Pov. Molly
30th Setembro, 7:30 PM
Quando já estava quase tudo pronto, decidi ir para meu quarto ver como meus gatos estão. Subi os degraus e vou direto para meu quarto. Ao abrir a porta, me deparo com a seguinte cena:
Todos os filhotes da Tikki e do Plagg estão no andar de baixo, sendo que tinha os deixado no andar de cima. Plagg estava correndo para lá e pra cá com filhote na boca, o mesmo parece desesperado. O quarto está um verdadeiro caos.
Neste momento, não sabia se ria ou se chorava pela bagunça feita pelos pequenos terroristas. Decidi tirar uma foto e mando para Jonathan com a seguinte mensagem:
~ Enviar mensagem, Chaton:
Eu: Olhos o que esses pequenos terroristas estão aprontando.
Assim que enviei a mensagem, vejo um pequeno gato preto escalar a cortina.
– Misericórdia! - exclamei com os olhos arregalados.
Largo o celular que cai no chão, vou correndo até o filhote e sei que é o Kovu que está escalando a cortina, pego o gato travesso na mão e o levantou na altura dos meus olhos.
– Você quer me matar do coração! - esbravejei brava com o filhote.
– Miaw! - Kovu miou e tentou sair do meu braço, mas não o deixo escapar de minhas mãos.
– Molly! - escuto meu nome ser chamado, mas quando olho para a porta, não vejo ninguém.
Pov. Jonathan
7:33 PM
Estou sentado em uma rocha junto com meu pai, tio e Vô vendo tio Emmett brincar com a comida, o mesmo está em uma luta com um urso pardo, onde meu tio está ganhando de lavada.
– Porque toda vez ele brinca com a comida? - perguntou olhando para a luta injusta do meu tio.
Tio Jasper ri.
– É por causa de ter sido morto por um urso, antes de se tornar um vampiro. - Tia Jazz respondeu. - ele diz que está se vingando. - murmurou.
– Mas toda vez? - questionei indignado.
Os três riem.
– Sabe como seu tio é. - pai murmurou.
Meu celular vibrou no meu bolso, pegou o mesmo e vi que era uma mensagem enviada pela Molly. Abri a mensagem e vejo que é uma foto e embaixo está escrito:
~ Recebido mensagem, Joaninha:
Joaninha: Olhe o que esses pequenos terroristas estão aprontando.
Abro a imagem e arregalou os olhos.
– Misericórdia! - murmurei e caí na gargalhada.
Chamo a atenção dos três vampiros.
– O que aconteceu? - Vô perguntou.
Viro meu celular para eles verem a foto.
– A Molly está te ligando. - tio Emmett diz se aproximando todo sujo de sangue.
Estranho o que ele diz e viro o aparelho para mim.
“ – Porque será que ela está me ligando? - me perguntei, mentalmente”.
Atendo a chamada.
_ Ligação On, Joaninha _
– Você quer me matar do coração! - Molly esbravejou brava, já que estou em uma chamada de vídeo.
– Miaw! - um miado de filhote soou.
Acho estranho e decidi chamá-la.
– Molly! - chamo por ela.
Ela não me respondeu, o silêncio estava tomando o quarto dela, apenas ouvia alguns miados.
[Pausa]
– Será que aconteceu alguma coisa? - pai perguntou preocupado.
– Eu não sei. - respondi aflito e angustiado.
Estou ficando agitado.
“ – Sabia que não deveria ter vindo caçar. - pensei comigo mesmo”.
[ON]
– Jonathan? - Molly murmurou olhando para mim de um ângulo estranho.
– O que ouve? Porque me ligou? - perguntei sendo direto ao ponto quando vi seu rosto pela tela do celular.
Molly riu nervosa.
– Acho que fiz a ligação sem querer, quando larguei o celular e sai correndo. - a mesma respondeu.
Franzi o cenho. Vejo ela se agachar para pegar o celular na mão.
– E porque você largou o celular? - tio Emmett perguntou aparecendo na tela.
– Oi, Emm. - Molly o cumprimentou.
Ela estava segurando o celular dessa vez.
– É que um certo pestinha achou uma ideia excelente escalar minha linda cortina. - Molly explicou e mostra o gato preto que está contra seu peito. - esse pequeno morcego, está agarrado a cortina e quase caiu no chão. - diz.
– Misericórdia. - Vô murmurou e arregalou os olhos.
– Nem me falem. - Molly murmurou e torceu o nariz.
Ri.
