A.D.: Capítulo 14, Ponto de Vista do Jonathan



Pov. Jonathan

Molly me fez subir em suas costas, seus pelos brancos são muito macios. O percurso até a campina onde encontraremos os outros não demorou muito. Quando estávamos quase perto, ela diminuiu a velocidade até virarem passos leves, antes de entrar na clareira ela verificou se estava seguro. Richard é o próximo a entrar na clareira, assim como os outros.

- Do que você já está resmungando, Richard? - Molly perguntou em sua forma humana.

Fiquei ao seu lado apenas observando.

- O pessoal é muito pontual. - Richard murmurou olhando para Molly.

Os dois caíram na gargalhada.

- Não liguem. - Paolo diz olhando com tédio para seu companheiro e para Molly, isso fez a mesma rir mais. - Santa Lupita, Fairchild. - o mesmo falou.

- Desculpe, mas você me olhou igual ao Plagg. - Molly falou mais calma.

- Porque será que ele te olha assim, né? - Paolo diz. - a mãe dele é doida. - brincou.

- Sou doida com orgulho, tá. - Molly brincou.

Franzi o cenho sem entender a conversa dos dois.

- Boiei? - minha irmã falou olhando para a Molly sem entender.

Agradeci mentalmente por ela perguntar.

- Plagg é um dos meus gatos. - Molly explicou. - às vezes converso com ele e a Tikki como se fossem gente, não faço isso apenas com eles, converso muito com o Apolo também. - diz. - sempre que converso com eles, Plagg sempre me olha com tédio e é muito fofo, tenho vontade de colocar ele dentro de um potinho e não abrir mais. - falou sorrindo lindamente.

- Você gosta de animais? - mãe perguntou antes que eu fizesse a pergunta.

- Gosto. - Molly respondeu. - como cresci na fazenda, meus pais nos criaram rodeados de animais. - explicou. - gosto de todo tipo de bichinho, mas os que mais gosto são cavalos e gatos. - diz.

- Você gosta de gatos? - Jacob perguntou incrédulo.

- Sim. - Molly respondeu sorrindo. - já tive muitos gatos, mas infelizmente eles já se foram. - diz com um pesar na voz. - mas faz parte da vida. - falou.

- Sempre quis um bichinho de estimação. - minha irmã comentou. - mas com moramos onde tem muitos vampiros, fica complicado. - diz.

- Sentimos muito querida. - Carlisle falou olhando para a mesma.

- Tá tudo bem, Vô. - a mesma diz sorrindo compreensiva.

- Se quiser... posso lhe dar um filhote de cachorro ou de gato. - Molly falou chamando a atenção da minha irmã. - posso pedir para Magnus colocar um feitiço na coleira dele ou dela para que sua família não sinta o cheiro do sangue. - disse.

- Dá para fazer isso? - Nessie perguntou.

- Claro que dá. - Molly respondeu sorrindo. - os nossos cavalos tem esse feitiço, pois às vezes viajamos com eles, mas em vez de ser o sangue é o cheiro. - explicou.

- Ah, posso ter um cachorrinho ou gatinho? Posso? Posso? - Nessie pediu olhando para nossos pais.

- Se prometer cuidar dele ou dela. - papai e mamãe falaram sorrindo para minha irmã.

- Eba! - Nessie gritou muito feliz, a mesma abraçou o Jacob que retribuiu seu abraço.

- Então estamos combinadas. - Molly diz sorrindo pela sua empolgação. - meu pai cria gatos, cachorros, coelhos e porquinhos da Índia você pode escolher o que seu coração mandar. - falou.

- Obrigada. - Nessie agradeceu.

- Magina. - Molly respondeu. - sei que cuidará muito bem do bichinho, independente de qual for. -  falou sorrindo.

- Você só tem os dois gatos? Quem é Apolo? - perguntei olhando para ela, está intrigado em saber de quem se tratava.

Molly virou sua cabeça na minha direção.

- Não. - Molly respondeu. - tenho dois Pitbull e Apolo é um dos meus cavalos. - falou.

- Dois Pitbull? - digo surpreso, pois sei que essa raça é brava.

- O macho se chama Lúcifer e a fêmea se chama Chloe. - Molly falou sorrindo. - sei que são cachorros bravos, mas os meus são uns amores. - diz. - eles só te atacam se você for machucar alguém, porque senão eles vão se jogar no chão para receber carinho. - falou e fica pensativa. - bem, apenas o Lúcifer faria isso, já que a Chloe é um tanto estressadinha, mas ela é uma amor, apenas não gosta de contato, o máximo que ela fará é virar as costas e sair andando para dentro de casa. - diz e ri.

