E.A.: - Capítulo 08 Festa do Pijama


Pov. Molly

 

5th, Agosto - Sexta-feira, 8:25 p.m.

Alice me puxou pela escada acima me levando até seu quarto. Quando entramos no mesmo, as outras meninas já estavam lá.

Alice é muito agitada e é um pouco parecida com a Izzy. Olho cada detalhe de seu quarto, ele é simplesmente maravilhoso, cheio de vida e bem diferente do meu quarto: as paredes são brancas e uma delas tem papel de parede em zigue-zague em turquesa, rosa e cinza claro, tem uma escrivaninha com algumas joias em cima da bancada, um sofá com várias almofadas em cima, em um canto do chão tem um tapete fofinho com várias almofadas espalhadas.

- E aí meninas. - cumprimentei elas um pouco acanhada, as mesmas sorriem para mim, menos Rosalie que me olha sem dar-me muita importância. - seu quarto é lindo, Alice. - comentei mudando um pouco de foco e para expulsar a vergonha.

É a primeira vez que me sinto desse jeito.

- Obrigada. - Alice agradeceu. - Esme me ajudou com a decoração. - diz sorrindo. - bem... vou te emprestar um pijama que nunca usei. - Alice falou indo para uma porta que supus ser um closet.

- Não precisa. - respondi. 

Ela girou os calcanhares em minha direção, a mesma está com a sobrancelha erguida.

- Você trouxe pijama? Rosalie questionou. - então, planejou dormir aqui? - perguntou em um tom de acusação.

Olho para ela espantada.

- Rosalie! - Alice, Bella e Nessie exclamam repreendendo a mesma.

- Tudo, meninas. - falei acalmando as três. - não planejei dormir aqui. - respondi olhando para Rosalie. - sou precavida, nunca saio de casa sem uma ou duas mudas de roupas. - me justifiquei. - aprendi a fazer isso onde estudava, mesmo morando lá, os professores sempre nos ensinaram a sermos precavidos. - digo.

Vejo que a mesma ficou envergonhada.

- Peço perdão. - Rosalie pede-me olhando sem jeito.

Sorri para ela.

- Não se preocupe. - falei tombando a cabeça para o lado. - entendo suas razões. - digo.

Rosalie me olhou estranho.

- Posso usar o banheiro? - perguntei. - a não ser que vocês não liguem que me troque na frente de vocês. - disse.

- Não nos importamos. - Bella respondeu.

- Tudo bem. - falei e antes que tirasse minhas roupas da bolsa.

- Pode colocar sua bolsa no sofá. - Alice diz.

Ela se senta em uma outra poltrona.

- Certo. - respondi.

Coloquei minha bolsa no sofá e peguei meu pijama. A blusa é uma regata preta e a calça é xadrez vermelha e preto, peguei meu par chinelo de gato preto, branco e rosa que está em uma sacola.

- Você gosta de gatos? - Nessie perguntou vendo a estampa do meu chinelo.

- Sou apaixonada. - respondi. - tenho dois gatos: um branco e um preto. - falei sorrindo.

- Quais são os nomes deles? - Alice perguntou.

- A fêmea se chama Tikki e o macho Plagg. - respondi.

- Um casal. - Bella comentou sorrindo.

Retribui seu sorriso e apenas balancei a cabeça concordando.

- Vocês não se importam mesmo que eu me troque na frente de vocês, né? - perguntei mais uma vez.

- Não se preocupe. - Alice diz e se levanta. - para você ver que não ligamos, vamos colocar nossos pijamas também aqui. - falou indo até o closet e voltando com alguns pijamas.

Alice entrega um pijama para cada uma das meninas.

- Posso entrar meninas? - Esme perguntou ao abrir uma fresta da porta.

- Claro, mãe. - Alice respondeu sorrindo amorosa para a mesma.

Ela entrou no quarto fechando a porta logo em seguida, Esme está com dois baldes de pipoca em mãos.

- Fiz pipoca para vocês duas. - Esme diz olhando para mim e Nessie.

- Obrigada, Esme. - agradeci pegando um dos baldes de pipoca.

- Valeu, vov... mãe. - Nessie falou se corrigindo rapidamente.

Todas as meninas ficam tensas, mas fingi não ter ouvido ou percebido o erro.

- Espero que se junte a nós, Esme. - falei sorrindo para a mesma.

- Que isso, querida. - Esme diz. - não tenho idade para esse tipo de coisa. - falou.

- Nada disso. - falei sorrindo. - quando tem festa do pijama lá em casa com minhas irmãs, minha mãe sempre participa. - comentei. - é mais adolescente que suas filhas. - digo rindo.

Elas me olham surpresa.

- Quanto anos tem sua mãe? - Rosalie perguntou.

Fico em silêncio tentando lembrar a idade da minha mãe.

- Pelas minhas contas... minha mãe deve ter uns trinta e sete anos. - respondi não muito certa.

- Caramba, sua mãe é nova. - Alice comentou. - pensei que por ter muitos filhos, ela tivesse mais de quarenta e poucos. - comentou.

Ri.

- Pois é. - falei. - minha mãe tem quase quarenta anos, ela parece que tem uns vinte e poucos anos. - comentei. - às vezes as pessoas acham que somos irmãs gêmeas, por sermos muito parecidas. - digo.

- Você tem uma foto da sua mãe? - Esme perguntou.

- Tenho. - respondi indo até minha bolsa pegando meu celular.

Procuro rapidamente uma foto da minha mãe.

- Olhem. - falei virando meu celular para elas verem a foto da minha mãe.

- Caramba! - Nessie exclamou. - você se parece muito com sua mãe. - diz chocada.

- E muito. - Rosalie murmurou.

Ri. Trago o celular de volta para mim e procuro uma foto da Jasmine.

- Essa é minha irmã Jasmine. - falei, mostrando a foto da minha irmã para elas.

- Ah... que fofa. - Alice murmurou. - da vontade de apertar as bochechas dela. - diz.

- Quantos anos ela tem? - Esme perguntou.

- Ela e Jackson têm seis anos. - respondi. - eles são gêmeos. - digo.

- Só. - Nessie falou chocada.

