E.A.: Capítulo 06 - Formem Duplas


Pov. Jonathan

 

3rd Agosto - 1:30 a.m.

Olho em meu relógio e já são 1:30 a.m., estava indo para casa quando escutei uivos, por um segundo pensei que fosse o bando de Jacob, mas seria impossível, já que não estava próximo do território deles. Aí me lembrei do que meu cunhado tinha dito sobre lobos. Decidi ir ver de onde tinha vindo os uivos.

Vou contra o vento até onde achava que tinha vindo o uivo.

- UUUUHHHH! - mais um uivo.

Ando mais um pouco até uma clareira, me escondo entre as árvores e arbustos. No centro da clareira tem quatro lobos deitados: um lobo cinza bem escuro, um lobo cinza claro, um preto acinzentado e um lobo preto.

Observo os quatro lobos de longe sem fazer nenhum movimento, percebo que o lobo cinza escuro e o cinza claro estão deitados juntos, já os lobos preto acinzentado e preto estão deitados juntos também, olho com mais atenção o lobo negro tem uma lua minguante abaixo do olho direito. Uma rajada de vento sopra trazendo o cheiro deles até mim e aí entendo a razão deles estarem deitados em pares, pois se trata de duas fêmeas e dois machos.

- Seth tinha dito três lobos e não quatro. - murmurei para mim mesmo.

Essa constatação me deixa preocupado, o lobo preto se levanta e essa foi minha deixa. Saio disparada para a mansão, mas tomando cuidado com meu cheiro não chegar até os quatros.

 

[Quebra de Tempo]

 

3:10 a.m.

Entrou na mansão e fui para sala.

- Não são apenas três e sim quatro. - falei, assim que entrei na sala.

Me calo quando só vejo tio Emmett e tio Jasper.

- Bebeu sangue estragado do sobrinho. - tio Emmett debochou.

Não respondi.

- O que aconteceu? - tio Jasper perguntou.

- O que você estava fazendo com os lobos? - pai me questionou um pouco alterado.

Me encolho sabendo que está preocupado, pois poderia ter acontecido alguma coisa comigo.

- Tinha ouvido um uivo e decidi ir ver quem era. - respondi.

- Calma, Edward. - vó pediu para ele.

Papai respira fundo para se acalmar.

- Perdão. - pai pediu e me abraça.

- Não, eu que peço desculpa. - falei o abraçando de volta. - deveria ter voltado para casa quando ouvi o uivo. - digo.

- Você está bem? - mãe perguntou preocupada, ela se aproximando de nós.

Papai se afasta. Mamãe começa a me olhar para ver se está tudo em seu devido lugar.

- Sim. - respondi. - eles não perceberam que estava lá. - falei a tranquilizando.

- O que quis dizer com: Não são três e sim quatro? - tio Jasper perguntou.

- Seth disse para o Jacob que eram três lobos, mas na clareira onde eles estavam eram quatro. - respondi. - eram duas fêmeas e dois machos. - falei.

- Como sabe que eram dois machos e duas fêmeas? - tia Rose perguntou.

Antes que respondesse.

- Vá tomar um banho e depois nos conte. - vó ordenou.

Olho para minhas roupas e as mesmas estão todas sujas de sangue.

- Certo. - falou. - já desço. - digo.

Saio da sala e subo rápido as escadas.

 

[10 Minutos Depois]

 

  Depois de tomar um banho, desço as escadas de calça moletom e uma camiseta verde mente. Vou para a sala e me sento.

- Desembucha. - tia Rosalie pediu assim que sentei.

- Fui caçar e quando era 1:30 a.m. ouvir uivos. - disse. - achei que pudesse ser o bando do Jacob, mas não poderia ser porque os lobos estavam em uma área que costumamos caçar mais perto de casa. - contei. - então, não poderia ser. - disse.

- E depois? - tia Alice perguntou.

- Fui até onde parecia que tinha vindo o uivo. - respondi. - fui contra o vento para que não sentissem minha presença. - falei.

- Você se arriscou demais. - mãe diz.

- Eu sei. - falei. - mas foi mais forte que eu. - disse.

- Como sabia que era fêmea ou macho? - pai perguntou.

- Uma rajada de vento trouxe o cheiro deles. - respondi. - achei estranho a forma que eles estavam juntos. - falei.

- Como eles estavam? - mãe perguntou.

- O lobo cinza escuro estava deitado com o lobo cinza claro... - falei e ao mesmo tempo penso neles para mostrar ao papai. - já o lobo preto acinzentado estava deitado com o lobo preto. - contei. - não sei dizer quem é o macho e quem é a fêmea, porque não reparei. - digo.

- Acho que as fêmeas são: cinzas claro e preto acinzentado. - pai murmurou. - esses lobos parecem um pouco menores, mas parece ter uma pequena diferença nas orelhas. - diz.

- Como sabe desse tipo de coisa? - tio Emmett perguntou olhando para o papai.

- Leah. - pai respondeu. - o tamanho delas não quer dizer nada, mas o tamanho das orelhas sim. - diz. - as lobas tem o formato das orelhas diferente.

- Que diferença? - vó perguntou.

- As fêmeas têm a orelha mais ovais, já os machos são mais pontudas. - pai explicou. - comparei uma vez, quando Leah e Seth estavam um do lado do outro, notei que os outros do bando são iguais. - diz.

- Fascinante. - vô murmurou, fascinado.

- Que legal. - tio Emmett comentou, achando maneiro.

- Não vejo nada legal. - tia Rosalie resmungou. - mas agora resta saber se eles são os mesmos lobos. - diz.

- Não são. - pai respondeu.

Todos olham para ele.

- Comparando as imagens que Jacob e Jonathan me mostraram, a pelagem dos lobos são diferentes. - pai diz. - os lobos que Seth e Leah viram eram marrom bem escuro, branco acinzentado e cinza escuro. - falou.

- Que legal, mais quatro lobos. - tia Rosalie resmungou.

- Isso não é bom. - tio Jasper diz. - são sete lobos desconhecidos. - faz as contas, seu tom é de preocupação.