- Caramba. - falei.

Senti o olhar dos meus pais sobre nós. Logo, ouço o barulho de patas não apenas uma mas várias. Uma rajada de vento soprou de várias direções, trazendo o cheiro da minha família e de lobos.

- Eles não estão muito longe. - Molly diz.

Não deu nem cinco minutos e dois lobos um branco e um negro, se juntaram a nós com meus tios e meu irmão. Meus pais vão até Anthony e o abraçam, assim como Nessie e eu, abraçamos meus tios também. Quando me separei e olhei para os dois lobos que estão em sua forma humana. O homem é alto e um pouco musculoso, cabelos cor de mel, olhos azuis e pele morena, já a mulher um pouco mais baixa que Molly e magra, cabelos bordô escuro, compridos e ondulados nas pontas, olhos verdes claro, sardas na bochecha, pele branquinha e covinhas.

A mulher correu até Molly e a abraçou apertado. Quando as duas se separaram, a mulher deu um tapa forte no braço da Molly.

- Ai, sua louca. - Molly resmungou esfregando o local onde a mulher tinha batido nela.

- Isso é por não ligar mais vezes. - a mulher diz brava.

- Você sabe que às vezes não tenho tempo e quando ligo só consigo falar com meu afilhado e com seu marido. - Molly se defendeu sorrindo para a mulher.

- Isso são apenas desculpas. - a mulher falou cruzando os braços. - mas mudando de assunto, como está minha bolinha vermelha? - perguntou para Molly.

Franzi o cenho.

“ - Quem será que é a bolinha vermelha? - me perguntei mentalmente.”

- Bem. - Molly respondeu sorrindo boba. - Eloise cresceu bastante desde da última vez que nós nos falamos. - falou.

“ - Eloise? Será que é a garotinha? - me perguntei.”

Logo mais dois lobos apareceram, um branco e um marrom escuro, junto com Kate, Garrett e Tanya. As duas vampiras foram até Eleazar e Carmen os abraçando.

- Que bom que estão bem. - Tanya falou aliviada.

- Vocês estão bem? - Kate perguntou para os dois.

Garrett se aproximou deles.

- Estamos. - Eleazar respondeu. - e vocês? Estão bem? - perguntou.

- Sim, estamos bem. - Garrett respondeu. - os cavalheiros nos ajudaram com os Lobisomens Puro Sangue. - diz se referindo aos dois homens que vieram com eles.

O mais forte deles tem cabelos loiros, curto e cacheados, olhos azuis, sarda na bochecha e nariz. Já o outro tem cabelos loiro-acobreados e curtos, olhos azuis, um pouco musculoso e magro.

- Olha o que o frio do Alasca trouxe. - Molly falou. 

Chamando a atenção de todos ao dizer aquilo, ela olhou para os dois homens que acabaram de chegar.

- Só nós encontramos assim. - o homem de cabelos loiros mais claro falou.

- Arrumando as suas confusões. -  outro homem brincou fazendo Molly rir.

- O que posso fazer se sou um íman para confusão e problemas? - Molly brincou.

- Bota problema nisso. - Richard falou.

Molly revira os olhos pelo comentário do Richard. Nisso, quatro lobos entram na clareira, assim como dois homens altos que estão em forma humanas. Dois dos quatro reconheci, já os outros dois não sabia dizer quem eram, olho para Molly e a mesma sorri aliviada por vê-los, um dos lobos, o cinza escuro se aproxima dela que sorri. O lobo volta a sua forma humana quando estava perto dela, revelando Peter que a abraça apertado.

- Fiquei preocupado com você. - Peter disse ainda a abraçando. - se algo tivesse acontecido com você não saberia o que fazer, nem como contaria a sua mãe. - falou.

Vejo Molly esfregar as costas do pai para confortá-lo.

- Estou bem pai. - Molly falou. - é difícil tentar me derrubar com tanta facilidade. - brincou ao se separar do mesmo.

- Fico feliz que esteja bem. - Peter diz para ela, beijando sua testa.

- E vocês? Estão bem? - Molly perguntou olhando para seus irmãos.

- Estamos. - os dois responderam.