Balancei a cabeça.

- Se estão chocadas agora, vão ficar mais ainda com isso. - falei sabendo que elas ficariam em choque.

Procuro um fotos dos quadrigêmeos para mostrar a elas.

- Olhem... - falei, mostrando uma foto dos quatro juntos.

- Ô.... que fofos. - elas falam inclusive Rosalie, menos Esme.

- Quem são? - Bella perguntou.

- Meus irmãos caçula. - respondi me segurando para não rir da expressão delas.

Todas elas estão com os olhos arregalados.

- Me diz que sua mãe adotou os quatro. - Alice pediu me olhando chocada.

- Não. - respondi. - minha mãe ficou grávida pela sexta vez. - falei rindo da expressão delas. - meus pais são loucos, eu sei, mas não posso fazer muito sobre isso. - digo dando de ombro como se não fosse muito.

- Quanto tempo eles têm? - Esme perguntou mais relaxada.

- Sete meses. - respondi.

- Como sua mãe consegue não ficar louca com tanta criança? - Alice perguntou chocada ainda.

- Alice não seja indelicada. - Esme a repreende.

- Está tudo bem, Esme. - falei tranquilizando a mesma. - meus irmãos ajudam muito meus pais e quando passava algumas datas importantes com minha família, dava uma força também. - disse. - na época que minha mãe teve Jasmine e Jackson é claro. - deixei claro.

- Ela fez algum tratamento para engravidar? - Bella perguntou curiosa.

- Não. - respondi. - ela é apenas muito fértil. - brinquei.

Elas riram.

- Tá. Antes que continuemos a fofocar, vamos nos trocar. - Alice falou pegando mais um pijama no closet e entregando para Esme.

Tiro minhas botas e as meias, desabotoei minha calça e tirei a mesma. Estou de calcinha preta sem nenhum detalhe, tirei rapidamente minha blusa preta e me virei para pegar a blusa e a calça do pijama.

- Minha nossa! - escutei Esme exclamar.

Me viro com o pijama em mãos e olho para elas, as cinco estão com os olhos arregalados em choque.

- Tem alguma coisa errada? - perguntei estranhando a reação delas, imaginei que fosse pelas minhas Runas. - eu sei que pode ser vulgar ter tatuagens praticamente no corpo, mas...

- Como fez esses machucados nas suas costas. - Esme perguntou preocupada e desesperada, a mesma vem até mim e pega em minha mão.

- Oh... então é sobre isso. - falei ficando na defensiva, não tinha me lembrado das marcas nas minhas costas.

- Foram seus pais? - Rosalie perguntou com raiva.

Arregalei meus olhos.

- Nunca. - respondi com desespero. - meus pais nunca levantaram a mão para mim e para meus irmãos, temos uma regra de nunca bater um nos outros, a não ser que seja um soco de leve em forma de brincadeira. - falei rapidamente.

- Então, como conseguiu as marcas? - Bella perguntou preocupada.

Suspirei e pensei antes de começar a contar.

- Muito antes de decidir voltar para casa... acho que vai fazer um ano mais ou menos... - falei incerta. - fui torturada pelo Valentim. - contei perdida em pensamento.

- Porque? - Rosalie perguntou com muito mais raiva na voz.

- É complicado. - respondi respirando fundo.

Não posso contar que sou uma loba e uma caçadora das sombras.

- Ele... - Bella não terminou, mas sei o que ela queria saber.

- Não. - respondi. - ainda sou virgem. - falei sem vergonha alguma. - mas não foi por isso que ele me sequestrou e me torturou. - digo com amargura. - se não se importarem, gostaria de não falar sobre isso. - pedi.

- Tudo bem. - Esme falou sorrindo com ternura.

Ela me abraça e eu faço o mesmo.

- Obrigada. - agradeci.

Vesti meu pijama rapidamente.

- Sei que não quer falar sobre isso, mas... - Rosalie começa. - seus pais sabem? - perguntou preocupada.

- Meu pai sim, mas minha mãe não. - respondi. - preferi poupá-la da dor. - disse melancólica. - Izzy e os outros cuidaram de mim o tempo todo. E às vezes me esqueço que existem as marcas do chicote em minhas costas. - digo.

Elas estremeceram.

- Vamos mudar de assunto. - Alice mandou e me puxou para me sentar no chão onde tem várias almofadas coloridas. - você disse que é virgem. Porque? - perguntou.

- Caramba, direta você… - comentei, rindo do seu jeito. - não sei ao certo. - digo dando de ombro. - acho que nunca me senti atraída por ninguém até agora. - falei.

- Até agora...? No passado? - Nessie perguntou sorrindo.

Pisquei para ela.

- Próximo assunto. - falei sorrindo marota.

- Ah... não...! - Alice protestou. - quero saber agora. - diz curiosa.

- Já te disseram que curiosidade matou o gato, Alice. - brinquei.

Ela me olha irritada.

- Não vou falar sobre isso. - falei determinada e balançando a cabeça de uma lado para o outro.

- Tudo bem. - a mesma se rendeu, mas não satisfeita.

- Porque você tem tantas tatuagens? - Rosalie perguntou mudando de assunto.

Olho para ela e vejo que está começando a confiar em mim.

- Eu não as chamo de tatuagens e sim de Runas ou símbolos. - falei torcendo levemente o nariz. - e é um pouco complicado de explicar, mas as fiz junto com meus amigos. - murmurei.

- Seus amigos de New York? - Nessie perguntou.

- Sim. - respondi. - deixo ver se tenho uma foto deles nesse telefone. - falei.

- Você tem dois telefone? - Rosalie perguntou.

- Sim, Rosalie. - respondi.

- Pode me chamar de Rose. - ela murmurou.

Desvio minha atenção do celular para olhá-la.

‘- Não esperava isso. - falei comigo mesma.’

- Porque tem dois telefones? - Nessie perguntou.

- É que no meu outro celular eu uso para falar com meus amigos em New York e é mais antigo, pois vivo quebrando ou perdendo. - digo e ri.

Procuro uma foto e acho o que queria.

- Aqui. - falei mostrando meus amigos para elas.