- Acho que sei como Seth e Leah souberam que eles eram lobos transmorfo. - falei. - a energia que eles emitem era intensa, mas diferente da energia que emana do Jacob e dos outros. - comentei.

- O que mais você sentiu? - vô perguntou.

- Não sei explicar. - falei. - mas algo dentro de mim diz que eles não criaram atrito conosco. - digo.

Todos ficam em silêncio.

- Vamos ficar atentos. - vô diz por fim. - daremos um jeito se algo sair do controle. - falou.

Todos assentem com a cabeça.

Ficamos conversando a madrugada toda. Dessa vez presto atenção, mesmo que meus pensamentos ainda estejam em Molly.


Pov. Molly

 

3rd Agosto, quarta-feira - 5:58 a.m.

Acordo ao susto com Plagg batendo em meu rosto com uma das suas patinhas.

- Quanta delicadeza. - resmunguei ao constatar o que tinha acontecido realmente.

Olho para o despertador, faltavam dois minutos para o alarme tocar. Em vez de dar bronca nele, faço carinho em sua cabeça e o mesmo me responde ronronando.

 

~ Trmmmmm! Trmmmmm - o despertador toca

 

- Agora sim. É um bom dia. - falei sorrindo.

Pego a cabeça do Plagg e beijo o topo de sua cabeça, me levanto da cama deixando o gatuno sozinho no meu travesseiro. Desço as escadas até o closet e vou ao banheiro para tomar um banho rápido.

- Bom dia, Tikki. - gritei de dentro do banheiro, escuto seu miado baixo já que a mesma está no andar de cima.

Encosto a porta do banheiro para que eles possam entrar se quiserem.

 

~ 10 Minutos Depois ~

 

Quando terminei meu banho, enrolei-me em uma toalha branca e calço uma pantufa para não pisar no chão frio. Vou para o closet, dou uma olhada em minhas roupas e decidi colocar uma meia calça arrastão, calça jeans clara rasgada nos joelhos e uma parte da coxas para que mostre a meia arrastão, coloquei um moletom cropped bege que deixam mais algumas das minhas Runas amostra e para finalizar minha bota Lerner Caramelo[Imagens no meu blog, o site está na sinopse]

Vou até minha penteadeira para pegar meu colar que tem o anel de Fairchild e o ponho no pescoço, volto para o andar de cima e arrumo minha cama, assim como algumas coisas que estão espalhadas. 

Já com tudo em ordem, peguei minha bolsa e olhei para meus gatos.

- Vamos. - chamei os dois. - colocarei comida para vocês. - falei a palavra mágica.

 

6:45 a.m.

Plagg é o primeiro a vir até mim, Tikki vem logo atrás. Descemos as escadas até o closet e sai do quarto, peguei Tikki e Plagg no colo para descermos as escadas da casa.

- Bom dia. - desejei, assim que entrei na sala de jantar para tomar meu café da manhã.

- Bom dia. - todos respondem.

Antes de sentar-me na cadeira, vou para a cozinha colocar comida para meus os gatos.

- Que horas vocês voltaram ontem? - perguntei olhando para Liam e Troy, quando me sentei à cadeira.

- Era mais de 1 a.m. - Troy respondeu. - perdemos a noção do tempo. - se justificou olhando para o papai.

- Sei que já se formaram, mas contando que se formem outra vez com louvor, não me importo a que horas vocês chegaram em casa. - pai diz piscando para mim.

- Você poderia ter ido conosco. - Hayden murmurou.

- Tinha algumas coisas para fazer. - respondi tomando um gole de café. - e não tinha feito lição de casa. - justifiquei.

- Que coisa feia, irmã. - Apollo debochou.

Olho para ele com a sobrancelha erguida.

- E você fez a sua tarefa? Ou pegou a lição feita do seu gêmeo? - questionei o olhando torto.

Apollo sorriu sem graça.

- Foi o que pensei. - falei sorrindo vitoriosa.

 

7:30 a.m.

Terminamos de tomar café.

- Podem levar a Jasmine e o Jackson para o colégio? - pai perguntou em forma de pedido.

- É claro. - respondi. - Apollo... Allan... vocês virão comigo hoje. - falei. - vamos embora. - digo.

Vou para a garagem e colo as cadeirinhas no banco traseiro para que o banco fique mais alto.

- Estão prontas crianças? - perguntei olhando para Jasmine e Jackson.

- Estamos, capitão! - Jasmine gritou animada. 

Sorri.

- Sim irmã. - Jackson respondeu como um lorde e sorri minimamente para mim.

- Vou ajudá-los a se sentarem em seus lugares. - falei para eles que assentem com a cabeça.

Ajudo eles a entrar no carro e com o cinto de segurança. Allan se aproximou do carro assim que fechei a porta do lado do passageiro.

- Vou atrás para ajudá-los a descer depois. - Allan murmurou voluntariamente.

- Apollo! - gritei seu nome.

- Estou indo! - o mesmo gritou, correndo em direção ao carro.

- Vejo vocês no colégio. - Liam falou um pouco mais alto, já dentro do outro carro.

Apenas sinalizei com o polegar.

Ligo o carro e saio da garagem rumo ao colégio Forks Elementary School.

 

[15 Minutos]

 

7:45 a.m.

- Boa aula, crianças. - desejei, assim que Jasmine e Jackson saíram do carro.

Allan leva Jasmine e Jackson para a entrada da escola e volta para o carro, assim que eles entram dentro do colégio.

- Prontos? - perguntei.

Eles assentem com a cabeça, sai da frente do colégio dos mais novos indo para o nosso colégio e em cinco minutos chegamos. Estacionei ao lado do carro do Troy.

 

7:50 a.m.

Descemos do carro e todos olham para nossa direção como ontem, inclusive os Cullen.

- Porque eles ficam nos olhando tanto? - perguntei um pouco incomodada até parecia que arrancariam pedaço.

- Somos carne nova, maninha. - Liam respondeu dando de ombro, já acostumado.