- Você não deveria ter corrido daquela maneira. - o homem de cabelos ruivos e olhos azuis falou cruzando os braços.

- Só fiz o que meus instintos me mandaram fazer. - Molly respondeu dando de ombro.

- Ah, você é a mulher que estava do outro lado da linha. - tia Alice falou olhando sorrindo para Molly que retribui o sorriso. - me chamo Alice e esse é meu marido Jasper. - a mesma se apresenta e tio Jazz. - essa aqui é a Rosalie e o grandão é seu marido Emmett. - ela os apresentam também.

- Prazer em conhecê-la. - tio Emmett disse com sorriso travesso. - já conheço vocês dois. - falou se referindo ao irmão e o pai dela.

- Olá. - tia Rosalie falou olhando torto para Molly.

Não fui o único a perceber o jeito que a tia Rose falou com ela.

- Me chamo Kate, essa é minha irmã Tanya e esse é meu companheiro Garrett. - Kate se apresenta, assim como os outros dois.

- Olá, me chamo Molly e para aqueles que não conhecem essa é minha família e meus amigos. - disse. - esse é meu pai Peter e meus irmãos Liam e Troy nossa alcateia fica no Canadá. - falou apresentando cada um.

- Muito prazer em conhecê-los. - Troy falou olhando para cada um de nós.

- Olá. - Liam falou sorrindo simpático para nós.

- Muito prazer. - Peter falou cordialmente para os que ele não tinha visto ainda.

- Os que vieram nos ajudar são meus amigos de uma outra alcateia. - Molly disse indicando os mesmos. - Giuseppe é um velho amigo do meu pai, ambos não se viam a muitas décadas. - falou sorrindo.

- E ponha décadas nisso. - Giuseppe falou rindo.

- Não sou tão velho assim. - Peter falou olhando feio para o amigo.

- Você deve ter mais ou menos duzentos e sessenta e uns quebrados. - Giuseppe diz provocando Peter.

Liam, Troy e Molly riram.

- 278. - Liam se arriscou a dizer a idade do mesmo.

Liam leva um tapa na cabeça do pai, por ter dito sua idade.

- Pai! - Liam exclamou esfregando a palma da mão em sua cabeça.

- Bem feito. - Troy e Molly falaram juntos.

Liam não disse nada, apenas ficou emburrado.

- Voltando... - Molly falou rindo. - seus filhos... do mais velho para o mais novo. - disse. - aquele ali é o Luigi, ao seu lado direito é o Vicenzo, já do lado esquerdo do Lu é o Giovanni. - apresentou os três. - aquela gostosa do lado do Giovanni é sua companheira Brigitti. - a apresentou.

- Olha quem fala. - Brigitti brincou. - muito prazer, podem me chamar de Brigi se quiserem. - a mesma falou sorrindo.

- Esses dois são Richard e Paolo. - Molly apontou para cada um. - eles são companheiros. - disse, mas já sabia disso.

- Olá. - os dois falaram juntos e sorriram um para o outro.

- Já esses dois são Alaric e Sebastian... - Molly apresentou apontando cada um deles, ela olhou para ambos que assentiram com a cabeça. - bom... peço que não ataquem os dois. - pediu antes de continuar.

Todos da minha família olharam-na sem entender.

- Pode prosseguir. - Eleazar falou. - ninguém os atacará. - disse.

- Os dois são Lobisomens Puro Sangue. - Molly disse espantado praticamente todos. - mas não se preocupem, eles não são os Lobisomens que nos atacaram. - falou. - aqueles eram os Sombrios, já esses são os de Luz. - explicou. - ambos fazem parte da alcateia do Giuseppe. - contou.

- Sei que os Lobisomens atacam vocês, mas não se preocupe. - Sebastian falou calmamente. - nós não somos como eles. - diz.

- Como podemos ter certeza? - tia Rosalie questionou, mas antes que fosse repreendida.

- Tá tudo bem. - Alaric disse. - entendo sua preocupação, mas tem uma grande diferença de nós para os sombrios e a nossa forma ela é um pouco mais bonitinha. - falou.

- E cheiram muito melhor também. - Molly falou torcendo o nariz. - pelo menos vocês cheiram a terra molhada e madeira, já os sombrios tem cheiro de algo podre e molhado. - diz estremecendo.

Os dois se seguram para não rirem.

- O que? Não estou mentindo! - Molly disse dando de ombro.

