E.A.: Capítulo 16 - Port Angeles

Pov. Jonathan

 

12th Agosto, sexta-feira - 4:58 p.m.

Estamos na estrada indo a Port Angeles. Molly está no volante e a observo dirigindo, a mesma manda muito bem na direção. Olhei para o painel do carro, onde mede a velocidade e ela está a 220 km/h.

- MEU DEUS! - exclamei, arregalando os olhos.

- O que foi? Esqueceu alguma coisa? - Molly perguntou preocupada.

A mesma me olha pelo canto do olho, por alguns segundos, mas logo voltou sua atenção para a estranha.

- Diminua um pouco a velocidade. - mandei. - estamos indo muito rápido. - digo. - você vai acabar levando uma multa. - falei olhando para ela.

Molly vira a cabeça e olha para mim, mas volta sua atenção para a estrada rindo.

- Não se preocupe, não vamos bater. - a mesma respondeu. - achei que gostasse de velocidade. - diz em um tom de ironia.

Era como se ela soubesse que sou um vampiro.

- Será que ela sabe que sou um vampiro? - me pergunto.”

- Até gosto. - respondi sem dar muito detalhe. - mas você é quem está dirigindo. - sussurrei.

- Não vou bater o carro para seu governo. - Molly falou de cara fechada. - e também, não vou diminuir a velocidade. - informou.

Ela ligou o rádio e colocou na estação de músicas clássica, me deixando surpreso dela gostar desse tipo de música.

- Você gosta desse tipo de música? - perguntei curioso.

Pois além de mim, apenas meus pais e Nessie gostam desse tipo de música.

- Sim. - Molly respondeu tombando a cabeça levemente para o lado. - mas também gosto de outros tipos de música. - falou. - se quiser pode trocar de estação, não vou me incomodar. - diz.

- Tudo bem. Pode deixar nesta estação de rádio. - falei sorrindo. - gosto desse tipo de música. - digo.

Molly sorri levemente e assentiu com a cabeça. No restante do caminho ficamos ouvindo e comentando as músicas que tocava. Foi bem agradável.

 

_ Quebra de Tempo _

 

5:28 p.m.

Chegamos rápido em Port Angeles, pelo fato de Molly dirigir igual aos meus pais, tios e avô. Ela estaciona em uma vaga próximo a entrada do cinema.

- Viu. Não causei nenhum acidente de trânsito. - Molly diz, assim que desliga o carro. - e duvido ter levado uma multa. - falou.

A mesma tirou o cinto de segurança.

- Tenho que admitir, você é uma excelente motorista. - elogiei ela. - mesmo dirigindo como louca. - brinquei.

Minha brincadeira faz Molly me olhar indignada.

- Não dirijo como louca. - a mesma retrucou. - apenas não tenho paciência em dirigir devagar ou que nem uma tartaruga. - se defendeu.

Gargalhei pelo bico fofo que está fazendo. Ela me olha assustadoramente, isso me fez parar de rir e engolir em seco com medo da mesma.

- Desculpa. - pedi sem esboçar nenhum sorriso.

- Tudo bem. - ela falou. - vamos ao cinema ou o senhor continuará a implicar comigo? - questionou emburrada e de braços cruzados.

Me deu vontade de morder suas bochechas, mas me contive.

- Vamos. - falei.

Abri a porta do carro e saí do mesmo. Molly faz o mesmo que eu e travou o carro com a chave. Ela põe a chave na bolsa e vem até mim. Dou-lhe o meu braço para que ela encaixasse o seu braço no meu, Molly sorri encaixando o seu braço no meu. Entramos no cinema que não estava muito cheio, fomos na fila e compramos os ingressos, paguei por eles sob protesto dela que disse que queria pagar o seu próprio ingresso, mas não deixei ela fazer isso. Estamos esperando o horário da nossa sessão.

- Você vai querer pipoca? - perguntei sorrindo para ela.

- Querer eu quero, mas você não vai me deixar comprar. - Molly diz de mal humor. - então, não. - respondeu emburrada.

Reviro os olhos.

- Tudo bem. - cedi. - se você quer pagar pela pipoca, vá em frente. - falei olhando em seus olhos.

Sua expressão muda em um estalo de dedos, ela fica animada na hora. Antes dela sair para comprar pipoca, ela me dá um beijo na minha bochecha e sai para enfrentar a fila da pipoca.

Fico esperando ela enfrente a sala 7, pois será nessa sala que o filme passará. Não demorou muito para que ela voltasse com um balde de pipoca e suco pelo que pude perceber.

- Desculpa pela demora. - Molly pediu. - a fila estava um pouco grande e a atendente estava um pouco devagar. - justificou sua demora.

Sorri.

- Não se preocupe, você não demorou. - a tranquilizei. - vamos que já deve começar o nosso filme. - falei.

Ela assente com a cabeça e entramos na sala, nós nos sentamos em nossos assentos.

 

[...]