- Nossa! Eles são lindos. - Alice comentou.

- São mesmos. - Esme, Bella, Rose e Nessie falaram.

Ri.

- Tenho que concordar. - murmurei.

- Eles namoram? - Bella perguntou.

- Sim. - respondi. - Jace namora minha prima Clary; Alec namora o Magnus. - digo apontando cada um. - já a Isabelle é um pouco complicada. - falei, torcendo o nariz.

Elas me olham sem compreender.

- Simon perdeu a memória e não se lembra da Izzy. - expliquei. - e está sendo difícil para os dois, principalmente ao Simon que se sente frustrado. - falei.

- Pobrezinhos. - Esme murmurou com pesar.

- Deve ser difícil não se lembrar da pessoa que ama. - Nessie comentou.

Suspiro.

- Nem me fala. - murmurei. - estou sofrendo junto com eles. - digo. - Izzy está deprimida, mas esconde dos outros que está sofrendo ou o que está sentindo. Já o Simon está frustrado por não se lembrar dela. - falei. - parece que ele consegue se lembrar dos outros, mas da Izzy... bem pouco. - contei. - mas eles ficaram bem. - falei para me convencer disso.

- Você disse que nunca se sentiu atraída por nenhum garoto - Rose falou e concordei com a cabeça. - nem pelo Jace? - perguntou. - ele é bonito? - digo.

Me arrepiei toda.

- Cruzes. - respondi estremecendo.

Elas me olharam estranho.

- O Jace é um gato... - falei as olhando. - mas sempre o vi com um irmão. - digo. - apesar dele fazer um pouco meu tipo. - ri.

- Você tem um tipo? - Alice perguntou sorrindo diabolicamente para mim.

- Culpa do Magnus. - falei jogando a culpa no mesmo. - gosto de garotos loiros e de olhos claros. - digo. - e o mais importante: que seja a favor do feminismo e que ame animais, porque sou mãe de pets.

As cinco riram.

- Estou brincando. - falei. - não ligo muito para a aparência das pessoas, sempre vejo o que elas trazem no coração e na alma. - digo.

Elas pareciam um pouco chocadas, mas deixo passar

- Porque gato e não cachorro? - Nessie perguntou.

- Não sei. - respondi. - mas sempre gostei de felinos, principalmente os pretos. - falei. - ganhei o Plagg do Magnus a uns quatro anos. - disse.

- E a Tikki? - Alice perguntou.

- Amor à primeira vista do Plagg. - respondi sorrindo. - ele encontrou Tikki perto do instituto em um dia chuvoso, ela estava se protegendo da chuva. - contei. - ele a trouxe para que eu cuidasse dela. - falei. - Plagg ia fazer dois e ela tinha aproximadamente um ano.

- Que fofo. - as cinco falam em uni som.

Sorri.

- Adotei a Tikki com o maior prazer. - falei me lembrando do dia. - ela é super carinhosa, gosta de carinho e é uma gata super tranquila, quando estou chateada ela sempre tenta me animar. - contei.

- E o Plagg? - Esme perguntou.

- Ele é um pouco arteiro, carinhoso, super protetor, teimoso, briga com animais o dobro do tamanho dele. - falo descrevendo as coisas que meu gatuno faz.

- O que ele apronta? - Alice perguntou.

- Pequenas coisas como: derrubar alguma coisa no chão quando não dou atenção, mia fora de hora, quando está muito irritado fica perturbando. - contei. - mas de resto ele é super tranquilo. - falei.

Elas riem.

- Fale um pouco dos seus irmãos. - Nessie pediu. - sei que estudamos com a maioria, mas estou curiosa. - diz.

- Tudo bem. - respondi. - apesar de sermos quadrigêmeos ou gêmeos, cada um tem sua personalidade e sua característica própria, mas sempre muito unidos. - falei. - sei que não morava com meus pais e eles, mas sempre falava com Liam e Troy, ou com meus outros irmãos.

- Mas não com a Malia? - Bella perguntou.

- Malia é complicada. - falei. - ela não aceitou muito bem a minha ida para New York, mas depois de que ficou mais velha, entendeu um pouco. - disse.

- Percebi que Matteo é bem protetor com suas irmãs. - Nessie comentou.

- E ele é. - falei. - a Sol é uma irmã para ele, já a Luna, o mesmo nunca teve esse sentimento. - contei. - e ele protege a Sol do mesmo jeito que protege a Luna, por ser uma das pessoas mais importante para Luna, sem a irmã gêmea a mesma ficaria perdida. - expliquei.

- Faz sentido. - Nessie falou.

- Cada um dos meus irmãos tem gostos diferentes, por exemplo: Naomi e Zack tem gostos parecidos, mas de maneira diferente. - falei. - Naomi ama programação e sabe mexer com qualquer aparelho tecnológico, assim como Zack que gosta de montar e desmontar aparelhos eletrônicos. - contei.

- Um completa o outro. - Bella diz.

- Sim. - confirmei sorrindo. - Apollo e Allan gostam de jogos. Allan cria os jogos de videogame, já Apollo gosta de jogar e testar as criações, assim como dá ideias para os jogos. - contei. - eles vendem as patentes dos jogos para algumas empresas, mas é claro que meus pais e tios os ajudam com isso, já que são menores de idade. - deixei claro.

- Que legal. - Alice falou. - nossos meninos amam jogar videogame. - comentou.

Sorri.

- Luna e Sol são diferentes. - falei. - Luna gosta de escrever, já Sol gosta de ler e editar o que a irmã escreve. - disse.

- Também gosto de ler. - Bella falou.

- Somos duas. - murmurei. - se deixar devoro uma biblioteca em pouco tempo. - falei e pisquei. - Jace brinca que sou devoradora de livros. - contei.

- E você e seu irmãos? - Rose perguntou.

- Sou bem diferentes. - falei. - Troy e eu somos mais centrados, quando a coisa são mais sérias não brincamos, diferente do Liam que sempre tem piadinhas na ponta da língua, assim como Apollo que é irônico que nem o Jace. - digo. - já a Malia é a raivosa da família, sempre sai fumaça das ouvidos dela. - brinquei.