- Realmente. - Sebastian diz sorrindo.

Não gostei muito daquele sorrisinho, mas não era hora de sentir ciúmes, nem nós conhecemos direito.

- Bem como sei que vocês não sabem os nomes dos que ajudei. - Molly falou olhando para nós. - se importam? - perguntou.

- Vá em frente. - Eleazar respondeu rindo.

- Bem... esses são Edward e sua companheira Bella, seus filhos Anthony, Jonathan e Nessie ao seu lado está seu companheiro Jacob. - Molly nós apresentou e tomou fôlego. - Carlisle e sua companheira Esme, por último e não menos importante, Eleazar que aparentemente conhece meu pai e ao seu lado está sua companheira Carmen. - apresentou todos. - espero que não tenha esquecido de ninguém. - disse.

- Você não esqueceu de ninguém querida. - Vó falou sorrindo para ela. - obrigada pela maneira que os apresentou. - agradeceu.

- Magina. - Molly disse retribuindo seu sorriso. - o prazer foi todo meu. - falou.

- Já que conhecemos todos e nos apresentamos. - Richard falou. - você disse que descobriu a causa dos ataques. - diz olhando para ela.

- Então você sabe porque eles nos atacaram? - Rosalie questionou Molly rispidamente.

- Não descobri a razão de tê-los atacados, mas sei porque estão atacando as alcateias, principalmente um dos seus objetivos. - respondi. - mas apenas se tornou uma certeza, pois dois dos Puro Sangue chamou nós dois de Almas Demoníacas. - Molly falou apontando para si e depois para mim.

Lembro vagamente de ter ouvido os lobisomens nos chamar assim.

- Como assim? Almas Demoníacas? - Liam perguntou franzindo o cenho.

Todos estavam do mesmo jeito sem entender o que significava exatamente. Antes que Molly pudesse responder, seu irmão Troy arregalou os olhos, o mesmo olhou para mim e me analisou para sorrir logo em seguida.

- Ah... então esse era o garoto estava sonhando. - Troy disse mais como uma afirmação do que pergunta.

Senti minhas bochechas esquentarem levemente.

- Que sonho? - Liam perguntou olhando para Molly. 

Seu pai também olha para ela.

- Sonhávamos um com o outro e...- respondei, mas hesitei em falar que ela teve sua Alma Ligada com a minha. 

Ela me olhou e sorriu transmitindo confiança, mas antes que pudesse concluir, ela falou por mim.

- Tive minha Alma Ligada com ele. - Molly falou com a cabeça erguida, olhando para mim em seu olhos pude ver o orgulho em dizer tais palavras.

Olhei para ela emocionada. Liam e seu pai olharam surpresos, já Troy sorria como se dissesse algo que não saberia identificar. Os outros lobos estavam surpresos, menos Richard. E uma boa parte da minha família não fazia ideia do que aquilo significava.

- É a segunda vez que ouço sobre esse negócio de Alma. - tio Emmett falou, tio Jasper concordou com  cabeça - aquele lobo tinha comentado. - disse.

Peter e Troy rosnaram irritados.

- Deixe-me adivinhar: Jorecê. - Molly falou.

- Esse lobo mesmo. - tio Emmett respondeu para depois olhar para Molly. - ah... você é a garota que ele estava falando mais cedo. - diz para depois analisar a situação, o mesmo fechou a cara e escutou um rosnado vindo dele.

Fico surpreso pela sua atitude.

- Você está bem? - tia Rosalie perguntou estranhando a atitude do tio Emmett.

- Estou. - tio Emmett diz com a cara séria, ele olha para Molly. - esse tal de Jorecê, falou coisas muito desrespeitosas sobre a Molly. - falou para a tia Rosalie.

- Não se preocupe Emmett. - Molly falou fazendo-o olhar para a mesma. - ele é um idiota que merece ficar sem as bolas, mas não se preocupe que darei um jeitinho nisso. - diz.

Isso me deixou chocado, mas contente em saber que ela odiava o cara.

- Nem precisa sujar suas mãos com isso. - Sebastian falou com sorriso diabólico.

Molly olhou para o mesmo e ri.

- O que você fez? - Molly perguntou curiosa.

- Apenas me transformei em lobisomens. - Sebastian respondeu dando de ombro.

- Só isso. - Molly falou desfazendo seu sorriso. - achei que você diria que arrancou as bolas dele ou algo parecido. - diz. - to vendo que terei que resolver isso sozinha. - falou mais para si do que para nós.