 

(O FILME SERÁ FICTÍCIO, POR ISSO VOU INVENTAR UM TÍTULO E MAIS OU MENOS SOBRE O FILME)

 

6 p.m.

O filme ESPERANÇA NO AMOR começou.

No começo do filme não estava entendendo muito bem, mas quase na metade comecei a compreender do que se tratava o filme. Basicamente, o filme conta a história de um amor proibido entre dois jovens, o garoto é um lobo e a garota é uma vampira. Eles se apaixonam perdidamente um pelo outro, mas eles tinham medo de dizer o que sentiam, por serem de natureza diferente, medo do que a família diria ou faria. Com tudo, eles acabam desistindo de ficarem separados e enfrentam esse sentimento avassalador que sentem um pelo outro. No final do filme, as famílias aceitam a união dos dois.

Quando as luzes acendem, me levantei e viro-me para Molly, estico minha mão para ajudar a mesma se levanta na poltrona do cinema. Ela pegou em minha mão sem hesitar, sinto uma corrente elétrica passar por mim, me fazendo arrepiar. Nossos olhos se cruzam e fico admirando a linda cor de seus olhos.

- Ah. Vamos? - Molly perguntou me tirando do transe.

- Sim. Vamos. - respondi.

 

7:18 p.m

Saímos da sala de cinema de mãos dadas.

- O que você acha de jantarmos? - perguntei, assim que saímos do cinema. - que tal um restaurante italiano... - proponho olhando para ela.

A mesma arqueia a sobrancelha e me olham como se fosse louco, mas muda sua expressão e sorri.

- Não precisa se incomodar, posso... - ela murmurou, mas...

- Nada disso. - interrompi ela. - vou levá-la para jantar, está decidido. - falei decidido sem deixá-la dizer nada.

Analiso a expressão da mesma, Molly me olha estranho.

- Não precisa me levar para jantar, quando somente eu vou me servir. - Molly diz olhando para mim.

Olho para a mesma por um momento e estava me convencendo que ela sabe que sou um vampiro.

- Faço questão. - murmurei deixando essa questão de lado.

- Tudo bem. - Molly respondeu.

Sorri vitorioso.

Começamos a andar pela calçada, tinha diminuído mais a temperatura, mas aparentemente isso não afetou Molly, uma coisa que percebi é que a sua temperatura é bem elevada para um humano, achei estranho, mas não disse nada. Chegamos em uma parte de Port Angeles que tem apenas restaurantes, paramos em frente a um restaurante que me fez lembrar da história que meus pais me contaram quando era menor.

- Que tal esse? - perguntei parando em frente ao restaurante Italiano, Bella Itália.

- Perfeito. - Molly respondeu. - amo uma comida Italiana. - diz.

“ - Bom saber. - pensei comigo mesmo.”

- Então, vamos? - perguntei.

Molly assentiu com a cabeça. Entramos no restaurante, a Hostess vem até nós. Olho para a mulher e a mesma deveria ter uns vinte e poucos anos, ela está vestida com um vestido preto colado no corpo.

- Boa noite. - a hostess desejou e olha para mim, ela morde os lábios e me olha de cima abaixo.

- Mesa para dois. - pedi sorrindo amigável.

A mulher me olha como se fosse pular em cima de mim até que seu olhar para em Molly que está assistindo a cena com a expressão neutra. A hostess olhou para minha acompanhante de cima para baixo e a funcionária fez careta, mas rapidamente a desfaz.

- Venham comigo. - a hostess murmurou.

Seguimos a mesma até uma das mesas.

- Espero que gostem da mesa. - a mulher falou. - e a propósito me chamo Jéssica... - ela se apresentou olhando para mim. - a garçonete logo atenderá vocês. - diz saindo, mas antes de sair ela me dá uma olhada.

Ignorei totalmente a ação da hostess, pois minha atenção é totalmente da Molly. Vou até a cadeira e a puxo para que Molly sentasse, ela se sentou e sorriu para mim.

- Obrigada. - Molly agradeceu.

- Disponha, senhorita. - falei galanteador e sorri.

Dou a volta da mesa e me sentei na outra cadeira, dou o cardápio para que ela possa ver.

- Pode escolher o que quiser. - falei olhando para ela.

Molly abaixa o cardápio para me olhar, nesse momento a garçonete veio até nossa mesa.

- Boa noite. - a garçonete desejou. - já sabe o que vai pedir? - perguntou, olhando para mim.

Fico indignado com a falta de respeito. Então, faço questão de ignorá-la e olho para Molly que revira os olhos pela atitude da mulher.

- O que você quer pedir, Mon chéri? - perguntei olhando nos olhos da Molly.

A mesma sorriu, se segurando para não rir de alguma coisa.

- Vou querer Gnocchi e um suco de abacaxi. - ela respondeu fechando o cardápio em seguida.

A garçonete anotou o pedido um pouco sem jeito.

- E o senhor? - a garçonete perguntou para mim de cabeça baixa.