Elas riram.

- Jasmine e Jackson são o oposto um do outro. - falei. - Jass é comunicativa, sempre alegre e enérgica. Já o Jackson é tímido só fala se confia nas pessoas, mas é um menino muito observador, apesar de quieto sempre está prestando atenção no que uma pessoa está falando ou ao seu redor. - contei.

- Esperto. - Alice comenta.

- E os bebês? - Esme perguntou.

Sorri.

- Apesar de serem pequenos, eles tem bastante personalidade. - falei. - Matthias é um excelente cavalheiro, sempre deixa nossa mãe dar de mamar para as meninas para depois ser sua vez; Gastón é mais irritado, parece o zangado dos sete anos, mas é igual o Matthias quando se trata das irmãs; Ashley é a vaidosa, gosta de colocar laço na cabeça não tira por nada nesse mundo; já a Camilla é um doce de menina só se irrita quando mamãe tenta colocar um laço na cabeça, ela parece que será mais moleque que a Ashley, ou como a Jasmine falou uma vez, ela será a princesa Merida de Valente. - contei. - não que isso seja um problema, pois minha mãe não se importa, é apenas um jeito de descrever sua personalidade. - disse. - mamãe disse que ela parecia comigo quando bebê. - comentei.

- Tão novinhos e já com personalidades tão fortes. - Bella comentou.

- Qual é a ordem de vocês? - Nessie perguntou.

- Na primeira gestação: sou eu, Liam, Malia e Troy; segunda gestação: Luna e Sol; terceira gestação: Apollo e Allan; quarta gestação: Naomi e Zack; cinta gestação: Jasmine e Jackson; e a sexta e provavelmente última gestação: Matthias, Gastón, Ashley e Camilla. - falei um por vez.

- Sua mãe é corajosa. - Rosalie murmurou.

- E muito. - falei. - criar dezesseis filhos não é fácil para qualquer mulher, mas com a ajuda dos meus tios, deu tudo certo. - disse.

- Uma coisa que não entendi. - Nessie falou e a olho. - Luna e Sol são gêmeas, como elas estudam junto com Apollo e Allan? - perguntou.

Fico um pouco nervosa.

- Todos nós repetimos um ano. - respondi, mentindo. - no meu caso, perdi o ano passado, já os outros foi porque Sol ficou doente e acabou que repetiram nos cinco. - inventei uma história.

- Hum... - Nessie murmurou.

- Qual é sua cor favorita? - Bella perguntou.

Sorri pela mudança de assunto.

- Vermelho e preto. - respondi. - são minhas cores da sorte. - falei. - e sou apaixonada por joaninhas. - comentei. - meu banheiro é em vermelho e preto, com algumas joaninhas grudadas no espelho. - digo.

- Ah... quem não gosta de joaninha. - Nessie comentou em tom apaixonado.

- O problema não é esse. - falou e ri. - sou louca por elas, tenho muitas roupas nas cores da joaninha e meu quarto tem algumas decorações em homenagem a elas. - digo.

Elas riem da minha obsessão

- Que flores você gosta? - Alice perguntei.

Levantei a sobrancelha sem entender a razão dela querer saber disso.

- Gosto mais de uma. - falei. - rosas vermelhas e girassol. - respondi sorrindo.

- Tem uma cor que você não gosta ou não usa? - Esme perguntou.

- Branco. - respondi. - não uso essa cor, pois é a cor da morte; dourado a cor do casamento. - murmurei. - é difícil usar roupa em um tons claros, sempre uso cores escuras. - falei.

- Morte e Casamento? - Rosalie perguntou.

- É que no colégio que estudei, a cultura é diferente e é a única coisa que minha mãe segue um pouco é o padrão das cores. - expliquei. - o branco para nós representa a morte enquanto nos casamos, usamos a cor dourada. - falei. - não uso cor clara por costume, mas não é por odiá-las. - deixei claro.

- Você tem alguma matéria favorita? - Nessie perguntou.

- Amo história, biologia e idiomas. - respondi. - sei falar seis idiomas diferentes. - comentei.

- Quais? - Esme perguntou.

- Francês, espanhol, italiano, português, inglês e latim. - respondi.

- Porque latim? - Alice perguntou com cenho franzido.

- No colégio onde estudei, na aula de história víamos muito documento em latim e com isso acabamos tendo uma aula aparte. - respondi. - mas não é tão ruim é até legal. - falei. - quando não quero que meus irmãos saibam o que estou dizendo com meu amigos de NY começo a falar em latim. - falei.

- Que maldade. - Nessie fala e ri.

Dou de ombro.

- Sabe... - Alice começou. - está pensando em ir a Seattle amanhã para fazer compras. - diz animada. - você podia ver se seus irmãos querem ir conosco. - falou.

- Pode ser. - respondi. - estou precisando comprar algumas botas e jaquetas. - comentei. - duas coisas que sou viciada. - falei.

- Sério? - Bella questionou.

- Amo um salto alto. - falei. - se eu contar que corro de salto alto vocês acreditariam. - perguntei.

- Mentira! - Alice exclama e ri.

- Pois eu digo. - murmurei. - corro muito rápido de salto alto. - falei. - peguei essa hábito da Izzy e é outra que ama um salto. - comentei.

- Que legal. - as meninas falaram.

Conversamos mais um pouco sobre coisas de garotas.

 

Pov. Jonathan

 

8:27 p.m.

Tia Alice levou Molly para o andar de cima para uma festa do pijama, fui para sala jogar vídeo game com os meus tios e Jacob. Quando entrei na sala papai e vovô estão jogando xadrez.

- Perdeu a namorada, sobrinho. - tio Emmett me provoca e gargalha.

Reviro os olhos.

- Ela não é minha namorada. - retruquei. - ‘bem que poderia ser.’ - pensei.

- Ainda não é. - papai diz piscando um olho para mim.

Ele volta sua atenção para o jogo de xadrez.

- Tá legal... - murmurei. - me deem um controle para jogar. - falei.

Jasper me entrega um controle para poder jogar com eles. Nós quatro começamos a jogar, mas não estou prestando muita atenção, pois meu foco está na conversa das garotas até que uma conversa me chama atenção e me deixa em agonia.