- Ou porque você está vestida para matar. - Apollo diz me provocando.

Reviro os olhos.

- Bando de urubus. - resmunguei irritada. - até a hora do almoço, irmãos. - falei indo para dentro do colégio.

Vou para minha primeira aula.

 

Pov. Jonathan

 

4:30 a.m.

Durante a madrugada ficamos conversando, quando era 4:30 a.m., decidi ir para o escritório do vovô fazer minhas lições e ler um livro até dar a hora de ir ao colégio.

 

5:50 a.m.

Olho o relógio e faltavam dez minutos para a 6 a.m., me levantei da poltrona e guardei o livro que estava lendo, a porta do escritório se abre.

- Bom dia, vô. - desejei.

- Bom dia, Jonathan. - vô desejou.

Ele está sorrindo.

- Você está indo para o hospital? - perguntei.

- Sim. - vovô respondeu.

Assenti com a cabeça.

- Vou me arrumar para ir ao colégio. - digo e saio do escritório.

Subo as escadas indo para meu quarto, assim que entro. Vou para meu closet me trocar. Escolhi uma calça jeans rasgada nos joelhos, blusão básico bege com punho e tênis branco, voltei para o quarto e coloco meu relógio que ganhei do papai. Vou ao banheiro para ajeitar meus cabelos. [o look de Jonathan está no blog:https://fanficscast.blogspot.com/p/looks-dos-personagens-cv.html]

Saio do quarto já arrumado, desço as escadas e vou para a cozinha onde sei que Vovó estará preparando o café da minha irmã e cunhado.

- Bom dia, vó. - desejei.

Vou até a mesma e beijo sua bochecha.

- Onde estão meus pais? - perguntei.

- Eles foram para o chalé. - vovó respondeu sorrindo.

Torço o nariz.

- Quer ajuda? - perguntei.

- Não. - vovó respondeu sorrindo. - se sente para conversarmos. - pediu toda animada.

- Sobre? - perguntei me sentando em uma das banquetas.

- Ora, sobre a Molly. - vovó respondeu como se fosse óbvio. - você não disse muito como foi conversar com ela. - murmurou.

- Bem... ela sabe desenhar, pois quando me sentei ao seu lado, a mesma estava desenhando um vaso com flores. - contei. - o desenho tinha traços precisos e delicados. - comentei.

- Então, a senhorita Brown é uma desenhista. - vó murmurou contente, já que a mesma é uma amante da arte. - ela deve entender sobre artes. - diz empolgada.

- Ou talvez não. - falei e ri da cara de brava que vovó fez. - ta bem, ela deve entender de arte. - digo levantando a mão para cima.

- O que mais vocês conversaram? - vó perguntou.

- Não conversamos muito. - admiti. - mas sei que onde ela estudava antes era bem diferente de onde está estudando agora. - falei. - um dos experimento que estamos fazendo, ela disse que nunca tinha feito e me lembro de tê-lo feito ano passado. - expliquei. - mas em compensação ela é muito inteligente, fiquei muito chocado na rapidez dela fazer um cálculo de cabeça. - digo.

- Sabemos que ela nasceu no Canadá, mas viveu em New York longe da família. - vó diz. - ela disse com quem morou? - perguntou.

- Não. - respondi. - mas acho que ela morou na própria escola. - digo. - pelo menos foi o que deu a entender, quando disse sobre o instituto. - falei.

- Instituto? - vó perguntou.

- Ela chamou o colégio onde estudou de Instituto. - falei. - nunca ouvi em uma escola que tenha esse nome. - digo.

- Também nunca ouvi falar. - vó murmurou. - e depois? - perguntou curiosa.

- Ela me disse que a escola é bem rígida e que lá ensinaram a falar italiano, francês, português e latim. - contei. - além do inglês e espanhol. - digo.

- Latim? - tio Emmett entrou na cozinha junto com tia Rose.

- Ela só disse que a cultura do colégio é um pouco diferente. - esclareci.

- Estranho. - tia Rosalie murmurou. - quem nesse século sabe falar latim? - perguntou.

- Eu sei falar latim. - vô respondeu entrando na cozinha.

- Você não conta, querido. - vó falou sorrindo para o mesmo.

Vovô sorri para vovó, ele vai até a mesma e lhe dá um beijo nos lábios.

- Bom... já estou indo para o hospital. - o mesmo informou.

- Até a noite. - vó diz para o mesmo.

- Até, crianças. - vovô falou indo até a garagem.

- Tchau. - falei para vovô.

- Vocês conversaram sobre mais o que? - tio Emmett perguntou curioso como uma velha fofoqueira.

- Não conversamos nas outras aulas. - falei. - mas no corredor, quando brinquei que ela já estava desistindo de lidar com o professor de matemática, ela disse que uma Fair... - parei de falar na hora e penso no sobrenome que ela disse sem querer.

- Quem é Fairchild? - pai perguntou entrando na cozinha, não só ele como mamãe, tia Alice, tio Jasper, Nessie e Jacob.

- Ah... - não sabia o que responder.

- O que não está nos contando, sobrinho? - tia Rosalie questionou.

Suspiro.

- Não quero quebrar a confiança dela por ter me contado sobre isso. - murmurei. - mesmo que não tenha me pedido para guardar segredo, senti que isso a incomodou e foi um acidente ela ter me dito sobre. - digo.

- Então, ela tem um segredo. - tia Rosalie diz.

- Não é bem um segredo, mas tem haver com os pais da mãe dela... seus avós maternos. - respondi.

- Vamos mudar de assunto. - vovó pediu querendo dissipar o clima tenso.

- Não! - tia Rose esbravejou. - ele começou, então termine. - falou me olhando.

Fico mudo.

- Não é algo tão grave assim. - pai garantiu olhando para tia Rose. - a mãe dela apenas não usa o sobrenome da família dela. - diz.

- Porque? - dessa vez foi tia Alice perguntou.

Responderia, mas...

- Não é da nossa conta. - pai diz. - não vou falar nada. - falou sorrindo para mim e piscou um olho.

Olho para o mesmo.