- Não vou querer nada. - respondi sem olhar para a mesma, pois estava olhando para Molly.

A garçonete saiu rapidamente sem dizer uma palavra.

- O que está olhando? Tem algo sujo em meu rosto? - Molly perguntou.

- Não tem nada de errado. - falei. - estava apenas admirando a sua beleza. - respondi sorrindo.

Pelo visto a deixei sem graça, pois a mesma sorri e suas bochechas ficam levemente avermelhadas.

- Obrigada. - Molly respondeu. -  você também não é de se jogar fora. - diz em tom provocativo.

Ri da sua brincadeira.

- Me conta um pouco sobre você e sua família. - ela pediu.

- Como você sabe, sou um dos filhos adotivos do Carlisle e da Esme. - digo. - como Esme não pode ter filhos biológicos, eles adotaram Alice e Emmett. - murmurei. - Rose e Jasper são gêmeos e são filhos de um amigo do Carlisle que morreram em um acidente de carro. - falei. - Bella e Nessie são filhas de uma irmã de Esme que morreram em um acidente de helicóptero e Edward e eu somos sobrinhos de um outro irmão de Carlisle que morreram. - contando a história da vez. - Esme e Carlisle nos acolheram sem pensar duas vezes. - digo.

Molly sorri com compaixão.

- Você parece se dar bem com seus irmãos. - a mesma diz.

- Sim. - respondi e sorri. - nos damos muito. - murmurei. - mas não sou o único que se dá com os irmãos, você também se dá muito bem com os seus. - falei.

- Sim, me dou super bem com eles. - Molly respondeu. - me preocupo muito com eles, amo cada um de um jeito diferente, mas os amo. - falei.

- Como assim? - perguntei sem compreender.

- Como posso explicar. - Molly murmurou pensativa. - trato cada um dos meus irmãos de uma forma diferente, tenho meu jeito de tratá-los. - falou. - por exemplo, Jasmine e eu somos melhores amigas, contamos tudo uma para a outra praticamente. - digo. - temos idade diferentes, mas somos melhores amigas, já o irmão gêmeo dela trato de um modo diferente. Ele é mais tímido que a Jasmine, então com ele tenho que ir com calma e não acelerada, amo ele de um jeito diferente. - ela tentou explicar.

- Entendi. - falei a compreendendo. - e isso se aplica com os outros. - murmurei.

Molly assentiu com a cabeça. No mesmo instante, a garçonete deixa o suco e o prato que Molly tinha pedido.

- Tem certeza que não quer comer nada? - a mesma perguntou me olhando.

- Tenho sim. - respondi. - não quero comer nada, obrigada. - falei.

A mulher assentiu com a cabeça indo embora logo em seguida. Molly começou a comer o prato que tinha escolhido.

- Tem certeza que não quer um pouquinho? - a mesma me ofereceu, fazendo uma careta de deboche.

Olho para ela e sei que estou fazendo careta.

- Não quero, não. Obrigado - respondi torcendo o nariz.

- Você é quem sabe. - Molly diz dando de ombro.

Conversamos mais um pouco sobre a nossa família e o quanto são divertidos à sua maneira. Falamos sobre nosso dia a dia e sobre a sua morada em New York. É claro que não mencionei a parte que caço e bebo sangue animal.

 

8:34 p.m.

Quando Molly terminou de comer, pedi a conta e por muita insistência minha. Paguei a conta, sobre protesto da mesma. Saímos do restaurante em um silêncio incômodo.

- Ah, vai... - murmurei. - não fique brava comigo, estou tentando ser cavalheiro. - argumentei olhando em seus olhos verdes e fazendo charme.

Isso fez com que Molly se rendesse ao meu charme.

- Desculpa. - ela pediu olhando em meus olhos sem jeito. - sou muito independente. - falou. - nunca ninguém fez isso por mim. - diz sorrindo amarelo.

- Não se preocupe. - falei sorrindo para ela.

Roubei-lhe um beijo na bochecha que a deixou surpresa e desconcertada, aparentemente.

- Estou sendo cavalheiro já que fui eu que sugeriu o cinema e o jantar. - argumentei.

Molly sorriu.

- Se importa se andarmos um pouco? - ela perguntou.

- Claro. - respondi.

Estico o braço para que ela encaixasse o seu no meu. Nós começamos a andar na calçada, a noite estava bonita e calma, apesar do frio que estava fazendo.

- Está uma noite tão bonita. - comentei com quem não quer nada.

- Realmente. - Molly respondeu sorrindo.

Ela deita sua cabeça em meu ombro, enquanto caminhamos. Queria ter mais coragem para dizer a ela o quanto gosto dela, mas minha insegurança me impede de dizer.

- Sabe... - a mesma começou a falar mas...

- AHHHHHHHH! - somos interrompidos por um grito de mulher.

 

 

 

O QUE SERÁ QUE É?


Capítulo 15

Capítulo 17


Ilustração

Look

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