- O que há de errado, Jonathan? - tio Jasper perguntou me tirando dos meus pensamentos, meu pai automaticamente olha para mim preocupado.

- Filho? - pai chama minha atenção. - o que a de errado? - perguntou.

- Hum........ - não sabia o que responder ou se poderia dizer o que ouvi.

- Ô... - pai murmurou preocupado.

- Que feio sobrinho, bisbilhotando a conversa das meninas. - tio Emmett zombou.

- As meninas não vão ficar nada felizes em saber que está escutando a conversa delas. - Jacob alertou sorrindo em debochado.

Se eu fosse humano estaria corado.

- De certa forma, estava ouvindo. - confessei envergonhado.

- E o que você ouviu que deixou agoniado? - tio Jasper perguntou.

- Molly tem cicatrizes bem feias nas costas. - papai respondeu no meu lugar.

Todos ficam tensos e olham para o papai.

- Estou lendo a mente de Esme. - pai se justificou.

- Foram os pais dela? - perguntei exaltado e desesperado.

- Calma, Jonathan. - vovô pediu. - não sabemos disso. -  falou tentando me acalmar.

- Não foram os pais dela. - pai falou. - mas sim um tal de Valentim. - disse.

- Porque? - Jacob perguntei revoltado.

Ele não é o único.

- Ela apenas disse que foi torturada por ele, mas não disse a razão. Molly fez as meninas mudarem de assunto. - pai respondeu. - pelo visto ela não gosta de falar sobre isso com as pessoas. - diz.

- Pai... - chamei o mesmo angustiado. - 'ela foi estuprada?' - perguntei mentalmente, aflito com a resposta que ele daria.

Ele me olha nos olhos.

- Não. - pai respondeu, me deixando mais aliviado. - Jonathan? - ele me chamou.

- 'Isso não seria um problema para mim, pai. Apenas fiquei preocupado'. - pensei olhando em seus olhos.

Papai apenas assente com a cabeça.

- O que perdi? - tio Emmett perguntou querendo saber.

- Nada. - pai e eu respondemos juntos.

- Ô... - tio Jasper murmurou. 

Olha para o papai.

- Ela está bem. - pai falou simplesmente.

- Não deveriam ouvir a conversa das meninas. - vovô diz nos alertando.

- Eu sei, sinto muito. - pedi. - foi mais forte que eu. - me defendi.

- Sei como é. - pai murmurou compreensivo.

- Filho de peixe, peixinho é. - tio Emmett diz em tom de brincadeira.

- Não começa, Emmett. - pai ordenou de cara feia para tio Emm.

- O que mais elas estão falando? - tio Emmett perguntou curioso.

- Agora você quer saber o que elas estão conversando? - questionei bufando indignado.

- Não deveriam ficar escutando a conversa das meninas. - vô aconselhou mais uma vez.

- Vovô! - resmunguei olhando para o mesmo.

Ele apenas ri descaradamente.

- Tudo bem. - vovô falou. - vocês que lidem com as consequência mais tarde. - diz.

- O que elas estão falando? - Jacob perguntou.

Presto atenção no que elas falam e arregalou os olhos quando tia Alice perguntou: porque Molly ainda é virgem.

‘- Puta merda. - exclamo em minha mente.’

- O que é tão chocante que te fez arregalar os olhos? - tio Emmett perguntou curioso.

- A Alice perguntou a razão da Molly ainda ser virgem. - pai respondeu se segurando para não rir da minha cara. Já tio Emmett começa a gargalhar.

- Isso não tem graça. - falei sisudo. - e tio Jasper, você tem que ter uma bela conversa com tia Alice sobre certas perguntas que podem ser feita às pessoas. - digo o olhando.

- Não posso fazer nada. - o mesmo respondeu dando de ombro.

Resmunguei.

- O que ela disse a respeito de ainda ser virgem? - tio Emmett perguntou.

- EU NÃO SEI TIO EMMETT! - exclamei irritado e rosnei para eles.

Todos eles começaram a rir da minha irritação.

- Não estou achando graça. - falei bravo.

- Está certo filho. - pai falou. - ela respondeu que nunca namorou. - disse.

- Pai eu não queria sa... - parei de falar. - ELA NUNCA O QUE?! - exclamei chocado e surpreso com essa informação.

- Porque? - Jacob perguntou. - ela é bonita. - diz. - como nunca namorou? - questionou.

Rosnei para ele.

- Calma, aí. - Jacob pediu levantando as mãos para cima. - estava apenas falando o óbvio, sua irmã continua sendo a luz dos meu olhos... - diz. - mas não quer dizer que sou cego. - argumenta.

Não o respondo.

‘ - Só eu posso elogiar Molly. - pensei comigo mesmo.’

- Ela falou mais sobre isso? - tio Jasper perguntou.

- Molly respondeu que nunca se sentiu atraída por alguém antes. - pai respondeu. - até agora... - diz a última parte receoso.

- Como assim até agora? - perguntei.

- Ih... sobrinho. Dormiu no ponto. - tio Emmett me provoca e gargalha.

Encolho meus ombros me deixando deprimido.

- Muito obrigada, Emmett. - tio Jasper agradeceu para o mesmo. - agora deixou deprimido. - resmungou.

- Jonathan... - vô me chamou. Levanto minha cabeça em sua direção. - ela pode está falando de você. - diz.

Franzi o cenho.

- Como o senhor poderia saber disso? - perguntei sem dar-lhe muito credito.

O mesmo ri.

- Só um palpite. - ele diz. - mas foi a forma que ela olhou para você. - vô falou. - é intenso... - comentou. - quando entraram pela porta, me lembrei na época que seu pai trouxe Bella aqui em casa para nos conhecer. - murmurou. - Molly tem o mesmo olhar que sua mãe tinha naquele tempo e ainda tem.

Olho para ele surpreso e um pouco otimista.

- E o que mais elas estão falando? - Jacob perguntou curioso.

- Rose perguntou sobre as tatuagens que tem, parece que ela tem mais. - pai respondeu.

Olho para o mesmo, encabulado em saber que meu pai viu ela apenas de roupa de baixo.