- Tudo bem. - vó disse. - Nessie... Jacob... venham tomar o café de vocês. - mandou.

Tia Rosalie saiu da cozinha pisando duro e bufando.

- Desculpa, tio Emm. - pedi olhando para o mesmo.

- Não se preocupe. - tio Emm falou sorrindo travesso, o mesmo piscando para mim.

Ele se levanta indo atrás da tia Rose.

- Não ligue para Rose, ela só está com ciúmes. - tia Alice diz - e é muito bonito da sua parte guardar um segredo ou uma coisa importante que não seja sua. - falou. - mesmo que seu pai saiba. - murmurou.

- Não é minha culpa. - pai se defende.

- Tudo bem. - falei. - mas não vejo nada de mais ela em esconder isso até porque não interfere em nada. - digo.

- Se vocês estão dizendo. - tio Jasper falou e olha para papai que apenas sorri.

Nessie e Jacob terminam de tomar café da manhã.

 

_ Quebra de Tempo _

 

7:30 a.m.

Chegamos no estacionamento do colégio. Papai e tio Emmett estacionaram nos lugares de sempre. Hoje, Nessie e Jacob vieram no carro conosco.

Saímos do carro e a maioria dos alunos olha para nós, meu olhar vai automaticamente para as vagas que os carros dos Brown estavam ontem, mas os lugares estão vazios.

- Eles ainda não chegaram, sobrinho... - tio Emmett diz. - bem... ELA ainda não chegou. - me provoca dando ênfase no ‘ela’.

- Não enche, Emm. - rosnei olhando irritado para o mesmo.

Viro a cara irritado.

 

7:40 a.m.

O Jeep Renegade e o Jeep Compass estacionam nas mesmas vagas de ontem, menos o Volvo da Molly.

“ - Será que ela não vem, hoje? - me perguntei mentalmente.”

- Ela pode está somente atrasada. - pai diz, respondendo minha pergunta silenciosa.

Jacob, tio Jasper e tia Alice riem me fazendo bufar. Enquanto minha família tirava onda com minha cara, dez minutos depois, o Volvo da Molly estaciona ao lados dos outros dois carros.

- Viu Jonathan... - Jacob fala chamando minha atenção. - não precisa mais se preocupar que Molly acabou de chegar. - diz implicando comigo.

Reviro meus olhos pela sua implicância.

Os gêmeos descem do carro, inclusive ela. Quando a mesma desceu do carro, não consegui desviar meus olhos dela. Ela estava vestindo uma calça jeans rasgada no joelhos e coxa, por baixo ela usa uma meia calça arrastão, um cropped bege que mostra um pouco da sua barriga deixando mais algumas tatuagens à mostra.

- Quer um balde? - tio Emmett perguntou gargalhando.

Saio do transe.

- O que? - perguntei sem ter escutado sua pergunta.

Emmett, Jasper, Alice, Nessie, Jacob e papai começam a rir.

- Irmão... - Nessie pronuncia meu nome em meio ao riso. - limpa a baba que está escorrendo. - diz rindo mais ainda.

- Dá para pararem. - pedi irritado.

- Você nem disfarça. - tio Emmett murmurou. - ainda bem que ela não viu você a comendo com os olhos. - diz.

- EMMETT! - exclamei, o repreendendo.

- Perdão pelo linguajar. - tio Emmett pediu em tom de zombaria. - mas é verdade. - diz não se arrependendo.

Rosnei irritado, me afasto da minha família indo para dentro do colégio. Vou para minha primeira aula mesmo não tendo tocado o primeiro sinal.

 

_ Quebra de Tempo _

 

9:10 a.m. - Aula de História

O primeiro sinal tocou. Saio da sala e vou para minha aula de história, estou um pouco animado para conversar com Molly. Entrei na sala e o professor não estava na sala, deveria ter saído para beber água ou fazer algo, olho para onde ela se sentou ontem e seu lugar está vazio, me sento em meu lugar ansioso pela chegada dela.

Um tempo depois, o professor retorna a sala e alguns alunos entram também, inclusive Molly. Ela olha ao redor da sala até seus olhos se encontram com os meus, a mesma sorri.

- Bom dia. - Molly me desejou sorrindo. 

Ela se senta atrás de mim.

- Bom dia. - respondi. - como você está? - perguntei.

- Estou bem. - Molly respondeu e sorriu. - e você? - perguntou.

- Bem também. - respondi retribuindo seu sorriso.

~ Segundo toque do sinal.

- Bom dia, turma. - o professor desejou.

- Bom dia. - todos respondem.

Como não quero arranjar problemas para Molly, como ontem na aula de matemática, viro para frente e presto atenção no que o professor está falando.

O professor Adams está explicando sobre criaturas da mitologia grega e místicas como vampiros, lobisomens, fadas, sereias, elfos, dragões, bruxas, entre outros. Apesar de saber a verdade sobre vampiros e lobisomens, é engraçado ver como os humanos são criativos em nos descrever.

- Quero que formem dupla. - o professor pede me tirando do meu devaneio. - vocês farão um trabalho escrito e me entregarão na próxima quarta-feira. - disse. - isso significa que terão uma semana para fazê-lo. - falou.

Uma aluna levanta a mão.

- Sim? - o professor perguntou.

- O que temos que fazer nesse trabalho? - a garota perguntou.

- Calma, ainda vou explicar. - o professor respondeu e riu levemente da ansiedade da garota. - vocês terão que escrever sobre criaturas místicas, mas não quero que escrevam sobre vampiros e lobisomens. - pediu.

- Porque? - um outro aluno questiona.

- Vocês sempre escolhem esses. - o professor Adams respondeu revirando os olhos. - quero que sejam “criativos” na pesquisa de vocês. - falou. - podem usar livros ou a internet, como vocês preferirem. - diz. - no trabalho deve conter: a origem. Onde surgiu a criatura mística? O que ela fez para ser temida? - explicou. - será em dupla para ser menos trabalho para eu ler. - diz. - vou deixá-los formarem as dupla e discutirem até o final desta aula. - informou. - antes de saírem quero que venham pegar a folha com outras instruções para o trabalho. - pediu.