- Mano, você não vai fazer o que acho que vai fazer? - Paolo questionou Molly, a mesma apenas piscou para ele. - depois não sabe porque chamamos você de Gata Infernal. - falou rindo, ela o acompanha.

- Voltando ao que interessa. - Molly falou parando de rir. - sei que vocês não entenderam o que significa alma ligada. - disse. - nossa espécie diferente do Jacob, não sofrem um Imprinting, mas temos a Alma Ligada. - explicou. - é quase a mesma coisa, só que não é a gravidade que nos prende.

- Então, teoricamente você teve um Imprinting pelo meu irmão? - meu irmão perguntou olhando para a mesma.

- Pode-se dizer que sim. - Molly respondeu. - nossa raça é diferente a do Jacob, ele é um lobo transmorfo tem o espírito do lobo, já nós temos a alma e o espírito. - explicou. - uma das grande diferenças que nos difere é que como vocês vampiros, nós temos dons. - falou. - todos os lobos da nossa raça tem a telepatia, podemos ler e conversar através da mente de qualquer pessoa, mas o que nos diferencia de cada um é que possuímos um talento próprio. - contou.

- Então, quando você matou aqueles lobisomens estava usando seu poder? - perguntei curioso.

- Um deles. - Molly respondeu.

- Como assim? Um deles? - tio Jasper perguntou.

- Como eu disse, cada lobo da nossa raça possui um poder cada. No meu caso, possuo mais de um talento. - Molly respondeu.

- Nossa. - todos falamos.

Fico chocado em saber que Molly é tão talentosa e poderosa.

- Fascinante. - Vovô e Eleazar falaram.

- Você não consegue sentir? - Vô perguntou para Eleazar.

- Não. - Eleazar respondeu. - de nenhum deles. - diz. - creio que seja um bloqueio natural que eles tenham.

- Não consigo ler a mente deles, mas Raoni e o filho conseguem ler nitidamente. - pai falou.

- Você nunca conseguiria ler minha mente, mesmo quando nos conhecemos naquela época. - Molly diz sorrindo convencida para meu papai, o mesmo acompanhou seu sorriso.

- Pensei que estava perdendo o jeito. - pai brincou rindo.

- Vocês dois se conhecem. - tia Alice perguntou surpresa olhando para os dois.

- Sim. - Molly respondeu antes de papai o fizesse. - conheci-o no Brasil, a mais de trinta anos, quando estava viajando pelo mundo. - falou.

- Foi na lua de mel? Quando foram ao Brasil? Antes da Bella se tornar uma vampira? - tio Jasper perguntou.

- Não. - papai respondeu. - antes. - disse.

Eles pareceram compreender.

- Conheci Edward quando fui em uma festa no Rio. - Molly começou a contar. - quando estava na festa, senti a alma dele e o mesmo estava sofrendo por amor. Fui atrás para descobrir quem era a alma, pois algo dentro de mim me dizia que tinha que ajudá-lo. - contou. - antes que vocês perguntem, consigo sentir o amor das pessoas e sei quem é o companheiro de quem através da linha vermelha do destino.

- Você está falando do Akai Ito? - Carmen perguntou.

- Sim. - Molly respondeu. - mas além de ver a linha do destino das pessoas, posso sentir o amor ou a sofrência. - disse.

- Nós nos conhecemos quando deixei a Bella e fui ao Brasil. - pai explicou melhor. - quando liguei para casa era para contar sobre minha decisão, mas aconteceu aquele mal entendido. - disse.

- Não entendi, o que ela tem a ver com isso. - tia Rosalie perguntou.

- Ela me abordou mais de uma vez e em todas as vezes a mesma me dava conselhos. - pai respondeu.

- Ameacei chutar o traseiro dele se não voltasse para o amor da vida dele. - Molly falou sorrindo.

- Você fez o que?! - Liam exclamou.

Peter e Troy apenas a olharam.

- Ué, só disse a verdade. - Molly respondeu dando de ombro.

Giuseppe e seus filhos, Alaric e Sebastian riram.

- Só você mesmo para dizer e fazer uma coisa dessa. - Alaric falou.

- Não me surpreendo. - Sebastian diz. - ela fez uma coisa parecida comigo e com a Lizzie. - falou.

O leve ciúmes que tinha sentido com relação ao Sebastian havia sumido quando ele mencionou o nome da mulher. Supus que seja sua companheira.