- Na mente da Rose, estão apenas as tatuagens. - pai diz. - não vi a Molly com roupas de baixo. - se justificou.

- Percebi que ela tem no pescoço duas tatuagens. - vovô comentou.- mas não prestei atenção nos desenho, não queria ser indelicado. - diz.

- Ela tem nos braços, barriga, ombros e costas. - papai falou.

- Caramba. - tio Jasper murmurou.

- Que desenhos são? - Jacob perguntou.

- Não são desenhos, mas sim símbolos que nunca vi antes. - pai respondeu.

- Acho que ninguém já viu. - tio Emmett murmurou.

- Uma tatuagem que ela tem no pescoço parece um Z, mas tem uma linha cruzando o meio. - falei.

- Esperem um pouco. - papai pediu.

O mesmo sai da sala, ele volta com um bloco e um lápis em mãos, o mesmo desenha no bloco.

- Já viram esses símbolos antes? - pai perguntou virando o bloco com alguns símbolos desenhados.

- Nunca vi. - tio Emmett respondeu.

- Também não. - Jacob respondeu.

Vovô e tio Jasper não respondem.

- Vocês já viram algum desses símbolos? - perguntei estranhando o silêncio deles.

Vovô pede o bloco de nota.

- Esse não me é estranho. - o mesmo fala indicando um dos símbolos (n/a.: poder angelical).

- Não sei se já vi essas marcas, mas o formato dessa que você mostrou não me é estranho. - tio Jasper diz incerto. - acho que vi na época que vivi com Maria. - comentou em dúvida.

- Molly as chamam de Runas, mas não disse o que significado delas. - falei. - me lembro que ela disse que fez junto com seus amigos, em New York. - digo.

- Isso é um pouco estranho, não acham? - Jacob questionou.

- E daí que ela tem tatuagens. - retruquei. - você também tem uma. - acusei.

- É mais a minha tatuagem representa a minha alcateia. - Jacob diz. - esses símbolos que ela tem tatuado não dizem nada. - argumentou.

- Para nós pode não significar nada. - pai diz. - mas para ela sim. - murmurou, defendendo Molly.

- Edward tem razão. - vô diz. - o motivo dela ter essas tatuagens não diz respeito a nós. - murmurou. - e não acho nada demais em fazer tatuagens, se pudesse fazer, faria algumas. - falou.

Todos ficam surpresos.

- E faria, qual vô? - perguntei curioso.

- Não sei. - vovô respondeu e pensou um pouco. - mas algo que homenagearia Esme ou a nossa família. - diz.

- Mas onde você viu esse símbolo? - tio Jasper perguntou.

- Não sei exatamente. - vovô respondeu. - é uma memória antiga, acho que é de quando era humano ainda. - diz.

- Jace? Quem é Jace? - tio Emmett perguntou do nada, o mesmo parecia bravo por alguma razão.

- De quem está falando? E porque está bravo? - tio Jasper perguntou com cenho franzido.

- A ursinha perguntou para a Molly se já se interessou pelo tal Jace. E ela disse que ele é bonito. - tio Emmett falou de cara fechada.

Papai revira os olhos.

- E daí que ela e a Rosalie achou o garoto bonito, isso não quer dizer nada. - Jacob falou.

- Então, você não se importa que a Nessie ache esse tal de Jace bonitão? - tio Emmett perguntou.

- Não. - Jacob respondeu, mas sei que ele se importa. - sei me garanti. - falou convicto.

- Se está dizendo. - tio Emmett murmurou.

Fiquei inseguro da resposta da Molly, até escutar papai rir, assim como o tio Jasper.

- Qual é a graça? - perguntei já imaginando o que viria pela frente.

- Ela não gosta do Jace. - pai respondeu.

- Pelo menos, não da forma que possivelmente esteja pensando. - tio Jasper diz sorrindo.

Revirei os olhos.

- Ela vê o Jace como irmão. - pai falou. - mesmo ele sendo o tipo dela. - diz me cutucando.

- Tipo? - perguntei franzindo o cenho.

- Vi na mente da Rose. - pai diz. - o garoto é loiro e tem olhos dourados. - descreveu.

- Como o nosso? - tio Jasper perguntou.

- Não. - papai respondeu. - pelo menos na foto que Molly mostrou para as meninas, o tom dos olhos dele é bem diferente do nosso. - disse. - além disso, ele tem as mesmas tatuagens que Molly tem só que em lugares diferentes. Pelo menos, na foto que ela mostrou às garotas, percebi que algumas eram iguais às que Molly tem só que em lugares diferentes.

- Então, o Jonathan entra no tipo dela? - Emmett perguntou em tom de brincadeira.

- Na verdade, ela não liga muito para a aparência. - tio Jasper murmurou. - ela acabou de dizer que sempre vê o que as pessoas trazem dentro do coração e na alma, não como elas são na aparência. - diz.

- Então, porque ela disse que preferem garotos loiros de olhos claros? - Jacob perguntou.

- Mulheres... - papai diz e olhamos sem entender. - quem entende elas. - falou. - às vezes elas falam por brincadeira, não sei exatamente.

- Vamos deixar as meninas conversarem em paz. - vovô ordenou olhando para cada um de nos.

Assentimos com a cabeça, inclusive eu.  Voltamos a jogar videogame, já papai e vovô voltaram a jogar xadrez.

 

_ Quebra de Tempo _

 

9:36 p.m.

As meninas saem do quarto e descem as escadas de pijama mesmo, é até engraçado ver vovó, mamãe e as tias com esse tipo de roupa, já que as mesmas não dormem. Molly está com uma blusa regata preta que deixa sua barriga levemente exposta. Olho de relance e analiso o pouco que consigo ver das suas tatuagens. Ela tem cinco nos braços, duas no pescoço e uma em cada ombro, a calça do pijama é xadrez vermelha e preta, nos pés ela calça um chinelo branco e preto com a correia rosa neon. (n/a.: pode sofrer alterações nas Runas)

- O que vocês estão aprontando? - mãe perguntou desconfiada.

- Estamos jogando. - tio Emmett respondeu sem desviar seus olhos da televisão.