Todos os alunos começaram a falar ao mesmo tempo, me viro para olhar para Molly e saber se a mesma gostaria de fazer dupla comigo.

- O que acha de fazermos dupla? - perguntei sorrindo galanteador. - prometo não se arrepender. - garanti.

Molly riu.

- Não sei, não. - Molly diz séria, desfiz o sorriso. - nossa já desistiu? - perguntou. - achei que fosse mais insistente. - brincou.

- Ah... - tentei me fingir de vítima

- Estava apenas brincando. - Molly falou preocupada. - eu faço dupla com você. - diz.

Sorrio para ela.

- Você estava brincando, né. - Molly mais afirmou do que perguntou. - seu trapaceiro. - murmurou e empurrou meu ombro.

Ri.

- Você tinha que ter visto a sua cara. - comentei.

- Idiota. - a mesma falou de cara amarrada.

- Vamos lá. - falei chamando sua atenção. - estava brincando. - disse. - me perdoe. - pedi.

- Vou pensar no seu caso. - Molly falou fazendo bico. Sei que está brincando, ou pelo menos acho. - vamos falar de algo sério. - diz. - como faremos esse trabalho? Eu faço uma parte e vou outra para depois juntamos o que fizermos? - perguntou.

- Podemos fazer na sexta... - sugeri. - podemos ir lá em casa ou na sua. - falei.

- Se importaria se fosse na sua casa? - Molly perguntou.

- Não. - respondi achando estranho. - posso perguntar uma coisa? - pergunto.

Molly apenas sorri.

- Tenho irmãos pequenos. - a mesma falou. - vou acabar não me concentrando no trabalho. - diz respondendo minha pergunta não dita.

Olho para ela espantado.

- Como sabia que perguntaria isso? - questionei.

- Seu olhar disse tudo. - Molly respondeu e sorriu.

- Certo. - falei atordoado.

- Tenho alguns livros na biblioteca de casa. - Molly diz. - podemos usar sem problemas. - falou. - trarei eles na sexta para usarmos. - prometeu. - trago até mesmo meu notebook.

- Certo. - respondi. - você gosta de ler? - perguntei mudando de assunto.

- Sim. - Molly respondeu. - tenho até uma biblioteca particular no meu quarto. - diz.

- No seu quarto? - questionei chocado.

- Meu quarto é enorme. - Molly falou sem se gabar. - tenho uma estante cheia de livros, um sofá e televisão particular. - contou. - gosto de privacidade, meu closet é enorme. - diz. - também tenho mais duas salas dentro do closet, pois gosto de pintar e costurar.

- Você costura? - perguntei chocado e surpreso.

Molly ri.

- Algumas peças. - ela respondeu. - quando tinha tempo em New York, fazia algumas roupas para o Magnus e para mim - contou.

- Magnus? - perguntei enciumado.

Tento disfarçar.

- Magnus é meu melhor amigo. - Molly respondeu. - ele é namorado do Alex que é um irmão para mim. - diz.

- Irmão? - perguntei e ri.

Molly me acompanha.

- Eu sei. - ela murmurou. - tenho quinze irmãos, mas considero meus amigos que fiz em New York meus irmãos também. - diz. - sei que é um pouco estranho ter muitos irmãos e considerar meu amigos também irmãos, mas convivi com eles por muito tempo.

- Não acho estranho. - falei a compreendendo. - a amizade que você tem com seus amigos tem mais de um título. - digo.

- E você? - ela me perguntou.

- O que tem eu? - perguntei me fazendo de desentendido.

- Você me entendeu. - Molly falou em tom de acusação. - só eu estou falando sobre mim. - diz.

- O que você quer saber? - perguntei com um pouco de receio.

- Não sei... - Molly diz sincera. - mas percebi que todos aqui temem você e sua família. - diz. - e já ouvi alguns alunos falarem que vocês são estranhos por morarem juntos. - murmurou torcendo o nariz levemente.

- Bem... - hesito antes de falar qualquer coisa. - meus tios ficaram com nossa custódia, quando nossos pais morreram em um acidente de carro. - menti.

- Sinto muito. - Molly murmurou com pesar.

Me senti um pouco culpado por estar mentindo para ela.

- Obrigada. - agradeci sabendo que ela não estava dizendo isso por pena.

A maioria dos humanos fazem isso.

- Você disse aos nossos pais? - ela perguntou.

- Edward é meu irmão gêmeo. - respondi.

Molly franze o cenho.

- Tínhamos treze anos na época. - menti. - nosso tio Carlisle ficou com nossa guarda e na época, ele e Esme já tinha três filhos adotivos. - contei. - já Bella e Renesmee são irmãs, mas filha da irmã da tia Esme que morreram também. - falei.

- Pelo anjo. - Molly murmurou.

- Graças ao tio Carlisle e tia Esme somos uma família feliz. - murmurei.

Molly sorri.

- Percebi isso. - a mesma falou. - vocês parecem bem unidos, assim como minha família. - diz.

- E somos mesmo. - falo sorrindo. - e...

Não conclui, pois o primeiro sinal para a próxima aula tocou. Isso me deixa frustrado.

- Nos vemos mais tarde. - Molly falou pegando suas coisas e saindo.

- Espere. - pedi pegando minhas coisas o mais rápido que um humano conseguiria.

Vou até o professor que me entrega a folha que tinha dito que entregaria na hora da saída.

Saímos da sala junto.

- O que está fazendo? - ela questionou.

- Qual é a sua próxima aula? - perguntei ao invés de responder a sua pergunta.

- Espanhol avançado. - ela respondeu com cenho franzido.

- Vamos que te levo até a sala da senhorita Lopez. - falei indo na frente.

Ela segura minha mão me impedindo de seguir em frente, mas não foi isso que me fez parar, mas sim a corrente elétrica que percorreu todo meu corpo e que me fez estremecer. Olho em seus olhos e notei que ela sentiu o mesmo que eu.

