A.D.: Capítulo 8, Carta Misteriosa



Pov. Molly

 

[Três Dias Depois]

 

11  Julho, 2039 - Sábado

Ontem, a alcateia do Alasca foi atacada mais uma vez e dois membros desapareceram. Pela manhã, um dos homens foi encontrado sem o coração e o fígado, já o outro ainda está desaparecido. O alfa da alcateia fez uma reunião junto com os membros do seu conselho, meu pai e Troy participaram da reunião. Liam tinha sido convidado, mas ele recusou, já que o alfa não tinha permitido minha presença por ser mulher, isso me irritou de uma forma. Ficamos na floresta até que Troy saísse da reunião, ele nos contou que está pensando em conversar com os vampiros que moram na região, acham que estão metidos com o desaparecimento do outro membro da matilha. O que acho burrice já que não tem nenhuma prova que indique que sejam vampiros e mesmo meu pai argumentando que os Denali não têm nada haver com as mortes e os desaparecimentos. O alfa e o conselho decidiram marcar uma reunião com eles.

Não estava feliz em saber disso, pois a alcateia está sendo irracional. No pouco que meu pai contou sobre os Denali, eles se consideram uma família e não um clã. Fiquei curiosa em conhecer eles, pois sei que vampiros se alimentam de sangue humano e é difícil encontrar um que se alimenta apenas de sangue animal. Retornamos à alcateia e o alfa estava dando ordens.

 

[o nome do alfa da alcateia será Raoni]

 

Nosso pai está um pouco à frente, foi até o mesmo para saber o que estava acontecendo.

- O que ouve o pai? - perguntei preocupado.

- Isso é uma perda de tempo. - pai resmungou. - seu irmão e eu iremos com mais dois membros da alcateia nos encontrar com os Denali na fronteira. - diz.

- Tenho que concordar com você. - falei. - e não é uma perda de tempo, mas sim burrice. - digo. - porque não fui convocada? - questionei, mas antes que meu pai pudesse responder.

- Porque lugar de mulher é dentro de casa cuidando dos filhotes e de seu macho. - o filho do alfa grasnou.

Me virei para encará-lo com um olhar irritado. Jorecê é o único filho de Raoni, assim como seu pai, o mesmo é o maior machista da face da terra, acha que mulher deve ficar em casa para cuidar dos filhos e cumprir com as necessidades do homem. Ele vive me cercando e me provocando, achando que vou cair sobre seu encanto. Ele já deixou bem claro que me quer em sua cama, o que definitivamente nunca acontecerá.

- Fique você sabendo que estamos no século XXI, onde as mulheres não recebem ordem de homens como você. - rosnei pela sua falta de educação.

- Esse tipo de mulher merece umas belas palmadas na bunda, assim como você merece. - Jorecê diz com cara de poucos amigos.

Meus irmão e pai rosnam em advertência.

- Se ousar encostar um fio de cabelo de minha irmã, se considere um lobo morto. - Liam esbravejou em minha defesa.

- Exijo respeito ao dirigir a palavra com minha filha, Jorecê. - pai pediu olhando com um cara de poucos amigos.

- Como muito respeito senhor. - Jorecê falou não muito feliz. - deveria ensinar sua filha a ter modos, deveria ter deixado em casa, onde é seu lugar. - disse.

Rosno irritada.

- Olha aqui seu machista de meia tigela... - esbravejei lhe apontando o dedo. - sou muito mais forte do que você e pode ter certeza que conseguiria derrubá-lo em um estalo de dedos. - cuspiu as palavras.

Ele rosna para mim, avançando em minha direção, mas é impedido pelo seu pai.

- Jorecê se acalme. - Raoni falou para filho, ele desvia sua atenção para meu pai. - Peter deveria controlar mais sua filha. - diz.

Meu pai rosnou irritado.

- Raoni, você sabe minha opinião com relação a isso. - pai diz. - quem começou tudo isso foi seu filhos, minha menina apenas se defendeu das ofensas de seus filhos. - argumentou.