Molly se aproxima para ver o jogo.

- An... - ela murmurou e sorriu.

- Você já jogou? - perguntei com quem não quer nada.

Ela responderia mas...

- JONATHAN PRESTA ATENÇÃO! - tio Emmett gritou e acabamos perdendo.

Tio Emmett rosnou irritado, escuto uma risada e sei que é Molly rindo.

- Já sim. - a mesma respondeu. - é uma das criações do Allan. - diz.

- O que?! - todos falaram, menos as garotas.

- Allan, meu irmão... cria jogos de videogame e vende as patentes para grandes empresa. - Molly explicou. - esse jogo é uma das criações dele. - diz. - e faz umas três semanas que zerei esse jogo. - falou com quem não quer nada.

- Como? - tio Emmett perguntou. - estamos a um tempão tentando descobrir como passar dessa fase. - diz indignado.

- Tem uma pegadinha. - Molly respondeu e ri da cara de indignação que tio Emmett faz. - e não... Allan não me contou, percebi sozinha. - diz.

- Como se faz para passar de fase? - Jacob perguntou.

- Me deem um controle. - Molly pediu.

Entrego meu controle para ela, a mesma sorri em agradecimento e eu retribui seu lindo sorriso. Molly aperta o botão de iniciar o jogo e em menos de dez minutos, ela passa de nível.

- Caramba. - tio Jasper, Jacob e eu falamos chocados.

Tio Emmett olha a televisão sem piscar.

- Quando descobri a pegadinha desse nível, foi fácil repetir sem nenhum problema. - Molly falou. - quando Apollo viu que passei de nível, ele perguntou como tinha feito. - disse.

- O que respondeu? - tio Jasper perguntou a ela.

- Que eu sabia que tinha uma pegadinha. - Molly falou e ri. - poucos conseguem passar desse nível.  Quando chega a cinquenta tentativa tem a opção de pular de nível. - diz.

- Quantas vezes você tentou? - vovô perguntou.

- Acho que foram oito vezes. - Molly respondeu.

- OITO! - tio Emmett exclamou saindo do transe. - perdi as contas de quantas vezes tentamos passar dessa fase. - diz indignado.

- Vinte e oito. - Jacob diz olhando para o tio Emm.

Tio Emmett lhe lançou um olhar mortal, fazendo com que o mesmo encolhesse.

- Allan fez de propósito e só percebi, quando parei e analisei o que está errado. - Molly falou calmamente sem deixar de sorrir.

- Pera. - tio Emmett falou. - você disse que seus irmãos criaram esse jogo? - perguntou.

Molly olha para ele com a sobrancelha levantada.

- Não liga, não. - tia Alice falou indo se sentar ao lado do tio Jasper. - Emmett às vezes é lento e é muito desligado. - diz.

- Às vezes? - Jacob pergunta sendo irônico.

- Ninguém te chamou na conversa to... Jacob. - tio Emmett se corrige a tempo.

- Se acalmem. - Molly pedi. - sim, eles criam. - respondeu. - quero dizer, Allan monta e cria o designer do jogo, as vezes Apollo ajuda a fazer o programa rodar. - falou. - Apollo joga os jogos que Allan cria para ver se não tem nenhum defeito ou falha. - diz. - depois vender para alguma empresa que esteja interessada em comprar o projeto em questão. - contou.

- Caramba. - Jacob murmurou. - eles devem ganhar uma fortuna. - comentou chocado.

- E ganham. - Molly respondeu. - eles investem nos jogos novos e ajudam em casa, compram as coisas que eles querem. - diz dando de ombro.

- Querida, pode se sentar. - vovó  falou olhando para Molly. - não precisa ficar acanhada. - diz para ela.

Molly ri.

- Perdão, força do hábito. - diz se sentando na poltrona. - às vezes faço isso em casa. - murmurou. - no instituto, ficava uma boa parte do meu tempo em pé, isso quando estava na sala de treino, biblioteca, estufa, quarto ou cozinha. - falou.

- Sabe cozinhar? - tia Rosalie perguntou.

- Sim. - Molly respondeu. - gosto de uma boa aventura na cozinha. - diz piscando. - mas confesso que prefiro fazer doces do que salgados. - confessou.

- Oh... temos uma formiguinha entre nós. - tio Emmett brincou.

- Sou com muito orgulho. - Molly diz, sorrindo orgulhosa.

- Está gostando da cidade? - vovó perguntou olhando para Molly.

- Sim. - respondeu. - apesar do tempo nublado... estou gostando muito da cidade. - a mesma diz sorrindo.

- Você gosta de frio? - papai perguntou sem tirar os olhos do tabuleiro.

- Sim. - Molly respondeu. - sei que é um pouco estranho uma pessoa amar frio, mas em New York, quando fazia muito frio, sempre saia do instituto só para andar pelas ruas geladas e ir até o Central Park no final da tarde para desenhar o pôr do sol, as pessoas ou alguma coisa que está acontecendo no momento no Central Park.

- Você desenha? - vovó perguntou. Ela piscou rapidamente para mim.

- Desenho. - a mesma respondeu sorrindo. - me deem um minuto. - pediu e se levantou.

Molly foi para a sala de jantar onde sua mochila está, ela voltou com um caderno nas mãos.

- Olhem. - a mesma abre o caderno e mostra o desenho de um pôr do sol em um parque.

- Incrível. - vó falou admirada com o seu desenho. - seu desenho está perfeito. - diz maravilhada.

Vovó não é a única a achar isso. Todos estão impressionados pelo talento dela.

- Obrigada. - Molly agradeceu um pouco desconcertada.

- Se importa se olhar os seus outros desenhos? - vó perguntou.

- Claro que não. - Molly respondeu e entregou o caderno para que vovó pudesse ver suas obras de arte.

Vó pegou o caderno das mãos de Molly com muito cuidado. Ela folheou o caderno com cuidado para não estragar as folhas, ela para em um desenho.

- São Jace, Izzy e Alec quando eram mais novos. - Molly respondeu. - refiz faz um tempo, mas em um quadro que está em casa. - diz.