- Não precisa fazer isso. - Molly falou soltando minha mão. - você irá se atrasar para sua aula. - diz.

- Você também se não, se apressar. - falei a provocando.

Ela suspirou.

- Desculpa. - pedi ficando sério.

- Pelo que? - Molly perguntou franzindo o cenho.

- Não quis ser grudento, eu apenas...

- Tudo bem. - ela falou e sorriu. - me leva até a sala de espanhol para que você possa ir para sua aula e não chegar tão atrasado. - diz.

Assenti com a cabeça. Levo-na para a sala onde a professora de espanhol dá aula.

Já na porta da sala.

- Até mais Jonathan. - Molly murmurou sorrindo. - e obrigada. - agradeceu entrando na sala.

Suspirei dando as costas e indo para minha aula de geografia com o senhor Harris German antes que o segundo sinal toque.

 

_ Quebra de Tempo _

 

Pov. Molly

 

_ Quebra de Tempo _

 

1:05 p.m. - almoço

O sinal da hora do almoço tocou. Saio da sala e vou ao meu armário deixar meus materiais e pegar os das próximas aulas.

- Molly! - escutei ser chamada o que me fez arrepiar todinha, sabia que era Jonathan, só ele consegue fazer meu corpo arrepiar todo.

- Oi. - respondi me virando para olha-lo.

- Como foi sua aula de espanhol? - ele perguntou.

- Fácil. - respondi e ri. - tenho que agradecer ao Raphael por isso. - falei. 

Percebo o que disse e suspirei.

- Seu namorado? - Jonathan perguntou me fazendo rir logo depois.

- Não. Com certeza não. - respondi ao seu olhar ciumento. - ele era um amigo. - esclareci.

- Era? - Jonathan perguntou franzindo o cenho.

Suspirei.

- Ele morreu salvando a vida do Mag. - falei simplesmente. - foi uma das razões de ter voltado para casa. - digo. - a vida é muito curta para ficar tanto tempo longe da família. - murmurei.

- Sinto muito. - Jonathan murmurou e me abraçou. 

Retribuí seu abraço. Jonathan até me fez sorrir pelo seu jeito carinhoso.

- Foi Raphael que lhe ensinou a falar espanhol? - o mesmo perguntou.

- Não. - respondi fazendo o mesmo franzi o cenho. - Raphael era Mexicano e morou em New York. - contei. - o conheci através do Magnus. - falei. - toda vez que nos encontrava, ele me fazia falar em espanhol, mesmo sabendo falar inglês com sotaque.

- Quantos anos ele tinha? - ele perguntou.

- Ele tinha quinze. - respondi.

Jonathan me olha espantado.

- Tão novo. - ele murmurou com pesar.

- Pois é. - falei.

Suspirei. Antes que falasse qualquer coisa, minha barriga roncou nos fazendo rir.

- Desculpa.  - pedi.

Jonathan sorri e pisca para mim.

- Vamos. - o mesmo murmurou.

Assenti com a cabeça. Saímos do corredor dos armários indo para o refeitório. Ao entrarmos no refeitório, praticamente todos os alunos olham para nos dois.

Revirou os olhos e resmungo.

- Pelo visto, você não gosta de chamar atenção. - Jonathan constatou.

- Não é essa questão. - falei indo para fila para pegar algo para comer.

- E qual seria a questão? - ele perguntou.

- Gosto de vestir roupas ousadas, por exemplo... - murmurei. - mas odeio quando me olham como se eu fosse um pedaço de carne, como a maioria dos homens fazem. - digo. - isso me irrita. - falei.

Ele fica em silêncio e eu ri.

- Você é diferente. - murmurei olhando em seus olhos. - primeiro você me olha nos olhos para depois analisar a roupa que estou vestindo... - disse. - e de um jeito educado e não sujo. - completou e piscou para o mesmo.

Pego a bandeja. Colo um hambúrguer, batata frita, um donuts com recheio de baunilha e cobertura de morango com granulado coloridos em cima, pego dois bolinhos de chocolate, uma maçã e um suco de laranja em garrafinha.

- Você gosta mesmo de doce. - Jonathan comentou o que me fez rir.

- Sou uma formiguinha. - cantarolei balançando os ombros. - se deixar como doce o dia inteiro. - digo.

Paguei o que escolhi e antes de sair.

- Não vai comer nada? - perguntei em tom provocativo.

Ele me olha surpreso, mas sorri.

- Estou sem fome. - Jonathan respondeu. - comi muito no café da manhã. - diz dando uma desculpa qualquer e sorrindo amarelo.

- Se você diz. - falei e pego a bandeja. - até mais senhor Cullen. - digo o provocando.

Saio de perto dele indo para a mesa que meus irmãos estão.

- E aí, como foi as primeiras aulas? - perguntei ao me sentar, pego uma das batatas e a como.

- A nossa foi ótima, mas a sua deve ter sido excelente. - Liam diz me provocando.

- Acho que alguém quer um chute nas bolas. - ameacei olhando atravessado e sorrindo diabólico para o mesmo.

- Molly... - Troy me chama minha atenção e antes que falasse algo cortei o mesmo na hora.

- Quero almoçar em paz e tranquila. - avisei olhando brava para eles. - então... me deixem. - ordenei.

- O que está acontecendo? - Luna perguntou.

- Nada. - respondi. - apenas fiz um amigo e Liam está no meu pé. - resmunguei.

- Amigo? - Liam questionou ainda me provocando.

- Liam... - Troy repreendeu o mesmo.

Ele olha para Liam fixamente.

- Odeio quando vocês três fazem isso. - Apollo resmungou, torcendo o nariz.

- Não estou na mente deles. - falei em minha defesa. 

Mordi meu hambúrguer que está uma delícia por sinal.

- Dois bolinhos e um donuts... - Apollo questionou. - não vai ficar doente comendo muito doce? - perguntou.

- Sabe que nossa irmã não tem problema em comer muito doce. - Sol diz sorrindo para mim. - além do mais, ela pegou uma maçã. - falou.