- Jorecê? - Raoni o questionou.

- Ela me desafiou. - Jorecê falou irritado. - então faria ela engolir suas palavras. - diz em um rosnado.

Seu pai suspira.

- Não se deve encostar em uma dama, Jorecê. - Raoni falou. - mesmo ela sendo rebelde. - sussurrou. 

Mas acabei de ouvir. Rosnei irritada, pois sei como ele pensa sobre as mulheres. Me afasto dele furiosa pela falta de respeito, transformo-me indo em direção a floresta, sinto a presença de Liam e sabia que o mesmo está correndo atrás de mim.

 

Pov. Jonathan

 

[Três Dias Depois]

 

11 Julho, 2039 - Sábado

Depois daquele dia que sonhei com a garota. Continuei sonhando com ela em uma clareira coberta por neve e nesses dois dias sonhei que estávamos deitados na neve fofinha olhando céu estrelado que por incrível que pareça não estava coberto por nuvens grossas como todas os dias, a temperatura da neve não incomodava, pois a temperatura que emanava da pele dela eram bem quente, que impedia que a neve gelada deixasse minha pele fria. Não estou mais aguentando ficar sonhando com ela, pois cada vez que sonho com a mesma mais me apaixono. Sei que pode ser loucura, mas é como se já a conhecesse a anos... séculos... milênios...

Os dois últimos sonhos não tinha sonhado com a garotinha, isso me deixou intrigado e chateado, pois desde que comecei a sonhar com a menininha me chamando de pai, meus sonhos com ela eram recorrentes. Um deles, a mesma era um bebê, ela não deveria nem ter um ano ainda, a pequena gargalhava quando fazia caretas ou cócegas em sua barriga, só de lembrar dela me fez sorrir.

- Que sorriso bobo é esse, sobrinho? - Tio Emmett perguntou.

- Ele deve está pensando na namorada. - meu irmão provocou.

Rosnei perdendo o bom humor.

- Emmett Cullen. - Vó o repreendeu.

- Thomas Anthony Swan Cullen. - mãe repreendeu.

As duas olhavam para eles com os braços cruzados e com um olhar nada bom.

- De vez de ficarem provocando o Jonathan, porque não vão fazer algo mais produtivo. - Vó falou olhando para os dois.

- Porque é mais divertido. - Emmett respondeu sorrindo brincalhão.

- Não estou achando isso nada divertido. - falei fazendo os dois me olharem.

- Filho. - mãe me chamou preocupada.

- Estou bem mãe. - garanti. - só que é frustrante sonhar com uma pessoa e depois descobrir que ela pode não ser real.- disse.

- A querido. - Vó falou vindo até mim. - não tem que se preocupar, vocês vão se encontrar mais cedo ou mais tarde. - disse.

- Esme tem razão. - mãe falou sorrindo. - não acho que demora para vocês se encontrarem. - disse.

Fiquei surpreso com o que minha mãe falou.

- Mas agora estou falando sério. - Anthony falou. - você sente algo pela garota? - me perguntou.

- Não sei ao certo.  - respondi.

- O que você sente? - Emmett perguntou sem brincadeira dessa vez.

- Sinto que a conheço a anos. - respondi. - como se fossemos almas gêmeas, ou algo parecido. - digo. - com relação a garotinha, me sinto feliz. - confessei. - nos meus sonhos sempre estou fazendo-a gargalhar e me sentir feliz. - contei sorrindo.

- Isso é bom. - Vó falou. - quando vocês se encontrarem, estará preparado quando ela falar que tem uma filha. - diz.

- Mas... - protestaria, mas mamãe me cortou.

- Filho, apesar de vocês não se conhecerem pessoalmente, você já sabe que a ama. - diz. - pode ser estranho para aquele que não entende, mas nós entendemos o que está sentindo. - mãe falou sorrindo.

