Pov. Jonathan
Quando Molly e suas irmãs foram embora, junto com minha irmã, cunhado e Seth os que ficaram me olharam menos que meus pais.
– O que? - questionei sem entender os seus olhares.
– Como o que? Você e Molly? - tio Emmett questionou.
– Dá para parar de pensar besteira. - ordenei o olhando torto. - nos encontramos por acaso. - menti.
– Seu. Me engana que eu gosto. - tio Emmett falou balançando a cabeça, fingindo acreditar no que tinha dito.
Reviro os olhos.
– Tio Emmett, dá para parar de ver besteira onde não tem. - falei.
– Então, nos conte como se encontraram nessa imensidão de árvores e rocha. - tio Emmett questionou.
– Também quero saber. - tia Alice falou. - tô curiosa. - disse toda sorridente.
– Porque querem tanto saber? - perguntei um pouco nervoso.
– Você saiu chateado do refeitório e agora está de bom humor. - Jasper falou.
– Até você tio Jasper. - falou indignado.
Ele apenas sorri.
– Nos encontramos por acaso. Ela estava em cima de um cavalo… - contei.
– E só isso? - tia Rose perguntou.
– Sim. - respondi. - ficamos conversando por um bom tempo.
– E ficaram conversando sobre o que? - Vó perguntou.
– Coisas bobas. - respondi. - ela me contou sobre sua vida em New York e eu falei um pouco sobre minha vida. - menti.
– Que chatice. - tio Emmett falou. - porque não a puxou para um beijo. - diz.
Penso em nosso beijo trocado na clareira secreta, se eu ainda fosse humano e corasse teria me entregado.
– Não entendi uma coisa… - Vô chama a atenção para si. - porque estava chateado? - perguntou.
Fico mudo.
– Esse cabeção beijou a Molly ontem quando foi levá-la para o carro e depois pediu desculpa. - tia Rose conta.
Vovô e Vovó me olham.
– Pedi desculpa por tê-la beijado sem seu consentimento. Não quis magoá-la. - falei.
Vovó suspirou.
– Tudo bem. O importante é que você reconheceu seu erro e consertou. - Vó falou.
– E aconteceu mais alguma coisa? - tia Alice perguntou.
Penso em nosso momento na clareira secreta.
– Tá tudo bem, Edward. - Vô perguntou.
Olho para papai sem entender a pergunta do vovô.
– De repente sua mente ficou branca para mim. - pai falou olhando para mim.
Franzi o cenho.
– Não fiz nada. - falei em minha defesa. - o que será que aconteceu? - perguntei mentalmente.
– Agora consegui ler sua mente. - pai diz. - que estranho. O que você estava pensando antes? - pai perguntou.
– Na Molly. - penso comigo mesmo. - na conversa na clareira. - respondi, falando meia verdade.
– Que estranho. - tia Rosalie falou.
Foi aí que me lembrei que Molly disse que daria um jeito do meu pai não ler minha mente e descobrir o que aconteceu.
– Isso é estranho. - tio Jasper falou.
– Não se preocupem, Edward está apenas perdendo o jeito. - tio Emmett provoca.
Pai rosna para o mesmo, mãe põem a mão em seu braço para acalmá-lo.
– Não estou perdendo o jeito, apenas não consegui ler a mente do Jonathan, por alguns segundos. - pai disse.
– Talvez seja porque não estava pensando em nada. - falei, jogando verde.
Todos me olham.
– Vou para meu quarto. - informei levantando do sofá.
Vou na direção das escadas rapidamente e vou para meu quarto, fecho a porta e suspirei aliviado. Decido tomar um banho para pôr meus pensamentos em ordem. Tomo um banho frio e ao sair coloco uma regata azul e uma calça de moletom preta da adidas.
Me jogo na casa e ponho meus braços atrás da minha cabeça, olho para o teto e repasso tudo o que aconteceu desde que meus olhos e os de Molly se encontraram. Lembro-me da sensação ao olhar em seus olhos, não sei explicar o sentimento que senti, sabia que ela é a pessoa certa para mim…mas tem algo que me intriga…
– Porque ela não me disse que teve sua alma ligada a mim? - pergunto mentalmente.
Aí me lembro de hoje a tarde, da sua angústia, medo e insegurança em me contar que teve a alma ligada a mim.
– Ela tem medo da rejeição. - concluí mentalmente.
Todas as peças se encaixaram e que me fez tomar a decisão…
– Nunca deixarei de amá-la. - falei não muito alto. - jamais…
Nisso sinto minhas costas ardem como se tivesse pegando fogo e me fazendo levantar da cama em em um pulo, tirei minha regata e me olhei no espelho para ver o que estava acontecendo. Fico em choque ao ver uma marca negra se formar em minhas costas. Automaticamente Molly veio em minha cabeça.