- Comer doce me acalma e me deixa em alerta. - falei dando de ombro. - e amo comer maçã. - me defendo antes que venham implicar comigo. - e peguei para comer depois. - disse.

- E os fast food? - Liam perguntou.

- Mau hábito humano. - respondi. - mas a melhor comida fast food é do Taki’s. - murmurei.

- Taki’s? - Matteo perguntou.

- É uma lanchonete em New York que sempre estamos indo almoçar ou jantar. - expliquei. - é um lugar para os submundanos frequentam. - digo. - a culpa é do Jace. - falei jogando a culpa nele.

- Você sempre põem a culpa no Herondale. - Allan me acusa..

- Claro. - falei. - a culpa é sempre do Jace. - digo.

Ri.

Eles me acompanham por imaginarem as loucuras que já fazíamos antes de voltar para perto da família.

 

Pov. Jonathan

Ela se afasta de mim indo para a mesa onde seus irmãos estão. Vou para a mesa onde a minha família está sentada e quando cheguei, me sento na cadeira vaga. Minha família está me olhando de uma forma estranha.

- O que? - perguntei sem entendê-los.

- Dez ponto para você, sobrinho. - tio Emmett murmurou e começou a gargalhar.

- Pontos? - questionei sem compreendê-lo.

- Não ligue para o idiota do Emmett. - mãe diz sorrindo para mim.

- Como foi sua conversa com a Molly? - Nessie perguntou curiosa e ansiosa.

- Agradável. - respondi.

- Parecia mais do que agradável. - Jacob comentou me provocando.

- Não enche. - rosnei para o mesmo.

- Calma. - Jacob pediu levantando suas mãos para cima e rindo da minha reação.

- O que conversaram? - pai perguntou.

- Nos encontramos no corredor e tinha perguntado como foi a aula de espanhol. - respondi.

- E o que respondeu? - tia Rosalie perguntou.

- Ela respondeu que tinha sido fácil. - respondi. - ela aprendeu na antiga escola e um amigo a incentivava ela falar em espanhol. - comentei.

- Amigo? - tio Jasper perguntou

- Sim. - respondi. - ele tinha quinze anos e era Mexicano. - disse.

- Porque está dizendo que era? - mãe perguntou.

- Infelizmente, ele está morto. - respondi e olho para a mesa onde Molly está sentada. - ela disse que Raphael salvou a vida de um outro amigo dela. - diz.

- Coitada, deve ter sido difícil perder um amigo.  - mãe murmurou.

- E tão jovem. - pai comentou.

- O que mais conversaram? - tia Alice perguntou animada.

- Ela ficou irritada pelas pessoas ficarem olhando para ela... - comentei. - principalmente os homens como se fosse um pedaço de carne. - falei.

- E o que mais. - tio Emmett perguntou e sorri. - estávamos observando e percebi um certo olhar dela. - diz.

- Ah... - fico sem saber o que dizer.

Noto que papai sorri.

- Ela é observadora e provocadora. - pai comentou.

- Ah não, nos conte já. - tia Alice manda colocando do dedo em risca.

- Ela percebeu meu olhar sobre si. - falei.

Tio Emmett gargalhou alto.

- Jonathan... - mãe chamou minha atenção em tom de reprovação.

- Mãe... você entendeu errado. - falei para tentar tranquilizá-la. - não olhei pensando em besteira, não sou como esses idiotas pervertidos. - me defendi.

- Espero que não seja mesmo. - tia Alice, tia Rose e Nessie falam juntas.

Pai ri da minha irritação pelas insinuações infundadas.

- Ela disse que antes do Jonathan a olhá-la. Ele primeiro olhou em seus olhos e depois ele olhou para as roupas que estava vestida. - pai explica em minha defesa. - não foi como a maioria dos ALUNOS olharam para ela hoje. - diz.

- Apenas admirei a beleza dela, sem segundas intenções. - me defendi.

- Ah tá. - Jacob diz. - ela está vestida para matar um. - comentou.

- E daí cachorro... - tia Rose diz irritada. - uma mulher veste o que quiser. - falou de mal humor. - posso ter vindo de uma outra época, mas não me importo com a evolução das roupas de século. - esbravejou. - não vejo nenhum problema com as roupas que ela está vestida.

- Eu sei disso, mas as outras pessoas não estão nem aí. - Jacob argumentou.

- Você quis dizer os homens. - tia Rose acusou. - não importa o que vestimos, os homens sempre acham uma justificativa para passar a mão em nós sem nosso consentimento, estejamos vestido decentemente ou não. - diz.

Tia Rosalie se levanta e sai do refeitório indo para o estacionamento.

- Muito obrigado, Jacob. - tio Emmett resmungou se levantando e indo atrás de tia Rose.

- O que disse de errado? - Jacob perguntou.

- Não é pessoal. - papai diz.

- Aconteceu algo que não sei? - perguntei.

- Alguns garotos do terceiro fizeram alguns comentários que Rose não gostou. - tio Jasper diz.

- Dela? - perguntei.

- Não. - pai respondeu e pelo seu olhar sei que foi sobre Molly.

- Quem? - perguntei puto da vida.

- Não vale a pena, Jonathan. - tio Jasper diz.

- E não se preocupe, estou de olho nele. - tia Alice garantiu.

- Mas você não consegue ver ela. - argumentei.

- Não se preocupe, filho. - pai diz para me acalmar.

Olho para ele e vejo que estará de olho nos imbecis. Suspirei.

- Valeu. - agradeci.

- O que mais falaram? - Nessie mudou um pouco de assunto. - percebi que sorriram um para o outro em um momento. - diz.

Sorri.

- Ela ama comer doce. - respondi. - disse que se deixar, ela come o dia inteiro. - comentei e ri.

- Só espero que ela não fique doente. - pai murmurou. - comer muito doce pode causar várias doenças. - diz.

- Ela deve saber o que está fazendo. - tio Jasper diz rindo da preocupação do meu pai.

O resto do almoço foi agradável e animado, tio Emmett e tia Rosalie não voltaram, mas não nos preocupamos com o sumiço deles.