- Claro. - Molly falou. - fogo no rabo de vocês que encontram suas almas gêmeas e ficam com frescura, colocando defeito e negatividade no relacionamento. - disse. - normalmente eu não me meto nos relacionamentos, quando sinto uma situação parecida com a do Edward, mas era uma angústia tão grande que me fez agir.

- Então o que aconteceu no Brasil e o que aconteceu entre você e o Jonathan fora por acaso? - Tanya perguntou.

- Nada é por acaso. - Molly respondeu. - tudo nesse universo tem uma razão para acontecer. - diz. - se você quer saber que saberia que isso aconteceria, a resposta é não. - falou.

- Até porque acho que é uns dos talentos que Molly não tem é previsão do futuro. - Richard brincou.

- Isso deixo para sua mãe. - Molly falou rindo. - mas vamos voltar para onde estávamos. - disse. - como tinha falado, o lobisomem quando sentiu minha Alma ligada com a do Jonathan. Um deles disse: Encontramos um deles. O outro disse: O líder adorará saber que matamos uma ligação demoníaca. - ela repetiu o que os dois disseram.

- Isso não é bom. - Alaric falou.

- Como não pude participar do encontro que Raoni marcou com vocês, fui esfriar a cabeça, pois tinha ficado irritada com as atitudes de sua alcateia. - Molly falou. - fui para as montanhas com Liam ao meu encalço e para me distrair ficamos pensando na razão dos ataques.

- Descobrimos que até agora as Alcateias que foram atacadas tem ligação com o acordo que nosso pai tem com os Volturi. - Liam disse.

- E apesar dessa Alcateia não ter o mesmo acordo, eles fizeram um pacto com vocês, fazendo assim ser um alvo para os Puro Sangue. - Molly falou.

- Mas porque atacar sua própria espécie? - Eleazar questionou. - vocês só tem esse acordo para viver em paz. - disse.

- Verdade. - Molly respondeu. - mas os Puro Sangue sombrios acreditam que o massacre é a solução para tudo.

- O pensamento da Molly e do Liam estão certo. - Alaric disse chamando a atenção de todos para si. - lembro daquela época, muitos Puros Sangue fugiram para se proteger dos Volturi. - contou. - mas aqueles que fugira eram lobisomens bons que apenas queria paz não eram como os Sombrios. - disse. - hoje em dia existem poucos lobisomens e os que hesitam vivem no meio dos humanos ou em Alcateias que estão dispostas em obrigá-los são poucos os que vivem na floresta sozinho.

- Alaric está certo. - Sebastian disse. - posso não ter vindo dessa época, mas meus pais me contaram como foi aquele tempo. - contou. - os lobisomens sombrios não estavam atrás somente dos vampiros para aqueles que não pensavam como eles.

- Mas o que isso tem haver com o meu filho e a Molly? - mãe perguntou.

- Bom... não sei na parte dos lobisomens, mas... - Molly respirou fundo.

Fiquei preocupado, pois a mesma não parecia bem. Antes que ela continuasse a falar, seu papai pôs sua mão em seu ombro, ela olhou para o mesmo e assentiu com a cabeça.

- Isso tem haver com o que meu pai fez a muitos anos atrás. - Peter falou. - depois que deixei sua alcateia, junto com meus irmão para fundar minha própria matilha, por não concorda com seus pensamentos, uns sete anos a frente uma loba de sua alcateia teve sua alma ligada a um vampiro. - contou deixando todos surpresos inclusive a mim.

- Então, não somos os primeiros? - perguntei olhando para Molly.

- Não. - Molly respondeu com a voz rouca. 

Ela parecia se segurar para não chorar.

- Quando a lobo teve sua alma ligada com o vampiro, a mesma não disse para a alcateia muito mesmo para meu pai, eles esconderam a união deles o quanto puderam. - contou fazendo uma pausa. - a loba descobriu está grávida do vampiro. - Peter falou, os vampiros ficaram chocados não surpresos.

- Quando a loba contou para meu avô que sua alma tinha sido ligado a um vampiro e que estava grávida dele, meu avô enlouqueceu indo para cima dela, mas seu companheiro estava ao longe observando, o mesmo tinha medo que fizessem algo com ela e quando viu que sua alcateia atacaria a mesma, ele com sua velocidade a pegou levando-a para o alto de uma árvore. - Molly contou, ela respirou fundo e olhou para o chão. - os dois fugiram da alcateia, pois meu avô os ameaçou de morte, dizendo que a alma dela era demoníaca e aquilo que ela esperava não era um bebê. A Alcateia os caçaram por alguns meses até que os encontraram e... - ela parou de contar não conseguindo continuar.