- Seus traços são perfeitos. - tia Alice comentou olhando o caderno junto com a vovó.

- Realmente. - falei concordando com tia a Alice.

- Obrigada. - Molly agradeceu sorrindo.

- Xeque mate. - pai falou para vovô.

Todos olham para os dois.

- Perdi outra vez. - vovô resmungou e torceu o nariz.

- Poderíamos jogar uma partida? - Molly perguntou olhando para meu pai.

Meu pai olha para a mesma.

- Por mim tudo bem. - pai respondeu.

Vovô se levantou de onde está e Molly vai até onde o mesmo estava.

- Obrigada. - a mesma agradeceu ao vovô, ele que pisca para ela.

Papai arruma todas as peças de xadrez calmamente.

- Pode ficar com as brancas, a não ser que queira ficar com as vermelhas. - pai diz.

- Não tenho preferência. - Molly respondeu dando de ombro.

- Tudo bem. - pai falou.

- Quer sem tempo ou com tempo? - pai perguntou.

- Com tempo. - Molly responde. - coloque cinco minutos. - diz.

Papai a olhou estranho para ela, todos na realidade.

- Certo. - pai murmurou, arrumando o relógio.

‘- Como será que ela vai jogar xadrez em cinco minutos? - pensei comigo.’

Os dois começam a jogar e faltando menos de um minuto.

- Xeque mate. - Molly murmurou.

- O QUE! - tio Emmett exclamou olhando chocada para o tabuleiro.

Molly e papai não moveram muitas peças, mas ela conseguiu encurralar o rei do meu pai.

- Como fez isso? - tio Jasper perguntou chocado.

- Muito treino. - Molly respondeu. - jogava muito xadrez com o Hodgen e a cada jogada, ele diminuía o tempo das partidas. - contou. - então, pesar rápido e jogar em apenas cinco minutos não é difícil para mim. - diz.

- Caramba. - pai diz surpreso em ter perdido.

- Tá legal. - tia Alice chamou a atenção de todos para si. - que tal assistirmos um filme. - sugeriu.

- Topo se for um filme de ação. - Molly respondeu.

As meninas olham para a mesma como se fosse louca.

- O que? - Molly perguntou. - gosto de filme de ação. - falou dando de ombro.

Ela se senta ao meu lado.

- Tudo bem. - tia Alice fala. - que tal assistirmos Jumanji. - sugeriu.

- Você quem decide. - Molly falou. - só assisti a versão antiga com meus irmãos. - diz.

Antes que a tia Alice colocasse no filme, vovó foi fazer mais pipoca para Jacob, Nessie e Molly. O filme começou e todos estão prestando atenção, menos eu.

 

[Um Tempo Depois]

 

Já estava quase no fim do filme, em algumas partes do filme tinha cenas engraçadas, a risada da Molly é nostálgico de ser ouvida e que me deixava maravilhado com a melodia da sua risada, até que o ronco do Jacob estragou meu momento.

Molly olha para o mesmo.

- Por favor, me digam que ele engoliu um porco ou uma motosserra. - Molly pediu se segurando para não rir.

- Não liga, não. - tio Emmett falou. - sempre que ele tira um cochilo, ele ronca que nem uma motosserra. - diz.

- Pelo visto, a Nessie gosta do som. - Molly comentou rindo ao ver minha irmã dormindo que nem pedra ao lado do namorado.

Um trovão muito alto soou no céu e Molly tomou um susto.

 

Pov. Molly

 

6th Agosto - Sábado, 12:42 a.m.

Alice sugeriu para assistirmos um filme, ela escolheu Jumanji. Estávamos quase no final do filme e percebi o olhar de Jonathan sobre mim durante o filme todo, fingi não notar até que o som de uma motosserra é ouvido.

- Por favor, me digam que ele engoliu um porco ou uma motosserra. - pedi me segurando para não rir da situação.

- Não liga, não. - Emmett falou. - sempre que ele tira um cochilo, ele ronca que nem uma motosserra. - diz.

- Pelo visto, Nessie gosta do som. - comentei e ri ao perceber que a mesma não se abalava com o som do ronco do namorado.

Um trovão muito alto soou no céu e me assustei.

- Eita. - falei olhando para o lado de fora.

A chuva começa a cair mais forte, me deixando preocupada com meus irmãos, menos Apollo que ama tempestades com muitos trovões e raios.

‘ - Espero que Jasmine esteja bem. - pensei comigo mesmo.’

- Está tudo bem? - Esme perguntou me tirando do transe.

- Hum... sim, estou bem. - respondi. - estou apenas preocupada com minha irmã Jasmine. Ela tem medo dos trovões. - falei. - mas ela deve está com minhas irmãs ou na minha cama dormindo com meus gatos. - digo.

- Pobrezinha. - Esme falou preocupado.

- Sei que ela ficará bem. - falei. - Tikki deve está com ela, assim como Plagg. - disse.

Esme sorriu e terminamos de assistir Jumanji.

- Amei o filme, mas estou cansada. - falei bocejando.

- Já está tarde. - Jonathan falou e sorri para ele.

- Bom, pelo menos você aguentou todo o filme. - Emmett falou. - já esses dois não aguentaram até o fim do filme. - diz gargalhando.

- Venha que te levarei até o quarto. - Esme falou se levantando.

Me levanto e sigo a mesma. Escuto Edward acordar Jacob para levar Nessie para o quarto. Fomos para o andar de cima e Esme me levou até o quarto de Alice para pegar minha bolsa e em seguida me levou em direção a um outro quarto.

- Você ficará no quarto do Jonathan. - Esme diz.

- Não precisa me colocar no quarto do Jonathan. - falei. - posso ficar em um quarto de hóspedes ou até mesmo em um sofá. - digo. - amo dormir em um sofá. - murmurei e ri.

- Nada de sofá. - Esme diz me olhando brava.

Não quis discutir com a mesma, ela me mostrou as coisas que tem no banheiro da suíte e me mostrou onde fica as toalhas. Tomei um banho rápido e vesti o mesmo pijama, escovei os dentes rapidamente e deitei na cama para dormir.


Capítulo 07

Capítulo 09


Ilustração

Look

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