– Eu vi a foto. - murmurei. - eles fizeram a festa. - digo.
– Nem me fale. - Molly resmungou. - estava tudo bonitinho para a festa do pijama. - diz e fez bico. - eles estavam lá em cima e de alguma forma desceram. - murmurou. - quando entrei no quarto, o Plagg está para lá e pra cá atrás deles. - falou.
– Onde está a Tikki? - tio Jasper perguntou aparecendo na tela, assim como meu pai e avô.
– Uma boa pergunta. - Molly murmurou. - ela deve ter dado uma saída e deixado eles na supervisão do Plagg, mas alguém não deve ter dado conta. - diz.
– Miawww! - escutamos um miado, como se resmungava de algo.
– Se virasse. Eles são seus filhos. Quem mandou engravidar a Tikki, agora aguenta. - Molly diz olhando para algo em baixo.
– Miaw. - outro miado e como esse era mais encorpado, sabia que era o Plagg.
Molly bufou e me segurei para não rir, assim como os outros.
– Nem mais um passo Morgan! - Molly esbravejou, ela olha para frente. - esperem um pouco. - pediu.
Não deu tempo de responder. Ela deixou o celular encostado em algo e pôs o gato preto no chão, a mesma foi até a porta, onde tem uma gata preto e branco sentado.
– Para dentro já. - Molly mandou para a gata que está do lado de fora do quarto.
A gata que parece o Frajola miou e entrou de volta para o quarto com rapidez. Molly olha para o corredor e logo fecha a porta, a mesma voltou para perto de onde deixou o celular.
– Eles vão me deixar doida. - Molly diz pegando o celular na mão e se sentou em algo. - a sorte que eu subia antes das meninas chegarem. - falou.
– Meninas? - pai perguntou.
Molly sorriu marota.
– As garotas estão vindo aqui em casa para uma festa do pijama. - a mesma contou. - Izzy, Clary e Magnus estão vindo também. - diz.
– Todas estão indo para aí? - Vô perguntou.
– Acho que menos a Esme. - Molly respondeu. - chamei as garotas de La Push também. - diz.
Ri.
– Os meninos devem estar pirando. - murmurei em deboche.
Molly ri.
– Não sei dizer, mas a Sol me contou que eles também farão o “Club do Bolinha”. - a mesma diz.
– Que safados. - Emmett diz. - só porque viemos caçar, esses pulguento fazendo um “Club do Bolinha”. - resmungou.
Molly gargalha e nós olhamos para ele indignado.
– De certa forma estamos em um “Club do Bolinha”, Emmett. - pai diz.
Tio Emm pensa um pouco.
– Uhmmm... - o mesmo murmurou.
Balanço a cabeça descrente.
– Mandarei fotos mais tarde. - Molly prometeu. - mostre a eles a bagunça que esses pestes fizeram. - pediu para mim se refere a foto que tinha acabado de me enviar.
– Vou mostrar. - prometi e sorri.
– Desculpa ligar e atrapalhar a viagem de vocês. Foi sem querer. - Molly falou um pouco sem jeito.
– Não se preocupe, querida. - Vô falou sendo gentil e compreensivo.
Molly sorriu, mas logo franziu o cenho.
– O que foi? - pai perguntou para ela.
– Nada. - Molly respondeu rápido demais.
Franzi o cenho.
– Preciso ir. - Molly murmurou. - tenho que arrumar as coisas aqui e procurar pela Tikki. - diz.
– Até segunda, Molly. - meus tios e papai se despediram.
– Tchau, querida. - Vô se despediu.
– Até. - murmurei e sorri.
Molly sorriu e apertou levemente os olhos.
_ Ligação Off _
Encerro a chama.
– Ai sim, sobrinho! - tio Emmett exclamou e bateu em minhas costas.
Resmunguei e olhei irritado para o mesmo.
– Pare com isso, tio Emm. - pedi olhando para ele com irritação.
– Deixe o garoto, Emmett. - Vô mandou.
Tio Emmett levantou as mãos em rendição.
– Não fiz nada. - o mesmo diz e gargalhou.
Revirei os olhos.
– Como anda a sua aproximação com ela? - pai perguntou.
Tive que disfarçar meu nervosismo, pois tinha que inventar e convencer eles das minhas respostas.
– Nossa amizade está indo muito bem. - respondi naturalmente. - trocamos algumas mensagens quando não estamos no colégio, fazemos alguns trabalhos e lições juntos, conversamos bastante durante as trocas de aulas. - digo.