Olho para o relógio e já são 11h39 p.m. é tarde, mas preciso falar e ver Molly. Saio da mansão pela janela do meu quarto e corro para longe da casa, o mais distante possível.
Pego meu celular assim que estou a uma boa distância da mansão e ligo para Molly. Chamou quatro vezes até que ela atendeu.
_ Ligação On _
– Alô. - Molly diz com a voz um pouco rouca e sonolenta.
Me sinto mal por tê-la acordado, mas preciso falar com ela.
– Desculpa tê-la acordado, mas preciso falar com você. - falei.
Ela ficou muda por alguns segundos.
– Onde você está? - Molly perguntou.
– Não se preocupe. Não estou na mansão. - informei.
– Não é por isso que perguntei. - Molly falou mais dispersa. - vou lhe buscar. - disse.
– Não precisa sair de casa. - falei.
Ela suspira.
– Tudo bem. - Molly falou. - você sabe onde moro, mas precisa ir pelo o outro lado da propriedade, meu quarto estará com a varanda aberta, é o primeiro andar. - diz.
Demoro uns segundos para processar.
– Certo… - falei. - chego em alguns minutos.
– Estarei esperando. - Molly respondeu.
Encerramos a chamada.
Saio correndo em minha velocidade vampiresca para a casa da Molly.
Pov. Molly
Estava em um sono profundo quando escuto meu celular tocar, quando peguei o aparelho para atender e mandar ir para aquele lugar por estar me ligando aquela hora, mas não o faço quando ouvi a voz do Jonathan.
Fiquei preocupada e receosa do que poderia ser. Desço as escadas, troco de roupa e coloco um pijama de joaninha. Fico no andar de baixo para esperá-lo.
_ Um Tempo Depois _
Sinto seu cheiro, traído pela corrente de ar, franzi o cenho pela demora de entrar, deduzi que o mesmo não tinha encontrado o quarto.
Pov. Narradora
Quando Jonathan chegou na propriedade dos Brown, ele procurou o quarto de Molly. Não foi uma tarefa difícil, já que sentiu o seu cheiro e viu a sacada entreaberta. Antes de subir, ele verifica se tem alguém por perto, mesmo que a família dela esteja no Canadá, eles poderiam ter voltado mais cedo. Jonathan com suas habilidades vampirescas, sobe a saca e hesita em entrar.
Molly viu através da cortina a sua silhueta e estranhou dele não ter entrado. Então, a mesma vai até a sacada e abre a porta.
Os dois se olham e ficam presos no olhar um do outro.
– Perdão por tê-la acordado. - Jonathan pede arrependido em ter ligado ao ver olheiras em seus olhos.
– Tudo bem. Não tem que se preocupar. - Molly falou sorrindo. - mas o que aconteceu para você me ligar a essa hora? - perguntou.
Jonathan hesita em falar.
– Que cabeça a minha. - Molly falou.
Ele olha para a mesma sem compreendê-la.
– Vem. - Molly fala e pega em sua mão puxando o mesmo para dentro do quarto.
Ao entrar em seu quarto, Jonathan fica maravilhado e com um ponto de interrogação
– Cadê a cama. - Jonathan perguntou.
Molly ri, pois ele tinha perguntado em voz alta e não em sua mente.
– Fica lá em cima. - Molly responde e aponta para o andar de cima.
Jonathan olha para onde a mesma está apontando e franze o cenho.
– Porque o elevador? - Jonathan perguntou.
Molly ri.
– Não é pela preguiça, juro. - a mesma falou sorrindo. - pensei na praticidade se um dia morasse nessa casa e tivesse filhos, não precisaria subir escadas. - disse.
– Mas não tem escadas aqui. - Jonathan falou.
– Teria se não fosse o elevado e tem uma escada no meu closet que dá para mais armários. - Molly falou.
Jonathan a olha chocado e Molly apenas sorri.
– Você não veio aqui para discutir sobre meu quarto. - Molly falou. - o que ouve? - perguntou um pouco temerosa.
Jonathan suspira.
– Tem algo errado com minhas costas. - ele falou.
Ela franze o cenho sem compreender.
– Como assim? - Molly perguntou.
– É mais fácil mostrar do que falar. - Jonathan falou um pouco envergonhado, se cobrasse suas bochechas estariam vermelhas.
Molly sorri maliciosa.
– Não precisa ficar envergonhado, já vi você sem camisa. - ela falou e mexeu as sobrancelhas.
Jonathan fica mais ainda sem graça, mas tira a camisa e vira de costas para Molly.
Ela arregala os olhos pelo que está diante de seus olhos.
– Você sabe do porquê essa marca se formou em minhas costas? - Jonathan perguntou.
Incapaz de responder, Molly apenas olha fixamente para as costas de Jonathan.
O silêncio dela fez com que Jonathan virasse de frente e olhasse para ela, seus olhos estavam cheios d'água.