 

_ Quebra de Tempo _

 

1:45 p.m.

Estou indo para a aula de laboratório, mas antes passei no meu armário para pegar o jaleco e pensei que Molly estaria lá, já que não estava mais no refeitório e não percebi que tinha saído. Como não estava no armário, fui para a sala e ao entrar na sala, a mesma estava sentada em nossa bancada. Alicia Ross está conversando com Molly e não me parece amigável. Quando me aproximei da bancada, Alicia para de falar com Molly e olha para mim com um sorriso sedutor.

- Oi Jonathan. - Alicia me cumprimenta. - tudo vem? - perguntou.

Olho para Molly que está olhando irritada para Alicia, mas quando me percebe, ela vira a cabeça e sorri para mim.

- Oi de novo. - Molly diz sorrindo para mim.

Retribuo o seu sorriso.

- Oi. - respondi. Viro-me para falar com Alicia, mas ela parecia irritada que logo some e no lugar aparece outra vez o sorriso sedutor, o que me deixa incomodado. - poderia me dar licença? - pedi.

Ela desfaz o sorriso e sai pisando duro.

- Acho que você a irritou. - Molly murmurou olhando para Alicia.

Me sento ao seu lado.

- O que ela fez para te deixar irritada? - perguntei curioso.

Ela sorri.

- Não se preocupe que sou vacinada com esse tipo de mulher. - Molly comentou e eu a olho. - ta bem... ela veio falar que era para ficar longe de você. - respondeu e antes que falasse algo. - ela é apenas uma garota iludida. - diz.

Olho para ela.

- Eu nunca dei bola para ela. - me justifiquei. - eu... - não sabia o que dizer com relação a Alicia.

- Você não tem que me dar uma explicação ou satisfação. - Molly diz.

O segundo sinal toca e o professor entra na sala.

Não pude retrucar seu argumento, meus pais entram na sala e me olham. Papai franze o cenho, mas não pergunta nada.

 

_ Quebra de Tempo _

 

As aulas terminam depressa. Molly e eu estamos saindo da nossa aula de matemática, indo para o corredor dos armários.

- O professor Longveld está mesmo de marcação com você. - falei rindo da expressão irritada da Molly.

- Nem me fala. - a mesma resmungou. - como ele pode dar uma prova surpresa no terceiro dia de aula? - questionou.

- Não foi certo o que ele fez. - concordei com ela. - mas acha que foi bem? - perguntei preocupado.

- Está brincando, eu arrasei. - Molly respondeu e abre seu armário deixando algumas coisas e pegando outras. - ele acha que sou burra e percebi que minha prova era diferente dos outros alunos. - diz.

Olho para ela.

- Pois é. - Molly diz. - mas tudo bem. - falei.

- Ele não pode fazer isso, é errado. - digo irritado com esse professor.

- Diz isso a ele. - Molly resmungou. - na verdade, não fala, não. - pediu. - ele saberá que olhei na prova de alguém e dirá que tentei colar. - diz.

- Molly... - chamo e ela se vira para me olhar.

- Não precisa se preocupar. - Molly diz olhando em meus olhos. - sei que fui bem. - diz convincente. - e se ele altera minha prova ou minha nota, ele vai se lascar. - falou. - porque tenho memória fotográfica e sei todas as minhas respostas e resoluções.

Olho para a mesma surpreso.

- Eu sei, sou incrível. - Molly se gaba e sorri convencida.

Ri pelo seu jeito convencido.

- Nem um pouco convencida. - provoquei.

- Isso é muita convivência com o Herondale e. - Molly diz rindo.

- Jonathan. - escutei minha tia Alice me chamar.

A mesma vem até nós junto com tio Jasper.

- Oi Alice. O que aconteceu? - perguntei olhando para ela preocupado.

- Oi. - Molly cumprimentou eles e sorri para os dois.

- Não aconteceu nada. - tia Alice respondeu. - oi. Muito prazer em conhecê-la... - ela diz. - me chamo Alice e esse é meu namorado Jasper. - apresenta o mesmo.

- Olá. - tio Jasper diz de forma cordial, mas a olha de uma forma estranha.

- Prazer em conhecê-los. - Molly diz sorrindo para eles.

- Eu amei a sua roupa. - tia Alice comenta olhando Molly de cima a baixa.

- Obrigada. - Molly agradeceu. - gostaria de conversar mais, mas tenho que ir. - diz. - foi um prazer conhecê-los. - falou olhando para meus tios.

- O prazer foi todo nosso. - tia Alice diz sorrindo.

- Até de manhã. - Molly diz repousando sua mão em meu ombro e sorrindo para mim.

Ela vai embora e eu a sigo com os olhos.

- Eu adorei ela. - tia Alice comenta eufórica.

- E ela sabe esconder as emoções muito bem. - tio Jasper comentou.

- Como é? - tia Alice e eu perguntamos o olhando.

- Ao contrário do seu pai, que não consegue ler a mente dela... - tio Jasper diz. - consigo sentir as emoções dela, mas ela sabe escondê-las muito bem. - explicou.

- Mas porque? - tia Alice perguntou franzindo o cenho.

- Não é a mim que deve perguntar, querida. - tio Jasper respondeu olhando para tia Alice que está fazendo biquinho.

- Bom, pode fazer essa pergunta na sexta a ela, Tia Alice. - digo para eles.

Os dois me olham sem entender.

- O que tem sexta? - mãe perguntou ficando ao meu lado.

Me viro para olhá-la, papai está ao seu lado e sorri.

- Molly vai em casa, fazer o trabalho de história na sexta-feira. - pai respondeu lendo minha mente.

- Temos um trabalho de história para fazer. - digo.

- História, sei. - tia Alice provoca.

- Você também não, né tia Alice? - questionei olhando chateado para ela.

Ela dá risadinha.

- Vamos que os outros devem estar nos esperando. - tio Jasper diz.

Fomos para o estacionamento pegar os carros e irmos para casa.


Capítulo 05

Capítulo 07


Ilustração

Look

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