Hawkes e Cooper se despedem.

- Foi um prazer em conhecê-la. - o policial Ross falou e automaticamente seu olhar vai para minhas Runas.

Ele olha para mim estranho. Deixo isso de lado e vou até meu papai que está na porta da delegacia para saímos. Já do lado de fora, papai vai para o lado do passageiro.

- Não que ir dirigindo? - perguntei por educação.

Papai sorriu e piscou para mim. Sorri de volta indo na direção do volante. Entrei no carro e dei partida, indo para casa.

 

_ Um Tempo Depois _

 

O trajeto não foi muito longo. Estacionei o carro na garagem e saímos do carro, antes de entrar em casa queria falar sobre meu encontro com Jonathan, mas estava insegura de contar para o papai. O mesmo me olha com a sobrancelha arqueada, sabendo que queria dizer algo a ele.

Suspirei.

- Sexta-feira... - comecei e respirei fundo. - vou para Port Angeles, depois da aula. - falei.

- Desde quando você diz onde vai? - pai perguntou achando estranho.

Comprimi os lábios.

- Bem. Queria um conselho. - falei e hesitei. - Jonathan me convidou para ir ao cinema. - digo.

Pai sorri.

- Entendi... - o mesmo falou sem deixar de sorrir.

- É que... eu... não... sei como agir perto dele. - murmurei. - nunca fui ao cinema com alguém sem ser com meus irmãos... - digo um pouco atrapalhada. - não sei como devo me comportar. - falei.

- Calma. - pai pediu e riu do meu desespero.

- Não tem graça, pai! - digo brava com o mesmo.

Cruzo os braços chateada.

- Tudo bem, me perdoe. - papai pediu.

Suspirei e assenti com a cabeça. Descruzo os braços e olho para o mesmo.

- O conselho que vou dar a você é... - pai faz um suspense, o que me deixa irritada e ansiosa. - siga seu coração. - falou por fim.

Bufei.

- Se soubesse que falaria isso, teria ligado para Magnus para perguntar. - digo irritada.

Papai revira os olhos.

- Quando disse que era para seguir seu coração. Quero dizer para ser você mesma... - pai diz. - você é uma garota incrível, doce, gentil, amorosa e que se importa primeiro com os outros do que com sigo mesma. - falou me deixando emocionada, me seguro não derramar nenhuma lágrima. - meu conselho para esse encontro é que seja você mesma. - aconselhou.

Papai colo sua mão em meu ombro direito e me olha nos olhos.

- Obrigada pelo conselho, pai. - agradeci e sorri.

- De nada, filha. - pai falou sorrindo.

O mesmo beija a minha testa.

- Bom. Vou para meu quarto fazer meus deveres e depois comer alguma coisa. - falei e beijei sua bochecha.

- Tá certo, filha. - pai falou.

Saímos da garagem e entramos em casa. Subo as escadas e vou para meu quarto. Já o papai foi atrás da mamãe, mas antes de ir atrás dela o mesmo foi para seu quarto e tomar um banho.

Entrei no meu quarto e fechei a porta. Nisso Tikki vem até mim e começa a se esfregar em minhas pernas.

- Oi meu bebê. Estava com saudades da mamãe, é. - falei pegando a mesma no colo.

- Miau... - Tikki miou esfregando seu rosto no meu.

Beijo sua cabeça e vou até a escada que tem em meu closet, subo indo para minha cama, coloco a mesma na cama e deixo minha bolsa no divã.

- Vou tomar banho e já venho. - murmurei para ela que miou de volta.

Desço as escadas e vou para o banheiro. Entro no banheiro e tiro toda minha roupa e as colocando no cesto de roupas sujas, entrei no chuveiro e tomei banho quente.

 

[7 Minutos Depois]

 

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha branca. Vou para o meu closet e coloco meu pijama cinza com detalhe em preto e escrito NEW YORK, 199X. De banho tomado e de pijama, desço as escadas indo para a cozinha para comer alguma coisa, não demorei muito, pois tenho algumas lições para fazer.

 

10:34 p.m.

Quando tudo da escola estava pronto, ajeito tudo para ir dormir. Tikki e Plagg vieram dormir comigo, na minha cama enorme. Peguei no sono rapidamente.



Capítulo 13

Capítulo 15


Ilustração

Look

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