– Conta outro sobrinho, pode nos dizer que andou dando uns pegas nela. - tio Emmett diz.
– Para de besteira tio Emmett! - esbravejei. - eu respeito bastante a Molly. - digo ficando um pouco incomodado. - ela é uma garota decente e mesmo que ela não fosse, jamais seria desrespeitoso. - falei.
– Espero mesmo que esteja sendo respeitoso. - papai murmurou.
Me segurei para não revirar meus olhos.
– Mas mês passado você tascou um beijo nela. - tio Emmett me acusou.
Bufei.
– Isso foi há um mês. Já resolvemos sobre esse assunto. - argumentei, deixando os quatro surpresos. - pare de me encher sobre isso. Aquele episódio já foi e sei que fiz besteira, estou tentando consertar as coisas do meu jeito. - digo.
– Calma, filho. - papai pediu.
– Só quero ir com calma para não cometer nenhum erro. - me justifiquei. - eu gosto muito da Molly, ouso dizer que estou completamente apaixonado por ela. - confessei. - e por isso que quero ir com calma, não quero magoá-la e sim que ela goste de mim do jeito que gosto dela, isso se ela sentir o mesmo. - falei para eles um pouco sem jeito.
Eu já tinha me declarado para Molly a um tempo atrás, mas eles não sabem disso ainda. Vejo os três vampiros sorrirem, menos o tio Emmett.
– Você é muito lento, sobrinho. Nessa altura já teria dado umas pimbadas. - tio Emmett disse na maior cara de pau.
Me seguro para não pular no pescoço dele. Ao contrário do tio Jasper, que bateu com força na nuca do tio Emmett.
– Para de dizer besteira. Tenho mais respeito. - tio Jasper diz irritado com o mesmo.
– Não vou dizer nada. - Vô murmurou olhando atravessado para tio Emmett.
Tio Emmett se encolheu pela bronca do Vovô.
– Você está certo em ir com calma, se é isso que te deixa mais confortável. Não tem nada de errado em ir com calma. - tio Jasper falou olhando para mim.
– Jasper tem razão. - papai murmurou. - apesar de Molly saber quem somos e se dar bem com as pessoas, ela parece ser mais fechada para um relacionamento. - pai diz.
Franzi o cenho.
“ – Eu sei disso. - pensei comigo. - será que eles desconfiam de alguma coisa? - me questiono”.
– Como assim? - perguntei testando o terreno para tentar descobrir o que eles sabem.
Vô e papai se olharam.
– Achamos que Molly teve a alma ligada a você. - Vô comentou.
Arregalei os olhos em choque, pois apesar de já saber disso, eles não tinham como saber sobre isso, a não ser que Sol tenha dito algo para Seth, mas creio que ele não trairia a confiança da companheira e contado isso a minha família.
– Como chegaram a essa conclusão? - perguntei para eles.
– Sua mãe percebeu. - pai respondeu o que me deixou um pouco mais tranquilo. - ela percebeu pela forma que Molly te olha, pois é da mesma forma que a Sol olha para Seth. - diz. - Bella notou a mesma coisa nos irmãos da Molly.
Fiquei mudo sem saber o que responder ou como reagir a percepção da minha mãe.
– Bella acha que Molly está com medo de você regeitá-la. - tio Jasper diz. - não sabemos o que Valentim fez a ela, além da tortura física. - falou. - mas achamos que pode ser uma das razões para que Molly sinta essa insegurança. - comentou.
As observações da minha família sobre Molly foram surpreendentes e verdadeiras. Nós já tínhamos tido essa conversa terrível. Enquanto ela me contava o que tinha acontecido com sigo, quando Valentim tinha a sequestrado e a torturado, senti uma raiva comunal e queria ter sido a pessoa a ter matado aquele monstro do Valentim. Com tudo que ela me contou, me fez admirar mais ainda, a mulher maravilhosa, guerreira, corajosa que tenho prazer em dizer que é minha namorada.
– Seja lá o que aquele monstro tenha feito com ela, vou fazer de tudo para quebrar as barreiras que Molly construiu no seu coração e na alma. - falei reforçando o que já tinha dito para mim mesmo.
Molly é minha companheira, a mulher da minha vida e jamais deixarei que alguém a machuque, principalmente o que Valentim fez.
– Vou caçar. - anunciei já me levantando de cima da rocha.
Me afasto deles e começo a correr floresta adentro, precisava pensar um pouco.
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