Tive vontade de ir até ela e a abraçá-la para confortá-la, mas me contive, tive receio dela não gostar da minha aproximação.

- Molly! - seu irmão Liam a chamou, mas como Troy estava mais perto dela, o mesmo a abraçou.

- Não se preocupe, não deixaremos que machuquem o Jonathan. - escuto ele sussurrar em seu ouvido. 

Ela fungou e concordou com a cabeça.

- Ela está bem? - Vó Esme perguntou preocupada com a mesma.

- Molly não gosta dessa história pelo que meu pai fez com a loba, o vampiro e a criança que nem chegou a conhecer esse mundo. - Peter explicou. - e se os lobisomens estiverem caçando os dois, ela teme pela vida do Jonathan. - disse.

- Por que só com a minha vida e não com a dela também? Ela está em perigo também? - questionei.

- Minha filha pesa na vida dos outros em primeiro lugar para depois pensar na própria. - Peter disse e suspira. - ela dará a vida por qualquer um aqui, principalmente a sua. - falou.

Olhei para ela que se afastou de seu irmão, limpando suas lágrimas, a mesma respira fundo para se acalmar.

- Não é somente nós dois que estamos em perigo. - Molly falou mais calma. - o lobisomens disse que encontrou uma das alma dominicana, isso significa que pode ser que tenha mais de um lobo que tenha tido sua Alma ligada a um vampiro. - disse.

- Mas isso não faz muito sentido. - Troy falou. - porque razão eles teriam tirado o coração, fígado e drenado um dos lobos. - disse.

- O que você disse? - Richard perguntou olhando sério para Troy.

- Eles estão querendo trazer alguém não é? - Molly perguntou o mesmo.

- Se eles tivessem levado um corpo, sim. - Richard respondeu.

- Droga. - Molly resmungou. - um dos lobos do Raoni está desaparecido, não encontramos o corpo dele também. - falou.

- Os Puro Sangue devem querer ressuscitar alguém. - Richard falou.

- Mas que? - tio Jasper perguntou.

- Não sabemos. - Molly respondeu. - mas deve ser alguém que odeia os vampiros, assim como os lobos que tem suas Almas ligadas por um. - falou olhando apavorada para mim.

- Um lobisomem? - Jacob perguntou.

- Talvez. - Alaric respondeu pensativo. - o único que me vem à cabeça, era o líder dos lobisomens, mas não creio que ele viria atrás de lobos que tem sua Alma Ligada a um vampiro. - disse.

- Porque? - tia Rosalie perguntou.

- Eles não são tão espertos assim para pensar em algo dessa proporção. - Alaric respondeu. - ele apenas atacou as alcateias que tem o acordo com Aro para depois ir atrás do mesmo, mas colocar a ideia de caçar Almas ligadas a um vampiro. - disse.

- E se eles ressuscitaram meu avô? - Molly questionou atraindo todos eles para ela. - faz mais sentido em trazê-lo dos mortos, do que o que liderou os lobisomens a mais de 1000 anos. - falou.

- Mas se não é o lobisomem daquela época que está formando um exército. Quem é que está? - Garrett perguntou.

- Uma boa pergunta. - Peter respondeu.

Todos ficaram em silêncio até que o celular da Molly começou a tocar, a mesma pegou o aparelho e olha o visor, estremecendo logo em seguida. Me preocupei. Ela atendeu o celular, presto atenção na ligação e ouço um choro de bebê, isso fez meu peito se apertar preocupado.

 

_ Ligação On _

- O que está acontecendo mãe? - Molly perguntou preocupada.

- Está tudo bem na medida do possível, mas acho melhor você voltar. Eloise sente muito sua falta e não conseguimos fazê-la parar de chorar. - escuto a mãe dela falar. - como as coisas estão aí? Vocês estão bem? - perguntou.

Molly suspirou.

- Estamos bem agora mãe. - Molly respondeu. - houve um ataque, mas não se preocupe que estão todos bem. - disse.

- Aí, meu deus! - sua mãe exclamou. - filha se você precisa ficar aí, as meninas e eu daremos um jeito de...