- Bellinha está certa. - Emmett falou. - pode ser estranho dizer que a ama por se tratar de sonhos, mas como essa garota é real e somos uma família de vampiros. Não é tão estranho assim. - diz fazendo todos nós rimos do que disse.

- Obrigado. - agradeci sorrindo.

De repente todos ficam sério, olhamos pela janela de vidro. Havia um homem alto, pele bronzeada e cabelos compridos e escuros, o mesmo olhava na direção da casa.

- Liguem para Carlisle, ou para Edward. - Emmett mandou sério e se levantando.

- Emmett. - Vó chamou o mesmo em desespero com medo dele fazer alguma besteira.

- Ficarei bem mãe. - Emmett falou suavemente.

Ele beijou o topo da cabeça dela para que a mesma não ficasse tão preocupada.

Tio Emmett saiu de casa indo até o homem, escutamos o mesmo soltar um rosnado baixo.

- Carlisle. - Vó falou com o celular na orelha. - voltem para casa. - ela pediu. - tem um homem em frente a nossa casa. - relatou. - não sei de quem se trata, Emmett foi ver o que ele quer. - disse.

Vó fica mais alguns segundos no celular. Voltei minha atenção para o tio Emmett que pega um papel que o homem lhe entregou. O homem se afasta de Emmett e corre para a floresta, franziu o cenho sem entender, tio volta para casa.

- O que ele queria? - mãe perguntou, assim que o mesmo entrou.

- Ele só disse que era para entregar isso para Eleazar. - Emmett falou mostrando a carta.

- Vou ligar para Nessie e falar para voltarem rápido. - Anthony falou já ligando para nossa irmã.

Ficamos aguardando a volta do pessoal.

 

Pov. Edward

Viemos fazer uma breve viagem de caça, vieram Carlisle, Jasper, Eleazar, Garrett e eu; Emmett apenas não veio conosco porque tinha caçado com Rose a alguns dias.

- Como estão os sonhos do Jonathan? - Garrett perguntou.

- Quase a mesma coisa. - respondi. - apenas mudam de cenário. - digo.

- Ele me pareceu frustrado. - Jasper comentou.

- Mas ele está. - disse. - não entendo a razão de estar sonhando com ela. - falei.

- Acho que tem algo a mais nessa frustração. - Carlisle comentou me fazendo olhá-lo.

- Não entendi. - falei franzindo o cenho.

- Creio que ele esteja criando sentimento por ela. - Carlisle explicou me deixando surpreso.

- Acha que ele está apaixonado por ela? - perguntei com medo da resposta.

- Apaixonado é uma palavra muito forte para descrever esses sentimentos. - Carlisle apontou. - mas creio que ele está criando laços com ela. - disse. - não somente com ela, mas com a garotinha também.

- Tenho que concordar com Carlisle. - Eleazar falou. - desde o dia que você nos contou sobre a garotinha e tê-lo chamado de pai, vi ele sorri e perguntei o motivo do sorriso, até achei que era por causa da mulher.

- O que ele lhe respondeu? - perguntei.

- Disse que estava se lembrou do sonho que teve naquela noite. - Eleazar falou. - me contou que a mulher, a garotinha e ele estavam se divertia, contou que fazia várias caretas e a menininha gargalhava, gostando do que ele estava fazendo. - contou deixando todos surpreso. - acho que ele nem tenha se dado conta do que tinha me contado, mas ao fazer isso o mesmo parecia muito feliz.

Argumentaria, mas o celular de Carlisle começa a vibrar, ele pegou o telefone olhando o identificador, franzindo o cenho em sua mente vejo que quem está ligando, Esme. Isso me deixou preocupado e em alerta.

 

_ Ligação On _

- Carlisle. - Esme falou do outro lado da linha, sua voz é de preocupação.

- O que aconteceu? - Carlisle perguntou.

- Voltem para casa. - Esme pediu nervosa. 

Isso nos deixou aflitos.