– Molly… - Jonathan chama por ela.
Como não obteve resposta, o mesmo se aproximou dela e tocou em seu braço direito.
Ela sai do transe, voltando a realidade.
– Não deveria ter feito isso. - Molly falou alterada.
Ela se afasta dele indo para o outro canto do quarto, ficando de costas para ele.
Jonathan fica sem entender a sua reação.
– Mas não fiz nada. - ele falou. - a marca apareceu do nada. - disse.
Jonathan percebe que ela está se segurando para não chorar em sua frente.
– Mas porque? - Jonathan pergunta mentalmente.
Molly virasse e olha para Jonathan.
– A marca apareceu porque você estava pensando em mim. E disse algo sobre mim. - a mesma falou olhando em seus olhos. - o que estava pensando? - perguntou. - e por favor, não omita fatos. - pediu.
Jonathan suspira.
– Estava pensando em você. - o mesmo respondeu olhando em seus olhos que não desviaram em nenhum momento.
Molly perguntaria o que exatamente…
– Pensei e falei que nunca a rejeitaria. - Jonathan diz e se aproxima dela. - que jamais vou mago-lá, pelo menos não com intenção. - falou levando seu polegar a sua bochecha direita e limpando uma lágrima que escorre pela sua bochecha. - nunca desistirei de você, estou completamente e inconveniente apaixonado por você. - diz olhando no fundo dos olhos dela.
Molly não diz nada, apenas olha para ele.
– Não entendo a sua relutância. - Jonathan diz magoado, vendo que a mesma não disse uma palavra sobre sua declaração.
Molly suspirou.
– Apesar de você ter tido sua alma ligada comigo, você não sente o mesmo, não é? - ele conclui.
– Não… - Molly respondeu de imediato. - eu amo você. - diz. - não importa se eu tive ou não minha alma ligada. Mesmo se não tivesse isso dentro de mim, ainda assim, me apaixonaria por você. - falou com a voz embargada.
– Então, porque não me disse quando nos conhecemos? Porque mesmo quando descobri que era uma loba, não me contou? - Jonathan perguntou.
– Tive medo da rejeição. - Molly confessa. - a minha vida toda, fui rotulado pelos outros Nephilim, apenas parei de me importar com a opinião deles, quando Jace disse que sou especial e não era um monstro, que eu merecia carregar o sangue de Raziel. - disse emotiva e com a voz rouca. - ele disse que primeiro eu tinha que me aceitar do jeito que sou. - falou. - para depois ser a melhor Caçadora das Sombras e mostrar que mesmo sendo um loba, eu sou poderosa.
Jonathan a olha com compaixão.
– Eu sinto muito. Não posso imaginar o que você já passou. - ele diz. - mas eu juro, jamais a magoaria. - falou. - eu te amo…
– Como sabe que me ama se nem faz um mês que nós nos conhecemos? - Molly perguntou.
Jonathan sorri.
– Porque nosso amor é aquele que na primeira olhada se apaixona. - ele falou sorrindo torto para Molly. - e tenho certeza que você também me ama. - sussurra.
Jonathan não deixa ela falar. Ele sela seus lábios nos dela em um beijo calmo e caloroso. Molly retribui o beijo e quando a mesma estava ficando sem ar. Então, ele finaliza o beijo dando alguns selinhos.
Os dois se olham.
– O que foi? - Molly pergunta, ficando um pouco envergonhada por Jonathan está a olhando muito.
Ele sorri.
– Você é linda. - Jonathan diz.
As bochechas de Molly ficam levemente avermelhadas, sua reação fez ele rir levemente.
Jonathan lhe dá mais um selinho.
– Melhor eu ir. - ele falou. - você precisa descansar. - disse. - boa…
Molly não o deixa terminar a frase, ela lhe dá um selinho demorado.
– Porque não passa a noite aqui? - ela sussurrou quando rompeu o beijo.
– Não terá problema? - ele perguntou.
Molly apenas balançou a cabeça.
– Você só não fica se não puder. - a mesma falou.
Jonathan sorri e lhe beija.
– Ficarei e passarei a noite com você. - Jonathan disse.
Molly sorri.
Antes de levá-lo para o andar de cima ela deixa a janela com uma pequena fresta.
– Vem. - Molly falou indo até a porta do closet.
Jonathan a segue e entra em seu closet.
– Nossa. - Jonathan falou olhando para o closet da Molly.
– Meu closet é aqui embaixo e lá em cima. - falei.
Jonathan me arregala os olhos.
– Você superou minha tia Alice. - ele diz.
– É que aqui são as roupas que uso para sair e fica junto com o banheiro. - Molly explica e aponta para a porta do banheiro. - lá em cima fica as roupas de cama e minhas roupas de dormir, ateliês de costura e arte. - falou.