- Mãe vou pegar o primeiro voo para casa. - Molly falou determinada. - todos estão bem, uns amigos meus vieram nos ajudar e creio que se papai precisar ficar aqui, eles com certeza ficaram para dar uma força no meu lugar.

- Você tem certeza filha? - sua mãe perguntou, Molly olhou para seu pai antes de responder.

- Diga à sua mãe que todos nós voltamos e que é para arrumar os quartos de hóspedes. - Peter falou.

- Mãe, o papai disse que todos nós voltaríamos ainda hoje e que é para arrumar todos os quartos de hóspedes. - Molly falou.

Achei um pouco estranho.

- Tudo bem. - sua mãe respondeu.

- Não precisa se preocupar com comida mãe, apenas peça para o tio Derek, o tio Josh, Jace e o Alec deixarem 3 carros com 5 lugares e o meu carro que tem seis lugares. - Molly falou para ela.

- Tudo bem, falarei com eles. - sua mãe respondeu. - se cuidam vocês quatro e quero saber o que está acontecendo quando chegarem. - mandou.

- Pode deixar mãe. - Molly falou sorrindo. - chegaremos amanhã de manhã. - disse.

- Certo. - sua mãe falou. - até amanhã.

- Beijos. - Molly falou antes de desligar o celular.

_ Ligação Off _

 

Aviso.: Como os vampiros conseguem ouvir muito melhor que os humanos, Jonathan consegue ouvir a conversa da mãe de Molly, por isso que tem o diálogo.

 

Molly desligou o celular e suspirou.

- Até que ela ficou bem sem você. - Troy comentou com sua irmã.

- Acho que a mãe se segurou até onde podia. - Molly respondeu.

“ - Será que a Eloise é a garotinha que sonhei algumas vezes? - me perguntei mentalmente.”

- Porque o senhor pediu para a mamãe arrumar os quartos de hóspedes? - seu irmão, Liam perguntou.

- Você não acha que deixaremos os Cullen e os Denali aqui não? - Molly o questionou. - eles estão com um alvo se ficarem aqui e a alcateia é um dos lugares mais seguros no momento. - falou.

- Peter não se preocupe, não queremos... - Vô foi cortado pelo mesmo.

- Insisto que fiquei em minha alcateia. - Peter falou. - não é somente por minha filha ter tido sua alma ligada com seu neto, mas a questão que vocês não estão seguros aqui. - disse.

- Papai está certo. - Troy falou. - mesmo se minha irmã não tivesse tido a sua alma ligada, abrigariam vocês. - disse.

Vovô suspirou.

- Está certo. - Avô respondeu derrotado.

- Bom, acho melhor irmos de avião. - Molly falou.

- Concordo. - Peter falou olhando para a mesma. - enquanto nós voltamos para a alcateia para buscar nossas coisas. Você pode providenciar as passagens? - perguntou para Molly.

- Claro. - Molly respondeu. - mas precisaria tomar um banho e colocar roupas quentes, já que andarei entre os humanos. - falou.

- Porque não vem conosco, tome um banho e vista uma de nossas roupas. - Vó sugeriu, ela protestava, mas minha avó a cortou. - não aceito não como resposta. - disse.

Molly suspirou derrotada.

- Tudo bem. - Molly respondeu. - aviso o horário do nosso voo. - falou olhando para seu pai.

- Certo. - Peter respondeu. - estarei com o celular ligado. - disse beijando o topo de sua cabeça.

- Nós vamos voltar para nossa alcateia. - Giuseppe falou. - qualquer coisa é só ligar que iremos ajudá-los. - disse.

- Obrigado. - pai fala apertando sua mão.

Molly se despediu de todos, Brigitti foi até ela e a abraçou. Os oito lobos se foram pelo portal que Richard tinha feito, seu pai e irmãos foram para a alcateia de Raoni. Molly se aproximou de nós sorrindo.

- Vocês podem ir na frente que seguirei vocês. - Molly falou.

- Certo. - Vô respondeu.

Ela se transformou em sua loba branca. Olho fascinado para a mesma. Começamos a correr em direção a nossa casa, com Molly ao nosso encalço. Corro ao seu lado e de vez em quando nossos olhares se cruzavam. Quando estava quase próximo a casa dos Denali, diminuí minha velocidade, assim como Molly ao perceber que tinha diminuído.

 

 

Continua...




Sem comentários:

Enviar um comentário