- O que ouve? - Carlisle perguntou querendo entender o que está acontecendo.

- Tem um homem em frente a nossa casa. - Esme relatou.

- Quem é? - Carlisle perguntou mais preocupado e tenso.

- Não sei de quem trata. - Esme respondeu. - Emmett foi ver o que ele quer. - disse.

- Estamos voltando. - Carlisle falou desligando o telefone.

_ Ligação Off _

 

Quando Esme disse que Emmett foi ver o que o homem queria, já estava correndo de volta para casa o mais rápido que podia. Os outros estão logo atrás de mim.

 

Pov. Jonathan

Uns quarenta minutos depois, minha tias, Kate, Tanya, Nesse e Jacob chegaram juntos com o pessoal que tinha ido caçar, meu pai foi em direção a mamãe e a abraçou, beijando o topo de sua cabeça.

- O que aconteceu? - Vô perguntou ao lado da vovó.

- Um cara mais ou menos do porte do Jacob, apareceu em frente da casa. - falei olhando para o vovô.

- Ele veio entregar isso. - Vó falou indo pegar a carta que está em cima do móvel e entregar para Eleazar. - pediu para que entregasse para você. - disse.

Eleazar franziu o cenho, pegando a carta de sua mão. Ele abriu a carta e lê rapidamente.

- O que a carta diz? - tia Rose perguntou já impaciente.

- A alcateia que tem aqui quer falar conosco na fronteira que dá do nosso território ao deles, às 5 PM. - Eleazar respondeu.

- Porque? - pai perguntou. 

Pelo olhar de todos também queriam saber o motivo.

- Na carta não diz. - Eleazar respondeu.

- O que será que eles querem com a gente? - tia Alice perguntou.

- Isso não parece ser bom. - Nessie falou abraçando Jacob que retribuiu seu abraço.

- Posso ir na alcateia e saber o que eles querem. - Jacob sugeriu.

- Não! - Nessie gritou olhando em pânico e o abraçando mais apertado.

Jacob argumentaria, mas vovô interveio.

- Não acho uma boa ideia. - Vô falou. - é arriscado demais, pode ser uma armadilha. - disse olhando para Jacob.

- Tudo bem. - Jacob respondeu, abraçando Nessie e beijando o topo de sua cabeça para acalmá-la.

- O que vamos fazer? - perguntei.

- Não podemos deixar de ir. - Vô murmurou.

- Todos nós? - tia Alice perguntou.

- Não. - Vô respondeu. - é muito arriscado ir todos nós. - falou.

- Eu vou! - Jasper, Emmett e papai disseram ao mesmo tempo.

- Também vou. - mãe falou, papai falaria, mas a mesma o corta. - meu escudo pode bloqueá-los se decidirem nos atacar. - diz fazendo papai soltar um suspiro e assentir com a cabeça.

- Então iremos Carlisle, Jasper, Emmett, Edward, Bella e eu... - Eleazar falou.

 Algo dentro de mim me fez pronunciar.

- Também vou. - falei chamando atenção de todos.

- Filho... - mãe começou, mas não a deixa continuar.

- Eu preciso ir junto. - falei sem entender o motivo. - não sei o porquê, mas meus instintos me dizem que devo ir junto. - disse.

- Tudo bem. - pai falou.

Vô olha para papai que dá de ombro.

- Os outros ficarão aqui e não sairão de casa. - Carlisle ordenou. - a menos que seja necessário que saiam. - falou.

Todos assentem com a cabeça. Depois das ordem que vovô e Eleazar davam, todos que iriam para a reunião foram trocar de roupa. Vou em meu closet peguei uma camisa branca, calça jeans azul, suéter marrom e nos pés All Star marrom, quando terminei de me arrumar, sai do quarto e desço as escadas onde estão me esperando.

- Vamos? - perguntei pronto.

Eles assentem com as cabeças. Saímos de casa e fomos no local marcado pelo alfa da alcateia do Alasca.

 

Continua…

 

 



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