– E a cama, suponho. - Jonathan falou.
Molly sorriu.
– E a cama. - ela repete. - como você viu tenho uma sala particular, assim como uma biblioteca. - falei.
– Seus aposentos são lindos. - Jonathan falou e sorri. - é bem diferente do meu quarto.
Molly sorriu.
– Seu quarto também é bonito. - a mesma diz e lembrou de quando teve que dormir no quarto dele no dia que choveu muito.
– Meu quarto é insignificante comparado com o seu. - Jonathan falou. - ele é bem menos. - diz.
Molly revira os olhos.
– Sou um pouco espaçosa… - falei. - no instituto o meu quarto é menor do que o seu, não tenho closet e sim dois armários, cômoda e um baú cheio de armas, o banheiro é minúsculo.
– Isso explica o tamanho do quarto e do closet. - Jonathan falou em tom de brincadeira.
Molly da risinho.
– Venha. Vamos subir. - a mesma falou pegando em sua mão e o puxando para ir junto dela.
Eles subiram as escadas, Jonathan ficou impressionado com o andar de cima. Molly o leva para o cômodo onde está a cama.
Jonathan ficou surpreso com a decoração do quarto dela. As paredes do lado da cama tem diversas adesivos em 3D de joaninha, a cama é bem grande em tons de branco e preto, há uma janela com uma sacada, no mesmo lado da janela tem uma cama grande, notou diversos pelúcias em um canto e deduziu que os mesmos decoram sua casa, onde seus gatos Tikki e Plagg estão dormindo juntinho, ele notou que o quarto está quentinho e viu um lareira pequena.
– Tikki e Plagg gostam do quarto quente, quando não sinto calor ligo a lareira. - Molly falou. - mas quando estou com calor, deixo eles lá embaixo e ligo o que tem lá embaixo.
– Esperta. - Jonathan falou. - e aqui é bem diferente dos outros cômodos. - disse.
– Um pouco. - Molly falou. - aqui é mais particular. - disse e sorri.
Jonathan ri.
– Amo seu jeito atrevido. - Jonathan diz.
– É bom mesmo gostar, porque não vou mudar meu jeito de ser. - Molly falou de modo sério.
Jonathan a olha de lado e em sua velocidade vampiresca, ela a joga na cama. Molly solta um gritinho agudo e começa rindo, pois ele está fazendo cócegas em sua barriga.
– Pare. - ela pediu para Jonathan.
Ele para de fazer cócegas para que ela respirasse, mas antes que ela falasse alguma coisa, o mesmo a beija.
O beijo começou calmo, mas com o passar dos segundos se torna quente, os dois devoram os lábios um do outro. Jonathan percebendo que ela está ficando sem ar e passa a beijar o seu pescoço. Molly solta um leve rosnado de cachorro quando está satisfeito, isso fez com que ele parasse de beijá-la e a olhasse.
– Desculpa. - Molly pediu, corando logo em seguida.
Jonathan sorri e beija sua bochecha.
– Lindinha... - ele falou e lhe deu um selinho demorado. - desculpa... não quis insinuar ou de forçar a nada. - pediu olhando em seus olhos.
Molly sorri pelo seu jeito cavalheiro.
– Tudo bem... - ela diz sorrindo mais ainda. - um passo de cada vez. - falou. - apenas de estar pronta para o que fosse vir, acho que é um pouco cedo. - diz séria.
Jonathan suspira.
– Que tal, voltar a dormir. - ele sugere.
Molly protestaria, mas bocejou.
– Uma boa ideia. - ela disse. - tenho que levantar cedo. - falou.
– Me diz que devo te acordar? - Jonathan perguntou.
Molly o olhou.
– Não precisa ficar a noite toda. - ela diz. - sei que não dorme, andei pesquisando na biblioteca do meu pai sobre a sua espécie de vampiro... - confessa. - sei que não vocês não dormem. Então, se quiser ir para casa, tudo...
Ela é interrompida por um beijo. Jonathan a faz deitar na cama e sem quebrar o beijo.
O mesmo cobre ela com o cobertor.
– Preciso de falar alguma coisa? - Jonathan perguntou em um sussurro.
Ela sorri e balança a cabeça.
– Então, que horas devo acordar? - ele perguntou passando seu nariz em sua bochecha.
– As 6 a.m. - Molly respondeu em um suspiro.
– Certo. - Jonathan respondeu.
Ele beija a ponta do nariz dela, o mesmo a puxa para mais perto de si e a envolve em seus braços. Molly se aconchega e se agarra ao corpo gélido que contrasta com sua temperatura quente.
– Boa noite. - Jonathan sussurrou, quando Molly fechou os olhos.
– Boa noite. - Molly falou e bocejou, caindo em um sono profundo.
Jonathan ficou velando o sono de Molly a noite toda.
Capítulo 31
Capítulo 33
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